O Atlas das emoções do Dalai Lama, por Matê da Luz

O Atlas das emoções do Dalai Lama

por Matê da Luz

Era uma vez um ditado que dá conta de que se queremos mudar o mundo o primeiro passo é mudar a nós mesmos. Tudo bem, é uma música do Michael Jackson, mas vale como um ditado – e daqueles que devem ser levados ao pé da letra. 

Era uma mesma vez, só que em outra análise, um estudo que diz que o prazer recebido pelo cérebro quando nosso eleitorado curte e compartilha o que postamos nas redes sociais é semelhante ao de drogas pesadas, como a cocaína, por exemplo – e o poder de vício dessa substância é comparado ao do crack. (veja o vídeo aqui)

Somadas as duas histórias, o nível de ansiedade generalizada e insatisfação com a realidade (a realidade mesmo, não essa coisa que a gente vive postando e achando que compartilha), e o resultado é a cara da sociedade atual, sejam em termos de oferta, seja em termos de procura.

Esmiuçando, sob o meu ponto de vista: existe uma sociedade insana atrás de sensações positivas (ou o mais positivas possível), desde que seja na velocidade da luz; e existe uma enorme fatia de profissionais que se apoderaram de receitas milagrosas e frases de efeito pra que essa entrega supostamente aconteça. Não acontece, porque, de fato, algumas experiências precisam de profundidade, de espaço e tempo pra maturar, sedimentar e deixar o que tem que ser e, enfim, esse looping de frustração-busca-imediata-nãorecebo-frustração é perigoso e, de verdade, proveitoso pra gerar uma sociedade cada vez mais superficial e burra.

Pra me mudar, é preciso que eu entenda que existe tempo e treino e, além disso, uma inteligência não somente emocional, mas um conhecimento um tanto mais denso sobre algumas sensações – inclusive e especialmente as consideradas “negativas”.

Daí, ufa!, vem o Dalai Lama, aquele cara que é incansável na busca por melhorar o mundo todo e faz algo supra relevante: um ATLAS DAS EMOÇÕES.

Demorei um tempinho pra entender como funciona a ferramenta e, confesso, quase achei “que saco, é só isso” mas, depois de alguns minutos xeretando e me aprofundando na navegação, depositando interesse em cima daquilo que analiticamente faz parte dos meus desafios, me encantei em (re)conhecer sensações. Isso é muito, mas muito importante pra saber por onde começar, como negociar consigo mesmo e, no máximo, se você é alguém resolvido pra caramba, pra ter know-how de argumentação quando for construir uma conversa – não uma conversa qualquer, mas daquelas ricas, mais profundas e sensíveis, as que criam laços entre as pessoas, o que também é extremamente relevante no dia de hoje.

Acessa lá. Xereta. Vale o tempo, é sério. E, como diria o Dalai, namastê 🙂 

Mariana A. Nassif

4 Comentários

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  1. É interessante essa “coisa”

    É interessante essa “coisa” em ter alguens para criar laços. Mas, o mais perto disso são as admirações, ou não. Por exemplo: Você é admirável pessoa… boa sorte e sucesso, nos encontramos por aí sabe-se lá quando, onde ou para quê. E atlas é um saco.

  2. Meio oba oba

    Certamente não foi Dalai Lama quem criou isto. A complexidade humana é muito mais profunda. A espiritualidade é um negócio de profundidade, de consistência. Não dá para levar a sério, a não ser dizer que é legal e foi feito por gente bacaninha.

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