A operação ninja da PM contra os black blocs

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do Estadão

Megaoperação da PM usa pelotão ninja, isola black blocs e prende 230

Protesto deixou oito feridos e teve mais de mil manifestantes, um deles levava uma mochila com coquetel molotov; PM iniciou revista na saída do Metrô; policiais detiveram ativistas com golpes de artes marciais; houve depredação no centro de SP

Bárbara Ferreira Santos e Fabio Leite – O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO – O protesto Não Vai Ter Copa terminou com 230 detidos na noite de deste sábado, 22 – o maior saldo de prisões em manifestações. No centro de São Paulo, houve quebra-quebra e agressões feitas por manifestantes e por policiais militares. Os participantes do ato foram cercados e detidos pelos integrantes do pelotão ninja, o grupo de policiais especializados em artes marciais.

Policias detiveram manifestantes com golpes de artes marciais - Epitácio Pessoa/Estadão
Epitácio Pessoa/Estadão
Policias detiveram manifestantes com golpes de artes marciais

Às 23h30 deste sábado, 37 detidos foram liberados do 4.º Distrito Policial (Consolação).

A nova estratégia da PM era apoiada pela Tropa de Choque e por um helicóptero. O objetivo era isolar os black blocs dos demais manifestantes. Pelo menos oito pessoas ficaram feridas – cinco PMs, dois ativistas e um jornalista.

O tumultuo começou às 19h30. Os PMs cercaram um grupo de manifestantes na Rua Xavier de Toledo, no centro. No momento da detenção, nenhum deles estava cometendo vandalismo. A PM, porém, informou que só agiu após os primeiros atos de depredação.

 

Os policiais apanharam os manifestantes com golpes de artes marciais, como o chamado “mata leão”, e desferiram golpes de cassetete. Eles retiravam um a um os manifestantes do meio do grupo. Até uma mulher sem máscara foi imobilizada pelos PMs e jogada ao chão.

http://www.youtube.com/watch?v=Sr83tjVSqBk]

A ação dividiu os manifestantes em dois grupos. Uma parte deles, formada principalmente por black blocs, correu para o Viaduto do Chá, quebrando lixeiras, depredando duas agências bancárias e orelhões. Também atacaram PMs com paus e garrafas. O segundo grupo voltou à Praça da República, local de origem do protesto, e caminhou pacificamente para a Rua da Consolação.

Enquanto isso, os policiais reuniam os detidos na Rua Xavier de Toledo, entre as Rua 7 de Abril e o Viaduto do Chá. Um cordão de isolamento dos PMs impedia que qualquer pessoa visse ou filmasse o que estava acontecendo com os detidos.

Todos foram obrigados a aguardar sentados a chegada de cinco ônibus que os conduziram a 7 delegacias, onde foi feita uma triagem para que a polícia decidisse quem seria autuado em flagrante – entre os detidos, havia cinco jornalistas que estavam trabalhando.

Mais tarde, a PM deteve mais 50 pessoas no Vale do Anhangabaú, entre elas uma repórter do Estado. Segundo a PM, os manifestantes detidos tinham máscaras, sprays, estilingues, bolas de gude e correntes.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=PzPU-Z9xMr4

No 78.º Distrito Policial havia 30 detidos. Segundo o advogado André Zanardo, do Coletivo Advogados Ativistas, a polícia fez um Boletim de Ocorrência coletivo acusando todos de desacato, resistência, desobediência e lesão corporal. “Não há nenhuma lei que ampare essas detenções”, disse.

Barreira. Ao todo, cerca de mil manifestantes participaram do protesto. A PM não informou o total de homens que ela mobilizou. O ato havia começado às 17h. Os PMs haviam montado uma barreira na saída das estações do Metrô no centro e revistavam as mochilas de quem saía de lá. Um manifestante abandonou uma mochila com coquetel molotov dentro e foi filmado por câmaras do Metrô. Pessoas que passavam também relataram agressões feita por PMs.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

54 Comentários

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  1. Operação Ninja…

    Essa é a atitude que deveria ter sido tomada pelos orgãos de segurança, desde o aparecimento dos bandidos “Black Blocs” nos protestos. Teria cortado o mal pela raiz.

    1. E vc acredita no Estadao?
      Vc

      E vc acredita no Estadao?

      Vc realmente acha que a polícia prendeu “bandido” ontem.

      Bem, todas as testemunhas oculares refutam o que vc está repetindo ao ler o Estadao.

      “Na imprensa ninguém se dá o trabalho de desmontar esse discurso?
      i) PM alega que sua função é garantir o direito de manifestação e isolar e reprimir os “vândalos”; ii) PM estima mil manifestantes; iii) PM prende 230 pessoas, logo 23% da manifestação, v) as detenções são tão aleatórias que 5 jornalistas em serviço são presos.
      Apenas com essa cadeia de fatos e afirmações oficiais não é possível concluir que i) é obviamente falso?” (Pablo Ortellado)

  2. Todos os relatos de quem

    Todos os relatos de quem estava nas ruas, de manifestantes ou não, dizem que a repressão não fo contra “black blocs”, mas contra todos os manifestantes.

    Sem que houvesse qualquer atrito a polícia atacou, cercou, bateu, prendeu qualquer um, a esmo, tanto que prendeu 5 jornalistas  e até advogado

    Mas na grande imprensa, é claro, a versão é a que defende a polícia, como se a repressão foi contra esses diabos que a mídia criou, os “black blocs”.

    Até jornalista é preso como sendo “black bloc”. Todo mundo é criminoso por antecipação. E basta acusar alguém de ser “black bloc” que é o mesmo que acusar de ser bandido, como se houvesse artigo no código penal criminalizando “black bloc”.

    1. êpa!

      Nas imagens que vi, a PM cercou e revistou, um a um. Se bateu foi naqueles que se recusaram a ser revistados.

      Tiraram o direito da Polícia revistar suspeitos?

      É por isso que disse anteriormente que não desejaria ser policial. Se cumpro meu dever, sou acusado. Se não cumpro, sou acusado da mesma forma.

       

      1. hahahahah
         
        “nao imagens que

        hahahahah

         

        “nao imagens que eu vi na TV” kkkkkkkkk

        a claro, vc vai ver imagem na Globo um dia de policial espancando manifestantes e jornalistas… tá bom…

        E claro, nossa policial é a mais cordial do mundo. Se alguém apanha da policia é pq bateu antes.

         

        Em que mundo vc vive? hello!!!

        1. Brasil

          Vivo num mundo chamado Brasil, Leo. As imagens que vi eram da Record, que deu ao vivo ontem, e essas aqui do post.

          Aqui na minha cidade, quando a PM dá uma ordem, a gente cumpre. Quem não cumpre é forçado a cumprir. Simples assim. 

          O nome disso é respeito.

          1. Homero,
            a Globo foi

            Homero,

            a Globo foi metáfora.

            Óbvio que vc não vai asisstir violência de polícia contra manifetsantes da TV assim. Até pq ontem a policia usaou estratégia de impedir os jornalistas de filmar as agressões e prisões.

            Homero… em qualquer lugar se obedece à policia.

            mas o seu sofisma é dizer que quem apanha é porque não obdece.

            Em que mundo que vc vive? A pol´cia do Rio e São Paulo são as que mais matam no mundo. Tradicionalmente são abusivas e vc vem com esses discurso de viúva de 64 dizer que quem apanha da policia é pq nao obedece?

            Vc deve ser um burocrata que nunca colocou o pé na rua.

  3. “Não há nenhuma lei que ampare essas detenções”, disse.

    o advogado André Zanardo, do Coletivo Advogados Ativistas, a polícia fez um Boletim de Ocorrência coletivo acusando todos de desacato, resistência, desobediência e lesão corporal.”

    Muito bem e quem pagará pelos estragos?  Lembro que no Natal comentaram sobre a

    “pobre decoração natalina da Av.Paulista e centro da cidade” Quebram,saqueiam, barbarizam,ameaçam e se a polícia revida, surgem os defensores da Moral e Bons Costumes,

    mas ninguem absorve, divide, cotiza, ajuda no pejuízo.

    Juventude perdida, sem exemplos, sem conteúdo, sem estudo, sem educação…. heróis sem causa, não discutem os assuntos pois desconhecem,  querem:   Z O A R 

     

    1. manifesto é pretexto para o vandalismo

       

      O intuito dessa gente é a violência e o vadalismo. A ação da PM foi uma reação a tudo que já aconteceu envolvendo mascarados, eles já se colocam nos locais com mochilas cheias de apetrechos que servem como arma. Pra que esperar a coisa acontecer? Sabemos por tudo que já vimos que o vandalismo é propositado e é razão de ser da mobilização dessa gente, não se trata de uns poucos que “exageram”, não mesmo.

      É assim que a PM deve agir, deter, isolar e submeter os black bloc com uso mínimo de violência. Com certeza a ação foi bem estuda, eles já estão reconhecendo os tipos e seus modos de agir e como ir pra cima deles antes que fiquem fora de controle.

       

      Esses BB não passam de gente alienada que está sendo aliciada e usada políticamente, a quem interessa o fracasso da Copa?

       

      Vai ter Copa sim!

      1. Boa análise.
        Os black otários

        Boa análise.

        Os black otários podem barbarizar e a polícia deve somente ficar olhando com medo da imprensa?

        Não. Gente que se mascara para cometer barbaridades se escudando na multidão tem mais é que ser presa e tomar umas P O R R A D A S.

  4. Só acho que deveria ter

    Só acho que deveria ter filmado os que depredaram realmente o patrimônio público  e ´privado e prendê-los em flagrante. Acusação genérica acho que não cabe.

  5. Relato do jornalista Mauro

    Relato do jornalista Mauro Donato:

    “Grato aos colegas pelos compartilhamentos e indignação demonstrada. Hoje o corpo acusa todas as demais agressões que ontem estavam anestesiadas pelo calor do momento. Parece que fui atropelado. Vendo ao vídeo, contei 24 segundos de corredor polonês, devo ter enfrentado de 6 a 7 policiais que até chute desferiram pelas costas. Beleza. E o major informa ao UOL que os agredidos podem procurar a corregedoria mas deverão “identificar” os agressores. What ?????? 99% deles estavam, como sempre, sem identificação.”

    https://www.facebook.com/mauro.donato.56/posts/784875708207911?stream_ref=10

    Os relatos de quem presenciou vão no mesmo sentido, desde o padre Julio Lancelotti até o anônimo manifestante.

  6. Operação Ninja…

    Já elogiei o trabalho dos Ninjas nos protestos de ontem. AGORA quero ver publicada na imprensa: a lista com os nomes dos mascarados que foram presos. Ai nós vamos saber quem está por trás do vandalismo insano. Cadeia para mascarado bandido. E Vai ter copa, sim!

    1. Apoiado. Cadeia e umas

      Apoiado. Cadeia e umas porradas também.

      Sugiro que todos os mascarados sejam fixados e tenham alguns direitos suspensos “ad eternun”.

  7. Melhoras aí cara…

    A PM só está cumprindo sua fiunção institucional, adaptada às circunstâncias, mas cumprindo a sua função. Ah, mas e a porradaria? Pois é, a porradaria, digamos são “danos colaterais”, acidentes de percurso, do mesmo modo que aquele rojão despirocado na mão de um moleque despirocado estraçalhou a cabeça do cinegrafista. (aê, foi malz, melhoras aí cara…)

    Meninos “politizados” que foram espancados ontem pela PM: aê, foi malz, melhoras aí caras…

     

  8. Comentário.

    A polícia adicionou um elemento à sua truculência de sempre.

    Quanto ao quebra-quebra, também o de sempre: não atinge o alvo, o propósito, a finalidade.

    Porém, com um Judiciário que não garante direitos mínimos, a forma política de pensar simplesmente no Executivo – e, sobretudo, no Executivo que está em Brasília – e um parlamento fundamentalmente empresarial, fica difícil dar toda a razão para o desuso da força por parte do povo. O negócio é sério e bastante delicado.

    Como as manifestações estão em questões muito localizadas, a própria organização política torna-se frouxa, ao meu ver.

  9. As reações da P.M, de ontem, foi apenas…

    Jamais torcí por reações violentas, por parte da segurança pública, embora desta vez, não é ação, é reação, e reação a atos de vandalismo, e de depredações aos equipamentos públicos, e ao patrimonio particular, não é violencia, e sim, a defesa dos cidadãos.

    Eu particularmente acredito que o que houve ontem, foi apenas o comêço do virá a ocorrer, sempre que estas manifestações virem vandalismo.

    1. Não dou muito tempo para um

      Não dou muito tempo para um desses dos BB’s ou Anonymous ” confessarem” que receberam dinheiro do PT… Aí ,vai começar o salseiro… Até que tá demorando…. Já arrumaram dois patos para assumir a morte do cinegrafista…

      1. Por que em ve de ficar

        Por que em ve de ficar divagando esteira na internet vcs não vão para as ruas pelo menso para conhecer do que vcs falam?

        O que BB e Anonoymous tem a ver com as pessoas que estavam nas ruas ontem em São Paulo?

        Vitrolinha escangalhada essa.

        1.  
          DEIXE DE SER PASTEL, VOCÊ

           

          DEIXE DE SER PASTEL, VOCÊ ACHA QUE TÁ FALANDO COM RETARDADOS MENTAIS QUE VÃO PARA AS RUAS SEM REINVINDICAÇÕES PALPÁVEIS ?

          VOCÊS QUEREM O QUÊ ?  DIMINUIÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO ?  AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS ? .

          SÃO UNS IDIOTAS !!

           

           

           

        2. Teoria da presença.

          Deixa eu ver se entendi a tese “da presença”.

          O médico tem que ter câncer para poder “falar” dele e tratá-lo?

          O sociólogo tem que estar no Congo para estudar as estruturas sociais e relações de poder e de classe de lá?

          Você tem que comer merda para dizer se é ruim ou é bom?

          Ou teremos que conhecê-lo, ao vivo, para dizer que você só diz asneira?

          Bem, deve fazer algum sentido para você, e eu respeito.

          1. Vocês acham o que de quem diz

            Vocês acham o que de quem diz que José Dirceu é chefe de quadrilha e que o Geoino é um corrupto que enriqueceu ilicitamente?

            Vocês vão dizer para as pessoas se inteirarem dos fatos não? e pararem de ver TV, nao?

            É o que estou dizendo a vcs.

            Uma das formas é ir para a rua conhecer por vcs mesmos.

            Se vcs dizem que merda é boa, eu vou falar para vcs comerem merda.

            É o que estou fazendo. Vcs falam um monte de abrobrinha sobre os manfestantes, entao só resta falar para vcs irem pras ruas conhece-los.

      2. Seria ridículo, pois a

        Seria ridículo, pois a própria mídia deu impulso aos BBs no início quando viu neles uma oportunidade de derrubar o governo petista, depois quando os BBs passaram a atacar a mídia por sentirem se usados, ela mesma tirou o time de campo.

    2. Como vc pode falar uma

      Como vc pode falar uma besteira dessas?

      Que ato que a polícia reagiu ontem?

      Procure se informar. Pergunte a quem esteve nas ruas. Pergunte aos jornalistas, padres, advogados, pesquisadores presentes, se não qusier perguntar aos manifestantes.

      Existem inpumeros relatos do que aconteceu ontem circulando na internet.

      Engraçado esse povo que ficou 10 anos falando mal do PIG até ficar roxo, e agora reproduz acriticamente tudo que sai no PIG.

      De nada adianta dizer que é contra a violência policial mas ao mesmo tempo dizer que toda ve que a polícia é violenta é porque ela está reagindo a bandidos. Falácia para legitimar a violência policial, quando a realidade é outra.

       

      1.  
        Pô cara, você está

         

        Pô cara, você está protestando contra o que ?

        Onde você estava nos anos (1989/2002) mais cavernosos para os trabalhadores em geral, quando tínhamos apenas 30b de dólares de reserva depois do malão mendigar mundo a fora com o pires nas mãos ?

        Onde tu estavas quando nós, CUT, UNE, MST, protestávamos em frente a bolsa de valores do RJ contra a venda da Vale e de outras empresas pertencentes ao povo brasileiro ? .

        Saiba que neste período tenebroso dezenas de ferroviários se suicidavam próximo a Estação de Deodoro em protesto contra a entrega da nossa histórica RFFSA a concessionários extrangeiros em parcerias com apátridas iguais ao banqueiro D,Dantas que se apossou do Metrô-RJ  .

        Protestávamos com toda energia, levávamos porradas da PM, mas não depredávamos nenhum patrimônio púBlico e muito menos particular .

        Saiba, que a maioria dos brasileiros não permitirão que sabotadores transformem nosso país numa conflagrada Ucrania ou Egito .

        NÃO PERMITIREMOS !!

         

        1. O mesmo eu pergunto de vc,

          O mesmo eu pergunto de vc, onde vc estavam em todas as manifestaçõs que estive nos ultimos 15 anos. Não te vi em nenhuma delas.

          Faça-me o favor.

          Mussolini foi militante socialista antes de ser fascista. Curriculo é bonito sobre o passado, mas diz muito pouco sobre o presente.

          1.  
            Você mora no RJ ?
            Faz

             

            Você mora no RJ ?

            Faz quanto tempo que você dispensou a chupeta ?

            Nunca estarei ao seu lado, estarei sempre dooutro lado da calçada .Tuas idéias mostram a tua verdadeira ideologia e caráter .

             

             

        2. Segundo,
          eu nao estava

          Segundo,

          eu nao estava protestando, não moro em SP.

          A questão é sobre o direito de manifestação, simples assim.

          Vc não enxerga que o aparatdo e ideologia que está sendo mantada via mídia-governos-burguesia é para criminalizar todo protesto social!

          Para quem se diz tão experiente de movimento popular e de classe vc parece bem ingênuo.

          Hoje são esses manifestantes que nao fazem parte do seu sindicato ou movimento, amanhã será o seu sindicato, o MST e qualquer um.

          Governismo “burro” ajudando a limitar a democracia e naturalizando o estado de exceção.

        3. Você que protestava contra as privatizações,

          Diga lá, em doze anos de governo, qual foi a privatização revertida pelo PT?  Diga umazinha só. Qual é a estratégia, ou promessa de reestatização, que o PT pretende empreender neste ou no próximo governo? Ou será que teremos que esperar mais doze anos, para que saia, ao menos, a reestatização das linhas da Central e da Leopoldina que servem o transporte público, para as populações periféricas do Rio?

          Se o PT cala, é porque ele consente com as privatizações, tanto é, que tratou de colocar novas privatizações em pauta. Você protestou contra elas? Onde você andava na privatização do “leilão” de Libra, por exemplo?

          Não há perigo de promoverem aqui a desestabilização ocorrida na Ucrânia ou Egito; o capital multinacional deita e rola no Brasil administrado pelo PT. Eles não vão desestabilizar governo tão camarada como este; pra quê? O PT mantém quietos, omissos ou cúmplices de políticas do interesse do grande capital, um monte de idiotizados e outros nem tanto, pois venalmente cooptados, que no passado protestavam contra essas mesmas políticas; mais ainda, funciona como uma rede para atacar aqueles que ousam denunciar, as marucutaias transacionadas com o latifúndio, o agronegócio, com a privataria, com a agiotagem, enfim, não há um episódio onde esse governo confronte o interesse do capital multinacional, pelo contrário.

        4. Diferenças entre 1989 e 1968.

          Caro Antonio Carlos, não entendí, se a sua crítica foi contra meu apôio aos serviços de segurança, que nesta última manifestação em Sampa, andou meio que extrapolando, porem a sua lembrança de que em 1989/2002, a P.M, conteve com o uso da fôrça bruta, os legítimos protestos  você e seus companheiros da UNE, CUT e MST, que não queriam que o país fosse “vendido” aos extrangeiros nas ilegítimas sessões de privatizações na Bolsa, aonde foram “doados” aos extrangeiros e aos amigos do D.D, as nossas “joias da Coroa”, porem eu lembro-lhe, que para que a sua geração tivesse a liberdade, de pelo menos protestar contra aqueles desmandos, a minha geração, hoje sessentona, lutou contra uma ditadura terrível, lá pelos idos anos 1964/68, que nada permitia neste sentido, e que esta liberdade que vocês tiveram, e a liberdade(confundida com libertinagem) que esta geração que ora protesta à toa, custou-nos muitas vidas, muitas borrachadas, muito sangue, suor e lágrimas.  

          1.  
            Prezado Rai, em hipote-se

             

            Prezado Rai, em hipote-se alguma a minha mensagem crítica foi dirigida a voce, a quem tenho o prazer de acompanhar seus comentários e quase sempre concordar com quase todas, as minhas criticas foi endereçada ao lider dos black bostas, que torra nossa paciência .  .

             

                                          Abração !!!   Saudações Petistas !!

             

      2. As diferenças entre falácia e ações criminosas.

        Eu não julgo à distancia. Eu estive como observador, em várias destas últimas manifestações em Sampa, inclusive nesta última, e quem como eu, esteve lá, viu que enquanto os manifestantes apenas caminhavam ordenadamente, a P.M, apenas observava-os, e mantinha a ordem nas vias percorridas, até que alguns manifestantes previamente ensinados(treinados e armados para tal) começaram a incendiar, depredar, destruir os equips. públicos e privados, e só a partir daí, é que eles começaram a “reagir” na mesma proporção de violencia, aos vândalos e cercar, isolar, prender e encaminhar até os distritos policiais, aqueles que indiferentes de serem estudantes,jornalistas, religiosos, advogados, pesquisadores, estavam estimulando aos demais, a “incendiar” a cidade.

        Repito: Para toda ação, sempre há uma reação, e normalmente com igual ou maior intensidade. Isto é física pura, e neste caso, está sendo aplicada à risca, por quem tem o dever de proteger a sociedade civil, ordeira e pacífica, que acaba de expressar numa recente pesquisa, seu total descontentamento e desaprovação, a estes atos que nada constroem.

  10. Melhor cobertura de

    Melhor cobertura de manifestação, como quase sempre, foi da Vice:

    “Só vimos quebra-quebra depois da ação da PM. Acompanhamos os black blocs pelas ruas do centro, que de tão escuras mais pareciam becos.”

    http://www.vice.com/pt_br/read/segundo-ato-contra-a-copa-sao-paulo-22-fevereiro

     

    Apanhamos da PM no #NãoVaiTerCopa: Chave de Pescoço É o Novo Gás Lacrimogêneo

    By Débora Lopes e Eduardo Pininga; Fotos por Alice Martins

     2atocontracopa22fevereiro-6893.jpg

    Com um efetivo megalomaníaco, a Polícia Militar amparou o segundo grande ato contra a Copa que rolou no centro da cidade de São Paulo. No protesto de ontem, convocado por múltiplos núcleos, principalmente de estudantes, finalmente vimos a atuação dos policiais antiterrorismo, que demostraram suas habilidades marciais dando chave de pescoço até em jornalista. O que é até suave, se levarmos em consideração que na Rússia a galera toma chicotada. Na Praça da República, onde o ato começou, um acampamento formado por ativistas permanece até hoje. 

    Segundo a PM, mil pessoas participaram do ato. Dessas, 230 foram presas, inclusive jornalistas, que novamente não receberam o perdão da polícia e apanharam também. Os presos foram divididos em ônibus e levados para delegacias diferentes, provavelmente para dispersar a atenção da mídia e evitar a vigília de manifestantes.

    Da concentração na República, a passeata ameaçou subir a Consolação, mas acabou rumando pelas ruazinhas do centro. Perguntamos para os articuladores qual seria o trajeto, mas eles disseram ser surpresa. Às vezes, quem estava na linha de frente pedia para que todos virassem à direita para, em seguida, mudar o curso de forma abrupta para a esquerda, confundindo manifestantes e jornalistas e atrapalhando a escolta de policiais que seguia ao lado do grupo.

    A concentração começou por volta das 17h e seguiu uma meia hora depois, como um bloco de Carnaval. Assim como em muitos outros atos, o grupo se divide em alas. A primeira é o bloco da imprensa. Jornalistas, fotógrafos e trabalhadores do audiovisual em geral que esbarram nos coleguinhas pra conseguir os melhores takes de tudo. Todos devidamente equipados: capacete, máscara, óculos, crachá, colete de imprensa. Em seguida, a ala dos seguradores de faixa destemidos. Ali, você pode ver um punk, um estudante de ciências sociais da USP. Eles não usam equipamento de proteção. Raça, apenas. Atrás dos seguradores, os black blocs. Na sequência, estudantes engajados com direito a bateria. Ao fundo, seguidores de todas as espécies.

    Como a grande imprensa adora dizer, a manifestação começou pacífica. E assim foi, até que em frente ao Metrô Anhagabaú, a polícia tomou atitudes que até agora permanecem como uma incógnita pra quem presenciou a cena. No primeiro distúrbio, em frente à Rua 7 de Abril, soldados da PM cercavam e agiam de forma truculenta com alguns manifestantes. Foi aí que começou a acuação por parte dos policiais contra quem estava no protesto e corremos sem conseguir ver quem estava sendo agredido de fato, até que nossa fotógrafa Alice Martins apanhou de cassetete, o que provocou ferimentos em seu braço. O fotógrafo e videomaker Felipe Larozza, também da nossa equipe, teve seu crachá de imprensa rasgado quando um policial o segurou de maneira truculenta pela camiseta, fazendo com que ele ficasse detido na calçada até quem um amigo o identificasse como jornalista.

    No corre-corre, mascarados que estavam atrás dos seguradores de faixa correram em direção aos nichos onde policiais acuavam manifestantes. Mas quem correu foi encurralado por uma mitose realizada ao vivo pela polícia, que fez uma espécie de célula em volta dos manifestantes (ou um quadradinho de oito?). Estar dentro dessa redoma, que parecia um kettling errado, não era privilégio: quem tentava entrar ou sair do cerco – fosse manifestante ou jornalista – apanhava. Quem não apanhava, degustava as habilidades marciais dos tais policiais treinados para combater terrorismo em manifestação, sendo expulso, empurrado, arrastado ou envolto numa pouco carinhosa chave de pescoço. Enquanto o show de horror rolava solto, os dois lados da calçada estavam apinhados de pessoas sentadas com as mão pra trás, esperando a revista. Uma linha de policiais militares fechava os dois lados da rua, só abrindo para a chegada dos ônibus.

    Pessoas que estavam trancadas em comércios, quando tentavam sair, eram empurradas de volta para o interior do estabelecimento por policiais, que não poupavam chutes. Um homem perguntou “Não posso nem atravessar pra buscar minha mulher que está aqui do lado? Vou apanhar?”, ao que um policial respondeu “Fique à vontade”.

    A polícia aumentava o espaço exponencialmente, atirando bombas de gás para espalhar a multidão e ganhar terreno. Víamos pessoas curvadas e desmaiadas sendo colocadas nos ônibus da Força Tática, ou mesmo no chão, sem qualquer ajuda, enquanto policiais gritavam e perguntavam “Mais algum policial ferido?”.

    Só vimos quebra-quebra depois da ação da PM. Acompanhamos os black blocs pelas ruas do centro, que de tão escuras mais pareciam becos. 

    Os Advogados Ativistas – os únicos que conseguiam estabelecer diálogo com certa autonomia no meio dos cercados -, foram logo expulsos também com chave de pescoço. Um alegando que seu celular foi tomado e outro mostrando os documentos rasgados. “Fui arrancado de lá de dentro porque estavam cometendo ilegalidades, e eu estava denunciando isso. Tem gente ali sofrendo, desmaiada, não deixam nem advogado acompanhar”, lamentou um dos rapazes.

    Jornalistas saíam arrastados ou calmamente, como uma equipe da Gazeta que conseguiu sair andando e segurando o guarda-chuva sobre o equipamento. Todos os advogados já tinham sido expulsos, e os policiais começaram a atirar balas de borracha e bombas de gás para afastar as pessoas, deixando quem ainda estava sentado e isolado no cerco fora de vista.

    As ruas estavam todas sendo bloqueadas. Enquanto conversávamos com outros jornalistas em um bar ainda aberto e com clientes, encontramos mais policiais fazendo guarda. Eles pareciam calmos e conversavam com um senhor que alegava ter recebido bombas e apanhado no momento da confusão, mesmo sem participar do protesto. Enquanto os soldados tentavam pedir desculpas ou entender sua história, a Choque veio por outra rua e pegou todo mundo de surpresa, atirando mais bombas e fazendo com que o gás entrasse no bar. Não conseguimos ver a reação PMs que conversavam com o senhor.

    A Tropa de Choque soltava rajadas de duas ou três bombas, com o intervalo de 5 minutos entre cada, avançavam alguns metros, até tomar a rua Coronel Xavier de Toledo de ponta a ponta com seu cordão de isolamento. Um garoto roubou o celular de uma mulher, que saiu gritando com mais umas pessoas atrás do menino, mas não conseguiram recuperar o aparelho. Os policiais, claro, nem se moveram, e continuaram a administrar o trânsito com a chegada de cerca de umas 10 vans da Força Tática.

    Voltamos em direção da Praça da República, não antes de sermos revistados e conseguir passar uma barreira na rua, o que só aconteceu por sermos todos jornalistas. Passamos de boa e fomos liberados com um sorriso, ao som de “Mas sabia que a culpa de tudo isso é de vocês? Eles só montam essa palhaçada porque vocês dão ibope”.

    Na Praça da República a ocupação ainda rolava, com menos cartazes e menos gente, mas uma pessoa do GAPP (Grupo de Apoio ao Protesto Popular) montava guarda enquanto fazia stream da situação do lugar, que estava tranquila. Lá ficava o QG do grupo, que atende feridos e realiza primeiro-socorros de forma voluntária em manifestações. “O clima hoje está super tenso”, disse o Alexandre, integrante do GAPP.

    Como estávamos numa equipe de seis pessoas, nos dividimos. Parte da trupe subiu a Paulista, perguntando a todos os policiais – mais ou menos oito homens a cada 1km – por onde tinha passado o protesto e em qual direção. “Não vimos ninguém passar, não estao aqui, não.” Perguntamos “Por que vocês estão aqui?”. Nenhuma resposta, caras confusas. Outra parte do grupo se dirigiu ao 78º DP, nos Jardins, onde 27 pessoas foram presas, sendo duas menores de idade. Igor Leone, um dos Advogados Ativistas, diz que entre as acusações constam resistência, desacato, desobediência e lesão corporal – esta última por conta de uma policial que quebrou o braço.

    Um black bloc nos contou em off que quando saiu de casa, policiais o esperavam na porta e alertaram: “Estamos vendo tudo que você faz”. Verdade ou não, sinais de perseguição ainda são notados. Os Advogados Ativistas disseram pra VICE que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), instituição que não oferece nenhum tipo de suporte a eles, colocou um membro da Comissão de Segurança Pública em cada delegacia para investigar se o trabalho voluntário realizado pelo grupo não se encaixa na infração de “captação de clientela”.

    Perguntamos a vários soldados da polícia quem era o responsável pelo efetivo do dia. Nos indicaram o sargento, que por sua vez, disse que não falaria com a imprensa. “Fale com o coronel.” Perguntamos qual era o nome do coronel. “Eu não sei.” Nisso, um policial ao lado perguntou se tínhamos cadastro. Cadastro para cobrir manifestações? “Todos os veículos hoje estão cadastrados. Se você tivesse feito o cadastro, teria essas informações.” Oi? Perguntamos a alguns jornalistas que estavam ao redor e todos desconheciam a tal prática. Parece mentira, mas nós gravamos isso em vídeo.

    O policiamento ostensivo demonstra cada vez mais sua fragilidade e ineficiência para lidar com manifestantes e mesmo jornalistas. A PM diz não ter estratégia. Ou seja, intimar manifestantes habituais a depor no mesmo horário do ato e espalhar os detidos do protesto de hoje pelas delegacias da cidade não é estratégia. 

    Ontem foi um dia que meteu medo. Nós estávamos com medo de simplesmente fazer o nosso trampo, que é acompanhar a manifestação. Medo de apanhar, medo de tomar bala, medo de ser preso. Não à tôa, pessoas da nossa equipe apanharam. Quem estava na rua, fosse manifestante, jornalista ou civil, teve medo. Dizem que viver em São Paulo é perigoso. É mesmo, pra caralho – se você é negro, pobre, morador da periferia. E se você é manifestante ou jornalista. Estaremos nos próximos atos, marujos. E amanhã tem um vídeo.

    1. Comentário.

      Se minha memória não falha, os policiais também estavam amparados por helicóptero.

      Manja o Google Maps? Pois então… Cruze as informações/depoimentos de quando e onde começou a truculência da polícia com as ações da manifestação. O que quero dizer é que existem momentos estratégicos para essas coisas acontecerem. Ruas estreitas, calçadas estreitas, plantas, placas… enfim… buscar informações que permitam reorganizar as passeatas e, de quebra – se for o caso – agir com a polícia do mesmo jeito que ela age.  Afinal, se a manifestação for pacífica, vc precisa de defender, não é mesmo?

  11. A seletividade dos de cima,

    A seletividade dos de cima, seja PIG ou governo é impressionante.

    Jornalistas, presos, agredidos, violações de direitos até de advogados, mas isso não merece editorial, reprovação etc.

    A liberdade de imprensa e a democracia só são ameaçadas quando um infeliz solta um rojão.

  12. Enquanto isto aqui em

    Enquanto isto aqui em Minas:

    Um policial civil é suspeito de chamar um cabo da Polícia Militar de “macaco” durante uma discussão no final da noite desse sábado, na Central de Flagrantes (Ceflan), no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte.

    Segundo consta no boletim de ocorrência, o caso teve início depois que um filho do policial civil foi preso por desacato. Eles estavam na Ceflan para o registro do fato quando o servidor encontrou com alguns militares e, visivelmente alterado, começou a xingá-los.

    Em seguida, um cabo lotado no 22º Batalhão questionou o comportamento do homem que, por sua vez, o respondeu com insulto racista e o chamou de “macaco”. O PM, então, deu voz de prisão ao suspeito. O servidor, porém, afirmou que ninguém iria prendê-lo e fugiu em seguida.

    Ao sair da Ceflan, o policial civil tropeçou e caiu em uma escada. Depois, ele foi levado por outros colegas de corporação para uma viatura e deixou o local. O suspeito não estava em serviço e os nomes dos envolvidos na ocorrência não foram divulgados.

    A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o servidor da corporação alega ter sido agredido por PMs até se identificar como policial. Ferido, ele foi conduzido para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Centro-sul, onde foi atendido. Ainda conforme a polícia, foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo e encaminhado ao Juizado Especial Criminal. O caso será apurado pelas polícias.

     

  13. artigo 5º da Constituição Federal

       artigo 5º da CF inciso IV: é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato.

    logo , prendam os mascarados estão cometendo crimes.

    1. Se o problema é jurídico…

      LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997.

      CTB

      1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código.

              § 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

              § 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.

              § 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.

              § 4º (VETADO)

              § 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente.

      Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:

              I – abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;

              II – abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.

    2. Legal,
       
      os mascarados são o

      Legal,

       

      os mascarados são o problema do brasil

       

      os PMs sempre sem indentificação não tem problema né.

      Se os comentaristas de internet se preocupassem só metade com a identificação dos PMs do que se preocupam em ver presos manifestantes, já estaríamos bem.

  14. A pauta e os filhos da p(a)uta.

    Órfãos de argumentos políticos, destronados da hegemonia da opinião, a mídia teve que reaprender a conviver em um mundo onde suas estrutruras empresariais parecem ser pesadas demais para as novas exigências de controle ideológico dentro do “novo capitalismo”, que se anuncia a cada ciclo crítico que afunda bilhões na pobreza e nas marginais do planeta.

    Isto não quer dizer que a mídia corporativa vá desaparecer, ou que a internet será o novo eon da liberdade de expressão, não é nada disto.

    Em breve as coisas voltam para o lugar, ou para algum lugar.

    Mas enquanto as possibilidades estão “abertas”, e governos progressistas insistem em administrar o caos capitalista, dentro das regras institucionalizadas por quem agora insiste (ou flerta) em desconsiderá-las, contingentes médios revelam seu desconforto com a perscpetiva de que sua zona de conforto tenha que comportar mais gente.

    De idiotas nazifascistas até o lado mais gauche dos manifestantes, todos, “coincidentemente” (por que será?) elegeram como tema simbólico de sua luta aquilo que o governo petista tratou com especial cuidado: A Copa do Mundo de futebol.

    Sinal de maturidade que pretendamos não mais parar o país para assistir jogos de futebol, mas para protestar pelo seu acontecimento?

    Pode ser… ou pode não ser. Será ausência de outras bandeiras?

    Não há nada demais em ser contra a Copa do Mundo, ou de se fazer um debate ideológico sobre patriostismo e protestos.

    O filme Pr’á Frente Brasil, com Reginaldo Farias e Antonio Fagundes, dentre outros, trouxe para a ficção um debate que acontecia nas organizações clandestinas de esquerda: torcer ou não pelo time canarinho em 1970, instrumentalizado pelos carniceiros do regime militar como epifania patriótica de aprovação popular da ditadura?

    Os militantes de esquerda tinham, de certo modo, razões para renunciar ao patriotismo, tendo sido vítima da face mais horrenda dele.

    Mas toda luta política tem que ter um sentido, senão a ausência desta lógica acaba por ser uma luta anti-política. 

    Este nos parece o caso dos coxinhas mascarados.

    Se no controle do país estivesse um governo que subtraísse direitos para dar em troca a ilusão do espetáculo, que roubasse renda ou emprego de seus trabalhadores, que tivesse abandonado os marginalizados a própria sorte, e que não apontasse na direção da construção de mais justiça social eu entenderia.

    Se este fosse o “preço” da Copa, tudo bem, não haveríamos de pagá-lo, como já pagamos antes.

    Porém, ainda que se discorde ideologicamente (mas infantilmente) do pragmatismo das alianças, do ritmo das mudanças, da profundidade delas, não se pode negar que este governo é o melhor que este país do futebol já teve.

    Por outro lado, se não ter Copa nos garantisse o aprofundamento ou a drasticidade das reformas necessárias, eu mesmo iria as ruas, sem máscara é óbvio.

    A atual instrumentalização violenta dos protestos de rua não se justifica senão pelo viés da aterrorização no lugar de qualquer interlocução.

    Afinal, não querem Copa e querem o quê? Como se faz o que querem? Quem quer? Qual é a pauta?

    Tudo parece um contra-espetáculo: se eles têm Copa, nós vamos de anti-Copa.

    O roteiro está dado nos setores mais sombrios da mídia nacional, que nas bancadas e editoriais finge repudiar a violência gratuita, enquanto dedica fartos espaços para a veiculação da ideia de caos e desontrole.

    Para a cobertura escala seus profissionais “kamikazes”, ávidos por notoriedade, que não se importam com o preço do martírio. Como diz Mano Brown, “viver pouco como um rei, ou muito como zé?”

    É disto que se trata: espetáculo, banalização e violência.

    As ruas são o palco do reality show dos coxinhas, e nos causa até estranheza que nenhuma rede de TV ou produtora não tenha criado um piloto com o dia-a-dia de manifestantes.

    Os coxinhas, seus advogados, padres, jornalistas, etc, querem a superação rápida da realidade, dispensam a maturação do diálogo. Querem uma notoriedade que a realidade lhes roubou por ausência de causas que os projetasse politicamente.

    Chamados a dançar, por óbvio, os aparatos policiais reaprendem e se reagrupam em novas formas de agir, que de excessivas ou autoritárias começam a se transmutar em indispensáveis.

    A mistura mortal que dá fluidez volátil e explosiva a qualquer contexto, a qualquer processo, onde cada tempo já nasce morto.

    Quando policiais começam a receber a outorga do excesso, parece que os coxinhas começam a ganhar uma das batalhas.

    E a vítima, ferida de morte, não foi o governo deste ou daquele partido, mas a Democracia.

    No entanto, a guerra, perderemos todos nós.

  15. saia da frente que lá vai shuriken

    Informa a WIKIPEDIA;

    “Um ninja (忍者) ou Shinobi (忍び) era um agente secreto do Japão feudal especializado em artes de guerra não ortodoxas. As funções do ninja incluíam espionagem, sabotagem e infiltração assim como combate aberto em determinadas situações. Os ninjas, utilizando métodos secretos de fazer a guerra(…)”

    Os ninjas, é bom lembrar, serviam somente aos daymios e ao shogun, e não à população.

    E, se não me engano, “shinobi” traduz-se por “aquele que conta segredos no jardim”…

    (…”Segredo” na polícia é o que não falta.)

    “métodos secretos de fazer a guerra”

    Isso me dá até calafrios.

    Digamos que, quando se trata de métodos e segredos, ninjas e yakuzas tupiniquins – do Oiapoque ao Chuí – se confudem.

    E se alguém for morto por um shuriken?

    Quem paga o pato?

    BANZAI.

  16. Até quando acerta a PM erra…

    Estaria certo isolar os mascarados, prendê-los e revistá-los. Mas, ao prender aleatoriamente e nao deixar ninguém filmar o que estava acontecendo com os presos e as revistas, a PM colocou tudo sob suspeita. E há sinais de armaçao: a tal mochila que foi abandonada no metrô com um coquetel molotov, quem garante que foi um manifestante que a deixou? E maconha no meio das armas encontradas nas revistas? Alguém vai a uma manifestaçao em que pode ser preso levando maconha na mochila? Ora, ora… 

    Era preciso uma açao firme dirigida especificamente aos manifestantes mascarados. Mas a PM nao merece a menor confiança, e é parte interessada no caso. Os policiais deviam ser obrigados a agir com câmaras no pulso que filmassem tudo o que eles fazem. Isso garantiria que nao tinham feito abusos, quando nao os tivessem feito, e coibiria que fizessem, porque ficariam registrados. Só assim daria para acreditar nas “revistas” ocultas. 

  17. até os grandes jornais já

    até os grandes jornais já disseram: a PM começou a confusão.

    quem tem olhos, veja. Quem tem ouvidos, escute.

    quem quer apenas acreditar na versão que melhor se encaixa para o seu candidato eleitoral, continue plugado na internet comendo suas coxinhas.

  18. Há muito tempo, muito galáxia

    Há muito tempo, muito galáxia muito, muito distante…

    A esquerda protestava nas ruas. E a direita rotulava a todos de baderneiros.

    A polícia batia nos baderneiros, e a direita vibrava.

    A esquerda engajada torcia contra a seleção de Medici e a direitada alienada a favor.

    Havia um partido, de barbudos, que metia medo em todos os cidadãos de bem. Faziam abomináveis greves e agitações populares. A direita pedia que a polícia prendesse e arrebentasse esses barbudos baderneiros.

    Aí uns caras, sempre apoiados pelos barbudos e pela esquerda, invadia, ops…ocupava fazendas pelo Brasil afora, derrubando cercas, matando gado e arrasando plantações. A direita pedia sova no lombo deles.

    ————-

    Hoje os tais barbudos chegaram lá e não estão mais nem tão barbudos, nem tão à esquerda.

    Os ex-barbudos engajados torcem pela seleção e a direitada alienada também.

    A esquerda protesta nas ruas. E a direita e os ex-barbudos, rotulam a todos de baderneiros.

    A polícia continua a bater nos baderneiros, e a direita continua a vibrar – agora em companhia dos ex-barbudos.

    A baderna é tamanha que os manifestantes, digo, baderneiros, serão enquadrados como TERRORISTAS.

    A direita vibra! Quem diria que precisaria dos barbudos no poder para que esses baderneiros fossem criminalizados?!?

    ____

    Provavelmente daqui a 30 anos os que forem enquadrados hoje como terroristas receberão polpudas pensões a título de indenização pela repressão estatal.

    Os ex-barbudos que estiverem vivos bradarão contra as indenizações: – Eram todos terroristas, terroristas! – para chacota dos jovens que ainda não nasceram.

    Eu, particularmente, estou me divertindo muito.

    A atual fobia governista contra “aqueles que escondem o rosto”, me fez lembrar recente invasão da reitoria da USP, quando os estudantes (?) cobriam suas faces com camisetas e a direitada os chamava de bandidos (afinal cobriam os rostos e quem não deve não tem nada a esconder, não é mesmo?). A PM achou garrafas de molotov com os estudantes (que alegaram terem sido plantadas pelos tiras).

    Ora: máscaras + molotov = TERRORISMO.

    Mas posso esperar pela próxima ocupação da reitoria, quando os Bin Ladenzinhos terão o que merecem.

    Lembrei-me também de integrantes do MST que, durantes as invasão, cobrem o rosto com camisetas e bradam seus facôes e foices no ar. Armas brancas?

    Realmente, mal posso esperar…

     

     

     

     

     

     

     

    1. Dizer o quê?

      Nivelar e comparar os movimentos sociais anti-ditadura, e o sindicalismo dos anos 80 e o MST com os batcoxinhas de hoje é uma simplificação que nem merecer réplica.

      Equiparar os governos autoritários e os governos do PT é uma cretinice que faz corar fadre de pedra.

      Então fiquemos por aqui.

  19. Léo V: o que se está querendo

    Léo V: o que se está querendo dizer, é que os protestos são desprovidos da verdade, do conhecimento. Perguntas: o que tu conheces do teu país antes do ano 2003? O que tu sabes da justiça antes de 2003? O que sabes sobre corrupção do governo paulista? O que conheces da verdadeira história de corrupção no Brasil? O que tu achas que PRESTA no teu país? O que tu achas do menor índice de desemprego no teu país? O que achas do PROUNI? O que achas do PRONATEC? O que achas do Bolsa Família, o que tu sabes desse programa? O que sabes sobre a luta pela democracia? O que achas do Programa Brasil Sorridente? O que tu sabes sobre o governo FHC? O que sabes sobre as privatizações? O que sabes sobre como a justiça tupinica tem histórico contra o povo? O que sabes sobre o PROER? E tantas outras perguntas poderia fazer, mas se responderes essas com conhecimento, e não concordares que no teu país muita coisa boa acontece, então, não questionarei mais a tua participação contra teu país. Manisfetações são saudáveis, desde que alicerçadas na verdade, no conhecimento.

  20. História veridica!

    Comentário do meu pai, Serrista roxo, quando leu o jornal de hoje: “Nao pode, ‘tua presidenta’ Dilma mandar prender manifestante é um descaso”

    Ai eu explico pra ele “Quem fez isso foi a PM, a mando do Alckmin”.

    Depois de intermináveis segundos, meu pai retruca: “Ele está coberto de razao, tem que acabar com esses baderneiros mesmo! E a Dilma ainda vai levar a culpa, esperto esse Alckmin!”

    Eu aguento?

    1. Pois é. Quem cala consente. E

      Pois é. Quem cala consente. E silêncio que começa a ter barulho de acordo de cavalheiros para garantir a Copa. Quando governo federal e municipal silenciaram diante da violência policial, desde 06/2013, perderam o fio da meada com a própria ideologia, em que pese já haver petista se orgulhando do sincretismo com as bandeiras do PSDB. Governar inclui sair de cima do muro quando surge um panorama incômodo, e apontar um norte.

      A situação só fica mais grave quando 20% de uma manifestação até então pacifica vai presa, e os 236 detidos saem soltos sem qualquer acusação formal. Em qualquer multidão sempre vai haver um vândalo, um trombadinha, e um vendedor ambulante.

      E a tática utilizada pela PM paulista chegou com atraso. Inventada em 1986 na Alemanha, chama-se “hamburger kessel”. Por utilizá-la, 4 oficiais foram condenados pelo tribunal de Hamburgo por privação da liberdade. Ou seja, já está banida por lá, e tem cara de estado de exceção, tanto lá quanto aqui.

      O que é obvio. Ninguém, nem mesmo a polícia, pode envelopar e cercear o direito de ir e vir de 236 manifestantes jornalistas ou passantes, sem que haja alguma prisão em flagrante sendo efetuada. O direito ao protesto é garantia fundamental, expressão da liberdade de manifestação do pensamento, e da liberdade de reunião para fins pacíficos, muito mais importante do que a liberdade de imprensa. Muito mais importante do que o poder de policia limitado e vinculado, adstrito ao principio da legalidade, norma constitucional que o governador tem que seguir. O povo tem a liberdade e a garantia, o governador tem a obrigação.

      Essa história de que a inteligência policial previu o inicio do vandalismo soa a Minority Report, papo de maluco. A inteligência policial não consegue sequer descobrir se a manifestação está indo para o largo da batata, avenida paulista ou praça da sé. De inteligência, por enquanto nada. De truculência, muito.

    2. Putz!!! Seu pai não é

      Putz!!! Seu pai não é “serrista”. Seu pai é “SARRISTA”. Eu costumava cair nessas pegadinhas do meu pai só até os 12, 13 anos!!!! Ele me deixava puto!!!

  21. Somos todos bobos

    A direita é muito esperta. 

    No ano passado aconteceu a mesma coisa. O MPL saiu as ruas a PM desceu o cascete em todo mundo, fez a populaçã se indignar pela truculencia e por fim a grande midia debitou toda a conta no governo federal.

    Agora, a mesma coisa. Novo protesto, mais porrada e novamente a midia vai debitar na conta do PT e do Governo ferderal.

    A direita é muito esperta e nos ainda somos bobos e inocentes. Acreditamos que o “bem” sempre vence no final.

     

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