Governo prepara segurança para ato de 1 ano da tentativa de golpe, em 8/1

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Até agora, inteligência da Segurança não detectou informações de "atos agressivos" de defensores do golpe

Em 8 de janeiro de 2023, golpistas invadiram o Congresso, STF e Palácio do Planalto – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O governo federal prepara uma estrutura de segurança para o evento que marcará um ano da tentativa de golpe contra o presidente Lula e o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, no dia 8 de janeiro.

Lula decidiu realizar um ato em Brasília na data, convidando todos os governadores e representantes dos Três Poderes. “No dia 8 de janeiro, nós vamos fazer um ato aqui em Brasília para lembrar o povo que tentou se dar um golpe dia 8 de janeiro e que ele foi debelado pela democracia desse país”, afirmou o presidente no início deste mês.

Para o evento, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, que foi também figura atuante no enfrentamento à tentativa de golpe no início do mandato de Lula, afirmou que a pasta está preparada e contará com uma “segurança exemplar”.

Nesta terça (26), Cappelli disse que, até o momento, não há por parte das apurações e inteligência de Estado a informação de “qualquer ato agressivo”, como o que o ocorreu no dia 8 de janeiro, para se repetir no evento.

“Não há informação sobre qualquer ato agressivo. Manifestações políticas são bem-vindas e fazem bem à democracia, mas por precaução nós já estamos preparando uma operação de segurança exemplar, porque vamos ter os presidentes dos Três Poderes constituídos e governadores”, disse o secretário, em entrevista à GloboNews.

Entretanto, a Justiça está mobilizando uma atuação compartilhada entre a pasta, a Segurança Pública do Distrito Federal, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Ele afirmou que a principal diferença deste ano é o comando da Secretaria de Segurança do Distrito Federal, agora sob o secretário Sandro Avelar.

No início do ano, o secretário era Anderson Torres, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro e arrolado em inquéritos e investigações por atuação nos atos golpistas de 8 de janeiro.

“O monitoramento é compartilhado, com PF, Secretaria Nacional de Justiça, PRF e ANTT. A mudança é que hoje nós temos um secretário que é delegado respeitado. Não temos mais um secretário de Segurança Pública do DF com ligações com o golpismo”, falou Cappelli.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Celebração da democracia mas sem povo?
    Isso não é celebração é um acinte a todos nós que todos os dias enfrentamos estes fascistas aqui nos blogs progressistas, nas ruas, nos pontos de ônibus e no trabalho.
    O Dia da Vergonha Nacional ou o dia da Democracia como queiram chamar, tinha que ter a presença massiva do povão, da ralé que ano passado deu a vitória para Lula.
    Se na posse tinha 300mil pessoas pra vê-lo subir a rampa, nesta comemoração do primeiro ano da Infâmia Nacional tínhamos que colocar 1 milhão de pessoas na Praça dos Três Poderes e mostrar para aqueles lunáticos que este país é nosso e nossa D.E.M.O.C.R.A.C.I.A nos é muito cara!!

    E tenho dito!

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