Márcio Pochmann: Quais as razões do desconforto de alguns com o atual governo

mobilidade social

Artigo do Brasil Debate

Por Márcio Pochmann*

Neste ano em que o Brasil realiza a sua sétima eleição presidencial desde o fim da ditadura militar (1964-1984), podem ser identificados alguns sinais de desconforto com o governo da presidenta Dilma.

Em geral, localiza-se no segmento detentor do maior nível de renda a parcela significativa de reclamações, o que possivelmente aponta para as dores do parto da nova sociedade fluida em construção no País.

Nos dias de hoje, o conjunto de alterações no interior da sociedade brasileira compara-se – guardada a devida proporção – à transição para a sociedade urbana e industrial da década de 1930, que rompeu com o padrão de imobilidade social vigente ao longo da antiga e primitiva sociedade agrária.

Naquela oportunidade, a situação do analfabetismo superior a 4/5 dos brasileiros e da pobreza generalizada no campo, onde residia a quase totalidade da população, expressava, por si só, a presença secular de rudimentar estrutura social.

Entre as décadas de 1930 e 1970, contudo, o País assistiu à consolidação de uma nova sociedade móvel, assentada na trajetória de significativa e generalizada mobilidade social. Naquele período, a ampla ascensão social ocorreu demarcada pela constituição urbana dos novos ricos e das classes média assalariada e trabalhadora industrial.

Apesar disso, a desigualdade permaneceu, acompanhando todo o processo de diversificação social, uma vez que determinados segmentos privilegiados usavam o “elevador” para subir mais rapidamente, enquanto a maioria da população subia – degrau por degrau – a longa escada do edifício País.

De certa forma, a prevalência de monopólios sociais como na educação e mesmo no acesso ao crédito, sobretudo, se mostraram capazes de viabilizar a formatação da sociedade móvel, cuja origem social determinava – em geral – a posição atingida a partir do ingresso no mercado de trabalho.

Noutras palavras, a circunstância em que o filho do pobre tendia a se manter pobre simplesmente porque seus pais eram pobres, não obstante registros de mobilidade social intrageracional (comparação individual da primeira com a atual ocupação) e intergeracional (comparação da situação do filho com a dos pais).

Tudo isso terminou sendo contido durante as duas últimas décadas do século passado. Com o abandono do projeto nacional desenvolvimentista diante das decisões de pagamento da dívida externa adotadas no início dos anos de 1980, e das políticas neoliberais da década de 1990, a sociedade brasileira sofreu forte inflexão no movimento de mobilidade social.

O esvaziamento industrial, acompanhado do maior desemprego e precarização das condições e relações de trabalho, impôs a substituição do quadro geral anterior de ascensão social pela imobilidade social. Isso para não citar os diversos casos de regressão na estrutura da sociedade.

Somente a partir dos anos 2000 que o Brasil restaurou novamente o importante padrão de mobilidade social. A recuperação do crescimento econômico acompanhado do processo de inclusão social permitiu, não apenas a generalização do processo de ascensão social, mas, principalmente, a alteração do sentido mobilidade no interior da população.

Isso porque coube a cada um a possibilidade de se mover mais, independentemente de sua origem social e racial.

Com a introdução das políticas governamentais voltadas à universalização de oportunidades, os antigos monopólios sociais – que ainda não foram desconstituídos – seguem afetados decididamente, abrindo maiores chances da ascensão sem o prévio carimbo classificatório de origem social.

Assim, a passagem da sociedade móvel para a condição de fluida potencializa o sentido maior da universalização de oportunidades, ampliando as disputas no interior da população em condições ainda não isonômicas de competição.

Mesmo com o importante resultado da redução no grau de desigualdade, sobretudo com base na renda do trabalho, tende a se manter a polarização social.

O recente movimento de transição da sociedade móvel (origem social determina a posição a ser atingida no mercado de trabalho) para a sociedade fluida (movimento de ascensão independente da origem social) tem sido acompanhado de sucessivas reações negativas por parte de sociais privilegiados.

Tratam-se, resumidamente, daqueles que, até então, estavam satisfeitos ou pelo padrão de imobilidade social reinante nos anos de 1980 e 1990 ou de ascensão social contida e determinada pela origem social.

Compreender melhor a nova sociedade brasileira em constituição requer também identificar os seus opositores até então privilegiados. Mais que isso, buscar atuar frente às possibilidades de fazer avançar ainda mais os rumos de uma sociedade democrática e cada vez menos injusta.

* Márcio Pochmann é professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas 

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Redação

31 Comentários

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  1. Na pratica, os até então

    Na pratica, os até então integrantes do monopólio social acham normal crianças em idade escolar vendendo balas ou drogas nos cruzamentos e quebradas da vida e ficam indignados com o bolsa familia que tira-os das ruas para dentro das escolas .

  2. Mundo cão

    A concorrência vai ser grande daqui pra frente… Nascidos em berço de ouro terão de concorrer com a geração rolezinho no avanço e manutenção de seu status social.

  3. Como o mercado ve

    Algumas coisas que tenho recebido dos consultores para o mercado. Este veio da Empiricus através da corretora de valores:

    Marina é ou não amiga do mercado?

     Afinal, Marina é amiga ou não do mercado?A impressão a seguir é um resumo do que temos ouvido de investidores, representantes de empresas listadas e gestores de recursos em geral:Marina é uma incógnita em alguns pontos, mas a percepção inicial do mercado é de que traz uma equipe econômica gabaritada e seus conselheiros estão mais à direita do que a situação. Além disso, teria de aceitar alguns termos do PSB para a efetivação de sua campanha (e vice-versa), o que amenizaria as suas posições mais radicais. Também agrada o fato de ela ter defendido o tripé econômico em evento junto a representantes do mercado de capitais.Falamos isso ainda com o devido respeito que a situação exige e alertamos para a persistência de um elevado nível de incerteza. “

    1. Pois é o discurso nos afasta

      Pois é o discurso nos afasta da práxis…. e a práxis vista e entendida como ação tranformadora não aceita a mão invisivel da lógica do mercado Neo. Então o discurso é contraditório da sua ação em reuniões com grupos de interesse? Para mim é. Como falamos na academia façamos a pergunta correta: de qual tipo de mercado Marina é amiga?

  4. Grita Geral

    Isso ajuda a explicar o porque desta “gritaria” geral contra este governo.

    Estão tentando derrubar o governo no grito.

    A campanha é tão intensa que estão conseguindo convencer até os beneficiários da mobilidade social.

    E, tudo indica que tem dedo “alienígena” neste angu……

    Estão preparando  a “cama” para esta democracia onde “pobre não sabe o seu lugar”……

    Onde já se viu uma “empregada” custar tão caro?

    Onde já se viu médico cubano querer ser comparado com a elite branca dos bens nascidos?

    Pregam que o modelo de bem estar social já se esgotou…….

    Nem que para isto tenham que detonar a Petrobrás e os dividendos do Pré-Sal.

    E, para onde vai os recursos desta redistribuição, senão para o consumo, em outras palavras, para o bolso desta elite perturbada?

    Resumindo: Preconceito, egoísmo e medo de perder os privilégios e a “reserva de mercado”.

    Lei de meios já!

     

  5. Salário mínimo na ditadura e hoje

    —-O salário mínimo é um vetor de enorme importância para a sociedade brasileira. Quando é reduzido, promove degradação distributiva e desigualdade social. E o contrário é verdadeiro. Portanto, grande parte das conquistas sociais dos anos 2000 pode e deve ser atribuída à política atual de recuperação e valorização do salário mínimo, que hoje está no patamar do início dos anos 1960. Apesar da boa política de valorização do seu valor, ainda está no meio do caminho de sua recuperação e está longe do patamar da dignidade.
    Existe uma ameaça no ar. A regra atual de reajuste do salário mínimo terminará em 2015. Conselheiros do PSDB e da oposição orientam seus seguidores para pressionar pela quebra da regra porque o salário mínimo estaria alto demais. Estaria retirando competitividade das empresas. Pode-se perceber: o vocabulário é mais moderno. Mas é a velha ideia dos tempos da ditadura: menos salários para haver mais investimentos.—

    Salário mínimo na ditadura e hoje
    Ele é um vetor de enorme importância para a sociedade brasileira. Quando é reduzido, promove degradação distributiva e desigualdade social
    CartaCapital—-por João Sicsú — publicado 29/04/2014 16:28, última modificação 30/04/2014 10:14

    O salário mínimo foi instituído por Getúlio Vargas em 1940. A cada 1º de maio é comemorado o dia do trabalhador e também o dia do salário mínimo. Há 74 anos, em discurso na cidade do Rio de Janeiro, o presidente anunciou: “…assinamos hoje um ato de incalculável alcance social e econômico: a lei que fixa o salário mínimo para todo o país”.

    Desde a sua criação até o golpe de 1964, três presidentes defenderam o valor real do salário mínimo: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart. Neste período, Eurico Gaspar Dutra, que governou o Brasil de 1946 a 1951, foi o grande adversário do salário mínimo, deixando o seu valor ser corroído pela inflação. No governo de Gaspar Dutra, não foi concedido qualquer reajuste ao salário mínimo, que perdeu 40% do seu valor real.

    O salário mínimo alcançou um de seus valores reais mais altos exatamente um mês antes do golpe de março de 1964. Seu valor em fevereiro daquele ano, corrigido monetariamente para os dias de hoje, era um pouco superior a mil reais. Desde o início da ditadura até o seu fim, a tendência foi de perda do poder de compra do salário. Durante a ditadura, os ministros da Fazenda mais proeminentes foram: Otávio Gouveia de Bulhões, Antônio Delfim Netto e Mário Henrique Simonsen.

    No início dos anos 1960, apesar da inflação, João Goulart promoveu reajustes para defender o salário mínimo. No dia 24 de fevereiro de 1964, dias antes do golpe, o presidente João Goulart deu aumento de 100% para o valor do salário mínimo. No ano de 1963, já havia concedido aumento superior a 56%. Contudo, acreditava que o remédio definitivo seria a derrubada da inflação. No histórico comício de 13 março de 1964 na Central do Brasil, bradou:

    “Governo nenhum, trabalhadores, povo nenhum, por maior que seja seu esforço, e até mesmo o seu sacrifício, poderá enfrentar o monstro inflacionário que devora os salários, que inquieta o povo assalariado, se não forem efetuadas as reformas de estrutura de base exigidas pelo povo e reclamadas pela Nação.”

    Com o golpe de 1964 e a implantação da ditadura, um novo modelo econômico foi imposto. O pacto entre os militares e os empresários era pela promoção do crescimento econômico e realização de investimentos públicos e privados. E assim foi feito. Mas foi um modelo concentrador de renda que dilapidou o salário mínimo. A ideia que justificava esse modelo foi expressa pelo então ministro Delfim Neto que dizia que era necessário, primeiro, fazer o bolo crescer para, depois, distribuí-lo.

    O ambiente de repressão política e de sindicatos sufocados favoreceu o arrocho salarial, incluindo aí o salário mínimo. E, de fato, o bolo sugerido pelo ministro Delfim cresceu. O setor público fez grandes investimentos à custa da elevação do endividamento externo. O setor privado também fazia grandes investimentos financiados pela folga financeira devido à redução de custos que representava a folha de pagamento – além de favores concedidos pelos militares a determinados setores econômicos. O arrocho salarial não era uma maldade a mais do regime ditatorial, era sim um vetor importante do modelo econômico de crescimento e investimento. A ditadura durou 21 anos e, neste período, o salário mínimo perdeu, em termos reais, mais de 50% do seu valor.

    Durante a ditadura, a concentração de renda aumentou de forma extremamente significativa. A inflação, que era alta nos tempos de João Goulart, disparou. Além disso, o Brasil vivenciou grandes movimentos migratórios, do norte e do nordeste para São Paulo e Rio de Janeiro e do campo para as cidades. Sem empregos, renda e direito à moradia nas cidades, que representavam sonho e esperança, as favelas surgiram como alternativa e como problema urbano e social.

    O salário mínimo é um vetor de enorme importância para a sociedade brasileira. Quando é reduzido, promove degradação distributiva e desigualdade social. E o contrário é verdadeiro. Portanto, grande parte das conquistas sociais dos anos 2000 pode e deve ser atribuída à política atual de recuperação e valorização do salário mínimo, que hoje está no patamar do início dos anos 1960. Apesar da boa política de valorização do seu valor, ainda está no meio do caminho de sua recuperação e está longe do patamar da dignidade.

    Existe uma ameaça no ar. A regra atual de reajuste do salário mínimo terminará em 2015. Conselheiros do PSDB e da oposição orientam seus seguidores para pressionar pela quebra da regra porque o salário mínimo estaria alto demais. Estaria retirando competitividade das empresas. Pode-se perceber: o vocabulário é mais moderno. Mas é a velha ideia dos tempos da ditadura: menos salários para haver mais investimentos.

    Última mensagem: qualquer central sindical somente deveria apoiar um candidato a presidente em 2014 se e quando houvesse o compromisso de manutenção da regra atual que recuperou, nos últimos 10 anos, em mais de 70% o valor real do salário mínimo. O objetivo: manutenção da trajetória de recuperação do salário mínimo. A meta: um salário mínimo digno como vetor de mais justiça e igualdade social.

    URL:
    https://jornalggn.com.br/blog/brasil-debate/marcio-pochmann-quais-as-razoes-do-desconforto-de-alguns-com-o-atual-governo#comment-401574

  6. Por que a elite brasileira odeia tanto o salário mínimo

    Por João Sicsú—maio 25, 2014 15:19—–Blog da Economia Política,Revista Fórum/Portal Fórum
    A partir de 2004/05, houve uma grande melhora a favor dos trabalhadores no perfil distributivo da renda. O Brasil mudou a sua estrutura econômica. Construiu um enorme mercado de consumo para as massas trabalhadoras. Mais de 40 milhões de trabalhadores se tornaram consumidores regulares.

    Os principais responsáveis por essa mudança distributiva e pela ampliação da democracia econômica foram: o aumento do salário mínimo e a redução do desemprego. Nos últimos anos, o salário mínimo foi valorizado em mais de 70% em termos reais e o desemprego foi reduzido em mais de 50%.

    A elite brasileira não suportou. Seu DNA é de direita e conservador. Inventaram dois argumentos, um para cada objetivo, mas ambos conectados na narrativa da oposição – seja aquela representada pela mídia das famílias (Globo, Veja, Folha de S. Paulo e Estadão), seja aquela representada pelo seu braço político, os partidos de oposição (o PSDB e o PSB/Rede).

    Para combater a valorização do salário mínimo, argumentam que estaria alto demais e que o custo da folha salarial estaria retirando competitividade da economia, isto é, retiraria capacidade de investir das empresas. É uma visão interessada e ideológica, não tem base nas relações econômicas reais e nas experiências históricas.

    Salários não representam apenas custo, representam principalmente demanda, capacidade de compra, que é o que estimula o investimento. Sem a pressão do consumo “batendo na porta” e a tensão da baixa de estoques, os empresários não investem. Em verdade, o que os empresários não suportam não é a ausência de possibilidades de investimento (que, aliás, existem) – de fato, o que a elite não suporta é enfrentar engarrafamentos onde suas BMW’s ficam paradas por horas ao lado de milhares de carros populares… ao mesmo tempo, suas empregadas domésticas viajam no mesmo avião que viajam as senhoras esposas dos empresários.

    Para combater a redução do desemprego, levantam a bandeira do combate à inflação, que estaria descontrolada. Argumentam que há muito consumo e que isso estaria estimulando reajustes de preços. Novamente, um argumento desconectado da vida real. A inflação de hoje está no mesmo patamar dos últimos dez anos. Aliás, ao final de 2013, o Brasil completou a marca de dez anos de inflação dentro das metas estabelecidas. Querem mais desemprego simplesmente para colocar os trabalhadores de joelho nas negociações salariais. Esta é a verdade – nada a ver com combate à inflação.

    O investimento não tem crescido de forma satisfatória devido ao clima geral de pessimismo econômico criado pela mídia das famílias e por erros de política econômica cometidos pelo governo. Não tem nada a ver com o valor do salário mínimo. Aliás, existe financiamento abundante e com taxas de juros reais irrisórias no BNDES para a compra de máquinas, equipamentos e construção empresarial. E, para além disso, a inflação que é moderada está sob controle e tem sido resultado de pressões que vem basicamente de variações de preços dos alimentos – decorrentes de choques climáticos. Não há um excesso de compras generalizado, apesar da democratização do acesso a bens de consumo.

    O que é cristalino é que as elites (empresarial, banqueira e midiática) não aceitam que a participação das rendas do trabalho tenha, nos últimos anos, aumentado tanto na composição do PIB, tal como mostra o gráfico abaixo. O gráfico é da tese de doutorado de João Hallak Neto, defendida recentemente no Instituto de Economia da UFRJ, intitulada A Distribuição Funcional da Renda e a Economia não Observada no Âmbito do Sistema de Contas Nacionais do Brasil.

    renda trabalho PIB

    A consequência direta é que a participação no PIB das rendas do capital tem diminuído. Contudo, devemos reconhecer que o nível de participação das rendas do trabalho ainda é baixo. Mas o que assusta a elite é a trajetória constituída a partir de 2004-05. Assusta sim porque a elite é conservadora e de direita. É de direita porque quer manter privilégios a partir da concentração da renda e da injustiça social. A elite também é mentirosa e perigosa porque inventa argumentos relacionados ao controle da inflação e à necessidade de estímulo ao crescimento/investimento que não estão conectados com o que dizem, mas sim com o que sentem: querem a manutenção do seu poderio econômico e financeiro às custas da concentração da renda.

    Sobre o autor
    João Sicsú é economista, professor-doutor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi diretor de Políticas e Estudos Macroeconômicos do IPEA entre 2007 e 2011. É autor do livro Os dez anos que abalaram o Brasil. E o futuro? (editora Geração), entre outros.

    URL:

    http://www.revistaforum.com.br/blogdaeconomiapolitica/2014/05/25/por-que

  7. chupa (neo) liberais

    E tem gente aqui que defende com unhas e dentes a desregulamentação da economia (para a alegria das classes abastadas e sofrimento das oprimidas).

  8. OS OPOSITORES

    Os opositores à nova sociedade, seriam (em grande parte) os que tem poder econômico para comprar ingressos da copa e soltar váias contra um novo modelo ?

  9. ..inocentes uteis par alguem……não para o povo

    Prof marcio ;

    sua tese é factivel.

    Entretanto peca por achar que o fosso social do Brasil esta sendo combatido pela atual  elite politica.

    Quem tem que reagir é quem pensa não quem prcisa comer.

    A concepção ideologica de seu grupo politico  não é  expressa abertamente.

    Com isso  ocorre um estelionato social, politico e economico.

    Atuam como um  malfeitor que oferece o que o incauto precisa mas entrega outra e foge para usufruir do feito.

     

    Seu grupo politico terá meu apoio quando expressar  abertamente o que pretende : o poder pelo poder.

     

  10. Invstimento

    Na verdade o empresário brasileiro é avesso a qualquer tipo de risco. Só temos Grandes indústrias de base porque o Estado investiu. O empresariado sempre gostou de mamar no governo e insiste depois de tudo pronto que o estado é incompetente. Os empresários esquecem que o grande fiador do dólar sempre foi o mercado de consumo e que com a chamada “brasilianização” do país, o dólar tende a não mais se recuperar. 

  11. Invstimento

    Na verdade o empresário brasileiro é avesso a qualquer tipo de risco. Só temos Grandes indústrias de base porque o Estado investiu. O empresariado sempre gostou de mamar no governo e insiste depois de tudo pronto que o estado é incompetente. Os empresários esquecem que o grande fiador do dólar sempre foi o mercado de consumo e que com a chamada “brasilianização” do país, o dólar tende a não mais se recuperar. 

  12. Nós temos um traço cultural

    Nós temos um traço cultural de não dar nome aos bois. É a velha luta de classes que, por aqui, não ousa dizer seu nome. Afinal, somos cordiais, alegrinhos e também tratamos os empregados como se fossem da família.  Não tivemos nem uma revolução burguesa e nossa “elite” grita por qualquer conquista das classes populares ou trabalhadoras, seja lá que nome derem. Se a população beneficiária dessa nova forma de mobilidade social assumir o pensamento da burguesia, aí vamos nos tornar uma coisa muito esquisita mesmo

  13. O Gini não caiu

    O índice de Gini não caiu no último ano, esse é o meu motivo de insatisfação com esse governo.

    Essa idéia de que o motivo de descontentamento é o fato de que a mobilidade social tem se acelerado não parece se sustentar tendo em vista que a queda do Gini não tem se acelerado, tendo ao contrário zerado.

    Então essa idéia ou é wishful thinking, o que é difícil de acreditar tendo em vista que o autor está muito bem informado sobre todos esses indicadores, ou é pura propaganda para a militância, o que é fácil de acreditar tendo em vista a proximidade da eleição e o partido do autor.

  14. Será…………………

    Excelente análise, Márcio. Pena que os que estão nesta condição de ascensão social gera, conforme você diz – “O recente movimento de transição da sociedade móvel (origem social determina a posição a ser atingida no mercado de trabalho) para a sociedade fluida (movimento de ascensão independente da origem social) tem sido acompanhado de sucessivas reações negativas por parte de sociais privilegiados”. – esta insatisfação nos antes melhores aquinhoados, senão verdadeira histeria.

    Mas, mesmo com todas estas oportunidades dados pelos dois últimos governos, os privilegiados da hora irão entender estas sutilezas, e corresponderem para que isto continue?

    Tenho minhas dúvidas, e não será surpresa se, conforme diz o ditado, ” estas criaturas se voltarem contra o criador”!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  15. Quem não aceita a mobilidade social ?

    O Prof. e Pesquisador Márcio Pochmann, não deixa nenhuma dúvida em sua análise, sobre que está incomodado com as mudanças que ocorreram no Brasil, porem em nenhum outro tempo na nossa história republicana, tiveram tamanho alcance, como o que ocorreu na última década, quando todo aquele movimento da nossa economia, foi radicalmente modificado, com a chegada ao Poder, de um “time” rebelde, que reverteu os valores e o foco, até então dominante, que era mudar(os nomes) porem deixar tudo como estava.

    A iminência da iniciada metamorfose social iniciada em 2002, com o advento da administração popular do 1º governo Lula, que gradativamente começou a pagar a enorme dívida social, que o Brasil devia à sua classe pobre e média, e que ameaça ser definitivamente paga por inteira, na medida em que o cidadão tenha acesso a tudo que a Constituição permite-lhe, e ascender socialmente, ela arma-se e compra o apôio da mídia sua eterna parceira, para tentar barrar tal avanço social, que seria o comêço de uma revolução social, inaceitável pelas elites.

    É esta elite, e esta direita conservadora e herdeira da Casa Grande, que não quer que os nascidos pobres, tenham mobilidade social e desamarrem-se do tronco, e destruam as Senzalas,ainda existentes.

  16. Estava ontem esta ave em um

    Estava ontem esta ave em um momento de reflexão e contextualização com seus alunos falando deste momento de transição planetária quanto à produção de informação e formação do pensamento e conhecimento no âmbito da teoria do Planejamento e  o Brasil é um exemplo…não! Um Estudo de Caso. O destrinchar se deu para justificar a minha candidatura ideal: Dilma e Marina. Não gritem! Sinceramente não sei quem iria efetivamente ser a Presidenta (talvez Dilma pelo perfil), mas os extremos e os gargalos se complementam. Sou pelo diálogo dos contrários, quando profícuos e salutáveis. Contrários e contraditórios.Marina representa, teoricamente, o que temos de mais atual no campo da pesquisa acadêmica quanto a questão socioambiental e socioecológica (há diferenças brothers and sisters!)  inseridas no campo da gestão e do planejamento. Esqueçamos o seu lado religioso, que ela tem direito de tê-lo, mas não foi a toa que o país despontou  mundialmente sob a sua gestão no Governo Lula como emblemático nestas questões. Em contrapartida este modelo, abordagem ou perspectiva não caminhou quanto a questão economica, ou melhor quanto ao desenvolvimento entendido como crescimento econômico sua abordagem prega o decrescimento caso comprometa os recursos naturais. Em um país cuja biodiversidade e  abundância faz parte do nosso imaginário falar em descrescimento economico é um palavrão. Por sua vez a lógica do crescimento puxado pelo emprego para retirar as camandas miseráveis de seus estados de não geração de renda, produção e consumo são o carro-chefe do governo petista sob o qual Dilma não vira o leme. Foi e é um sucesso, mas quanto a questão socioambiental  e socioecológica tanto o Partido, como o Governo não têm uma identidade para representar a grandiosidade desta nação-continente que ainda está sob a logica das commodities. Não se pensa e nem se re-pensa. Vide o post sobre a nossa ausência no Protocolo de Nagoya (https://jornalggn.com.br/noticia/brasil-fica-de-fora-de-acordo-de-biodiversidade) ou para não ficar muito longe do nosso quintal a questão da água em SP.

    Então por que não? Falam e escrevem que com Eduardo se foi a terceira via. Discordo Cristovão Buarque. Sou da Geração que cresceu e viveu sob o jugo militar e o dualismo MDB-ARENA transformados depois em Ps para justificativa populista. E o Partido dos Trabalhadores rompeu esta lógica. Veio do operário, do trabalhador do que contrói a nação e o PSDB veio de onde? Comparar os dois partidos é apagar a história politica deste país. É querer ganhar o voto dos menores de 25 anos com um blefe… não! Com um apagão midiático-histórico. Vamos separar o joio do trigo. Temos DNA. 

    Então por que não? Se conseguimos romper uma estrutura de violência da liberdade de expressão cidadã um momento trágico em nossa história porque não conseguiremos romper a estrutura do pensamento e enfim seguirmos uma quarta, quinta, sexta via….Talvez não seja este o legado deste momento trágico?

    Eu creio… Quero e desejo sair desse quadrado  e por isso estou voltando pra casa para debater. 

     

     

     

    1. Utopia pura !

      Grauninha, que saudades !

      Fora o seu sonho(utopia ?) ser inimaginável, devido ao fato da Marina jamais aceitar ser vice de alguem, e não foi por outra razão que ela saiu do PT, quando não aceitou ser apenas uma “simples” Ministra do governo Lula, e sonhou alto, na primeira disputa, quando certamente iria “peitar” o partido que deu-lhe a legenda, nesta de agora, seria idêntico, ela iria tentar registar a sua Rede, e querer mandar sosinha, se eleita fosse. Então pare de sonhar, com uma aliança tão difícil, entre ela e Dilma.

      1. Raí querido! Ave voltando pro

        Raí querido! Ave voltando pro ninho… e tentando diluir essa ferocidade toda entre duas candidatas que tem o mesmo DNA…. Vou tentando….Talvez até me equivoque mas vou tentando diluir a pecha do “poder” em ambas as candidaturas.., um dia desses li o comentário de uma pessoa amiga que desde os temos mensalísticos vem criticando e posicionando sua decepção com o Partido dos Trabalhadores. Não uma crítica vazia sempre recheada de momentos de reflexão. Neste dia ela pontuou o seguinte que não era porque ela estava criticando o governo petista que isto a tornaria naturalmente um voto de direita. O que me fez pensar e transportar para os mais novos de 25 anos que a crítica e a reflexão fazem parte do nosso pensamento de esquerda, naturalmente de ruptura e emergente. Nem que isso seja no nosso próprio paritdo ou lógica, ou ética…Quem disse mesmo ” o cortar na própria carne”? Não sou filósofa, dou aula para as Engenharias… últimos períodos e busco fazer com que eles reflitam e possam nessa reflexão sentir, saber , conhecer e poder que podem romper as estruturas. Nada está dado. Nada está fechado. Nada é impossível. Caso contrário os manuais já teriam resolvido os problemas do mundo.  Senti uma inveja branca, se esta é possivel do texto de Sergior Greis sobre o Professor Nicolau Sevcenko (https://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/uma-homenagem-ao-gigante-nicolau-sevcenko#.U-0mrG8Vpzk.facebook) em que dizia: “

        “Nunca conheci alguém que fosse tão capaz de fazer uma defesa ao mesmo tempo tão qualificada, vigorosa e sensível a respeito da necessidade, da possibilidade e da viabilidade da emancipação humana. Nunca vi alguém que soubesse tanto a respeito das aporias da humanidade e que fosse tão firme e consciente em sua visão positiva a respeito da potencialidade das pessoas. Nunca entrei em contato com qualquer pessoa que conseguisse despertar, em cada um de nós, um desejo tão ardente e profundo pela transformação social. Nicolau nos fazia nos sentirmos capazes, todos os dias, de mudar o mundo, com o melhor das nossas forças, com a mais verdadeira das nossas intenções. Por meio de suas aulas e reflexões, ele nos incentivava a questionar todos os lugares comuns, todas as obviedades e tudo aquilo que fosse visto como supra-histórico: o trabalho, a natureza humana, a opressão. E cada ensinamento era feito com uma singeleza ímpar, pois Sevcenko possuía um olhar radicamente democrático, horizontal, plural, anti-professoral. Ele era capaz de transformar as discussões mais irrisórias e os posicionamentos supostamente mais infelizes de um ou outro aluno em oportunidades épicas de aprendizado coletivo – como ocorreu, certa vez, em uma aula/seminário a respeito do modelo de educação da Comuna de Paris, que passou da meia-noite e que manteve em sala, extasiados, mais de 150 alunos. O querido professor nos ensinava a sermos radicais com o coração mais aberto do mundo”.

         

        Por isso voltei…pelas potencialidades e vulnerabilidades que são dinâmicas e se transformam. 

  17. A mobilidade social no Brasil

    A mobilidade social no Brasil só pode ser comparada ao movimento que levou os cidadãos norte americanos a formarem a maior classe média do mundo. Há uma magnífica expansão distributivista em curso. Os segmentos mais estratificados da sociedade , assustados com a possibilidade de perderem status para os emergentes , reagem sob diversas formas , inclusive , apoiando a política imperialista das potências hegemônicas. A política do freio de mão puxado … 

  18. pochmann nos faz entender os

    pochmann nos faz entender os motivos pelos quais uma minoria que deitava e rolava nas décadas de 80 e 90 agora trenta detonar o governo progressista do pt.

    e fica clara a diferença entre as duas propostas:

    exclusão inerente às propostas da oposição

    ou inclusão social comprovada pelas realizações deste governo desde 2003.

  19. “Em geral, localiza-se no

    “Em geral, localiza-se no segmento detentor do maior nível de renda a parcela significativa de reclamações, o que possivelmente aponta para as dores do parto da nova sociedade fluida em construção no País.”

    Interpretação em três partes:

    “Em geral, localiza-se no segmento detentor do maior nível de renda a parcela significativa de reclamações, (rentistas).

    “o que possivelmente aponta para as dores do parto” da nova sociedade fluida em construção no País ( que aponta para as dores do parto são as metas de inflação projetando aumento da Selic)  “

    “… parto” da sociedade em construção no país”: nascer o Aésim eleito em 2015.

    Sociedade em construção no país se Dilma perder: Estado totalmente centralizado pelo BC, ou Anarquismo capitalista.

  20. Desconforto de alguns?

    O Pochmann tá perdendo o contato com a realidade, pelo visto. Ele ainda acha que as pessoas que não gostam do atual governo são aqueles 5% da época áurea da popularidade do Lula? 

    Segundo o Datafolha de 18/07, “a aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff caiu três pontos desde o início de julho e, atualmente, é avaliado como ótimo ou bom por 32% dos eleitores brasileiros (ante 35% em pesquisa realizada nos dias 1 e 2 de julho). O índice atual fica mais próximo do patamar pré-Copa do Mundo (33% na primeira semana de junho). A taxa de reprovação ao governo da atual presidente seguiu tendência semelhante: no início de junho, 28% consideravam a gestão da petista ruim ou péssima, taxa que caiu para 25% na primeira semana de julho, e voltou a subir, agora para 29%. A parcela do eleitorado que avalia o governo Dilma como regular é de 38%, índice estável na comparação com levantamentos anteriores. Há ainda 1% que não opinou sobre o desempenho da presidente”.

     

    Ou seja, 38% que acham o governo “regular” devem ter algum desconforto. Os 29% que acham o governo ruim ou péssimo… bem, esses acham o governo ruim ou péssimo. E isso deve ser mais do que “desconfortável”.

  21. não apenas

    Acho que o artigo capta algumas questões, mas não as limitações do modelo “lulista-desenvolvimentista” na falta de outra denominação, e o processo de desregulamentação e flexibilização do trabalho vigente.

    O modelo não privilegia a classe média, tendo dando atenção (o que é mais que justo e desejavel) a aos setores digamos desprivilegiados e também espraiandos-e melhor pelo territorio do país, nivelando melhor as oportunidades regionalmente.

    Também não ameaçou  o capital financeiro e favoreceu em parte o setor industrial. `Por outro lado assistimos a um processo serio de desindustrialização no país.

    E, principalmente, a flexibilização, terceirização, precarização do trabalho praticamente dominam as relações trabalhistas, com cada vez menos direitos e precarização da classe me´dia. Então uma parte da população torna-se “classe média” baixa( já dito que a denominação é inadequada pois trata-se de empregos de baixa qualificação) . Os empregos de melhor qualificação rareiam, os diplomas da maior educação e crescente educação superior ( formação de exercito de reserva da sociedade  de informação) cada vez mais são PIORES.

    As perspectivs ao final da vida são pessias para a classe media, as aposentadoria são ridiculas

     ENTÃOO MODELO ESTA PRECARIZANDO A CLASSE MEDIA E COBRA DELA (IMPOSTOS- paga-se mais imposto -percentagem como assalariado- como capital financeiro( 27% IR para assalariados com maior renda é mais do que se cobra pelas aplicações financeirs, se não e engano 22% no máximo), multinacional( não se paga imposto quando é lucro enviado daqui), e tantas outras situações fora a sonegação..

    Portanto a classe média é  e está asfixiada pelo modelo. Então não é só ideologia, é a economia em si mesmo. É a economia estupido!, diriamos(não estou chamado Pochman de estupido  … não é este o sentido da citação)

    Porque a nova geração “descolada” – a classe media que sai do forno das universidades  vai acreditar na proposta que tem pela frente? Ela não tem boas perspectivas ( e não se garante mais pelo passado, como o artigo aponta).

     

    Vai cair na rede de Marinas Silva da vida já que é despolitizada e cercada da desinformação reinante e da anabolia da discussão politica também reinante. Entre em qualquer universidade e veja-se o que(não) há.

    Apesar desse cenario, as pessos e joves procuram enfrentar seus dilemas e estão sós. e seja dita a verdade os governos do PT NÃO ESTÃO APRESENTANDO perspectivas para os problemas que apontei.

    Excesso de mão de obra qualificada para não existencia de empregos qualificados e flexibilização generalizada. Familias de classe me´dia desesperads sem recursos ao final da vida. perda de seguro saude por não poder pagar, idosos maltratados em péssimos hospitais( das seguradoras).

    Filhos dependurados nas antigas rendas ( imobiliarias e outras- salarios dos idosos antigas aposentadorias); o filho perdeu emprego aos 45 anos( engenheiro) e a partir dai só tem emprego precarizado, por exemplo. Tantas estorias. Nada disso aparece nas analises da esquerda que está no poder. Ela recebe salario continuo do estado!

    Penso realmente que um ds problemas da esquerda hoje é enfrentar melhor a questão da classe media no Brasil.Acho a nálise da esquerda- ela sim, ainda muito ideológica( a classe media é reacionaria e fica por ai).

    Além do mais não creio nessa visão: A classe me´dia é DIVIDIDA ideologicamente. Toda a intelectualidade de esquerda que faz estas analises é de classe média!

    e acho que é muito mais fluida e contraditoria ideologicamente que estes “cliches” a priori conceituais com que tem sido compreendida pela esquerda.

     

    Lenin, Che Guevara, Marx!

    Acho as análises sobre a classe média o Brasil hoje realmete insuficientes.

    Nessas , dada a desinformação midiatica e a desinformação da esquerda em relação a ela, a falta de politicas , e pricipalmente a asfixia que esta sofrendo e invisibilidade em que vive e os dilemas que enfrenta ( pela ideologia da própria esquerda) tem mesmo que cair de braços na mão da direita.

    E o país será cada vez mais de classe media.A sociedade da informação assim é. Mas é PRECARIZADA, 

     

     

     

  22. Meu desconforto é com a

    Meu desconforto é com a frouxidão de Dilma. Concordo que temos deser neutros em quase todos os assuntos, mas temos de tomar posições sérias se queremos ser uma potencia global com cadeira na onu!

    Mas até hoje que eu me lembre Dilma só tomou uma atitude sobre a espionagem americana!

  23. continuando

    continuando sobre  a falta de percepção sobre os dilemas da classe me´dia pelos governos lulistas e de Dilma em particular.(Caiu o documento onde escrevia)

    Parece ainda que Economia brasileira passa por uma transformação na qual os empregos criados(muitos) são de baixa qualificação.

    COMO ANDAM OS EMPREGOS CRIADOS PARA CLASSE ME´DIA- DE MEDIA PARA CIMA?

    Estão crescendo, acompanhando o crescimento da escolarização? ( hoje diploma não vale muito- então o que determina a ascenção social na

    sociedade movel?)

    Estes alunos saem da universidade e seu diploma ão lhes garante o que garantia antes.A seus pais ou a seus projetos.Estou cansada de ver jovens formados tendo diante de si empregos precarios, um exercito de reserva de serviços(a universidade e seu espraiamento também faz este triste papel no modelo)

    Dou aulas em universidade Publica e ja dei em universidades privadas e SEI da falta de perpectivas de nossos alunos.

    Os funcionarios estão desmotivados e muitos docentes também, pois o salario não esta bom. As condições PIORARAM em relação aos docentes anteriores. Agora, com o fim da aposentadoria o serviço publico MUITO MAIS.

    Era pior, muito pior nos anos FHC.

    Mas não está bom.

    votarei na Dilma , mas não  gosto quando vai na CNI e fala em terceirização menos precaria. não gosto quando tirou TANTOS imostos para as empresas brasileiras( entendo sim  a questão economica a qual responde) e NÂO atende oas assalariados servidores.

    Então neste aspecto este Não é um governo dos trabalhadores. Os trabalhadores de classe me´dia também são trabalhadores.Ou quando a tabela de Irenda é menor que a inflação. e os aumentos para as federais são abaixo da inflação. então aumenta-se abaixando. isso é arrocho!levemente administrado mas é.

    resumindo o atual modelo não VE a classe  média media para cima, não a entende, não oferece perspectivas e precariza os empregos que se perdem enquanto qualidade.

    Onde estão sendo criados empregos de qualidade em serviços?

    Não sei o que dizer a meus alunos. tentamos nós e les ver o que há, as estão faltando politicas publicas nesse sentido. O pronatec, os IFRns são grandes politics publicas nesse sentido- mas  a oferta de emprego e sua qualidade precisa ser melhor inserida nestas análises sobre a “classe média!.

    Como está, fica uma espécie de tijolo ideológico sem fissuras, contradições e principalmemte realidade.

    O modelo vem asfixiando a casse edia que grita! edstá gritando mal e e parte pela CEGUEIRA do pro´prio governo federal. 

    sera que não percebe que fivcar enumerando numeros e repetindo sem parar Pronatec, Minha casa minha Vida etc etc. Faltam PERSPECTIVAS.

    Marina ganha votos porque acena com perspectivas . NADA criveis,mas é a iagem que criou.

    A juventude ea classe média esta sem perspectivas e é isso que também está atras da rejeição ao governo federal.Nesse sentido a plataforma do Pt esta realmente velha.

    e é este o perigo desta eleição. E parece que o staff que cerca Dilma nada percebe.

    E LulaNAO é referencia para as novas gerações.

    Marina é simplesmente uma imagem , a cortina de fumaça verde para a vota do eo-liberalismo  no governo. Mas o discurso do novo e a imagem  que tenta colar, responde a PROBLEMAS REAIS E APROBLEMAS REAIS que o Governo Dilma e a geração de esquerda que a cerca ainda não viu.

    ESTA NA HORA DE VER.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  24. A mobilidade social incomoda

    A mobilidade social incomoda o sentimento de burguesia, por que pra muitos lugar bom é o “selecionado”, onde não é possível a presença do pobre!!

  25. A mobilidade social incomoda
    A mobilidade social incomoda o sentimento de burguesia, por que pra muitos lugar bom é o “selecionado”, onde não é possível a presença do pobre!!

  26. Prouni aliado ao Bolsa-Família etc.

    Prouni aliado ao Bolsa-Família significam redução de disponibilidade de mão-de-obra quase gratuita para quem era de classe-média ao longo dos anos 1980/1990. Quem não conhece a famigerada choradeira “não consigo mais arrumar empregada doméstica”?

    Por outro lado, o maior acesso a cursos de nível superior significa uma muito maior concorrência pelas boas vagas disponíveis no mercado de trabalho. Como não ter tomado conhecimento da cantilena “meu filhinho, tão capacitado, com dimploma da melhor universidade privada da cidade, não arruma aquela vaga como auditor na Receita Federal, local onde eu mesmo trabalho”? 

    Esse é o viés positivo – para o governo – da insatisfação das pessoas com o governo. Mas é preciso não esquecer que começa a surgir insatisfação consistente mesmo entre quem foi beneficiário da maré de ascensão social dos últimos anos. O jogo ainda não está ganho – a história ainda não findou. Marina tentará remar nessa maré de insatisfação – que existe, sim.

  27. De onde vem o “desconforto”?!!

    Não faço parte dos “nascidos em berço de ouro”, pelo contrário. Acredito que nossa sociedade venha progredindo, sim. Acredito nas políticas de inclusão social. Acredito na manutenção da democracia, “conquistada” com suor e sangue de muitos brasileiros. Acredito, também, que a insatisfação ainda presente na população venha do fato de sabermos que o processo de transição para uma sociedade verdadeiramente democrática ainda não foi completo, que ainda somos manipulados e que a corrupção, existente em todo lugar, é fortemente potencializada e aceita pelas nossas autoridades. Sei que toda esta engrenagem burocrática vai demorar um tempo para mudar, mesmo porque tudo tem que ser feito legalmente e democraticamente. Só tem um detalhe: nenhum cidadão que tanha os olhos da consciência aberto, vai se calar enquanto houver tanta corrupção! Tenho paixão e admiração pelo quarto poder – os meios de comunicação, que foram responsáveis por grandes conquistas. Temo qualquer tipo de intervenção na liberdade de impresa. Um país democrático serve  a toda sua população, incluindo classes sociais, raciais, religiosas etc distintas. Em suma, a insatisfação da população não vem só da velha sociedade detentora do poder, mas é natural que o povo se expresse para que haja lapidação. “Paz sem voz, não é paz, é medo!”

  28. Um festival de falácias!
    O
    Um festival de falácias!
    O governo do PT não fez NADA pela mobilidade social, pois ao promover a volta da inflação vai penalizar de novo os mais pobres!
    Pior do que o fomento da pobreza material do povo, é esmerar-se na pobreza intelectual. Como faz o Pochman ao atribuir ao ressentimento pela assenção social a crítica que se faz ao PT. Como se a oposição ao PT fosse composta por sádicos, que detestam pobres.
    Faço minhas as palavras de Marcelo Madureira, humorista da Lista Negra do PT: eu não tenho nada contra os pobres, sou contra a pobreza.
    Já o PT só sobrevive se o país for pobre e dependente de políticas assistencialistas!

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