Jornal GGN – Em sua coluna na versão brasileira do El País, Eliane Brum analisa e questiona a razão pela qual Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, permanece como um personagem central na vida política, mesmo depois das denúncias sobre suas contas na Suíça. Para Eliane, “até o mais obtuso sabe” que o deputado continua no centro dos holofotes porque “ainda tem utilidade para os projetos de poder de um lado e de outro”, argumentando que, entres os dois lados, não há oposição, já que a pauta conservadora já foi estabelecida e o que se disputa “é o poder de executá-la”. Leia mais abaixo:
Do El País
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de pessoas, de bens, de animais de estimação…
e agora esta novidade, sequestro de cargo
desenhando:
sequestro
mantenho em cativeiro
provam que sequestrei
algumas pessoas confirmam
mas e a vítima, continuará lá, em cativeiro, até o último recurso ou pelo princípio de presunção da minha inocência?
Li na diagonal o artigo de
Li na diagonal o artigo de Eliane (prometo lê-lo e comentá-lo com mais cuidado depois). Mas de saída já se percebe que a jornalista também faz política, não pelo que diz ou escreve, mas pelo que sugere ou omite. O jornal El País, para o qual Eliane escreveu este ensaio, é o mesmo que cometeu aquela barrigada histórica, matando Hugo Chávez, quando este era submetido a tratamento de câncer, em Cuba. Ou seja, o jornal produziu uma notícia mentirosa porque desejava a morte do líder venezuelano. Eliane sabe dessa e de outra barrigas e notícias criminosas divulgadas na imprensa. O erro crasso de Eliane é colocar todos os políticos e partidos na vala comum do crime, da corrupção e da iniqüidade. Ela generaliza e coloca o governo, o PT e os que apóiam o governo no mesmo saco que Eduardo Cunha, a oposição golpista e outros atores da política como sendo igualmente patifes e criminosos. Assim como a unanimidade, a generalização é, na maioria das vezes, burra; e muito burra.
Os leitores também sabem que Marina Silva e sua ‘Rede’ são as queridinhas do jornal espanhol. Sobre as incoerências de Marina, sobre as circunstâncias não explicadas da morte de Eduardo Campos e sobre a propriedade da aeronave em que o candidato viajava nem Eliane nem o diário para o qual escreve jamais publicaram uma análise crítica.
Eduardo Cunha é perverso. Mas não foi este artigo de Eliane Brum que me convenceu disso. Aliás, para saber que Eduardo Cunha é perverso este artigo é desnecessário.
Perverso também é esse sistema
Sabe o que ha, prezada Eliane, ha que a imprensa, essa onde você trabalha e mais o PSDB, aquele que perdeu, mas quer levar a qualquer custo, mesmo que nos custe uma guerra civil, não querem descartar o Cunha tão rapido. Apesar da insinuação de que o PT ou o governo proporam um acordo ao Eduardo Cunha, é a dupla midia-psdb que não deixou o Cunha cair ainda. Apenas isso. O resto é bobagem.