Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

Luis Nassif

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  1. A fuga de cérebros da Alemanha nazista
    A fuga de cérebros da Alemanha nazistaLivro reconstitui história da diáspora de cientistas judeus refugiados em outros países Por: Rafael Barifouse  Quando Adolf Hitler chegou ao poder em 1933, ele queria levar a Alemanha a uma nova era de glória. Ele resgatou a segurança e prosperidade do país, o exército alemão — orgulho nacional — foi recriado e seu programa de obras públicas era invejado em vários países. Mas após três meses como chanceler, cego pelo seu anti-semitismo, ele comete um erro: promulga as leis de ‘reconstrução da administração pública’, que proibiam pessoas de origem não ariana de trabalhar no serviço público. Cerca de 25% dos cargos em universidades públicas eram ocupados por judeus. Sem poder continuar suas pesquisas, milhares de cientistas e acadêmicos buscam refúgio em outros países, sobretudo Grã-Bretanha e Estados Unidos. Em O presente de Hitler , a editora Jean Medawar e o médico David Pyke narram a história de alguns desses homens e mulheres, muitos dos quais construíram em ‘território aliado’ carreiras de sucesso. É possível traduzir em números a perda do material humano: até 1932, a Alemanha havia ganho 33 dos 100 prêmios Nobel de ciência; nos 27 anos seguintes, esse número se reduziria a oito. Até então, a supremacia germânica era indiscutível: conjugava força militar e eficiência econômica, tendo a pesquisa científica como base para a indústria. Mas a ciência alemã sofre um grande golpe com o nazismo. Seu antiintelectualismo ditava que a universidade devia priorizar a ciência militar, além de formar a vontade e o caráter dos estudantes. Apenas no primeiro ano de governo, cerca de 2.600 acadêmicos saíram do país. Diante das medidas alemãs, esforços para receber refugiados foram iniciados na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Associações de auxílio foram criadas, custeadas por doações, principalmente de judeus, pois uma das condições para os ‘salvamentos’ era que eles não gerassem custos adicionais ao Estado e às instituições que os recebiam.    A queima de livros em praça pública em 10 de maio de 1933 simboliza o antiintelectualismo do regime de Hitler  A fuga em massa de cérebros tirou da Alemanha alguns dos mais brilhantes nomes da ciência do século 20, como os físicos Erwin Schrödinger e Max Born ou o bioquímico Hans Krebs. O mais célebre de todos, porém, é o criador teoria da relatividade, Albert Einstein.Quando Hitler assumiu, Einstein — que era judeu e pacifista — estava nos Estados Unidos e por lá ficou. Passou a trabalhar no novo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, onde seu único dever era pensar. O irônico é que sua contribuição não foi científica, mas política. Suas descobertas mais notáveis haviam sido feitas na juventude, ainda na Suíça e na Alemanha. Mas ao renunciar à cidadania alemã e à Academia Prussiana de Ciência, Einstein virou um símbolo mundial de oposição e desprezo ao nazismo. Baseados em pesquisas e entrevistas, os autores retratam com fidelidade a história de coragem de pessoas que não tiveram outra opção a não ser deixar tudo para trás. Muitos reconheceram que os recursos dos países que os acolheram foram imprescindíveis para suas descobertas. Iniciados no meio científico terão mais facilidade para reconhecer os nomes e teorias citados na obra. Mas o texto claro e fluido torna a leitura agradável, recomendada para quem quiser conhecer um outro lado da Segunda Guerra Mundial.    O presente de Hitler – cientistas que escaparam da Alemanha nazista Jean Medawar e David Pyke   http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/historia-da-ciencia-e-epistemologia/a-fuga-de-cerebros-da-alemanha-nazista/

  2.   Aqui vai um fora de pauta

      Aqui vai um fora de pauta muito em pauta, de minha modesta lavra.

      Tenho algumas coisas a dizer sobre nosso futebol e nsso caráter nacional.

      Felizmente, a derrota de 7 x 1, a “que não pode ser mencionada”, já é coisa de anteontem, mesmo que vá ser lembrada por muito, muito tempo. Enfim, já dá para olhar pra trás e buscar a causa, ou causas, e a seguida as soluções; até agora muitas surgiram, buscando mudar TUDO, reformar TUDO.

      Ledo engano, minha gente. Pouco há que reformar, mas a solução não é simples como o diagnóstico. Explico para quem quiser ler.

      1) Cartolas? Yes, nós temos cartolas, e bem atrasados. Mas atrasados em relação a quê? A Espanha também os têm, e estão instalados em diversos clubes, a começar pelo incensado Real Madrid. Verdadeiros mafiosos – e lá vai o Chelsea, na insuspeita Inglaterra, que não me deixa mentir, clube capitaneado por bilionário russo, e só a expressão “bilionário russo” deveria fazer levantar a sobrancelha de todos.

      2) Jogadores exportados desde cedo? Claro que isso prejudica. Mas não explica. Ou alguém vai me contar por qual milagre a Argentina de Messi está na final. A Argentina de MESSI, o craque que foi para a Espanha ainda em fraldas.

      3) A insistência em técnicos do passado? Mas… não é a permanência o segredo dos outros? A Alemanha de Low mantém o mesmo conjunto técnico desde 2000. O Manchester era o time de um treinador só, o ancestral Alex Ferguson. Essa solução é irmã de outra, que sugere que…

      4) Felipão é um técnico ultrapassado? POMBAS, foi o cara que nos levou à conquista em 2002! De mais a mais, estivéssemos na final aposto minhas parcas poupanças que muitos lembrariam de louvar o espírito de grupo, a “família Scolari”. E a final não estava tão longe, minha gente! A mesma Alemanha que nos humilhou é a Alemanha que empatou com a poderosíssima seleção de Gana, é a Alemanha que ganhou já nos créditos do filme da quase imbatível Argélia – e não me consta que Gana e Argélia tenham dirigentes modernos, craques mantidos no país, e por aí vai.

      5) A emotividade de nosso escrete? Não. Não, não e não, não aceito essa. Querem grupo mais emotivo, mais apaixonado, mais fanático que o argentino? O argentino é o sujeito que sustenta contra o mundo todo que Maradona é maior que Pelé, que defende a seleção “hasta la muerte”. O argentino não suspeita, ele sabe que é bom, ele tem certeza de que é o melhor. Perto deles somos tranquilos, quase glaciais. E lá vão eles para a final, disputa que tudo resolve, tudo explica, tudo absolve.

      Z) O grupo brasileiro é fraco? É e não é. Nem vou falar de novo da Argélia. Poderia falar dos Estados Unidos, da Costa Rica, até da Bélgica. Enfim, ao mesmo tempo que é a pior seleção desde a Copa de 90, é mais forte que esses – e nada mais digo do MESSI & sociedade anônima F.C.

      Enfim, então o problema? O problema é, ainda, o espírito VIRALATA, meus amigos. Ainda é a água na lata de queijo Palmyra. Sim, nossos cartolas são ruins, até nefastos, mas não são nossa exclusividade; nossos jogadores são em sua maioria expatriados cedo, mas sou veterano o suficiente para lembrar que não faz muito a “falta de experiência internacional” era tida como ponto fraco; a insistência no passado por vezes prejudica, mas o velho “quebra tudo e faz de novo” não é sempre a melhor solução; a paixão sem autoestima enfraquece, mas a paixão não deve ser largada na esquina, e por aí vai.

      O que derrubou de forma histórica nossa seleção foi o “apagão emocional”. Foi a tremedeira nas pernas. Foi o “não vai ter copa” – não o grito por melhorias, mas o sentimento que sustentou muitos de seus entusiastas: a ideia de que só podemos receber visitas apenas quando tudo estiver em ordem, apenas quando cada criança puder fazer Doutorado e tomar Haagen-Dasz de sobremesa, quando estiver disponível banda larga de 100 mega na última oca da última aldeia.

      Os frios alemães deitaram e rolaram sobre nossa viralatice, a nossa certeza de que, na hora H, um revés é um desastre. Foi isso, e apenas isso, que transformou um revés em um desastre. Agora toca buscar de novo uma vitória consagradora, uma nova Suécia ’58 para nos redimir. Mas já aviso: ela não virá apenas de novos e modernos dirigentes, de segurar nossos jogadores aqui, da imitação de um caráter frio que não temos e nunca teremos. Ela virá quando o brasileiro não apenas suspeitar, mas SOUBER QUE ELE É DOS BONS. E não estou falando de futebol – nem de invadir o país vizinho para calar aquelas malditas musiquinhas.

  3. “A função da verdade é

    Foto

    “A função da verdade é aparecer. Hoje isso aconteceu. Sem maquiagem”
    “Marketing não ganha jogo. Ganha dinheiro.”
    Conceição Lemes sobre o jogo Alemanha 7 x Brasil 1.
     

    A necessidade urgente de mudanças na estrutura dos esportes no Brasil não é novidade e nem se deve ao fracasso no jogo contra a Alemanha.

    Tem sido motivo da excelentes reportagems na revista Carta Capital, como a edição on line de 06/09/2013r:

    No esporte brasileiro, a luta é por democracia

    A aprovação de dois projetos que mudam as regras de atuação das entidades esportivas abre ofensiva contra os senhores feudais do esporte

    É cedo demais para otimismo, mas dois projetos aprovados nesta semana no Congresso podem colocar fim ao domínio de uma determinada classe de dirigentes sobre as federações e confederações esportivas brasileiras. Na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado foi aprovado o parecer favorável (em PDF) da senadora Lídice da Mata (PSB-BA) a um projeto (em PDF) apresentado pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). O relatório altera de forma substancial do artigo 23 da chamada Lei Pelé, que trata dos estatutos de entidades de administração do esporte, e veta mais de uma reeleição consecutiva para qualquer dirigente, incluindo aqueles que já ultrapassaram o limite fixado. O projeto também torna inelegíveis os cônjuges e parentes consanguíneos de dirigentes esportivos para suas sucessões imediatas.

    Em outra frente, foi aprovada por uma comissão mista (envolvendo deputados e senadores) a medida provisória 620, que também altera a Lei Pelé. A MP 620 também proíbe mais de uma reeleição, mas impõe outras alterações na administração esportiva, abrindo espaço para a participação de atletas e comissões de ex-atletas na gestão e nas eleições das federações e, mais importante, obrigando as entidades a se adequarem a novas regras de transparência para receber dinheiro público, que entra em seus caixas por meio de lei de incentivo ou convênios com o Ministério do Esporte.

    Impacto. As duas medidas – o fim da reeleição indefinida e o estrangulamento do financiamento público para entidades pouco transparentes – devem abalar as bases da administração esportiva no Brasil.

    Em agosto de 2012, CartaCapital mostrou na reportagem “Como derrubar os senhores feudais” que a manutenção de um mesmo dirigente no comando das federações esportivas é a regra no Brasil. Naquele momento, dez federações tinham o mesmo presidente há pelo menos dez anos – Atletismo, Desportos Aquáticos, Handebol, Canoagem, Vôlei, Tênis de Mesa, Tiro com Arco, Triatlo, Judô e Pentatlo Moderno. Nove delas continuam com o mesmo administrador. O único fora do posto é Roberto Gesta de Melo, o recordista, que esteve por 27 anos à frente da Confederação Brasileira de Atletismo e deixou para trás um esporte devastado.

    Na mesma reportagem, CartaCapital mostrou como a interação entre a permanência indefinida de dirigentes e o controle sobre verbas públicas cria proto-ditaduras. Isso se dá em duas dimensões. A primeira é dentro de uma federação, e o exemplo mais claro vem do judô. Nos anos 1990, os campeões olímpicos Aurélio Miguel e Rogério Sampaio ficaram três anos fora de competições oficiais por conta de uma disputa com os Mamede, família que comandou o judô brasileiro por anos em meio a inúmeras denúncias de irregularidades.

    A segunda dimensão é a mais grave. Há 18 anos no comando do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman é uma figura intocável. Isso porque é o presidente do COB quem determina o destino e o repasse das verbas para as 28 federações que compõem o COB, tornando qualquer embate virtualmente desastroso para seu opositor. Nuzman só pode ser desafiado por um candidato que obtenha o apoio de dez federações. Em resumo, para concorrer com Nuzman em uma eleição do COB, é preciso que dez esportes diferentes coloquem parte de seu financiamento sob risco e banquem um candidato alternativo.

    O lobby dos dirigentes. A aprovação dos dois projetos deve provocar uma reação dos parlamentares ligados aos cartolas. Desde o ano passado, o COB se diz contrário ao projeto de Cássio Cunha Lima. A entidade defende o que chama de “autonomia das entidades esportivas” e pede que a gestão de um dirigente seja analisada sob a ótica “dos resultados e das conquistas alcançadas”.

    Na disputa para manter as coisas como estão, o COB contará com uma aliada importante, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), xodó da chamada “bancada da bola”, sempre atenta aos interesses dos dirigentes esportivos. Essa bancada deve se mobilizar não apenas para proteger a CBF (e o COB e as federações de esportes olímpicos por tabela), mas também os clubes de futebol – está em curso no Congresso uma nova tentativa de anistiar as dívidas dos times de futebol com o poder público, avaliadas em cerca de 3 bilhões de reais.

    A proteção aos interesses dos cartolas no Congresso não é uma novidade. Há 30 anos existem tentativas de aprovar projetos que exijam transparência e democracia interna nas entidades esportivas. Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) não há dúvidas de que a bancada da bola vai se mobilizar. No caso do seu projeto, que foi aprovado de forma terminativa na Comissão de Educação e agora vai à Câmara, Cunha Lima “passou a bola” para o deputado federal Romário (PSB-RJ). Seu objetivo é tornar o ex-jogador referência no debate e dar visibilidade ao projeto, para não deixá-lo cair no esquecimento.

    O poder dos parlamentares ligados aos cartolas pode estar sendo reduzido, no entanto, como mostra o avanço dos dois projetos nesta semana. “Atribuo a aprovação a uma conjunção de fatores, que vão desde o processo de convencimento dos colegas senadores, à atuação de ex-atletas como Ana Moser e Raí [da ONG Atletas pela Cidadania], passando pelas manifestações de junho que provocaram transformações no Brasil”, diz Cássio Cunha Lima em entrevista aCartaCapital. A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) concorda. “Projetos que estavam parados há anos, obstruídos por interesses minoritários mas poderosos, acabaram por ganhar luz e força”, disse a senadora (leia a íntegra da entrevista).

    Para os dois parlamentares, a realização da Copa das Confederações e a aproximação da Copa do Mundo-2014 e dos Jogos Olímpicos-2016 aumentam a pressão sobre o Congresso. “A atuação [da bancada pró-cartolas] fica cada vez mais limitada, camuflada. A tese que defendem, de permanecer no poder indefinidamente, é uma tese que, na crítica coletiva da sociedade, não é mais sustentável”, diz Cunha Lima. Não é para menos: cada vez mais, percebe-se que o dirigente esportivo luta por seus interesses, e não pelos do esporte brasileiro.

  4. Psicólogos apontam as falhas

    Psicólogos apontam as falhas que levaram o Brasil a passar vexame na Copa – UOL (http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/10/psicologos-apontam-as-falhas-que-levaram-o-brasil-a-passar-vexame-na-copa.htm)

     

    Como poucas vezes na história das eliminações do Brasil, o fator emocional foi protagonista. Depois do choro em fases anteriores, a seleção passou pelo maior vexame de sua história sofrendo uma pane em campo, com jogadores correndo para todos os lados, quase sempre fugindo das próprias posições.

    Pensando nisso, o UOL Esporte consultou especialistas da psicologia esportiva para uma autópsia da queda da seleção. E os erros, segundo os especialistas, são muito anteriores à semifinal da Copa do Mundo.

    Faltou estratégia
    “Eu não deposito todas as aflições na questão psicológica. Deposito no fato deles entenderem que estavam desorganizados, sem liderança. Isso resultou naquela correria em campo. Não é só psicológico. Eles tinham noção de que não tinham equiparação à outra equipe”, disse Katia Rubio, psicóloga e professora da USP.

    É como se os jogadores vissem, em campo, que tudo o que pensaram para a partida deu errado. Depois de dias de preparo, a Alemanha jogou treinos, palestras e estudos da seleção no lixo, abrindo 5 a 0 com 30 minutos de jogo. Sem um contragolpe tático e estratégico que reequilibrasse a partida, cada um tentou resolver por si.

    Faltou liderança
    Na visão dos especialistas, o time não teve um líder dentro de campo, alguém que acalmasse os companheiros e evitasse a pane que transformou a derrota em vexame. Thiago Silva, suspenso, deveria cumprir esse papel, massa postura nas oitavas, quando se afastou dos companheiros na cobrança dos pênaltis, colocou o capitão em xeque.

    “O David Luiz mostrou esse potencial quando teve espaço para isso. Poderia ser um líder se fosse formado para um espaço que o Thiago não conseguiu ocupar. Se tivesse tido mais tempo de trabalho, quem sabe”, avalia João Ricardo Cozac, presidente da Associação Paulista de Psicologia do Esporte.

    Faltou experiência
    O Brasil tem média de 27,8 anos. A algoz Alemanha, por exemplo, tem 25,7 anos de média. Não dá para dizer que o time verde-amarelo seja novo, nem que seja exatamente inexperiente. Dos titulares da tragédia, seis já têm um título continental de primeiro escalão no currículo. A Copa do Mundo, porém, era uma experiência inédita para boa parte da turma.

    “A pressão de jogar a Copa no próprio país é muito grande”, disse João Ricardo Cozac.

    O perfil do grupo também pode ter a ver com essa falta de “malandragem”. “O técnico brasileiro tem mania de exaltar os homens do elenco, falar em valores. Há um preconceito contra os chamados bad boys. Um time campeão tem seu bad boy”, avalia o psiquiatra Roberto Shinyashiki.

    Falha de motivação
    Felipão vacilou justamente na sua especialidade: a capacidade de mobilizar um grupo. No meio da competição, o treinador meteu os pés pelas mãos ao revelar, em uma conversa com jornalistas mais próximos, que se arrependeu de ter chamado um dos 23 jogadores de seu elenco. O discurso, apurou o UOL Esporte, não caiu bem entre os atletas.

    “Isso é um desastre para a equipe. Cada jogador fica no seu dormitório pensando que é com ele”, diz Katia Rubio. “Dizer que se arrependeu é uma catástrofe. Felipão conduziu muito mal essa questão”, disse João Ricardo Cozac.

    Mudança de status
    Quando a competição começou, Carlos Alberto Parreira disse que o Brasil estava com uma mão na taça. Era a confirmação da teoria de Felipão, que havia garantido o título em entrevistas meses antes. Não bastasse a pressão enorme nas costas dos jogadores, a comissão técnica deu um passo atrás quando o mata-mata começou.

    “É normal que a gente sinta algum incômodo, alguma ansiedade, principalmente em mata-mata, quando a gente não pode errar e perder. É normal que a gente fique mais assustado e nervoso, não é por ser no Brasil. A gente sabe que a cada fase que a gente passa a gente tem mais chance”, disse Luiz Felipe Scolari antes do jogo contra o Chile, nas oitavas.

    “Isso desarticulou os atletas. De uma hora para outra o time deixou de ser o favorito?”, disse João Ricardo Cozac.

    Faltou psicologia de verdade
    Nada contra Regina Brandão, diga-se. “Ela não é um pouco competente não, ela é muito competente”, adverte Roberto Shinyashiki. Só que a presença da psicóloga na seleção foi menos constante do que gostariam os especialistas. “Você tem de ter o psicólogo como parceiro, e não como consultor. A psicologia do esporte tem mais a oferecer que essa metodologia de trabalho”, disse João Ricardo Cozac.

    Regina foi à Granja Comary no início da preparação para traçar perfis dos convocados. Depois, acompanhou tudo de longe e só voltou a ter contato com os jogadores depois de um pedido especial de Felipão, depois do time superar o Chile nas oitavas.

    “Você vê a Alemanha, que tem um trabalho de base nos aspectos tático, físico e psicológico. Eles têm psicólogos do esporte monitorando as concentrações desde os times menores’, explica Cozac. 

  5. MTE atualiza “lista suja”de

    MTE atualiza “lista suja”de empregadores que usam trabalho escravo

     

    O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou cadastro de empregadores flagrados explorando mão de obra análoga à escrava no país. No registro atualizado, foram incluídos 91 nomes de empregadores. Por outro lado, 48 empregadores foram excluídos do cadastro conhecido como “Lista Suja”, em cumprimento a requisitos administrativos.

    Com atualização, documento passa a conter 609 infratores, entre pessoas físicas e jurídicas com atuação no meio rural e urbano. Desse total, o estado do Pará apresenta o maior número de empregadores inscritos na lista, totalizando cerca de 27%, seguido por Minas Gerais com 11%, Mato Grosso com 9% e Goiás com 8%. A pecuária constitui atividade econômica desenvolvida pela maioria dos empregadores (40%), seguida da produção florestal (25%), agricultura (16%) e indústria da construção (7%).

    Os procedimentos de inclusão e exclusão são determinados pela Portaria Interministerial nº 2/2011, que estabelece inclusão do nome do infrator no Cadastro após decisão administrativa final relativa ao auto de infração, lavrado em decorrência de ação fiscal, em que tenha havido identificação de trabalhadores submetidos a trabalho escravo.

    As exclusões derivam do monitoramento, direto ou indireto, pelo período de dois anos da data da inclusão do nome do infrator no Cadastro, a fim de verificar a não reincidência na prática do “trabalho escravo”, bem como do pagamento das multas decorrentes dos autos de infração lavrados na ação fiscal. A lista passa por atualizações maiores a cada seis meses.

    O MTE não emite qualquer tipo de certidão relativa ao Cadastro, a verificação do nome do empregador na lista se dá por intermédio da simples consulta à lista, que elenca nomes em ordem alfabética.

    Fonte: Portal Brasil.

    http://blog.planalto.gov.br/mte-atualiza-lista-sujade-empregadores-que-usam-trabalho-escravo/

     

  6. Monumento no Ibirapuera será

    Monumento no Ibirapuera será marco da resistência à ditadura

     

    09 jul 2014/0 Comentários/ /Por

     

    A partir de dezembro, na área externa do parque Ibirapuera, mais precisamente na avenida Pedro Álvares Cabral, na capital paulista, entre o Obelisco e o Monumento às Bandeiras, será instalado o monumento em homenagem às vítimas da ditadura militar. São 311 de acordo com as listas oficiais – ou mais de 400, segundo a relação de mortos e desaparecidos das organizações de direitos humanos.

    O projeto, desenhado por um dos nossos grandes arquitetos e artistas, Ricardo Ohtake, é constituído por chapas brancas de aço, de 7 metros, onde estarão os nomes dos mortos e desaparecidos políticos no Brasil, entre 1964 e 1985. Lembrará, de certa forma, o Vietnam Veterans Memorial, o Monumento aos Veteranos da Guerra do Vietnã, construído em Washington, a imensa parede de granito preto, que tem grafada em letras brancas os nomes dos 58.209 norte-americanos mortos naquela intervenção dos Estados Unidos no Sudeste asiático.

    Segundo antecipou Ohtake à Folha de S.Paulo, a homenagem no Ibirapuera é uma “forma de dar transparência, de prestar contas e registrar a história e as tentativas de identificação (dos mortos) em cada local”. A previsão inicial da inauguração em março deste ano, marcando a passagem dos 50 anos do golpe cívico-militar, foi adiada para dezembro.

    Sugestão de datas para a inauguração

    Como o parque é tombado, houve a necessidade de aguardar a autorização dos conselhos de Patrimônio Histórico e Artístico estadual e municipal paulistas, responsáveis pelas alterações no local em que os responsáveis pela construção do monumento e o arquiteto autor do projeto bateram o martelo final no último dia 30. Um dos responsáveis pela obra é a Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura da capital.

    Vamos aguardar, ansiosos, a inauguração dessa justíssima homenagem aos que lutaram e deram suas vidas em nome da liberdade e da democracia neste país. E até dar sugestões de datas para a inauguração do monumento.

    Dia 10 de dezembro próximo, por exemplo,  a Comissão Nacional da Verdade programa entregar seu relatório final à presidenta Dilma Rousseff; dia 16 de dezembro esta Comissão completa 2,5 anos de sua instalação e funcionamento; e o dia 13 daquele mês, assinala a passagem de 46 anos da edição do AI-5 (13 de dezembro de 1968), de triste memória, que estabeleceu a longa noite de chumbo sobre o país, o mais poderoso e arbitrário instrumento de perseguição política de que dispôs a ditadura, o “golpe dentro do golpe”.

    http://www.zedirceu.com.br/monumento-no-ibirapuera-sera-marco-da-resistencia-a-ditadura/

     

     

  7. PSDB pede ao MP-MG investigação de site contra Aecio
     AÉCIO E CARLÃO, RETRATO DE UM TEMPO INFÂME

     

    Notícia publicada pelo portal IG nos informa de representação do celebérrimo promotor-deputado Carlos Sampaio (“Carlão”, nas rodas de sua Campinas natal) à Procuradoria da República (detalhe: “em Minas”…) contra o Poços10 (“um site contra Aécio”).

    Nenhuma novidade, nenhuma surpresa. O deputado é, notória e sabidamente, adicto aos flashes e persegue a autopromoção com a obsessão com que buscou ser prefeito de Campinas e jamais conseguiu. Já no momento em que , logo cedo, abre a porta de sua geladeira, ele ajeita a gravata diante da luz que se acende. Carlos Sampaio cria mais um factóide ridículo buscando a promoção fácil que tanto o fascina. Além disso, buscar inibir-nos, amedrontar-nos, pensando conseguir que retrocedamos em nossa luta de esclarecer ao Brasil quem é o homem que levou Minas Gerais à bancarrota e quer ser presidente do Brasil. Tudo em vão.

    A intimidação persecutória do agitado deputado-promotor, indivíduo que não faz por merecer muita credibilidade do que acompanham sua vida pública e pessoal, é um tiro n’água, uma bala perdida, o vômito de um perdedor por antecipação. Surte efeito contrário, nos dando a certeza de que estamos no caminho certo, a cada dia mais prestigiados pelos leitores, conscientes de que é preciso evitar que se abata sobre o Brasil a desgraça que vige há longos 12 anos na vida política, administrativa e social dos mineiros. Lamentamos, também, que sua animosidade não tenha sido tão feroz no esclarecimento da presença de seu nome na impressionante “Lista de Furnas”,http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com.br/, onde o belicoso deputado surge como aquinhoado com gordos R$ 50 mil surrupiados dos cofres públicos.

    Não somos um site “contra o Aécio”. Mas o simples relato do que tem sido o seu reinado de censura, favorecimentos e terror no Estado que, ironicamente, trás a liberdade estampada em sua bandeira, já nos transforma em uma “quadrilha virtual” no palavrório fácil e nada responsável de Carlão, o temível. De sua boca saem chispas do autoritarismo, larvas vulcânicas do terror digital, o ‘animus’ punitivo dos que mantem preso um jornalista que ousou publicar num site de Belo Horizonte o que os mineiros – das favelas de Belo Horizonte às barrancas do Jequitinhonha, dos salões grã-finos do Minas Tênis Clube em dias de regabofes às arquibancadas indomáveis do Mineirão em dias de jogos – sabem, comentam e condenam sobre a vida pessoal, a figura pública e os pretensos hábitos do senhor Aécio Neves da Cunha. Só o pulcro, ingênuo e assaz punitivo Carlão de Campinas não o sabe, ou melhor, deve fingir não saber pelo fato de ser difícil tê-lo por mal informado. Não teria sido mais fácil escolher um candidato presidencial melhor, mais sério, menos duvidoso? Certamente que sim. E o Catão campineiro deveria saber, também, que campanha eleitoral é época do confronto de idéias, do enfrentamento de propostas, da exposição do que pretendem e de quem são os candidatos. É risível e condenável que o PSDB queira usar a campanha eleitoral para limpar a biografia obscura de seu candidato presidencial, ou, pior ainda, tentar impedir pela violência do uso inescrupuloso de expedientes judiciais que as verdades aflorem com a força da transparência, a claridade do embate entre a mistificação e a realidade e a necessidade de que isso ocorra em benefício do país e de seu povo.

    No Poços10 não foi publicada qualquer informação que não estivesse baseada em documentação ou fatos públicos. Confessamos: não fomos originais, nem inventamos para o bem ou o mal. Muito menos avançamos pelo terreno da vida privada de Aécio, embora julguemos que homem público não tem “vida privada”. Ainda hoje reproduzimos o boleto do IPTU de imóvel pertencente a Aécio Neves da Cunha, mas omitido em sua rica declaração de bens ao TSE.https://twitter.com/Pocos10/status/486547642026307585/photo/1

    Já reproduzimos, também, o voto do Juiz de Direito de Poços de Caldas ao condenar médicos que mataram um menor após retirarem e venderam seus órgãos quando ele ainda vivia. Todos, por sinal, eleitores declarados e apoiadores públicos do PSDB de nossa cidade. No douto voto do corajoso juiz Narciso de Castro, http://issuu.com/4cantoseventos/docs/senteca_caso_pavesi , embasado em farto material probatório, o nome do deputado Carlos Mosconi (PSDB-MG), conterrâneo campineiro e amigo de Carlão, o temível, é citado 27 vezes, e apontado pelo corajoso Magistrado como “chefe” da quadrilha (não virtual, lamentavelmente, mas real!) que mata, retira e vende rins, córneas… É uma história com assassinatos, “queima de arquivos”, venda de um rim a R$ 8 mil, corrupção e desmandos. É a tal máfia tucana dos transplantes. Tem ou não tem razão o PSDB, através do Carlão, em querer nos calar?

    Queremos agradecer publicamente ao deputado Carlos “Carlão” Sampaio por sua iniciativa em nos processar. É uma gentileza que nos cativa e nos faz devedores de eterna gratidão ao voluntarioso deputado. Imaginem se ele fizesse conosco o que os seus correligionários médicos tucanos de Poços de Caldas fizeram com o menor Paulo Pavesi, que teve córneas e rins retirados e vendidos estando, ainda, vivo. Ou se nos matasse, como foi morto o delator da corrupção tucana na Santa Casa, o administrador do próprio hospital, Carlos Henrique Marcodes, eliminado quando saiu de sua casa para ir depor na Policia Federal contra a gang. Ele teria se “suicidado”, em atestado de óbito assinado pelos médicos tucanos da própria Santa Casa. E, na Macondo em que se transformou nossa cidade, o suicídio se deu com 3 tiros… Repetimos: 3 tiros! http://www.cartacapital.com.br/politica/um-feliciano-piorado-na-assembleia-mineira/

    Agradecemos, da mesma forma, aos irmãos Andréa e Aécio Neves, que através de preposto de baixa qualificação, se contentam (por enquanto, é claro…) com a tentativa de nos calar pela via judicial. Poderíamos, enfim, ser trancafiados na mesma soturna penitenciária onde mofa, doente e deprimido, o jornalista que ousou denunciar mazelas que todos nós mineiros conhecemos. O fato de não ter sido condenado, é, no reinado violento, caprichoso e inapelável dos irmãos Neves, um detalhes de somenos importância.

    Estamos vivos e livres. E, melhor ou pior, sem nenhum medo. E não iremos nos acovardar. A covardia é patrimônio não declarado de Aécio Neves. E o medo é sentimento visível no comportamento intimidatório e na violência que brotam da triste figura de Carlão, o jagunço jurídico, o capataz virtual.

    1. Não desgraça nesse país que

      Não desgraça nesse país que tenha sido feita por FHC e o petismo não sabe como neutralizar nenhuma. As construtora bem que queria fazer escola de futebol anexa aos estádios, era só o governo petista exigir e não fez

  8. Oceanos estão se tornando uma

    Oceanos estão se tornando uma sopa cheia de plásticos

     

     

    Oceanos estão lentamente se tornando uma espécie de sopa cheia de partículas plásticas microscópicas, passando para cadeias alimentares de todo o mundo.

     

     

     

    Jéssica Lipinski, Instituto CarbonoBrasil

    Esquerda.Net

     

    Um estudo publicado na última semana por cientistas espanhóis no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences afirma que os oceanos estão lentamente a tornar-se uma espécie de sopa cheia de partículas plásticas microscópicas, passando para as cadeias alimentares de todo o mundo.

    De acordo com a investigação, que avaliou 3.070 amostras, o problema já atingiu uma escala global, e os principais resíduos encontrados no oceano são polietileno e polipropileno, polímeros usados na fabricação de produtos como sacos plásticos, embalagens de alimentos e bebidas, utensílios de cozinha e brinquedos, entre outros.

    “As correntes oceânicas carregam objetos plásticos que se quebram em fragmentos cada vez menores devido à radiação solar. Esses pedaços pequenos, conhecidos como microplásticos, podem durar centenas de anos e foram detetados em 88% da superfície oceânica analisada”, comentou Andrés Cózar, pesquisador da Universidade de Cádiz.

    “Esses microplásticos têm uma influência no comportamento e na cadeia alimentar dos organismos marinhos. Por um lado, os pequenos fragmentos muitas vezes acumulam contaminantes que, se engolidos, podem ser passados aos organismos durante a digestão; sem esquecer das obstruções gastrointestinais, que são outro dos problemas mais comuns desse tipo de resíduo”, explicou Cózar.

    “Por outro lado, a abundância de fragmentos plásticos flutuantes permite que muitos organismos menores naveguem neles e colonizem lugares que não teriam acesso. Mas provavelmente, a maioria dos impactos que está a ocorrer devido à poluição plástica nos oceanos ainda não é conhecida”, concluiu o cientista.

    Alguns países empenhados em acabar com a proliferação dos resíduos plásticos estão a começar pelos sacos. Nos Estados Unidos, em muitos estados eles já não são utilizados, sendo substituídos por sacos reutilizáveis, biodegradáveis e de papel.

    Nações insulares, como o estado de Yap, na Micronésia, que têm grande parte da sua economia baseada no turismo do mergulho e sofrem com a poluição causada pelo plástico, foram mais longe eresolveram banir o seu uso. Os comerciantes que distribuírem os famigeradas sacos terão que pagar multas de 100 dólares por violação.

    A União Europa também pretende tomar medidas duras. Novas regras preveem uma redução de 80% no uso de sacos plásticos até 2019. Na França, um projeto de lei em discussão visa acabar com eles já em 2016, sendo que o país já tem uma taxa de 6 centavos de euro para cada saco utilizado pelos consumidores.

    Campanha

    Três de julho é o Dia Internacional Sem Sacos Plásticos, e a campanha Bag Free World, lançada neste ano para celebrar a data, ressalta o perigo que trazem à biodiversidade e ao meio ambiente.

    A campanha conta com a participação de políticos e celebridades, como Joachim Steiner, diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), e Jeremy Irons, ator britânico.

    “Há zero justificações para ainda os fabricar, em qualquer lugar”, declarou Steiner no website da Bag Free World.

    Já Irons afirmou que “as pessoas ainda não estão conscientes da seriedade do problema do uso de sacos plásticos. Espero que o filme Trashed [de 2012, produzido pelo ator] permita que as pessoas tenham uma visão desse problema bastante curável, mas global. [O problema] não será resolvido sem a vontade comum e política para fazê-lo.”

    No site da campanha, estão disponibilizadas diversas informações sobre a utilização dos sacos plásticas e do seu impacto nos ecossistemas. Por exemplo, embora em média eles sejam usados por apenas 25 minutos, levam entre 100 e 500 anos para se desintegrarem, dependendo do tipo de plástico.

    Eles também prejudicam a biodiversidade, principalmente oceânica, já que muitos animais frequentemente ingerem pedaços de sacos plásticos deitados fora, o que os faz sufocarem e morrerem. Segundo o PNUMA, entre 50% e 80% das tartarugas marinhas encontradas mortas apresentam nos seus estômagos fragmentos de sacos plásticos.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Oceanos-estao-se-tornando-uma-sopa-cheia-de-plasticos/3/31347

  9. Sobre o 7 vs 1 : sem culpas
    Por Daniel Cassol, em Impedimento A Alemanha entendeu o Brasil. Ficou na praia, interagiu com as pessoas, vestiu Flamengo, publicou mensagens em português. Tanto entendeu que compreendeu que a goleada inapelável era a única forma de nos tirar da Copa. Segue link para o texto na íntegra  http://impedimento.org/sem-culpas      

  10. China abocanhando outro mercado de alta tecnologia.

    Enquanto aqui o cartel deita e rola.

    Da Deutsche Welle

    Trens-bala ‘made in China’ ganham espaço no mercado global

    Comércio de trens de alta velocidade chineses para países ocidentais está em ascensão. Empresas europeias precisam desenvolver estratégias para manter competitividade, afirmam especialistas.

    Antes conhecida como centro de manufatura de produtos de baixa tecnologia e pelo uso de mão de obra pouco qualificada, aos poucos a China caminha no sentido de se tornar uma exportadora de bens de alta tecnologia. E o setor que mais representa essa mudança é o ferroviário.

    Quando, há mais de uma década, a China decidiu expandir a malha ferroviária para trens de alta velocidade, conectando a nação de norte a sul e de leste a oeste, o país não tinha nenhuma base de produção industrial capaz de executar esse imenso projeto. Os trens teriam que ser importados de companhias estrangeiras, como a alemã Siemens, a japonesa Kawasaki e a francesa Alstom.

    Hoje, entretanto, as companhias ferroviárias chinesas já dominam a tecnologia para construir os trens e procuram mercados no exterior para comercializar seus produtos, competindo, assim, com empresas já estabelecidas no segmento.
    Recentemente, a China South Locomotive and Rolling Stock (CSR), a maior fabricante de trens do país, assinou um contrato de venda de seis trens-bala com a empresa ferroviária nacional da Macedônia.

    O negócio foi fechado na sequência de outros acordos entre a China e países do Leste Europeu, como a Romênia e a Hungria, para construir ferrovias para trens de alta velocidade. A China também está promovendo sua infraestrutura e tecnologia ferroviária de alta velocidade em outros países da Ásia e da África.

    De compradora a produtora

    Esses negócios são apoiados numa grande quantidade de investimentos. O país investiu cerca de 500 bilhões de dólares na infraestrutura de sua malha ferroviária de alta velocidade.

    Apesar de denúncias de corrupção e de um acidente fatal em 2011 – que matou 40 pessoas, chocando o público e resultando numa breve desaceleração da expansão da malha ferroviária – o ritmo de negócios aumentou desde então.

    China já domina tecnologia para construir trens de alta velocidade

    Atualmente, a China tem mais de 11 mil quilômetros de trilhos exclusivos para trens de alta velocidade, refletindo o desejo de Pequim de impulsionar as atividades econômicas do país por meio da alocação de recursos em projetos de infraestrutura.

    Inicialmente, a China comprou trens e equipamentos de empresas estrangeiras, mas, mais tarde, seus engenheiros redesenharam os projetos das máquinas e conseguiram construir seus próprios modelos capazes de atingir uma velocidade de até 350 a 400 quilômetros por hora. A mudança causou dor de cabeça para empresas como a Siemens e a Alstom, que esperavam lucrar com a expansão chinesa.

    O que alguns chamam de cópia de tecnologias estrangeiras, Pequim classifica como um trajeto de “introdução, digestão, absorção e reinovação”. Adquirir o acesso à tecnologia através de joint ventures e compartilhar acordos é uma “prática amplamente seguida mundo afora, e duvido que seja uma abordagem exclusivamente chinesa”, afirma Thomas König, especialista em China do Conselho Europeu de Relações Internacionais.

    Competitividade internacional

    Além disso, a expansão da malha ferroviária de alta velocidade resultou num declínio dos custos de produção para os fabricantes chineses, tornando-os mais competitivos do que concorrentes alemães e franceses, por exemplo.

    Entretanto, a questão da competitividade não se limita a esse mercado. De acordo com Nicola Casarini, especialista em Ásia do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia, “a Europa está perdendo competitividade perante a China à medida que mais e mais produtos chineses competem com os europeus”.

    Analistas também argumentam que, ao contrário de empresas como a Siemens, as companhias ferroviárias chinesas – que são estatais – têm a vantagem injusta da garantia da infusão de capital público para aumentar a produção.

    König afirma que a China “identificou, logo no início, o potencial do mercado e agora está tirando o máximo disso”. Na tentativa de aumentar seu impacto sobre mercados europeus, Pequim conseguiu “fechar acordos com países que foram duramente atingidos pela crise do euro ou que estão procurando maneiras para incentivar o crescimento de suas economias”, diz.

    Empresas europeias como a alemã Siemens enfrentam agora a concorrência chinesa

    O especialista acrescenta que a China é amplamente percebida como uma “alternativa relativamente livre de problemas em relação aos processos burocráticos muitas vezes nada atraentes da União Europeia”. König aponta, porém, que não deve haver razão para que as companhias europeias fiquem para trás, considerando que a indústria chinesa está apenas no início de uma ascensão significativa.

    Mercado promissor

    O rápido crescimento populacional e a migração para mercados emergentes devem impulsionar a demanda por trens de alta velocidade nas próximas duas décadas. De fato, muitos países como Rússia, Índia e Brasil estão discutindo seus projetos de trens-bala.

    Nas economias desenvolvidas, onde tecnologia e registros de segurança comprovados são fatores importantes, as empresas europeias continuarão a ter uma grande parcela do mercado.

    No entanto, companhias chinesas “se tornarão importantes competidoras em países em desenvolvimento, especialmente porque Pequim pode usar sua vantagem competitiva nos custos com maior eficiência e impulsioná-la em licitações, oferecendo financiamento através de seus bancos de desenvolvimento”, afirma Rajiv Biswas, economista-chefe especialista em Ásia da empresa de análise de dados IHS.

    König ressalta que, para superar a competição chinesa, as empresas europeias precisam entender melhor e se ajustar às necessidades de seus consumidores.
    Biswas afirma quer “haverá muitas oportunidades para as empresas europeias competirem com a China, desde que elas sejam capazes de desenvolver suas estratégias para competir de forma eficaz em diversas áreas fundamentais, inclusive custos de produção, tecnologia e financiamento”.

    Os europeus precisam desenvolver estratégias, como a criação de joint ventures com parceiros locais em países em desenvolvimento, algo que irá reduzir os custos, conclui o especialista.

     

  11.  
     
    NÃO FOI ACIDENTE, DONA

     

     

    NÃO FOI ACIDENTE, DONA LÚCIA

    capaextra

     

    RIO (mirem-se na Alemanha) – No dia da final da Copa das Confederações, há pouco mais de um ano, Carlos Alberto Parreira fez um dicurso motivacional antes do jogo e usou uma frase de efeito para os jogadores que dali a instantes enfrentariam a Espanha. “Existe uma hierarquia no futebol, e eles foram campeões do mundo sem enfrentar a seleção brasileira!”, bradou para a turma do #ÉTóisss.

    Ui, quanta valentia.

    E aí a seleção foi para cima da Espanha, um time já envelhecido e que tinha gasto muitas de suas horas em solos brasileiros tomando caipirinha e comendo putas durante um torneio que não valia nada — exceto talvez ajudar os branquelos e branquelas de camiseta de 200 paus da Nike, unhas muito bem pintadas e cabelos loiros, a não se atrapalharem na hora do sonho intenso e raio vívido, muitas vezes trocados pelo amor eterno seja símbolo, naquela zona de hino que fala de coisas incompreensíveis como impávido colosso, florão (flor grande?) da América, terra garrida, clava forte, verde-louro (é aquele da Ana Maria Braga?) e lábaro que ostentas.

    O time ganhou, os branquelos aprenderam a cantar o hino, aparentemente, os jogadores passaram a ensaiar os mesmos versos para cantá-los com os dentes cerrados, e vamos para a Copa do Mundo. Antes, vamos quebrar também umas vitrines, culpar a Dilma, criar umas hashtags, #VemPraRua, #NãoVaiTerCopa, reclamar das filas nos aeroportos, bater umas selfies e escrever #ImaginaNaCopa no Facebook quando atrasar um voo da TAM para Orlando.

    Acelera o filme e chegamos ao final de maio, maio agora, um mês e meio atrás. Dia de apresentação da seleção em Teresópolis, entrevistas coletivas, olha só como tudo ficou bonito, olha só a estrutura, os quartos, as bicicletas ergométricas, os campos de futebol, a sala de imprensa, as banheiras de hidromassagem, as TVs de LCD, o WiFi funcionando. Felipão: “Nós vamos ganhar a Copa”. Parreira: “Chegou o campeão. Estamos com uma mão na taça. A CBF é o Brasil que deu certo”.

    Acelera um pouco mais o filme, chegamos ao dia 8 de julho, vulgo ontem, Mineirão. Como tinham feito nas cinco partidas anteriores, os jogadores entram em campo um com a mão no ombro do outro, feito minha classe na Escola Municipal Dona Chiquinha Rodrigues, em 1971, no Campo Belo, quando eu estava no primeiro ano primário. Cantávamos o hino todos os dias, mas nunca precisei colocar a mão no ombro de ninguém porque era sempre o primeiro da fila, por ordem de tamanho.

    Tal rotina cumprida por todo um período escolar me permite não embaralhar versos até hoje, garanto que nunca enfiei a paz no futuro e a glória no passado depois do formoso céu, risonho e límpido, mas ao mesmo tempo me privou de decorar de maneira adequada o hino da independência, porque esse a gente zoava mesmo, eram os cinco filhos do japonês, cada um deles contemplado com uma desgraça diferente, um era vagabundo, outro era punheteiro, e o coitado do quinto tinha nascido sem pinto. Como esse a gente cantava só uma vez por ano, não tinha problema algum abrir mão daquelas baboseiras de garbo juvenil, grilhões da brava gente brasileira, e perfídia astuto ardil é a puta que pariu. Na mesma vida ter de decorar lábaro que ostentas estrelado e ímpias falanges é um pouco demais, não força a amizade.

    Pois que os meninos da CBF, o Brasil que deu certo, adentraram o gramado em fila escolar, perfilaram-se, urraram o hino nacional segurando uma camisa do Neymar Jr. como se fosse a farda de um soldado abatido em Omaha Beach, enquanto o próprio assistia ao jogo em sua casa no Jardim Acapulco pingando fotos no Instagram, #ÉTóiss.

    Parêntese. No dia anterior, três dos meninos da CBF também colocaram fotos no Instagram com a hashtag #jogapraele, respondidas, as fotos, com a hashtag #jogapramim pelo soldado abatido na guerra, Neymar Jr. Todos eles, Neymar Jr., Marcelo, Willian e David Luiz, receberam quantia não divulgada da Sadia, patrocinadora da seleção, para a, como se diz hoje, ação. Foram alguns milhões de curtir & compartilhar que deixaram os marqueteiros da empresa muito satisfeitos e ansiosos para saber quantos frangos seriam vendidos no dia seguinte, enquanto os rapazes rangiam seus dentes gritando pátria amada, Brasil.

    Então começou o jogo e foi aquela coisa linda.

    Então acabou o jogo e estavam todos atônitos, pasmos, chocados, passados, desacorçoados, e os câmeras da FIFA se divertiram fazendo closes de garotinhos com fulecos na cabeça derramando lágrimas no peito de papai com um TAG-Heuer no pulso. Oh, coitados. E os óculos Prada embaçados com as lentes melecadas de rímel? Pobres almas.

    Acelera a fita e chegamos à coletiva de hoje, sete figuras em Teresópolis numa mesa, uns dois ou três eu não tenho a menor ideia de quem fossem, ou sejam, porque continuam sendo alguém. Reconheci Parreira, Felipão, Murtosa, o médico, acho que o preparador físico. Tinha um de agasalho, quase um boneco de cera, no centro da mesa tal qual um Jesus Cristo na última ceia, que entrou mudo e saiu calado, e portanto não devia ter grande importância.

    E o que se viu foi uma demonstração de arrogância, soberba, prepotência, falta de humildade, um festival de sandices, um arroto coletivo coroado com a carta da dona Lúcia.

    Dona Lúcia é a grande personagem desta Copa do Mundo, e surgiu, infelizmente, aos 44 do segundo tempo. Teria sido muito divertido saber o que ela pensava desde o dia 12 de junho, na abertura em Itaquera. Foi sua carta, na verdade um e-mail, afinal estamos em 2014 e nem dona Lúcia escreve mais a mão, fecha um envelope, lambe um selo e vai ao correio, que absolveu toda a CBF, todos os membros da comissão técnica, todos os jogadores, todos os nossos pecados. Foi a carta de dona Lúcia que permitiu a Parreira, a quem encarregaram de dar à luz a missiva, concluir que está tudo perfeito, que ele é perfeito, Felipão também, os demais da mesa, o futebol brasileiro, a CBF. Afinal, como ele disse há um ano, há uma hierarquia no futebol. E estamos no topo dessa cadeia. É nóis, mano. #ÉTóiss.

    Bem, vamos a alguns fatos. Foi o pior resultado de uma seleção brasileira desde o dia em que o Homem de Neandertal deu um bico na cabeça do cara da tribo vizinha, arrancando-a e fazendo a dita cuja voar entre duas árvores. Um 7 x 1 numa semifinal de Copa gerou folhas e folhas de estatísticas, todas elas iniciadas com “nunca”. Nunca isso, nunca aquilo.

    Não me senti envergonhado de nada nem durante, nem depois do jogo. Quero que a seleção se foda, não dependo dela para viver, torço para a Portuguesa, e para mim, depois de 1982, tanto faz se a CBF tem um escudo com quatro, cinco ou dez estrelas. Para mim, a equação é simples: quem se dá bem quando a seleção ganha? A CBF e os caras que tomam conta dela, mais um pessoal no entorno, mídia incluída, que se apropria das vitórias e se refere ao time na primeira pessoa do plural. Acho todos desprezíveis, então não me importo se ganha, perde, empata, se goleia, se é goleada. Olho tudo, assim, com o distanciamento e isenção necessários e torcendo apenas por uma coisa: que um dia tudo mude.

    Mude, porque gosto de futebol. Porque olho para a Alemanha e fico feliz da vida de ver que um projeto feito há não muito tempo dá tão certo e é baseado apenas em honestidade de princípios, trabalho, dedicação, metas, filosofia.

    Filosofia. Essa é a palavra. Em 2000, a Alemanha fez uma Eurocopa de merda e não passou da primeira fase. Fritz, Hans, Müller, Klaus e Manfred se reuniram e decidiram salvar o futebol do país. Para isso, era preciso mudar tudo. Clubes, ligas, divisões de base, campeonatos, estádios, distribuição de dinheiro, formação de técnicos, médicos, preparadores físicos, finanças, tudo. O resultado, óbvio e inevitável, seria uma seleção forte, mais dia, menos dia.

    Os resultados estão aí e não vou me alongar neles. São quatro semifinais seguidas de Copas, a Bundesliga tem uma média de público assombrosa, os clubes são saudáveis, vivem decidindo os campeonatos europeus, é um sucesso. A coisa é tão bem feita e bem pensada, que os clubes são obrigados até a estabelecer uma filosofia de jogo e aplicá-la em todas as suas divisões. A divisão de grana não é a obscenidade determinada pela TV Globo aqui, por exemplo. Atende a critérios técnicos, não a planilhas do Ibope. Em resumo, em 14 anos, o que é quase nada, os caras reconstruíram seu futebol. E o futebol na Alemanha, com o perdão da expressão, mas não encontro outra melhor, é do grande caralho.

    Enquanto isso, por aqui, ele é infestado por figuras sombrias e deprimentes, gente ligada ao regime militar, múmias carcomidas, antiquadas, obsoletas, conservadoras (o treinador é admirador confesso de Pinochet), adeptas de rituais de guerra, de conceitos bélicos, de atitudes marciais, gente que não sorri, que dá asco, que, definitivamente, não tem nada a ver com o futebol que o Brasil um dia mostrou ao mundo e fez com que o mundo se encantasse por ele. E até hoje isso acontece. Esse encanto, que é claramente uma herança do passado, segue tão vivo que a Alemanha, hoje, pediu desculpas ao Brasil.

    Não precisava. Essa gente não merece tamanha consideração. A seleção brasileira não representa nada, a não ser os interesses (pessoais, muitas vezes; não estou falando só de dinheiro) de meia-dúzia que há décadas se locupleta com ela. Como explicar a escolha do técnico, por exemplo? Felipão, nos últimos dez anos, perdeu uma Euro com Portugal para a Grécia em casa, foi demitido do Chelsea, mandado embora de um time uzbeque e rebaixou o Palmeiras para a Série B. Prêmio: virou técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo disputada no Brasil.

    Hoje, na tal coletiva, brandiu folhas de papel com seu retrospecto e carga horária de treinos para provar que fez tudo direitinho. Parreira, figura hedionda e sorumbática, interrompia o abatido treinador a cada resposta para rebater toda e qualquer crítica e reforçar sua autoproclamada competência, seu currículo inatacável, seu passado vitorioso de líder de polichinelo, flexão de braço, distribuição de coletes e posicionamento de cones.

    O futebol brasileiro recebeu alguns recados nos últimos anos. Quando o Santos tomou duas goleadas do Barcelona, por exemplo. Ou quando o Inter foi eliminado do Mundial de Clubes por um time africano. E, depois, o Atlético Mineiro — por uma equipe marroquina. As finais da Libertadores serão retomadas agora, depois da Copa. Sabe quantos clubes brasileiros estão entre os semifinalistas? Nenhum. A média de público da Série A é não menos que ridícula. O campeonato do ano passado acabou num tribunal fajuto porque a CBF não consegue publicar uma suspensão de jogador num site. O clube que reclamou dessa iniquidade foi chantageado e ameaçado de desfiliação e acabou rebaixado, sem ter direito sequer de buscar seus direitos.

    Esse futebol, ontem, levou sete gols da Alemanha. Quatro deles em seis minutos. E a turma responsável por esse vexame hilariante, hoje, não desceu do salto. Não assumiu nenhum erro. Não admitiu nenhuma falha. Não reconheceu suas deficiências. Tratou o resultado como um acidente.

    Foi quando surgiu a carta de dona Lúcia. Que termina sua peroração dizendo que não entende nada de futebol. Talvez por isso os sete da mesa, mais os que nela não estavam, tenham tentado convencer dona Lúcia de que foi um acidente.

    Mas não foi não, dona Lúcia.

    * Ilustro este post, que nem queria escrever, porque não escrevi nada desta Copa, infelizmente (foi uma Copa riquíssima e excepcional), com a melhor das capas de jornal que vi hoje. É do “Extra”, aqui do Rio, que enterra de uma vez por todas o Maracanazo. O que aconteceu em 1950 foi uma tragédia. O que aconteceu ontem, uma vergonha. São coisas bem diferentes.

     

    http://flaviogomes.warmup.com.br/2014/07/nao-foi-acidente-dona-lucia/

  12. “Tem boi na linha”

    Pra quem nunca ouviu o termo “Tem boi na linha”, vai aí a reportagem que identifica a mensagem:

     

    O boi de São Borja

    Após encontrar boi em cima de poste, agricultor brinca: “Estão dizendo que vaca voa”
    Dono de propriedade rural próxima ao Rio Uruguai, na fronteira com a Argentina, acredita que animal nadou para fugir de enchente
    Atualizada em 09/07/2014 | 23p909/07/2014 | 13h05
    Após encontrar boi em cima de poste, agricultor brinca: "Estão dizendo que vaca voa" Cláudio Gottfried/Especial
    Dono de granja fala que a imagem do bovino em cima do poste virou motivo de piada na cidade dos ex-presidentes da República Getúlio Vargas e João Goulart Foto: Cláudio Gottfried / Especial

    O agricultor Aldo Marino Heck, 55 anos, está acostumado a enfrentar alagamentos como o do final de junho deste ano, que atingiu a Fronteira Oeste. Plantador de arroz, trigo, soja e milho há 23 anos, ele contabilizava os prejuízos de mais uma enchente em seus 120 hectares da Granja Mercedes, interior de São Borja, quando se deparou com uma cena que nunca tinha visto. Em cima de um poste, a 11 metros de altura, jazia uma vaca — estufada, já em estado de putrefação. Espantado, chamou um funcionário, que fotografou o animal para comprovar que eles não mentiam.

    Conforme Aldo Heck, a granja está localizada a cerca de 500 metros do Rio Uruguai, que alagou por causa da chuvarada dos últimos dias. Pouco tempo depois de o assunto se espalhar pela cidade, diversos moradores da região e amigos foram até a propriedade de Heck para ver de perto a cena surreal. O privilégio, porém, foi para poucos: para chegar até lá, é necessária a autorização do dono, pois é preciso passar pela sede da granja. Depois, só indo de barco até o ponto onde a vaca foi avistada, já que o local segue alagado.

    O agricultor fala que a imagem do bovino em cima do poste virou motivo de piada na cidade dos ex-presidentes da República Getúlio Vargas e João Goulart, e se espalhou nas redes sociais e no WhatsApp. Como não cria animais, acredita que o boi deva ser de algum vizinho, que ainda não o procurou.

    – O pessoal está dizendo que vaca agora voa. Mas, falando sério, não sei como isso aconteceu, só vimos o bicho pendurado lá. Não sei se chegou vivo ou morto. Acho que deve ter nadado para fugir da enchente e ficou trancado no poste.

     
    Foto: Pablo Moreira Gonçalves/SÃO BORJA

    Por ser uma propriedade particular, é de Heck a responsabilidade de fazer a manutenção dos postes. Ele vai esperar o nível do rio baixar para remover o boi.

    – Para chegar lá agora, só de barco. O poste tem 11 metros, precisaremos de um guindaste. O meu prejuízo mesmo foi com o trigo. Perdi uns 100 hectares.

    Bovinos costumam nadar bem

    O fiscal agropecuário da Secretaria de Agricultura de São Borja, Alcides Koslovski, explica que é comum a morte de animais em enchentes. Em novembro, época de vacinação, os agricultores devem relatar ao município as perdas. Ele foi informado, por exemplo, de que um fazendeiro perdeu dez bovinos com a enxurrada. Koslovski ressalta que os bois e as vacas são bons nadadores e costumam resistir à chuvarada:

    – Nadam muito bem mesmo. Só morrem se for uma chuva forte, com água corredeira. Já a ovelha, por exemplo, tem medo de água. Quando ela sente que o rio mexe, já tenta fugir. Essa história de um boi em cima dum poste eu nunca tinha visto, é o acaso.

    Na manhã desta quarta-feira, funcionários da AES-Sul foram até a Granja Mercedes e confirmaram que a manutenção do poste deve ser feita por Aldo Heck.

     

    1. Uma vaca no poste é até

      Uma vaca no poste é até verossímel pelas enchentes, incompreensível é Dilma na presidência pelos eleitores. Tá tudo errado…hehehe

  13. Não foi o acaso.

    E em tempo: tragédia foi Sarria (5 de jinho de 1982). Isto que aconteceu (o 7×1) é muita sem vergonhice!

    (http://flaviogomes.warmup.com.br/2012/10/jt/#!prettyPhoto/0/)

    E de tudo que o Flavio Prado disserta no texto abaixo, faltou um enorme motivo: a total subordinação do futebol brasileiro aos interesses e à grade de programação de uma emissora deTV.

    Da Gazeta Esportiva

    (http://www.gazetaesportiva.net/blogs/flavioprado/2014/07/09/1485/)

    Não foi por acaso

    Postado em julho 9, 2014, às 10:41 am, por Foto: Ricardo Stuckert/CBF

    Foto: Ricardo Stuckert/CBF

    A  derrota do Brasil para a Alemanha por 7 a 1 não foi um acaso. Os sintomas da decadência do futebol brasileiro vêm sendo apresentados faz tempo. Mas as pessoas fingem não perceber. É mais ou menos como o cara que fuma três maços de cigarro por dia e está, aparentemente, bem. De repente vai ao médico e descobre que tem câncer .

    Era lógico que ocorreria, porém ele insistia em se enganar. Os vexames brasileiros têm se acumulado. O Internacional perdeu para o Mazembe. O que parecia um acidente repetiu-se com o Atlético Mineiro sendo derrotado pelo Raja Casablanca. O melhor time dos últimos anos, o Santos,  tomou primeiro de 4 e depois de 8 do Barcelona e não teve nem coragem de marcar novo jogo na Vila, coisa que tem direito pela venda do Neymar.

    O Campeonato Brasileiro é um lixo. Os jogos são tediosos nem lembrando exatamente futebol, se comparado com os certames que vemos na Europa. Os métodos são arcaicos, as bases só servem para negociatas e não revelam ninguém . A maioria dos garotos que tenta jogar futebol é barrada por um esquema de cartas marcadas. A cada 3000 meninos que gostariam de atuar, somente um consegue. Quantos neymares não estarão sendo desperdiçados.

    Nunca houve um projeto de futebol. É tudo empírico . Fora a corrupção que impressiona, mesmo vivendo-se num dos países mais corruptos do mundo. Se os alemães perceberam que estavam em decadência e fizeram um plano de trabalho, uma metodologia de treino a partir de 2004, no Brasil a opção é pela enganação.

    Lembram-se da força à base com o Ney Franco no comando? Depois de um ano tinha uma pessoa cuidando de todas as categorias e estava uma zona completa. Não há alternativa que não seja a criação de uma liga, um plano de trabalho com tempo determinado e projeto público para acompanhamento de todos. Cursos para treinadores, intercâmbio , uso da academia e métodos de modernização e transparência obrigatória nos clubes e afastamento dessa corrupta CBF do comando do nosso futebol.

    Fora isso não haverá jeito. Outras vergonhas virão. A Liga Alemã é considerada a instituição de maior credibilidade pelo povo alemão. No Brasil a CBF é comandada por José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Por essa razão não se pode dizer que o 7 a 1 foi obra do acaso.

     

  14. PROJETO: O PÃO DO POVO DE DEUS
     Rio de Janeiro, 10 de julho de 2014 CNBBPROJETO: O PÃO DO POVO DE DEUS Prezados senhores Bispos do Brasil, a fome infelizmente ainda não foi erradicada no Brasil e no mundo. Por isso, gostaria de sugerir um projeto o PÃO DO POVO DE DEUS, onde em inúmeras comunidades carentes a igreja montaria uma pequena padaria  e  todo dia produziria pãezinhos para os pobres. e distribuiria de graça para os escritos no bolsa família. Tenho certeza que Jesus ficaria muito feliz com essa iniciativa, cada membro da família receberia por dia, dois pãozinho, que com certeza vai ajudar um pouco, matar a fome e melhorar o seu dia a dia. Para arrecadar fundos para esse projeto a igreja poderia procurar grandes empresas, que teriam espaço, para anunciar no saquinho do pão, que vai ser distribuído, para aquela comunidade atendida pelo projeto. Senhores com um pouco de criatividade e boa vontade nós podemos fazer muito mais pelos mais pobres. O Brasil e um mundo melhor agradecem. Atenciosamente: Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

    1. Caro Cláudio José

      Admirável a sua preocupação. Mas não se pode alimentar o povo com pão pois é um produto muito pobre nutricionalmente. Ele contém basicamente calorias (oriunda dos carboidratos), ferro (pois é adicionado) e alguma proteína.

      MUUUUUUITO melhor para a saúde é a mandioca, por exemplo, por conter os mesmos corboidratos além de fibras (ausente no pão branco) e outros macro e micronutrientes.

      Fiz uma conta com uma comprinha que fiz recentemente:

      pimentão 625 gramas a 1,99 o Kg = 1,24

      batata 1575 gramas a 1,19 o Kg = 1,87

      alho 215 gramas a 7,90 o Kg = 1,70

      batata doce 1360 gramas a 1,79 o Kg = 2,43

      cenoura 815 gramas a 0,99 o Kg = 0,81

      cebola 1470 gramas a 0,99 o Kg = 1,46

      berinjela 1320 gramas a 2,49 o Kg = 3,29

      Total de produtos em peso: 7 Quilos mais 380 gramas

      Total em valores: R$ 12,80

      Média de preço por Kg de produto: R$ 1,73 o Kg

      Levantei no site Mercadominiero.com.br que o preço do pão francês em Belo Horizonte varia de R$ 7,00 a R$ 13,00 o Kg.

      Os vegetais são alimentos incomparavelmente mais saudáveis e no mínimo quatro vezes mais baratos (mesmo considerando o cozimento que em gás custa uns 25 centavos por meia hora de cozimento).

      1. Caro Cyro o pãozinho é só um

        Caro Cyro o pãozinho é só um complemento para ajudar quem já recebe o bolsa família e as vezes naõ tem dinheiro para comparar um pão! As vezes muitos pobres não tem sequer um pão para comer. 

  15. O garimpo grandioso de Delfim

    O garimpo grandioso de Delfim Netto

     

     

     

    Biblioteca da FEA-USP recebe acervo de 300 mil itens amealhados pelo ex-ministro durante 70 anos

     

     

    por Ana Ferraz — publicado 10/07/2014 09:39

               Marcos Méndez Antonio Delfim Netto

    Delfim passa horas em sebos mundo a fora, onde captura preciosidades

     

    Delfim passa horas em sebos mundo a fora, onde captura preciosidades

       

     

    No fim dos anos 1980, o morador de uma cobertura nos Jardins recebeu a visita do engenheiro que projetou o prédio. O profissional tinha um alerta a fazer: os cerca de 50 mil livros que o condômino acumulara ameaçavam colocar em risco as estruturas do edifício. Era preciso parar de ampliar o acervo. Tratava-se de uma exigência aparentemente incapaz de ser cumprida por quem se iniciara aos 14 anos na veneração por obras impressas. Apesar do diagnóstico alarmante, o morador decidiu ficar. Saiu a biblioteca, transferida para um sítio comprado em Cotia, onde foi cuidadosamente distribuída por um espaço de 500 metros quadrados e pé-direito de 5 metros.

     

    O dono do acervo, que hoje beira 300 mil itens, é Antonio Delfim Netto. O adolescente nascido de família modesta do bairro paulistano do Cambuci era office-boy na Gessy quando conheceu Ayrton Alves de Aguiar, médico de sólida formação intelectual que orientou as primeiras leituras do garoto ávido por conhecimento. De poucos recursos financeiros, recorreu aos sebos. Transcorridos mais de 70 anos desde as aquisições iniciais, o trabalho de uma vida de garimpagem mudou novamente de endereço. A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo inaugurou na quarta 2 a Biblioteca FEA-USP, onde o acervo de Delfim Netto se une às obras locais, num total de quase 500 mil itens. As instalações têm 7 mil metros quadrados, 3 mil deles reservados aos livros de Delfim, dispostos em estantes deslizantes.

    A portentosa coleção do professor, ex-ministro e ex-parlamentar, e também colunista de CartaCapital, não tem obras raras ou primeiras edições. “É uma biblioteca de trabalho”, esclarece o economista Paulo Yokota, ex-aluno e amigo há 50 anos de Delfim, seu sócio em organizações empresariais e, por aproximação, também ele garimpeiro de sebos durante décadas de viagens a trabalho. “O acervo tem coisas que não existem em nenhuma outra biblioteca do mundo”, garante. Entre as preciosidades estão a enciclopédia de Jean Le Rond D’Alembert e Denis Diderot, do século XVIII, e a Collezione Custodi, “a provar que no século XVI havia muitos economistas italianos, muito antes de Adam Smith e outros clássicos do Reino Unido”.

    Yokota não se preocupa em soar hiperbólico quando diz que ele e Delfim frequentaram todos os sebos do mundo. Um dos destinos especiais foi Kanda, um bairro inteiro de Tóquio dedicado ao comércio de livros novos e usados. A cada visita, após viajar 23 horas e enfrentar a diferença de fuso, assim que desce do avião Delfim se enfurna nos labirintos borgianos, onde passa até cinco horas de pé a folhear clássicos de economia política. “Ele não se cansa. Lê cerca de dez horas por dia.”

    Delfim nunca cogitou parar de comprar livros. Mantém contato com editores de diversos países e adquire de 40 a 50 volumes por semana. “É paixão”, sentencia Yokota. “Se não folhear não se sente satisfeito. Ele não gosta de ler no computador.” O próprio colecionador não tem tanta segurança quanto ao diagnóstico e às vezes chega a desconfiar de sofrer de compulsão. Eduardo Frin, responsável pelo acervo durante os últimos 18 anos em Cotia, é testemunha da intensa relação do economista com o objeto de adoração. “O professor gosta de manusear o livro, cheirar o papel. É um prazer sensorial.” O fiel escudeiro está integrado à equipe da universidade que cataloga o material. “O destino do acervo, antes centralizado na figura de Delfim, nos preocupava. Agora ele volta para a sociedade.”

     

    Chefe-técnica da biblioteca da FEA durante 20 anos, Dulcineia Dilva Jacomini participou ativamente de todo o processo de transferência. “Foram quase três meses de mudança.” Ela conhece a ligação afetiva do professor com a universidade e havia tempos ouvia falar da intenção do ex-ministro de doar o acervo. “A decisão deve ter sido dolorida, por isso tratamos tudo de forma que ele não sinta tanto a perda. Reproduzimos sua sala, trouxemos  mobiliário e objetos pessoais. A ideia é que ele venha aqui de vez em quando.”

    “No dia em que os livros começaram a ir embora ele ficou abalado, mas disfarçou. É como um filho que sai de casa”, compara Yokota. Para o amigo, transferir o acervo à universidade foi um processo natural. “Delfim viu professores famosos morrer e as bibliotecas se tornarem um estorvo à família. Aos 86 anos, está muito bem, mas não tem herdeiros. É uma forma de gratidão com a universidade.”

    Perto de 50% dos livros versam sobre economia. Antropologia, filosofia, história, geografia e ciência compõem o restante do acervo. “As revistas científicas são importantes, porque pesquisam o que depois vai virar matéria-prima ou produto”, afirma Yokota. Delfim costuma pinçar artigos de periódicos sobre temas que lhe interessam, encadernar e catalogar. “Tudo o que ele encontrou sobre câmbio na Argentina, por exemplo, juntou num volume. Ele consulta a bibliografia de cada livro interessante que lhe cai nas mãos, o que não constar da biblioteca nós vamos atrás.”

    A reverência do professor emérito da FEA por livros parece ser contagiante. Partiu de Solon Luís Pereira, motorista que há décadas acompanha Delfim, a solução para higienizar e preservar os 300 mil volumes. Preocupado com o risco de deterioração do papel, pôs-se a pesquisar plantas resistentes a pragas. Ao constatar a eficácia da mamona nesse quesito, usou o arbusto para desenvolver uma essência  vaporizada sobre os livros. A iniciativa foi tão bem-sucedida que especialistas da USP estão de olho na tecnologia.

    *Reportagem publicada originalmente na edição 807 de CartaCapital, com o título “Um garimpo grandioso”

    http://www.cartacapital.com.br/revista/807/um-garimpo-grandioso-1961.html

  16. os coroneis do nordeste, os

    os coroneis do nordeste, os eduardos campos

    https://ninja.oximity.com/article/Rec9 julho 2014 12:12 PM Visualizações 1273 Pontuação: 61

     

    Recife: ame-o ou deixe-o. A política PSB em Pernambuco

     

      

    “Quem não estiver satisfeito com o Recife, se mude!” – disse o Prefeito do Recife, Geraldo Júlio, no lançamento oficial da campanha de Paulo Câmara, também do PSB, para Governo do Estado de Pernambuco.

     

  17. Qual Brasil vai torcer pela Argentina?

    E qual Brasil vai torcer pela Alemanha?

    Eu vou torcer por um Sul Americano e nunca por um Europeu.

    Vamos empatar essa disputa que está Sul Americano 9 x 10 Europeu.

    Eu vou torcer por quem só tem dois títulos e nunca por quem, em 2018, pode ser penta.

    Também não incorporei essa tal rivalidade com os Argentinos. Não sei se nasceu de sentimento genuíno dos brasileiros ou se foi implantada nas nossas mentes (interesses comerciais ou geopolítico?)

    Nunca vi, em nenhuma mídia, esse placar entre Sul Americanos e Europeus. Penso que, se houvesse interesse deles em fortalecer esse sentimento de união entre os Sul Americanos, teriam feito muito alarde, convocando todos a torcerem “por nós”.

  18. Terceiro é lugar de honra!

    Vamos debater as mudanças necessárias no futebol brasileiro e vamos ao jogo de consolação, porque terceiro é lugar de honra!

     

  19.  
    Em Portugal a coisa está

     

    Em Portugal a coisa está cada vez mais grave!

    Imaginem os portugueses já estão abatendo carros….

     

     

    Incentivos ao abate de carros potenciam receita adicional de 80 milhões

     

    10/07/2014 – 13:29

    A Associação Automóvel de Portugal calcula ganho líquido para o Estado, em 2015, caso o Governo adopte a proposta da comissão de reforma fiscal verde.

    Se o Governo reintroduzir em 2015 o programa de incentivos ao abate de carros com dez ou mais anos, como sugere a comissão de reforma fiscal verde, os cofres do Estado ganharão 80 milhões de euros de receita líquida adicional no próximo ano, prevê a ACAP – Associação Automóvel de Portugal.

    Este cenário, avançado ao PÚBLICO pelo secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro, pressupõe um aumento adicional nas vendas de ligeiros de passageiros na ordem das 25 mil unidades. A associação chegou a estes números actualizando um estudo, entregue na Assembleia da República em 2013, que calculava o impacto de um programa de incentivos caso fosse aplicado este ano, o que não veio a acontecer.

    Para 2014, a ACAP estimava uma venda adicional de 15 mil veículos e, num cálculo conservador, um aumento adiciona da receita de 50 milhões de euros. “Isto porque a despesa fiscal seria de 13 milhões de euros, mas a receita global (incluindo ISV, IVA e IUC) seria de 63 milhões de euros”, refere o estudo do ano passado.

    Aplicadas a 2015, os valores da ACAP são mais positivos tanto em vendas como em receitas, tendo já em conta as propostas concretas da comissão de reforma da fiscalidade verde, que ficou nesta quinta-feira em consulta pública.

    Os 80 milhões de euros estimados pela ACAP, projectados para 2015, referem-se a receita líquida, ou seja, descontam já o montante que o Estado gastaria com o incentivo fiscal à destruição de automóveis ligeiros em fim de vida, através de uma redução do imposto sobre veículos (ISV) a pagar pelo novo carro.

    A decisão de reintroduzir um programa de incentivos ao abate de carros em fim de vida está agora nas mãos do Governo. A medida é há muito reclamada por associações do sector automóvel – quer pela ACAP, quer pela Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) –, que aplaudem a proposta do grupo de trabalho da fiscalidade verde, por quem, aliás, foram ouvidas.

    O anteprojecto de reforma propõe um incentivo, em sede de ISV, de 3500 euros para quem trocar um carro com dez ou mais anos por um veículo eléctrico novo; um benefício de 2500 euros no caso de se tratar de um veículo híbrido; ou 1000 euros para os automóveis com um nível de emissão de CO2 até aos 100 gr/km.

    O último ano em que vigorou um plano de incentivos foi 2010 (estava de pé, sem interrupções, desde 2000). Uma resolução aprovada por unanimidade na Assembleia da República, em Julho do ano, passado chegou a propor a criação de um programa semelhante, mas a ideia não passou do papel e a medida ficou de fora do Orçamento do Estado para este ano.

    Vendas estão em alta
    Agora que às secretárias dos ministros Jorge Moreira da Silva (Ambiente, Ordenamento do Território e Energia) e Maria Luís Albuquerque (Finanças) chega uma proposta para reintroduzir o programa, a ACAP e a ANECRA entendem que o Governo tem menos margem para não o implementar.

    “A questão foi a plenário no ano passado, Espanha acabou de renovar a medida e, com os dados que apresentamos, o Governo não tem margem” para não avançar, diz Hélder Pedro.

    A opinião é partilhada pelo secretário-geral da ANECRA, associação que também calcula um impacto líquido positivo para os cofres do Estado, tendo em conta os valores simulados para este ano, caso o plano de incentivos fosse aplicado (um aumento adicional das vendas na ordem das 13 mil unidades e uma receita líquida de 44 milhões de euros, um valor ligeiramente abaixo dos números então projectados pela ACAP).

    “Não há perigo algum para o erário público, antes pelo contrário”, reforça Jorge Neves da Silva, acrescentando razões ambientais para defender a reintrodução da medida: “Quando abatemos veículos velhos, com mais de dez ou 15 anos, estamos a retirar carros que potencialmente têm menos condições para circular – muitas vezes sem as condições mínimas para se manterem – e que são prejudiciais ao ambiente”.

    A idade do parque automóvel tem vindo a aumentar e a média dos veículos ligeiros de passageiros está já nos 12 anos. “Entende-se que em termos de segurança rodoviária é já preocupante”, vinca, por seu lado, Hélder Pedro.

    Depois de dois anos de queda a pique, as vendas de automóveis voltaram a crescer em 2013, mas continuam em valores historicamente baixos, a níveis de finais dos anos 1980. É também para impulsionar o sector que a ACAP e a ANECRA vêem vantagens no programa de incentivos ao abate.

    As vendas cresceram de ligeiros de passageiros cresceram 11,4% no ano passado, para as 101.126 unidades. Este ano, até Junho, as vendas cresceram 37,7% face ao ano passado. Enquanto nos seis primeiros meses do ano passado foram vendidos 55.032 ligeiros de passageiros, no mesmo período deste ano foram comercializadas 75.787 unidades.

      

     

  20. A Pátria de Pranchas!

    Enquanto a bola rola e o futebol nos dá um veshame histórico, os meninos do surf do Brasil dão show nas melhores ondas do mundo. Tratados pela imprensa internacional especializada no esporte como The Brazilian Storm, o nossos surfistas (Gabriel Medina (lider do ranking da primeira divisão) , Adriano Mineirinho, Felipe Toledo, Jadson André, Alejo Muniz, Raoni Monteiro, Miguel Pupo, Willian Cardoso, Jesse Mendes, David do Carmo, e mais um legião) assaltaram o Circuito Mundial de Surf… No Surf o Brasil lidera os três principais rankings do esporte…

    http://www.aspworldtour.com/events/2014/mct/674/j-bay-open/live

    Rolando ao vivo desde as direitas intermináveis de  J-Bay, South Africa….

    Go for it!!!!

    E notem que nossos surfistas, a maioria dos nossos surfistas vem das nossas “camadas mais populares”, Tita Tavares, a nossa melhor surfista, que frequentou a elite do surf mundial durante quase uma década, era do Titanzinho, uma favela ao lado da praia no Ceará…

     

  21. Economia Alemã

    Economia Alemã Contemporânea

    Posted on10/07/2014by

    Alemanha Unificada

    A economia alemã – a quinta maior economia do mundo em termos de PIB PPC e a maior da Europa – é uma das principais exportadoras de máquinas, veículos, produtos químicos e equipamentos. Ela se beneficia de uma força de trabalho doméstica altamente qualificada.

    Tal como os seus vizinhos da Europa Ocidental, a Alemanha enfrenta desafios demográficos significativos para o crescimento sustentado de longo prazo. Taxas de fecundidade baixas e imigração líquida em declínio aumentam a pressão sobre o sistema de bem-estar social do país que necessita de reformas estruturais. As reformas iniciadas pelo governo do chanceler Gerhard Schröder (1998-2005), consideradas necessárias para tratar da cronicamente elevada taxa de desemprego e da taxa de crescimento médio baixo, tem contribuído para um crescimento econômico mais robusto e queda do desemprego.

    Esses avanços, tal como um subsídio governamental, reduzindo o custo da hora de trabalho, ajudam a explicar o aumento relativamente modesto do desemprego durante a recessão de 2008-09 – a mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial – e a diminuição da taxa de desemprego para 5,3% em 2013. O novo governo alemão prometeu um salário mínimo de US$ 11 / hora para entrar em vigor em 2015.

    Os estímulos e esforços de estabilização, iniciados em 2008 e 2009, e os cortes de impostos, adotados no segundo mandato da chanceler Angela Merkel, aumentaram o déficit orçamentário total da Alemanha, considerando o federal, o estadual e o municipal, para 4,1% em 2010, mas o controle dos gastos e as receitas fiscais mais altas reduziram o déficit para 0,8% em 2011. Em 2012, a Alemanha atingiu um superávit orçamentário de 0,1%.

    A emenda constitucional, aprovada em 2009, limita o governo federal para o máximo de déficits estruturais de não mais do que 0,35% do PIB por ano a partir de 2016, embora essa meta já tenha sido atingida em 2012.

    Após o desastre nuclear ocorrido em março de 2011 em Fukushima-Japão, a chanceler Angela Merkel anunciou, em maio de 2011, que oito dos 17 reatores nucleares do país seriam fechados, imediatamente, e as plantas restantes iriam fechar até 2022. A Alemanha espera substituir a energia nuclear com energia renovável. Antes do encerramento dos oito reatores, a Alemanha dependia da energia nuclear para 23% de sua capacidade de geração de energia elétrica e 46% da sua produção efetiva de eletricidade.

    PIB (paridade de poder aquisitivo):

    US$ 3,227 trilhões (2013 est) – comparação país com o mundo: 6o. (considerando a União Europeia no ranking)

    US$ 3,211 trilhões (2012 est)

    US$ 3,182 trilhões (2011 est)

    Nota: PIB nominal convertido em dólares de 2013 (taxa de câmbio oficial): US$ 3,593 trilhões (2013 est)

    PIB – taxa de crescimento real: 0,5% (2013 est) – comparação país com o mundo: 185o. lugar – contra 0,9% (2012 est) e 3,4% (2011 est)

    PIB – per capita (PPP): US$ 39.500 dólares (2013 est) – comparação país com o mundo: 29o. lugar – contra US$ 39.200 (2012 est); US$ 38.900 (2011 est)

    Nota: Os dados estão em dólar de 2013

    Poupança nacional bruta: 24,7% do PIB (2013 est) – comparação país com o mundo: 50o. lugar – contra 24,3% do PIB (2012 est); 24,4% do PIB (2011 est)

    PIB – composição por uso final:

    consumo das famílias: 57,6%consumo do governo: 19,4%investimento em capital fixo: 17,5%investimento em estoques: 0,1%exportações de bens e serviços: 49,5%importações de bens e serviços: -44,1%

    (2013 est)

    PIB – composição por setor de origem:

    agricultura: 0,8%indústria: 30,1%serviços: 69%

    (2013 est)

    Agricultura – produtos: batatas, trigo, cevada, beterraba, frutas, repolho; produtos lácteos; bovinos, suínos, aves de capoeira

    Indústrias: entre as maiores e mais tecnologicamente avançados produtores mundiais de ferro, aço, carvão, cimento, produtos químicos, máquinas, veículos, máquinas-ferramentas, eletrônica, automóveis, alimentos e bebidas, construção naval, têxteis

    Taxa de crescimento industrial de produção: -0,3% (2013 est) – comparação país com o mundo: 167o. lugar

    Força de trabalho: 44,2 milhões (2013 est) – comparação do país com o mundo: 15o. lugar

    Força de trabalho – por ocupação (2011):

    agricultura: 1,6%indústria: 24,6%serviços: 73,8%

    Taxa de desemprego: 5,3% (2013 est) – comparação país para o mundo: 52o. lugar – contra 5,5% (2012 est)

    População abaixo da linha de pobreza: 15,5% (2010 est)

    Renda familiar ou consumo por percentagem:

    10% mais pobre: 3,6%10% mais rico: 24% (2000)

    Distribuição de renda familiar – Índice de Gini: 0,270 (2006) – comparação país com o mundo: 130o. lugar – contra 0,300 (1994) (?)

    Orçamento:

    receita: US$ 1,626 trilhão

    despesas: US$ 1,624 trilhão (2013 est)

    Impostos e outras receitas: 45,3% do PIB (2013 est) – comparação país com o mundo: 20o. lugar

    Excedente orçamentário (+) ou o déficit (-): 0,1% do PIB (2013 est) – comparação país com o mundo: 41o. lugar

    Dívida pública: 79,9% do PIB (2013 est) – comparação país com o mundo: 26o. lugar – contra 81% do PIB (2012 est)

    Atenção: a dívida pública bruta está definida no Tratado de Maastricht como a dívida pública bruta consolidada em seu valor nominal existente no final do ano nas seguintes categorias de passivos do governo (como definido no SEC 95): numerário e depósitos (AF.2 ), exceto ações, excluindo derivativos financeiros (AF.3, excluindo AF.34) e empréstimos (AF.4) de valores mobiliários; no setor das Administrações Públicas inclui os subsetores da Administração Central, Administração Estadual, Administração Local e Fundos Da Segurança Social; as séries são apresentados como porcentagem do PIB e em milhões de euros; PIB usado como denominador é o Produto Interno Bruto a preços correntes de mercado; dados expressos em moeda nacional são convertidos em euros à taxa de câmbio de final de ano fornecidas pelo Banco Central Europeu

    Ano fiscal: ano civil

    Taxa de inflação (preços ao consumidor): 1,6% (2013 est) – comparação país com o mundo: 44o. lugar – contra 2,1% (2012 est)

    Taxa de desconto do Banco Central: 0,75% (31 de dezembro de 2013) –comparação país com o mundo: 122o. lugar – contra 1,5% (31 de Dezembro 2010)

    Atenção: esta é a taxa do Banco Central Europeu sobre a facilidade de empréstimo de liquidez, que oferece crédito overnight a bancos na zona do euro.

    Banco comercial – taxa de empréstimo principal: 2,8% (31 de dezembro de 2013 est) – comparação país para o mundo: 168o. lugar – contra 3,07% (31 de dezembro de 2012 est)

    Estoque de dinheiro (base monetária): US$ 2,158 trilhões (31 de dezembro de 2013 est) — comparação país com o mundo: 5. lugar – contra US$ 2,025 tuilhões (est. 31 de dezembro de 2012)

    Atenção: para oferta de moeda na área do euro, o Banco Central Europeu (BCE) controla a política monetária para os 17 membros da União Económica e Monetária (UEM); membros individuais da UEM não controlam a quantidade de dinheiro que circula dentro de suas próprias fronteiras.

    Meios de pagamento: US$ 4,551 trilhões (31 de dezembro de 2013 est) –comparação país com o mundo: 5o. lugar – contra US$ 4,342 trilhões (31 de dezembro de 2012 est)

    Estoque de crédito interno: US$ 4,457 trilhões (est. 31 de dezembro de 2013) –comparação país com o mundo: 5o. lugar – US$ 4,277 (31 de dezembro de 2012 est)

    Valor de mercado das ações negociadas publicamente: US$ 1,486 trilhão (est. 31 de dezembro de 2012) – comparação país com o mundo: 10o. lugar – contra US$ 1,184 trilhão (31 de dezembro de 2011); US$ 1,430 trilhão (31 de Dezembro 2010 est)

    Saldo da balanço de transações correntes: US$ 257,1 bilhões (2013 est) –comparação país com o mundo: 1o. lugar – contra 238,5 bilhões dólares (est. 2012)

    Exportações: US$ 1,493 trilhão (2013 est) –comparação país com o mundo: 4o. lugar – contra US$ 1,460 trilhão (2012 est)

    Exportações – produtos:

    veículos automóveis, produtos de máquinas, produtos químicos, de informática e eletrônicos, equipamentos elétricos, produtos farmacêuticos, metais, equipamentos de transporte, produtos alimentares, têxteis, borracha e produtos plásticos

    Exportações – parceiros:

    França 9,21%, Estados Unidos 7,85%, Reino Unido 6,53%, Holanda 6,33%, China 5,91%, Itália 5,05%, Áustria 5,03%, 4,3% Suíça, Bélgica 4,04% (2013 est)

    Importações: US$ 1,233 trilhão (2013 est) – comparação país para o mundo: 4o. lugar – US$ 1,222 trilhão (2012 est)

    Importações – produtos:

    máquinas, equipamentos de processamento de dados, veículos, produtos químicos, petróleo e gás, metais, equipamentos elétricos, produtos farmacêuticos, alimentos, produtos agrícolas

    Importações – parceiros:

    Holanda 12,88%, França 7,61%, China 6,25%, Bélgica 6,13%, Itália 5,31%, Reino Unido 4,61%, Áustria 4,33%, Estados Unidos 4,19%, Suíça 4,3%, Áustria 4,1%, Polônia 4% (2013 est)

    Reservas em moeda estrangeira e ouro: US$ 248,9 bilhões (est. 31 de dezembro de 2012) – comparação país com o mundo: 13o. lugar – contra US$ 238,9 milhões dólares (31 de Dezembro 2011 est)

    Dívida externa: US$ 5,717 trilhões (31 de dezembro de 2012 est) – comparação país com o mundo: 4o. lugar – US$ 5,338 trilhões (31 de dezembro de 2011)

    Saldo de Investimento Direto Estrangeiro – em casa: US$ 1,335 trilhão (est. 31 de dezembro de 2013) – comparação país com o mundo: 5o. lugar – contra US$ 1,307 trilhão (31 de dezembro de 2012 est)

    Saldo de Investimento Direto Estrangeiro – no exterior: US$ 1,871 trilhão (31 de dezembro de 2013 est) – comparação país com o mundo: 3o. lugar – contra US$ 1,788 trilhão (31 de dezembro de 2012 est)

    Taxas de câmbio: Euros (EUR) por dólar dos EUA –

    0,7634 (2013 est)

    0,7752 (2012 est)

    0.755 (2010 est)

    0,7198 (2009 est)

    0,6827 (2008 est)

    Grupos étnicos: alemão 91,5%, turco 2,4%, outros 6,1% (composta em grande parte de grego, italiano, polonês, russo, servo-croata, espanhol)

    Religiões: protestante 34%, católicos romanos 34%, muçulmanos 3,7%, não afiliados ou outros 28,3%

    População: 80.996.685 (julho 2014 est) – comparação país com o mundo: 18o. lugar

    Fonte: https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/gm.html

     

  22. Economia Brasileira

    Economia Brasileira Contemporânea

    Posted on10/07/2014by

    3D-Brazil-Flag-Wallpaper-Background

    Caracterizada pela diversificação setorial de atividades, já que possui grande e bem desenvolvida agricultura, mineração, manufatura e muitos subsetores de serviços, além de uma classe média em rápida expansão, a economia brasileira supera a de todos os outros países da América do Sul. O Brasil está expandindo sua presença nos mercados mundiais.

    Desde 2003, o Brasil tem melhorado a sua estabilidade macroeconômica, ampliado as reservas internacionais, e alongado seu perfil de endividamento, transformando sua dívida em instrumentos denominados em reais. Os empréstimos no mercado interno ampliaram significativamente. Em 2008, o Brasil tornou-se um credor externo líquido e duas agências de rating concederam o grau de investimento para sua dívida.

    Após forte crescimento em 2007 e 2008, o início da crise financeira global atingiu o Brasil em 2008. A economia brasileira experimentou dois trimestres de recessão, porque diminuiu a demanda global por exportações baseadas em commodities do Brasil e o crédito externo secou. No entanto, o Brasil foi um dos primeiros mercados emergentes a começar uma recuperação. Em 2010, renasceu a confiança dos consumidores e investidores com o crescimento do PIB atingindo 7,5%, a maior taxa de crescimento nos últimos 25 anos.

    O receio do aumento da inflação levou as autoridades monetárias a tomar medidas para esfriar a economia. Essas ações e a situação econômica internacional em deterioração desacelerou o crescimento em 2011-13. O desemprego está em níveis historicamente baixos e o tradicionalmente alto nível de desigualdade de renda no Brasil diminuiu para um dos menores nos últimos dez anos.

    Historicamente, as altas taxas de juros do Brasil resultam em um destino atraente para os investidores estrangeiros. Grandes fluxos de capital ao longo dos últimos anos têm contribuído para a apreciação da moeda nacional, prejudicando a competitividade da indústria brasileira e levando o governo a intervir nos mercados cambiais e aumentar os impostos sobre alguns fluxos de capital estrangeiros. A Presidente Dilma Rousseff manteve o compromisso da administração anterior de regime de metas de inflação executado pela política monetária do Banco Central, a taxa de câmbio flutuante e a contenção fiscal.

     GDP (purchasing power parity):$2.416 trillion (2013 est.)

    country comparison to the world: 8

    $2.362 trillion (2012 est.)$2.342 trillion (2011 est.)note: data are in 2013 US dollars GDP (official exchange rate):$2.19 trillion (2013 est.) GDP – real growth rate:2.3% (2013 est.)

    country comparison to the world: 137

    0.9% (2012 est.)2.7% (2011 est.) GDP – per capita (PPP):$12,100 (2013 est.)

    country comparison to the world: 105

    $11,900 (2012 est.)$11,900 (2011 est.)note: data are in 2013 US dollars Gross national saving:14.8% of GDP (2013 est.)

    country comparison to the world: 110

    15.2% of GDP (2012 est.)17.6% of GDP (2011 est.) GDP – composition, by end use:household consumption: 62.5%government consumption: 21.7%investment in fixed capital: 18.3%investment in inventories: 0%exports of goods and services: 12.4%imports of goods and services: -14.9%(2013 est.) GDP – composition, by sector of origin:agriculture: 5.5%industry: 26.4%services: 68.1%(2013 est.) Agriculture – products:coffee, soybeans, wheat, rice, corn, sugarcane, cocoa, citrus; beef Industries:textiles, shoes, chemicals, cement, lumber, iron ore, tin, steel, aircraft, motor vehicles and parts, other machinery and equipment Industrial production growth rate:3% (2013 est.)

    country comparison to the world: 99

     Labor force:107.3 million (2013 est.)

    country comparison to the world: 6

     Labor force – by occupation:agriculture: 15.7%industry: 13.3%services: 71%(2011 est.) Unemployment rate:5.7% (2013 est.)

    country comparison to the world: 54

    5.5% (2012 est.) Population below poverty line:21.4%note: official Brazilian data show 4.2% of the population being below the “extreme” poverty line in 2011 (2009 est.) Household income or consumption by percentage share:lowest 10%: 0.8%highest 10%: 42.9% (2009 est.) Distribution of family income – Gini index:51.9 (2012)

    country comparison to the world: 16

    55.3 (2001) Budget:revenues: $851.1 billionexpenditures: $815.6 billion (2013 est.) Taxes and other revenues:38.9% of GDP (2013 est.)

    country comparison to the world: 47

     Budget surplus (+) or deficit (-):1.6% of GDP (2013 est.)

    country comparison to the world: 21

     Public debt:59.2% of GDP (2013 est.)

    country comparison to the world: 50

    58.8% of GDP (2012 est.) Fiscal year:calendar year Inflation rate (consumer prices):6.2% (2013 est.)

    country comparison to the world: 180

    5.4% (2012 est.) Central bank discount rate:10% (31 December 2013 est.)

    country comparison to the world: 24

    11% (31 December 2011 est.) Commercial bank prime lending rate:26.9% (31 December 2013 est.)

    country comparison to the world: 2

    36.64% (31 December 2012 est.) Stock of narrow money:$157.6 billion (31 December 2013 est.)

    country comparison to the world: 25

    $159.1 billion (31 December 2012 est.) Stock of broad money:$870.8 billion (31 December 2013 est.)

    country comparison to the world: 19

    $863.5 billion (31 December 2012 est.) Stock of domestic credit:$2.435 trillion (31 December 2013 est.)

    country comparison to the world: 11

    $2.381 trillion (31 December 2012 est.) Market value of publicly traded shares:$1.23 trillion (31 December 2012 est.)

    country comparison to the world: 8

    $1.229 trillion (31 December 2011)$1.546 trillion (31 December 2010 est.) Current account balance:-$77.63 billion (2013 est.)

    country comparison to the world: 191

    -$54.23 billion (2012 est.) Exports:$244.8 billion (2013 est.)

    country comparison to the world: 23

    $242.6 billion (2012 est.) Exports – commodities:transport equipment, iron ore, soybeans, footwear, coffee, autos Exports – partners:China 17%, US 11.1%, Argentina 7.4%, Netherlands 6.2% (2012) Imports:$241.4 billion (2013 est.)

    country comparison to the world: 23

    $223.2 billion (2012 est.) Imports – commodities:machinery, electrical and transport equipment, chemical products, oil, automotive parts, electronics Imports – partners:China 15.3%, US 14.6%, Argentina 7.4%, Germany 6.4%, South Korea 4.1% (2012) Reserves of foreign exchange and gold:$378.3 billion (31 December 2013 est.)

    country comparison to the world: 8

    $373.1 billion (31 December 2012 est.) Debt – external:$475.9 billion (31 December 2013 est.)

    country comparison to the world: 27

    $438.9 billion (31 December 2012 est.) Stock of direct foreign investment – at home:$663.3 billion (31 December 2013 est.)

    country comparison to the world: 12

    $604.5 billion (31 December 2012 est.) Stock of direct foreign investment – abroad:$179.6 billion (31 December 2013 est.)

    country comparison to the world: 25

    $177.1 billion (31 December 2012 est.) Exchange rates:reals (BRL) per US dollar -2.153 (2013 est.)1.9546 (2012 est.)1.7592 (2010 est.)2.0 (2009)1.8644 (2008) 
    Ethnic groups:white 47.7%, mulatto (mixed white and black) 43.1%, black 7.6%, Asian 1.1%, indigenous 0.4% (2010 est.) Religions:Roman Catholic 64.6%, other Catholic 0.4%, Protestant 22.2% (includes Adventist 6.5%, Assembly of God 2.0%, Christian Congregation of Brazil 1.2%, Universal Kingdom of God 1.0%, other Protestant 11.5%), other Christian 0.7%, Spiritist 2.2%, other 1.4%, none 8%, unspecified 0.4% (2010 est.) Population:202,656,788 (July 2014 est.)

    country comparison to the world: 6

     Fonte: https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/br.html

     

  23. História da AlemanhaPosted

    História da Alemanha

    Posted on09/07/2014by

     

    Entre 800 e 70 a.C., as tribos germânicas no norte migraram para território celta, avançando até os rios Oder e Reno e para o que é hoje a Alemanha meridional. Por volta de 58 a.C., os romanos, por meio de uma sucessão de campanhas militares, tornaram o Reno a fronteira nordeste do Império Romano, o que levou à romanização da margem esquerda do rio e a incorporação das sociedades celtas centro-europeias ao Império. A Germânia até o Reno e o Danúbio permaneceram fora do Império Romano.

    A partir de 90 d.C., os romanos construíram o Limes, uma linha defensiva de 550 quilômetros do Reno até o Danúbio, planejada para conter as incursões germânicas na fronteira, bem como uma série de fortificações. Em cerca de 260, os germanos finalmente romperam o Limes e a fronteira do Danúbio.

    No século IV, o avanço dos hunos Europa adentro deu início a um período chamado de Grandes Migrações, que mudou completamente o mapa do continente europeu. Ao unificar os francos e conquistar a Gália, o rei merovíngio Clóvis tornou-se o fundador do Reino Franco. Em 496, os francos derrotaram os alamanos, aceitaram a fé católica e passaram a ser apoiados pela Igreja. As províncias romanas ao norte dos Alpes já eram cristãs desde o século IV, e centros cristãos foram mantidos mesmo após a queda do Império Romano do Ocidente.

    De 772 a 814, o Rei Carlos Magno estendeu o Império Carolíngio até a Itália setentrional e os territórios de todos os povos germânicos, inclusive os saxões e os bávaros. Em 800, a sua autoridade na Europa Ocidental foi confirmada com a sua sagração como imperador, em Roma, estabelecendo-se, assim, o que viria a chamar-se Sacro Império Romano-Germânico. O reino franco foi dividido em condados e suas fronteiras eram protegidas por marcas.

    No início do século XVI, era crescente o descontentamento na Alemanha com os abusos na Igreja Católica e havia um desejo de reforma. A Reforma Religiosa (ou Protestante) começou em 1517, quando Martinho Lutero pregou as suas “95 Teses” no portão da igreja do castelo em Wittenberg.

    Em 1521, Martinho Lutero foi declarado fora-da-lei pela Dieta de Worms. Mas a Reforma propagou-se rapidamente, com o incentivo das guerras do Imperador Carlos V contra a França e os turcos. Escondido no Castelo de Wartburg, Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, lançando as bases da moderna língua alemã.

    Em 1524, estalou a Guerra dos Camponeses contra os príncipes e senhores governantes, segundo a pregação de certos sacerdotes reformistas. Mas as revoltas, apoiadas por nobres com experiência militar foram reprimidas pelos príncipes territoriais.

    A Contrarreforma teve início em 1545 na Alemanha. O impulso principal foi dado pelos Jesuítas, ordem fundada pelo espanhol Ignácio de Loyola. O centro e o nordeste da Alemanha tornaram-se protestantes, enquanto que o oeste e o sul permaneceram predominantemente católicos.

    O período de 1618 a 1648 foi marcado na Alemanha pela Guerra dos Trinta Anos. As causas foram:

    os confrontos entre católicos e protestantes,os esforços dos diversos Estados dentro do Império no sentido de concentrar poder ea tentativa, da parte do Imperador, de concretizar uma união política e religiosa.

    A partir de 1640, Brandemburgo-Prússia começara a destacar-se, sob o governo do Grande Eleitor, Frederico Guilherme. A Paz de Vestfália fortaleceu ainda mais a Prússia. Um sistema absolutista de governo foi adotado.

    Entrementes, Luís XIV de França conquistara partes da Alsácia e Lorena (1678-1681), e invadira e devastara o Palatinado (1688-1697). Em 1683, os otomanos sofreram uma derrota fora dos muros de Viena, nas mãos de tropas polonesas. A cidade era defendida por forças alemãs e austríacas sob comando de Carlos IV, duque de Lorena. A Hungria foi reconquistada e receberia, mais tarde, colonos alemães. A Áustria, governada pelos Habsburgos, tornou-se uma grande potência.

    No período de 1713 a 1740, o Rei Frederico Guilherme I, também conhecido como o “Soldado Rei”, estabeleceu um Estado altamente centralizado na Prússia.

    A partir de 1763, tanto a Prússia quanto a Áustria adotaram “o despotismo esclarecido”: a economia desenvolveu-se, providenciaram-se reformas legais, inclusive a abolição da tortura e a melhoria do status dos judeus, teve início a emancipação dos servos e promoveu-se a educação.

    No período 1772-1795, a Prússia participou da partilha da Polônia, ocupando territórios a oeste da Grande Polônia, o que começou uma resistência polonesa de séculos contra a presença alemã.

    A Revolução Francesa provocou uma nova guerra entre a França e vários países a leste, inclusive a Prússia e a Áustria. Em seguida à Paz de Basileia com a Prússia, em 1795, a França recebeu a margem esquerda do Reno.

    Em 1800, a Alemanha era um império decrépito, formado por centenas de insignificantes principados, cidades livres e estado eclesiástico e aristocráticos. Napoleão I da França recomeçou a guerra com o Sacro Império. Em 1803, ele aboliu quase todos os territórios eclesiásticos, estados pequenos e cidades livres imperiais. Estabeleceram-se novos estados de tamanho médio no sudoeste da Alemanha, configurando uma significativa transformação de sua geografia política. A Prússia ganhou, por sua vez, território no noroeste.

    O Sacro Império Romano-Germânico foi dissolvido formalmente em 6 de agosto de 1806, com a renúncia do último Sacro Imperador. A Confederação do Reno foi criada, sob a proteção de Napoleão. No período de 1808 a 1812, a Prússia foi reconstruída e uma série de reformas regulou a administração municipal, a liberação dos camponeses e a emancipação dos judeus. A reforma do exército foi empreendida por generais prussianos.

    Em 1813, tiveram início as guerras de liberação, em seguida à destruição do exército napoleônico na Rússia (1812). Após a Batalha das Nações em Leipzig, rompeu-se o controle francês sobre a Alemanha. A Confederação do Reno foi dissolvida. Em 1815, Napoleão foi definitivamente derrotado em Waterloo por forças do Reino Unido, auxiliadas pelo exército prussiano.

    As reformas na Prússia, projetadas para fortalecer o Estado para poder libertar as províncias sob ocupação francesas, resultaram na formação de uma nova Alemanha em 1871. O liberalismo progressista das primeiras décadas do século XIX foi gradualmente transformado em um nacionalismo autoritário.

    Uma noção um tanto vaga de uma identidade nacional alemã tinha sido articulada pela primeira vez no século XVIII. Ela se baseava nas peculiaridades culturais e linguísticas do mundo de língua alemã. Era abstrata, humanista, cosmopolita, filosoficamente refinada e apolítica. O intenso ódio aos franceses, causado pelas guerras revolucionárias e napoleônicas, ao lado do comportamento inaceitável das tropas de ocupação francesas, azedou esse nacionalismo incipiente. O cosmopolitismo se transformou em um sentimento arrogante de superioridade cultural. O apolitismo se tornou uma obsessão reacionária com um passado alemão visto pelo “mito fundador”. O refinamento foi destilado em uma obscuridade impenetrável, porém contaminante na elite.

    Após a queda de Napoleão, os monarcas e estadistas europeus reuniram-se no Congresso de Viena, em 1814, com vistas a reorganizar a Europa, sob a liderança do príncipe austríaco Metternich. Dentre os princípios políticos pactuados, impuseram-se a restauração, a legitimidade e a solidariedade dos governantes em prol da repressão a ideias revolucionárias e nacionalistas. No território do antigo Sacro Império Romano, formou-se a Liga Alemã, uma união fraca de 39 estados (35 príncipes reinantes e 4 cidades livres), sob a liderança da Áustria.

    O crescente descontentamento com a ordem política e social imposta pelo Congresso de Viena levou à eclosão, em 1848, da Revolução de Março nos estados alemães que, em 1834, tinham estabelecido uma união aduaneira entre a Prússia, com a exclusão da Áustria. Em maio, foi criada a Assembleia Nacional Alemã – ou Parlamento de Frankfurt –, com o objetivo de preparar uma constituição nacional alemã.

    A união aduaneira criou um mercado que logo iria desafiar a supremacia britânica. O capital se deslocou para o norte enquanto a Áustria declinava.

    Tudo o que faltava era alguma forma de unificação para que a Alemanha fosse a nação mais poderosa do continente. Mas que forma iria tomar essa unificação? Seria era uma Grande Alemanha que incluiria a Áustria ou uma Pequena Alemanha sob o domínio prussiano?

    As questões-chave eram:

    Quem era alemão?Onde estava a Alemanha?

    De início, concordou-se que os alemães eram pessoas que falavam alemão e a Alemanha estava “onde quer que o alemão fosse falado”.

    E os suíços falantes de alemão?E os alsacianos que falavam alemão mas tinham a cidadania francesa?E os milhares de prussianos que falavam polonês?E os tchecos nas províncias austríacas da Boêmia e da Morávia?Os judeus deveriam ser tratados como cidadãos iguais ou o povo alemão precisaria ser protegido contra “esses estrangeiros ameaçadores”?

    Os delegados do parlamento prussiano não chegaram a um consenso…

    A Revolução de 1848 terminou por fracassar: o Rei Frederico Guilherme IV da Prússia recusou a coroa imperial, o Parlamento de Frankfurt foi dissolvido, os príncipes reinantes reprimiram os levantes pela força e a Liga Alemã foi restabelecida em 1850.

    Em 1862, o Príncipe Bismarck foi indicado como primeiro-ministro da Prússia — apesar da objeção dos liberais e dos socialistas, que o consideravam um reacionário. As políticas domésticas de Bismarck, na qualidade de Chanceler da Alemanha, caracterizaram-se por sua luta contra os supostos inimigos do estado protestante da Prússia. A outra suposta ameaça era a ascensão do Partido dos Trabalhadores Socialistas – mais tarde, Partido Socialdemocrata da Alemanha –, cujo propósito declarado era estabelecer uma nova ordem socialista através da transformação das estruturas políticas e sociais existentes. A partir de 1878, Bismarck procurou reprimir o movimento socialdemocrata, proibindo sua organização, assembleias e a maioria de seus periódicos. Por outro lado, ao instituir um Sistema de Previdência Social, esperava ele ganhar o apoio das classes trabalhadoras do Império.

    A controvérsia entre a França e a Prússia acerca da sucessão do trono espanhol por um candidato alemão provocou a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871). Em seguida à declaração de guerra francesa, tropas prussianas e sul-alemãs invadiram a França em 1870. O exército francês terminou por capitular. O Imperador Napoleão III foi feito prisioneiro e o Segundo Império francês desmoronou. Após a rendição de Paris, foi celebrada a Paz de Frankfurt: a França obrigava-se a ceder à Alemanha a Alsácia e a parte germanófona da Lorena, que eram territórios ricos em ferro e carvão, pagar indenizações. Ela teve seu contingente de soldados limitado a cem mil soldados, além de não poder manter fortificações em um raio de 100 km com a fronteira Alemã. As concessões territoriais feriram o orgulho nacional francês, profundamente, e formariam um obstáculo à concórdia franco-alemã. Além disso, o Kaiser Guilherme I da Prússia foi coroado no Palácio de Versalhes, outra humilhação simbólica para a França.

    A prioridade de Bismarck era proteger o poder alemão em expansão, por meio de um sistema de alianças, e procurar conter crises internacionais até que a Alemanha estivesse preparada para provocá-las. Nesse sentido, era de particular importância conter e isolar a França, pois Bismarck temia que esta formasse uma aliança com a Rússia e se vingasse de sua perda da Alsácia e da Lorena.

    Birmarck custou a acatar as aspirações do Imperador Guilherme I no sentido de tornar a Alemanha uma potência mundial através da aquisição de colônias alemãs. Birmarck desejava de todas as maneiras evitar tensões com as potências europeias que ameaçassem a segurança da Alemanha. Mas quando, entre 1880 e 1885, o quadro internacional se mostrou auspicioso, Birmarck acedeu, estabelecendo-se então algumas colônias ultramarinas alemãs: na África (Togo, Camarões, Sudoeste Africano Alemão e África Oriental Alemã) e na Oceania (Nova Guiné Alemã, o Arquipélago de Bismarck e as Ilhas Marshall).

    O Kaiser Guilherme I morreu em 1888, sucedendo-o seu filho, Frederico III, o qual reinou por apenas 99 dias, até a sua morte. Subiu ao trono, então, o jovem e ambicioso Guilherme II, filho de Frederico. Bismarck renunciou em 1890, devido a divergências políticas e pessoais com o novo Kaiser, que desejava ser “o seu próprio chanceler”. A Era Guilhermina vai até a I Guerra Mundial (1890-1914).

    Com uma lista tão abrangente de adversários – socialdemocratas, católicos, franceses, poloneses, alsacianos, dinamarqueses e, sempre que era politicamente conveniente, judeus –, uma maioria de cidadãos era considerada estrangeira, ao passo que somente conservadores protestantes eram julgados verdadeiros alemães. O sistema começou a se desintegrar quando poderosas forças liberais e democráticas enfrentaram um conservadorismo obstinadamente resistente à mudança, apoiado pelo populismo antissemita racista.

    No entanto, quando a I Grande Guerra Mundial começou, em 1914, essas tensões sociais e políticas foram temporariamente superadas em uma extraordinária exibição de unidade nacional. Mas, à medida que a guerra foi se arrastando, a nação se desintegrou.

    A política de poder imperialista e a defesa determinada dos interesses nacionais terminaram por levar à eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, tendo como causa imediata o assassinato do herdeiro do trono austríaco, Francisco Fernando, e sua mulher, em Sarajevo, em 28 de junho de 1914, nas mãos de um nacionalista sérvio.

    Outras causas para a guerra, indicadas por historiadores, são:

    as políticas opostas levadas a cabo pelas potências europeias,a corrida armamentista,a rivalidade germano-britânica,as dificuldades do Estado multinacional austro-húngaro,a política russa para os Bálcãs, eas apressadas mobilizações e ultimatos baseados na premissa de que o conflito seria de curta duração.

    A Alemanha lutou ao lado da Áustria-Hungria e do Império Otomano contra Rússia, França, Reino Unido, Itália e vários outros Estados menores. Houve combates também no Oriente Próximo e nas colônias alemãs.

    Nos termos do Tratado de Versalhes, assinado em 28 de junho de 1919, a Alemanha deveria ceder a Alsácia-Lorena e outras regiões. A Polônia foi restaurada e, após plebiscitos e levantes independentistas, foram-lhe entregues Posen, a Prússia Ocidental e a Alta Silésia. Todas as colônias seriam entregues aos Aliados. As margens direita e esquerda do Reno seriam permanentemente desmilitarizadas. O Sarre, centro industrial importante, seria governado pela Liga das Nações por 15 anos, seus campos de carvão administrados pela França.

    Para assegurar o cumprimento do Tratado, tropas aliadas ocupariam a margem esquerda (alemã) do Reno por um período entre 5 e 15 anos. O exército alemão ficaria limitado a 100 mil oficiais e soldados; o estado-maior seria dissolvido; grandes quantidades de material bélico seriam entregues e a fabricação de munições, rigidamente controlada. A Marinha sofreria redução semelhante; ficava proibida a utilização de aeronaves militares. A Alemanha e seus aliados deveriam aceitar a exclusiva responsabilidade pela guerra e pagar compensações financeiras pelas perdas e danos sofridas pelos Aliados.

    Os humilhantes termos da paz provocaram indignação entre os alemães e enfraqueceram drasticamente o novo regime democrático. Em 11 de agosto de 1919, entrou em vigor a Constituição de Weimar, sendo Friedrich Ebert o primeiro Presidente da República.

    Os dois maiores inimigos do novo regime democrático eram o Partido Comunista Alemão (KPD) e o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP – nazista), que se utilizariam das liberdades democráticas para lutar contra a República de Weimar. Nos primeiros meses de 1920, fracassou uma tentativa de golpe de Estado feita pelo extrema-direita em Berlim. Greves e rebeliões em outras cidades foram violentamente reprimidas.

    Quando a Alemanha deixou de pagar a indenização de guerra, janeiro de 1923, tropas francesas e belgas ocuparam o distrito do Ruhr, altamente industrializado. A resistência passiva subsequente foi bem-sucedida mas levou à hiperinflação — os que perderam as suas fortunas tornar-se-iam inimigos da República de Weimar e eleitores da direita antidemocrática.

    Na noite de 8 de novembro de 1923, seiscentos integrantes armados das SA cercaram uma cervejaria em Munique, onde os dirigentes do estado da Baviera e os comandantes locais do exército alemão se encontravam para uma reunião pública. As tropas de assalto eram chefiadas por Adolf Hitler.

    Nascido em 1889, na Áustria, ex-voluntário no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial, na época membro do NSDAP, Hitler era até então desconhecido. Procurou forçar os presentes a se juntarem a ele em uma marcha contra Berlim para tomar o poder – o chamado Putsch da Cervejaria. Foi posteriormente preso e condenado a cinco anos de detenção, mas terminou por ser solto com apenas um ano de prisão, no fim de 1924. As eleições nacionais de 1924 foram ganhas pela direita com um Marechal-de-Campo monarquista sendo eleito Presidente.

    O crash de Wall Street, em 1929, e a consequente Grande Depressão foram sentidos na Alemanha, cuja economia ficou muito abalada. No início de 1932, o desemprego no país já atingia mais de seis milhões de pessoas. Ocorreu também uma crise política, devido à incapacidade de os partidos políticos da base governista, representados no Reichstag, constituírem uma maioria para aprovar um pacote de medidas de austeridade contra a vontade de uma maioria de parlamentares sociais-democratas, comunistas e do NSDAP nazista.

    O NSDAP nazista saiu vitorioso nas eleições de julho de 1932, com 38% dos votos, recebendo o apoio da pequena burguesia, da juventude desempregada e da população rural, o que lhe deu a maior bancada no Reichstag. O KPD comunista, por sua vez, passou a ser o terceiro maior partido no Parlamento, com 15%. Em 30 de janeiro de 1933, pressionado pelo ex-Chanceler Franz von Papen e outros conservadores, o Presidente Hindenburg nomeou Hitler para o cargo de chanceler.

    A resistência à ameaça nazista foi enfraquecida pela incapacidade das forças democráticas de resolver suas acentuadas diferenças com o objetivo de chegar a um denominador comum exequível diante de um perigo maior, bem como pela insensatez dos conservadores que imaginavam que poderiam usar Hitler para servir aos seus próprios propósitos. Assim que foi designado chanceler, Hitler rapidamente instituiu uma ditadura de partido único, e os seus adversários foram intimidados e obrigados a se submeter.

    O chanceler Adolf Hitler acusou os comunistas pelo incêndio criminoso do prédio do Reichstag, ocorrido na noite de 27 de fevereiro de 1933, e logrou convencer o Presidente Hindenburg a assinar o “decreto do incêndio do Reichstag”, que suspendia importantes direitos políticos e humanos e permaneceu em vigor até 1945. Foram detidos e enviados para campos de concentração 11 mil comunistas e socialistas, que ficaram à disposição da nova polícia secreta, a Gestapo.

    Os nazistas forneceram uma resposta radical e horrenda para a eterna pergunta: “quem é alemão?”. Os velhos inimigos de Bismarck – os socialdemocratas, os cristãos politizados, os liberais com tendências esquerdistas – foram enviados para o exílio ou aprisionados em campos de concentração. A elite polonesa foi sistematicamente assassinada. Com base no mito da “raça pura”, a sociedade alemã foi purgada de todos os elementos considerados perigosos e debilitantes, como os deficientes físicos e mentais, os criminosos habituais, os homossexuais, os ciganos e os judeus. Eles eram segregados, esterilizados ou assassinados.

    Os criminosos de guerra deixaram um mundo em ruínas, com dezenas de milhões de mortos, entre eles, seis milhões de judeus. Em 1945, a Alemanha era uma pilha de escombros com uma população faminta, dividida em quatro zonas de ocupação. Em consequência das imposições da Guerra Fria, o país restou dividido em um estado democrático e capitalista no ocidente e uma economia estalinista planejada no oriente.

    Esta ficou praticamente falida na década de 1980. Abandonada pela liderança soviética, o regime burocrático estalinista desmoronou e, em consequência da primeira eleição livre depois de 57 anos, o país optou por se unir à República Federal. No dia 3 de outubro de 1990, a Alemanha foi novamente reunida, mas os efeitos psicológicos de quase sessenta anos de ditadura, vigilância, censura e repressão permanecem. Os contribuintes da Alemanha Ocidental encaram os orientais como párias, grosseiros e mal-agradecidos. Os orientais, por sua vez, se ressentem dessa arrogância e sentem que são colonizados por um grupo egoísta de materialistas gananciosos. O processo de unificação ainda permanece longe de estar completo.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Alemanha e (clique no lado direito da capa):

    Open publication – Free publishing

    KolonialbesitzDeutsches_Reicp

     

  24. Ligando pontos

    Sou um cara muito cético pra essas coisas de conspiraçôes…Mas confesso que esse texto tem me feito maturar.

    – A “falha de continuidade” na tatuagem do Neymar ao entrar na maca no hospital.

    –  A toalha no rosto

    – Felipão quase sempre estourado, se manteve estranhamente calmo o tempo todo.

    – O desequilibrio emocional dos jogadores no jogo (poderia ser justificada por um estado de choque com o comunicado que iriam perder a Copa)

    Enfim indepedente se de fato foi comprada ou não…tem muita estoria mau contada.

    …………………………………………………………………………………………..

    O Brasil VENDEU a copa do mundo para a Fifa. Os jogadores titulares brasileiros foram avisados, às 08:00 do dia 4 de Julho (dia do jogo de quartas de final), em uma reunião envolvendo o Sr. José Maria Marin (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleção da seleção), o Técnico Luis Felipe Scolari, o Sr. Carlos Alberto Parreira, supervisor da seleção, e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel.

    A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o hexa-campeonato mundial por um grande valor em dinheiro. A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$70.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de dólares) através da empresa Nike.

    Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como o Neymar, Rooney, da Inglaterra, Batistuta, Sneijder, da Holanda e Dempsey, dos Estados Unidos.

    Mesmo assim, Neymar se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Felipão a escalar o jogador Bernard, dizendo que Neymar estava com problemas simples nas costas (em primeira notícia divulgada às 15:30 no centro de imprensa) e, logo depois, às 16:15, alterando o prognóstico para quebra de vértebra).

    A sua situação só foi resolvida após o representante da Nike ameaçar retirar seu patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US$90.000.000,00 (noventa milhões de dólares) ao longo da sua carreira.

    Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante a cobrança de pênaltis, porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a Alemanha, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em cinco falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols.

    O Sr. Joseph Blatter, presidente da Fifa, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à Alemanha num momento de crise jamais registrada naquele país, com crescente xenofobia e o reaparecimento do nazismo.

    Garantiu, também, ao Sr. Ricardo Teixeira, através de seu tio, João Havelange, que o Brasil teria seu caminho facilitado para o hexa campeonato de 2018.

    Passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol!

    Desde, já agradeço, Um abraço.
    Gunther Schweitzer
    Central Globo de Jornalismo

    1. Na mosca

      Tai a explicação porque foram pegos os “câmbistas da FIFA” com ingressos oficiais. Retaliação.

      Esta história da prisão de dirigentes da Fifa, com show midíatico está muito mal contada.

  25. Hoje, pela segunda vez,

    Hoje, pela segunda vez, tentei assistir à CPMI pelo Senado, com sérgio Gabrielli depondo. A gente chega a sentir um embruhlo no estômago com afalta de respeito por parte dos entrevistadores, deputados e senadores da oposição, que, tal com em outras comisões do gênero, sempre dizendo que a sociedade precisa de informações, comportam-se exatamente como quem está ali apenas para terem visibilidade. Se um petista, ou o próprio Gabrielli diz que a turma quer palanquear o recinto, os tucanos ficam fulos de raiva. Tudo vira uma quase esculhambação. Aí, como é que ” a sociedade” pode tirar conclusões, se quem quer investigar alguma coisa, toma o ex-presidnte da Petrobrás como um malandro, um cara safado, sem-vergonha. 

    Já vi entrevistas várias de Sérgio Gabrielli, e passei a ter por ele grande admiração, por ser, de fato, um homem inteligente, bem-resovido, que tá se lixando para esse bando de abutres, incapaz de, ao menos, formular uma pergunta possível de uma resposta precisa e esclarecedora. O questionamento feito pelos abutres tem como premissa embananar as coisas para que eles, os abutres, tentem passar ao público que Gabrielli se esquivou de responder. Fazem artimanhas mil e, como já sabemos desde sempre, será uma CPMI pior a que a do fim do mundo: sem fim. O mundo conspira contra Dilma e Lula, mas esses dois, ao que parece, não se deixaram abater. Pela própria história de cada um, aprederam, de há mito, o que é ser resilientes. Isto é o que mais doi.

  26. Pepe Escobar: “A Queda de uma

    Pepe Escobar: “A Queda de uma Superpotência”

    9/7/2014, [*] Pepe Escobar (pelo Facebook)

    THE FALL OF A SUPERPOWER

    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

    Sei que não tem importância alguma. Israel está bombardeando Gaza, Kiev está bombardeando a Ucrânia do leste, o Califa anda por aí totalmente pirado, o Império do Caos joga rouba-monte. Mas, agora, tenho de desabafar.

     

    Praia em Santo André, Bahia

    Estava guardando essa foto para o momento certo. É hoje. Conheçam um paraíso tropical clássico – Santo André, na Bahia, perto do local onde o Brasil foi “descoberto” pela Europa em 1500.

     

    O campo de treinamento dos alemães está aí, depois das árvores, à esquerda da foto.

     

    Eu também estava aí no início da Copa do Mundo, na casa de Anna, minha amiga e anfitriã generosa. O campo de treino dos alemães – de fato, um condomínio de casas de veraneio – foi vedado e adaptado com perfeição. Mas os jogadores visitavam a vila, visitaram a escola local, dançaram com índios pataxó, andavam pela praia ao raiar do dia. E treinaram MUITO. Disciplina, compromisso, trabalho decente – e curtindo cada minuto desse apaixonante canto do paraíso. Foi aí que os já famosos/infames 7-1 da demolição do futebol brasileiro começaram.

     

    O time do Brasil, entrementes, estrelava um convulsionante, lacrimoso (literalmente) psicodrama enlouquecido que envolveu 200 milhões de pessoas. Foi como uma telenovela abismal – NENHUM trabalho decente ou disciplina; só Plim-Plim e um doentio sentimento de posse: “é nossa” (a taça). Tinha de ser deles, porque, afinal, o principal mito nacional brasileiro ensina que “Deus é brasileiro”.

     

     

    Como parábola da globalização, muito antes da Copa, o Brasil – que um dia foi superpotência futebolística – já havia sido reduzido, por níveis concêntricos de má administração, a um papel subalterno de exportador de matéria prima (jogadores de talento, por exemplo). Nem uma linha de qualquer ideia de investir no futuro; tudo sempre se tratou de lucrativos “direitos” de transmissão por televisão, reservados sempre, como privilégio, só a algumas redes.

     

    Equipe sub-12 do DSV Leoben

     

    A Alemanha, por outro lado, desde que perdeu a Copa do Mundo de 2002 (para o Brasil), passou a investir em vasta rede de escolas de futebol, parte de um programa nacional de fomentar o surgimento de talentos e dar-lhes educação e formação. E de preparar técnicos.

     

    Três horas antes do início da humilhação dos 7-1, meu barbeiro pediu-me um palpite para o jogo. “Alemanha 4 a zero”, mandei eu. Todos ficaram boquiabertos. Ora, ora… Viajei da Ásia, depois da Europa, para cobrir a Copa do Mundo aqui, como se estivesse cobrindo uma guerra. E o que de início era só desconfiança confirmou-se, quando começou a desenrolar-se o psicodrama envolvendo 200 milhões de pessoas.

     

    Todos os sinais indicavam que “o grupo”, um bando de jovens milionários psicologicamente instáveis estava a ponto de explodir espetacularmente. Já haviam ameaçado explodir no jogo contra o Chile; depois novamente no jogo contra a Colômbia. Até que finalmente aconteceu durante 6 minutos, enquanto a Alemanha fazia quatro gols – e, aos 29 minutos, já ganhava por 5-0.

     

    Surpresa? Não, de fato, não. O Brasil já deixou há muito tempo de jogar “jogo bonito”, depois daquele fabuloso 1970, e, depois, do mais bonito ainda, que jamais venceu coisa alguma, em 1982. Depois daquilo, o Brasil, lar do jogo bonito, virou mais um mito – um elaborado truque de marketing (com “uma mãozinha” da Nike).

     

    E os brasileiros gostaram da autoenganação, enrolados numa grife de nacionalismo perenemente barata tipo “We Are the Champions”. Deu no que deu. A Alemanha fez a coisa certa – “jogo bonito” de verdade, com passes cintilantes, acabamento perfeito, triangulação elegantíssima, padrão Chicago Bulls dos seus dias de glória.

     

    O time dos brasileiros entrou em colapso nervoso, antes de tudo, por razões táticas/técnicas; foi time sem meio campo, jogando contra o melhor meio de campo do planeta. Culpa dos cartolas, da Confederação Brasileira de Futebol e da “Comissão Técnica” que indicaram – bando de ignorantões arrogantes sem talento, que reproduz, igualzinho, sem tirar nem pôr, a arrogância/ignorância das elites políticas e econômicas brasileiras, velhas e novas. Assim como a polícia brasileira, bem ironicamente, desmantelou uma gangue de gente da FIFA que vendia ingressos no mercado negro no Rio de Janeiro (a Scotland Yard nem desconfiava!), mais uma vez deixaram passar a outra gangue – que enche os corredores e os gabinetes do futebol brasileiro.

     

    Haverá infindáveis reverberações políticas sobre esses 7-1 arrasadores. Vai muito além dos endinheirados brasileiros que podem pagar ingressos a preços FIFA e, simultaneamente, desprezam a presidenta Dilma pelo que gasta para melhorar as condições de bem-estar social. Com certeza tem a ver com pagar a conta da funfest da própria FIFA (US$ 4 bilhões, sem impostos) pagos pelos locais, para nem falar da conta total (espantosíssimos US$ 13,6 bilhões).

    (…)

     

    Klose bate recorde de gols de Ronaldo em Copas do Mundo
    (Brasil 1 x 7 Alemanha 8/7/2014)

     

     

    A maior humilhação esportiva global na memória do mundo ESTÁ diretamente relacionada à síndrome da ignorância/arrogância das elites brasileiras e ao senso de “já ganhou”/“nunca perderá”.

     

    Ao mesmo tempo, ninguém pode aspirar a tornar-se “superpotência” quando sua autoidentidade é construída em torno de um esporte – o futebol – comandado por escroques. Os deuses do futebol decidiram encerrar o psicodrama dos 200 milhões em campo. Lamento pelos derrotados – a maioria daqueles 200 milhões de torcedores, muitos dos quais gente boa e trabalhadora, porque foram engambelados.

     

     

    O Brasil pode beneficiar-se de quantidades ilimitadas de soft Power em todo o mundo, mas vocês têm de se livrar dessa sua elite corrupta e ineficiente. Se o futebol continua a ser o único elemento que mantém coeso o país, melhor começar a pensar sério, compreender de onde brotou a humilhação, livrar-se para sempre desses salafrários autopromovidos a sumidades, mostrar muita humildade e trabalhar DE VERDADE. Examinem em detalhe o que fez a Alemanha – e vocês reencontrarão o paraíso.

     

    [*] Pepe Escobar (1954) é jornalista, brasileiro, vive em São Paulo, Hong Kong e Paris, mas publica exclusivamente em inglês. Mantém coluna (The Roving Eye) no Asia Times Online; é também analista de política de blogs e sites como: Tom Dispatch, Information Clearing House, Red Voltaire e outros; é correspondente/ articulista das redes Russia Today, The Real News Network Televison e Al-Jazeera. Seus artigos podem ser lidos, traduzidos para o português pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu e João Aroldo, no blog redecastorphoto. Livros: − Globalistan: How the Globalized World is Dissolving into Liquid War,  Nimble Books, 2007. − Red Zone Blues: A Snapshot of Baghdad During the Surge,  Nimble Books, 2007. 

    − Obama Does Globalistan,  Nimble Books, 2009.

     

    http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/07/pepe-escobar-queda-de-uma-superpotencia.html

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

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