Clima econômico perde força na América Latina

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O índice que apura o clima econômico da América Latina recuou de 5,2 para 4,4 pontos entre abril e julho, atingindo seu menor patamar desde julho do ano passado, segundo pesquisa elaborada entre o instituto Alemão Ifo e a FGV (Fundação Getúlio Vargas). A piora foi decorrente tanto da redução do índice de expectativas (IE) como dos dados referentes à situação atual (ISA), que ficaram abaixo da média histórica dos últimos dez anos, mostrando que a região entrou em uma fase do ciclo econômico considerada desfavorável.
 
Também houve redução na análise do ICE (Clima Econômico, na sigla em inglês) global, com o índice passando de 5,4 para 5,2 pontos. Os dados seguem na zona de avaliação favorável, mas o detalhamento da pesquisa mostra que houve muita diferença entre os dados mensurados nas principais regiões. Nos Estados Unidos e na União Europeia, foi registrado aumento no ICE (ambos em zona favorável), puxado principalmente pela melhora nas expectativas. Já a Ásia apresentou tendência similar à da América Latina, com queda expressiva do ICE, de 6,1 para 5,1 pontos. Embora tanto a avaliação da situação atual como a das expectativas tenham piorado na Ásia, a maior queda foi no Indicador Ifo de Expectativas que passou de 7,1 para 5,7 pontos.
 
O comportamento diferenciado das regiões é ilustrado pelos resultados de países selecionados. Enquanto os países europeus e os Estados Unidos estão melhorando o clima econômico, os países asiáticos pioraram. Além disso, todos os BRICS registraram queda no ICE e estão agora na zona desfavorável. Deste grupo, os piores resultados ficaram com Brasil e África do Sul.
 
“As previsões de desaceleração do crescimento chinês e seus efeitos nos preços de commodities possuem forte impacto em vários países latinos com forte dependência das exportações desses produtos, como é o caso do Chile e do Peru”, diz o levantamento. As previsões tendem a ser mais pessimistas para os preços dos metais que são os principais produtos de exportação desses países. Logo, não é surpresa que a piora do clima econômico na Ásia e, em especial na China, tenha sido acompanhado por comportamento similar na América Latina.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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