Governo garante crescimento do Mercosul

Jornal GGN – O governo federal garante que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) – união aduaneira (livre-comércio intrazona e política comercial comum) de cinco países da América do Sul – tem se mantido forte ao longo dos anos e caminha “para se tornar um dos blocos econômicos mais importantes do mundo”. A avaliação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, que participou, nesta semana, de audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

De acordo com Pimentel, o Mercosul se multiplicou 17 vezes desde a sua criação. Ele destacou que as exportações brasileiras para o bloco são concentradas em produtos manufaturados, que correspondem a mais de 80% das vendas. O eixo regional também mantém acordos comerciais com blocos formados por outros países no continente Americano, como a Aliança do Pacífico, que reúne Chile, Peru e Colômbia. Apenas com o México, que também integra a aliança, o Brasil não tem acordos, segundo Pimentel.

“Temos o acordo automotivo com os mexicanos, que funciona muito bem, e teríamos um acordo comercial mais amplo se não fossem as dificuldades apresentadas por aquele país para isso”, complementou. O ministro apresentou ainda um comparativo em relação a outros países e considerou que “não estamos defasados em nada”. “O número de acordos comerciais do Brasil é compatível com o resto do mundo”, argumentou.

Golpe no Paraguai

A desestabilização política, em muitos casos, pode abalar acordos comerciais já firmados, o que não foi o caso do Paraguai, que chegou a ser suspenso do Mercosul após o golpe jurídico que derrubou o presidente Fernando Lugo. “Não houve prejuízo para o Brasil. Neste ano, inclusive, nossas exportações para o Paraguai aumentaram em mais de 20%”, acrescentou. Pimentel disse esperar que o retorno do país como membro pleno do bloco ocorra dentro da normalidade.

Sobre o acordo automotivo firmado entre Brasil e Argentina, o ministro afirmou que, para o país, “não há qualquer empecilho para o livre comércio”. Do mesmo modo, ele também sustentou que não há queixas ou restrições por parte da indústria automobilística brasileira em relação ao tema. Pimentel aproveitou a ocasião para tratar de outro assunto junto aos parlamentares: as negociações de acordos comerciais com a União Europeia.

O ministro afirmou que o governo federal trabalha com o setor privado brasileiro para concluir uma oferta do país ainda neste semestre. “Eu acho que a União Europeia, com a crise econômica que ela atravessa nesse momento, não vai ter condições de fazer uma oferta aceitável para o Mercosul, mas teremos de esperar. A nossa posição é que temos que fazer uma oferta no sentindo de avançar e trabalhar para que, no segundo semestre, isso possa acontecer”, afirmou.

O Mercosul é formado por cinco nações:  República Argentina, República Federativa do Brasil, República do Paraguai, República Oriental do Uruguay e  República Bolivariana de Venezuela. O Estado Plurinacional da Bolivia ainda está em processo de adesão. 

Redação

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