A fuga de El Chapo,o maior traficante mexicano

Jornal GGN – O traficante de drogas Joaquin Guzmán Loera, conhecido como El Chapo, fugiu da prisão de seguança máxima de El Altiplano através de um túnel de 1500 metros. Para realizar o trabalho, os homens de El Chapo tiveram de remover 3.250 toneladas de terra, segundo estimativas de engenheiros. Em 2014, Guzmán Loera já havia escapado de uma tentativa de prisão através de um túnel instalado em seu esconderijo.

Enviado por Antonio Ateu

https://www.youtube.com/watch?v=1rv6uDaCbPw

Do El País

A fuga de ‘El Chapo’ Guzmán: a grande obra do Senhor dos Túneis

JAN MARTÍNEZ AHRENS 

Joaquin Guzmán Loera, El Chapo, sempre gostou dos mundos subterrâneos. O traficante de drogas que ridicularizou as forças de segurança mexicanas ao fugir de uma prisão de segurança máxima por meio de um túnel confortável e iluminado de 1.500 metros, ordenou durante anos —a partir do topo da hierarquia do cartel de Sinaloa— a construção de inúmeros túneis. Apenas em Baja California, Sonora e Chihuahua a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) atribui ao cartel de El Chapo uma centena de narcogalerias para ludibriar os controles nas fronteiras.

Essa perícia, que lhe valeu o apelido de Senhor dos Túneis, é bem conhecida pela polícia mexicana. Em fevereiro de 2014, El Chapo conseguiu escapar de sua captura em Culiacán, capital de Sinaloa, fugindo por um sofisticado túnel instalado em seu esconderijo. Enquanto comandos da Marinha tentavam freneticamente arrombar a porta de blindagem hidráulica, Guzmán Loera pôs em ação o dispositivo de fuga: acionou uma mola que levantou a banheira e escapuliu por um corredor metálico que desembocava na rede de esgoto. Sete casas que possuía em Culiacán estavam ligadas por essa rede subterrânea.

Com tais antecedentes, não surpreendeu que tentasse a fuga da inexpugnável prisão de El Altiplano por um túnel. Era uma possibilidade evidente. De fato, o pessoal desse centro penitenciário, considerado a joia da coroa do sistema de segurança mexicano, estava treinado para realizar estudos de radar e de varredura terrestre. Mas isso de nada valeu.

Os homens de El Chapo, com uma divisão de engenharia própria, obtiveram plantas detalhadas da prisão e abriram um túnel de 1.500 metros que desembocou milimetricamente —e com escadinha— na área do chuveiro do prisioneiro número 3.578. Para realizar o trabalho, tiveram de remover, de acordo com estimativas de engenheiros civis, 3.250 toneladas de terra. Uma quantidade suficiente para encher 350 caminhões médios. Tudo isso foi feito à vista da prisão (de suas torres de vigilância se vê perfeitamente o barracão de onde retiravam a terra) e a exatos 700 metros do Oitavo Regimento de Infantaria da 22ª Zona Militar. Para escândalo de um país inteiro, ninguém, aparentemente, viu nada.

O primeiro passo foi construir o barracão que serviria como ponto de partida da operação. Há aproximadamente um ano, ou pouco menos, dependendo da testemunha, começaram a trabalhar no descampado da colônia de Santa Juanita, no município de Almoloya de Juárez. Era uma edificação simples e de aspecto inacabado. Dois quartos e um porão de 110 metros quadrados. Este último era o mais importante. A partir daí começou o túnel. Durante a construção, os engenheiros do cartel, ajudados pelas plantas secretas, desviaram duas vezes o traçado para evitar áreas sensíveis da prisão. No trecho final, verticalizaram o túnel e o encaixaram com enorme habilidade sob a área do chuveiro. Trabalho concluído. A construção de um sistema hidráulico ao lado da prisão possivelmente ajudou a reduzir suspeitas.

Poucos operários participaram da construção do túnel. Não mais do que quatro, de acordo com os moradores da região. A um ritmo de dez horas por dia, trabalharam possivelmente durante quase um ano inteiro. Eles sabiam o que estavam fazendo. A galeria estava bem protegida, tinha iluminação e era ventilada por tubos de PVC. Para tirar a terra, usaram trilhos e uma motocicleta para arrastá-la. Uma vez fora, a terra era armazenada no porão e dali, para escárnio das forças de segurança, era levada em caminhões. Dezenas de milhares de sacos.

Tudo isso aconteceu durante meses sob os pés de El Chapo. Até que chegou a noite de sábado. As primeiras reconstituições policiais indicam que às 20h52 o líder do cartel de Sinaloa foi para a área de chuveiros, zona sem vigilância, e só precisou levantar uma tampa, colocar o corpo em um buraco de um metro e meio de comprimento e chegar às escadas que o levaram ao túnel. Na saída, deixou sua roupa de presidiário e, como atestam as caixas encontradas no barracão, escolheu roupas novas. Possivelmente também usou o banheiro. Depois, partiu rumo à clandestinidade. El Chapo, pela segunda vez, voltava a ser livre.

 

Redação

10 Comentários

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  1. “O traficante de

    “O traficante de drogas Joaquin Guzmán Loera, conhecido como El Chapo, fugiu da prisão de seguança máxima de El Altiplano através de um túnel de 1500 metros. Para realizar o trabalho, os homens de El Chapo tiveram de remover 3.250 toneladas de terra, segundo estimativas de engenheiros….”

    Que trabalheira !!

    É sinal que o bandoleiro mexicano não pôde contar com um Gilmar Dantas para negociar um habeas porcus .

  2. E por aqui os tucanos mal

    E por aqui os tucanos mal conseguem fazer 2 kms de túneis por ano no Metrô paulistano,  gastando bilhões com milhares de funcionários. Só ficou pronto mesmo o propinoduto.

    1. Deviam ter feito a obra com

      Deviam ter feito a obra com pareceira Venezuelana pois assim como a refinaria, iriam gastar bilhoes acima do necessario, mas ficaria pronta certo? rs

      1. Pelo menos ficaria pronto, é

        Pelo menos ficaria pronto, é melhor 97% (3% de propina) de alguma coisa, do que no caso dos tucanos em SP 100% de nada.

  3. Chamem o Gusmán com urgência!

    Não é piada, fiz as famosas continhas de chegar e obtive os seguintes resultado.

    Diâmetro da cabeça do shield do Metro de São Paulo = 10,58m Área escavada = 87,91m² Area útil = 0,85*87,91 = 74,72 m² Volume para 2.000m = 150.000m³ Volume escavado a mão por 4 homens em 1 ano= 1,7*0,7*1500=1785m³ Número de peões trabalhando a mão para construir em 1 ano = 150.000/(1785/4)=336 homens Salário dos peões (com 2 horas de hora extra por dia+leis sociais) = 4500 Custo do túnel do metrô de São Paulo por ano administrado pelo Guzmán = 4500*12*336=R$1.354.752,00   Vantagens do método Guzmán: Não encomoda ninguém (nem vão saber que estão escavando por baixo). Custo de material importado (como o Shield) = Zero Uso intensivo de mão de obra local. Combustível consumido: Feijão, arroz, um ovo, um bifinho e salada. Subornava diretamente alguns políticos do PSDB com cocaina para o consumo próprio. Podia superfaturar em 100% que ainda ficava mais barato. Agora sem brincadeira, um caso deste mostra que há algo errado na “engenheria” adotada pelos governos na construção de metrôs, adotou-se um caminho de industrialização através de equipamentos sofisticados que o custo dos mesmos são fantásticos. Certo que no caso não está se considerando as estações, porém os valores são tão dispares, só um Shield com uma área equivalente custa mais de U$30 milhões! TEM ALGO MUITO ERRADO!

  4. E ………………

    Tnto trabalho, plorque será ??????????

    Como o pó está autamente cotado, será que não havia caixa para comprar juízes, promotores, delegados, praças, e todos os que gostam e precisam de dinheiro para darem os havbeas corpus a este “empresário” ?

    Aquí, por outro lado, os 450 kg da “mardita” apreendida no helicoca dos Perrellas, amigos do Aécim, foi muito menos custosa, donde se conclui que não fazemos escola !!!!!!!!!!!!  

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