Fazenda garante aumento de orçamento para reforma agrária, diz MST

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Afirmação foi feita por dirigente do MST após reunião com ministro Fernando Haddad; montante pode atingir R$ 400 milhões em 2023

João Paulo Rodrigues, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Foto: Divulgação MST

O Ministério da Fazenda deve ampliar os recursos destinados para a compra de terras para reforma agrária, com expectativa de chegar a aproximadamente R$ 400 milhões, segundo o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Paulo Rodrigues.

“O orçamento da reforma agrária que nós herdamos do Bolsonaro é de R$ 250 milhões [em 2023] para obtenção de terra, no Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária]”, disse Rodrigues, segundo a Agência Brasil.

O governo está se comprometendo a chegar a R$ 400 milhões, mas é insuficiente para assentar 60 mil famílias acampadas”, ressaltou.

Segundo Rodrigues, seria necessário um orçamento de aproximadamente R$ 1,3 bilhão para assentar as 60 mil famílias, mas Haddad disse “que não tem como repor esse orçamento esse ano”.

Além disso, o coordenador do MST ressaltou que Haddad propôs um trabalho no sentido de comprar terras para a reforma agrária daqueles que devem à União – de acordo com Rodrigues, menos de mil proprietários detém cinco milhões de hectares e devem R$ 40 bilhões para o governo brasileiro.

“Se o agronegócio está dizendo que ele é produtivo, que ele dá lucro, que ele é importante para o desenvolvimento, primeiro, que ele pague a dívida dele: R$ 40 bilhões, que deve para o estado brasileiro. E, segundo, se ele não for pagar, que ele passe essas terras, são cinco milhões de hectares, que já daria para resolver parte dos assentamentos da reforma agrária”, apontou Rodrigues.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. O programa agrário do PT no séc XX chegou a propor agrovilas. Aldeias de camponeses que decidem coletivamente e consensualmente o que plantar e como organizar a força de trabalho.
    Hoje, com desenvolvimento tecnológico e crescimento do conhecimento agrícola, do outro lado do planeta, os chineses ainda valorizam a vida em pequenas comunidades. Fizeram uma Revolução em 1949, e sofreram as dores da guerra, terremotos, enchentes fome e pestes, mas assistam o que eles podem agora colher. Estão colhendo o que plantaram.
    https://youtu.be/qZSUJ1pSq7w

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