O Ministério da Fazenda deve ampliar os recursos destinados para a compra de terras para reforma agrária, com expectativa de chegar a aproximadamente R$ 400 milhões, segundo o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Paulo Rodrigues.
“O orçamento da reforma agrária que nós herdamos do Bolsonaro é de R$ 250 milhões [em 2023] para obtenção de terra, no Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária]”, disse Rodrigues, segundo a Agência Brasil.
O governo está se comprometendo a chegar a R$ 400 milhões, mas é insuficiente para assentar 60 mil famílias acampadas”, ressaltou.
Segundo Rodrigues, seria necessário um orçamento de aproximadamente R$ 1,3 bilhão para assentar as 60 mil famílias, mas Haddad disse “que não tem como repor esse orçamento esse ano”.
Além disso, o coordenador do MST ressaltou que Haddad propôs um trabalho no sentido de comprar terras para a reforma agrária daqueles que devem à União – de acordo com Rodrigues, menos de mil proprietários detém cinco milhões de hectares e devem R$ 40 bilhões para o governo brasileiro.
“Se o agronegócio está dizendo que ele é produtivo, que ele dá lucro, que ele é importante para o desenvolvimento, primeiro, que ele pague a dívida dele: R$ 40 bilhões, que deve para o estado brasileiro. E, segundo, se ele não for pagar, que ele passe essas terras, são cinco milhões de hectares, que já daria para resolver parte dos assentamentos da reforma agrária”, apontou Rodrigues.
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