MP concede parecer favorável à prorrogação de inquérito sobre família Pesseghini

Do Estadão

MP dá parecer favorável a prorrogar caso Pesseghini

A conclusão dos inquéritos sobre as mortes da família será prorrogada por mais 30 dias; arquivos de computadores contradizem laudos técnicos

09 de setembro de 2013 | 17h04

Luciano Bottini Filho – Agência Estado

O Ministério Público de São Paulo concedeu parecer favorável para prorrogar por mais 30 dias o prazo para conclusão do inquérito sobre as mortes da família Pesseghini e para a quebra do sigilo telefônico das vítimas. A decisão constam nos autos do inquérito, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O laudo psicológico anexado ao inquérito concluiu que Marcelo Pesseghini, de 13 anos, teve um surto psicótico que o teria levado a assassinar os pais, a avó e uma tia-avó. De acordo com a perita Vera Lúcia Lourenço, o estudante teve uma “alteração de pensamento” e passou a acreditar que era um “matador de aluguel”, inspirado no jogo Assassin”s Creed. “Todo o tempo que passava em jogos eletrônicos caracteriza uma fuga da realidade, limitando o contato social”.

Segundo a perita, outro fator que levou ao distúrbio foi a educação dada pelos pais, o sargento da Rota, Luís Marcelo Pesseghini, e a cabo da PM, Andréia Bovo Pesseghini, que o colocaram em “um ambiente de banalização da morte” e sem limites em casa. Vera Lúcia tomou como base as testemunhas que disseram que o adolescente foi ensinado a dirigir e a atirar desde cedo. Isso causaria percepção de “ausência da lei”.

Ainda de acordo com os laudos periciais, os assassinatos ocorreram por volta de 0h30 de 6 de agosto. Segundo a perícia, depois de ir à escola, Marcelo se suicidou porque teria voltado à realidade e se arrependido dos crimes.

Contradição

O levantamento de arquivos em celulares da família Pesseghini, de um computador e um tablet de Marcelo mostram imagens conflitantes com perfil psicológico do adolescente de 13 anos feito pela perícia técnica, que indica um menino perturbado que pensava ser um matador. Nas fotos, a família aparece unida e feliz. A mãe segura um coração feito pelo filho. O pai faz careta para a câmera dirigindo o carro.

No tablet, uma das primeiras imagens armazenadas era do personagem principal do jogo Assassin´s Creed. Foram realizadas pesquisa no computador da família de termos como “matar os pais” e “sonífero”. Os resultados deram negativos.

Luis Nassif

14 Comentários

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  1. A Rota e outras eructações

    Fico imaginando   um casal de policias militares, membros da Rota, constituindo familia e  procurando  ser normal. Que  normalidade  seria essa ? Aquelas conversas comuns e triviais   decorrida árdua jornada,:”-Como foi seu dia, querido?” -“Nada  demais, amor, matamos pouco hoje, o mercado está fraco.”  -” E você?” -” Levei o júnior para a aula de tiro depois   fuii ao supermercado.Ele dirige   como gente  grande !”. E, voltando-se para o filho:”Tudo  bem na escola?”

    Sou o fodão!! Me tornei líder dos “Mercenários”, vai sobrar ninguém!” – Os   pais em coro:-“Assim é que se fala ,filhão!!!”

  2. Tudo indica limpeza de arquivo

    Hum… A mae tinha feito denúncias contra a polícia, as mortes foram oportunas demais. Tudo indica limpeza de arquivo. 

  3. Caso Pesseghine

    Nassif: fique de olho, que parece ter caroço no angu. A historia em si já é escabrosa. Mais parece ficção cinematográfica. Será que estaremos num crime perfeito, com queima de arquivos? Vai, que a bola é sua.

  4. Caso Pesseghini

    Quando os fato passam-se dentro das PMs (não digo só a de  PM de SP, mas de  qualquer uma outra no Brasil) sempre há uma desconfiança imensa  todos,  do que possa ter acontecido verdadeiramente. Essa tropa, militar, surgida e montada dentro do do falecido regime militar, foi preparada e usada para agressões contra as populações, que os donos do poder na época chamavam  de comunistas ou terroristas e há muito fugiram de qualquer controle, tendo criado vida própria. Como os americanos dizem tem agenda propria! Não vivem fundamentalmente dos seus salários (há não ser os coroneis que são nababescamente pagos) e sim de todo tipo de “bicos” e contravenções. Variam da segurança privada de lojas e pessoas  achaque a escroques, bicheiros e traficantes e até como esquadrões da morte. É uma corporação que presta mais desserviços que serviços a população.  Isto posto, não quer dizer que os pais do meninos eram assassinos ou outra coisa mias. POrem, com a denuncia da mãe do menino, contra roubos de caixas eletrônicos por policiais militares de dentro da unidade, isto dito pelo coronel que a chefiava (e que foi rápidamente removido), poderemos ter um novo panorama do problema. Não acredito que um menino teria CONSEGUIDO FISICAMENTE matar os pais, policiais experientes e avó e tia e estes tão facilmente, como cordeiros, o permitissem. Foram executados, com tiros na cabeça, em posições passivas, indicando que os matadores possivelmente eram  pelo menos mais do que dois, com frieza e pericia para fazê-lo, e não um menino que era fão de jogos eletrônicos. A colocação do jogo Assassin creeds como evidencia das mortes é absurdamente ridicúla, jogo que alguns milhões jogam no mundo todo e não acredito ser responsável para incentivar um garoto a uma matança. Tem muito carôço neste angú!          

  5. Caso Pesseghini

    Quando os fato passam-se dentro das PMs (não digo só a de  PM de SP, mas de  qualquer uma outra no Brasil) sempre há uma desconfiança imensa  todos,  do que possa ter acontecido verdadeiramente. Essa tropa, militar, surgida e montada dentro do do falecido regime militar, foi preparada e usada para agressões contra as populações, que os donos do poder na época chamavam  de comunistas ou terroristas e há muito fugiram de qualquer controle, tendo criado vida própria. Como os americanos dizem tem agenda propria! Não vivem fundamentalmente dos seus salários (há não ser os coroneis que são nababescamente pagos) e sim de todo tipo de “bicos” e contravenções. Variam da segurança privada de lojas e pessoas  achaque a escroques, bicheiros e traficantes e até como esquadrões da morte. É uma corporação que presta mais desserviços que serviços a população.  Isto posto, não quer dizer que os pais do meninos eram assassinos ou outra coisa mias. POrem, com a denuncia da mãe do menino, contra roubos de caixas eletrônicos por policiais militares de dentro da unidade, isto dito pelo coronel que a chefiava (e que foi rápidamente removido), poderemos ter um novo panorama do problema. Não acredito que um menino teria CONSEGUIDO FISICAMENTE matar os pais, policiais experientes e avó e tia e estes tão facilmente, como cordeiros, o permitissem. Foram executados, com tiros na cabeça, em posições passivas, indicando que os matadores possivelmente eram  pelo menos mais do que dois, com frieza e pericia para fazê-lo, e não um menino que era fão de jogos eletrônicos. A colocação do jogo Assassin creeds como evidencia das mortes é absurdamente ridicúla, jogo que alguns milhões jogam no mundo todo e não acredito ser responsável para incentivar um garoto a uma matança. Tem muito carôço neste angú!          

  6. Louvável o esforço em traçar

    Louvável o esforço em traçar um perfil psicológico do garoto, o que não acontece quando o menor criminoso é preto ou pobre, qualificado desde logo como animal ou monstro, preconiza-se a masmorra, ou mesmo, nas entrelinhas, a execução sumária.

  7. putz…

    O levantamento de arquivos em celulares da família Pesseghini, de um computador e um tablet de Marcelo mostram imagens conflitantes com perfil psicológico do adolescente de 13 anos feito pela perícia técnica, que indica um menino perturbado que pensava ser um matador. Nas fotos, a família aparece unida e feliz.

     

    É sério, Estadão? O menino falava q ia matar a família para amigos, postou a meses atrás fotos do massacre de Ammitville, confessou que tentou matar a avó… Até os Mesquitas estão embarcando na onda conspiratória.

     

    1. Concordo inteiramente! Ainda

      Concordo inteiramente! Ainda não sei porque muitos se recusam a dar crédito à fala da garoto que avisou vários vezes que iria matar a família. Não querem considerar isso! Crianças, quando estão com raiva dos pais dizem:  ai que  VONTADE de matar!  Não dizem que VÂO matar. Parece simples detectar isso, mas não é, requer ajuda especializada, a qual, infelizmente, ele não teve.   

  8. putz…

    O levantamento de arquivos em celulares da família Pesseghini, de um computador e um tablet de Marcelo mostram imagens conflitantes com perfil psicológico do adolescente de 13 anos feito pela perícia técnica, que indica um menino perturbado que pensava ser um matador. Nas fotos, a família aparece unida e feliz.

     

    É sério, Estadão? O menino falava q ia matar a família para amigos, postou a meses atrás fotos do massacre de Ammitville, confessou que tentou matar a avó… Até os Mesquitas estão embarcando na onda conspiratória.

     

  9. Titia continua

    Titia continua perplexa…titia é adepta de uma boa teoria da conspiração, e acredita firmemente que não é porque somos paranoicos que não estejam nos perseguindo…

    Mas tudo tem limite!!!!

    Perfis psicológicos e outras análises comportamentais são auxiliares (ou complementares), e se usadas de forma séria, são importantes para confirmar evidências e/ou para indicar a busca por provas quando estas estiverem ausentes…

    Mas do jeito que estão colocando, estas “análises” se destinam a contrapor o que as provas fáticas, materiais e PERICIAIS apontam…Isto, em investigação policial não é recomendável…

    Crimes com esta natureza fogem aos manuais de psquiatria forense ou psicologia criminal…Só o tempo permitirá encaixar os fatos dentro de uma lógica comportamental…Mas a definição desta lógica não elucidará o crime…

    01- O laudo cadavérico pode estabelecer com alguma proximidade a hora da morte(rigidez e livores cadavéricos, temperatura do corpo, fluídos corporais, etc)…logo, é possível deteminar a hora aproximada que o menino esteve na casa e cruzar com a hora provável do fato, e mais, se ele foi o último a morrer…Tudo isto deve estar nos laudos e nos autos…

    02- Há imagens de um menino saindo e voltando de carro, em um intervalo de tempo que coincide com a dinâmica proposta…

    Será que alguém imagina que a movimentação do garoto no carro da família é algo normal??? Será que ele estava sob algum tipo de rito satânico que o levasse a sair, dormir no carro, voltar, etc??? É algum tipo de sonâmbulo ou zumbi???

    Nem titia que tem mais de duzentos anos de bruxaria acredita nisto…

    03- Há declarações textuais que confirmam a fixação do garoto para se tornar um assassino…

    04- Não HÁ, definitivamente, ao menos que saibamos, NENHUMA evidência que autorize uma mudança de rumo do que foi apurado…

    É inteligível que a família resista a entender…ninguém entenderia…Mas a todos os outros que estão alheios aos fatos, alimentando este tipo de voyuerismo sádico é uma coisa que titia demora a compreender…

    Deixem esta família descansar em paz…

  10. O deputado estadual Major

    O deputado estadual Major Olímpio Gomes (PDT) disse na quarta-feira (14-08) que a cabo da PM, morta com a família, foi convidada por outros policiais militares do 18° Batalhão para participar de furtos a caixas eletrônicos. “Eu recebi de policiais da própria Zona Norte, que eu conheço, a informação de que a cabo Andréia foi convidada por colegas para participar do furto de caixas eletrônicos”, afirmou major Olímpio. De acordo com o deputado estadual, ele recebeu a denúncia de militares de várias unidades e diversas patentes no fim de semana e na segunda-feira (12-08) relatou o fato ao coronel Rui Conegundes, comandante da Corregedoria da PM. Segundo relato de Major Olímpio, os policiais que fizeram denúncias dizem que Andréia teria recusado a proposta de formação de quadrilha e denunciou alguns colegas ao seu superior na época, o capitão Fábio Paganotto, no início de 2012. O capitão investigou o caso, mas não chegou a nenhuma conclusão e foi transferido do 18° Batalhão para o 9° Batalhão. Para o parlamentar, o coronel Dimas voltou atrás na sua declaração na Corregedoria após ter sido pressionado pelos seus superiores. “Obviamente, ele foi pressionado porque não havia registro oficial da denúncia”, afirmou. “Ele acabou sendo destroçado administrativamente pela Secretaria de Segurança Pública [ao recuar na sua declaração]”, disse o Major Olímpio. Segundo ele, coronel Wagner Dimas foi afastado do comando do batalhão. Oficialmente, a PM informou que o próprio Dimas foi quem solicitou afastamento por motivos médicos, mas que ele continua no comando da unidade. Na época em que o cabo denunciou os colegas, o comandante do 18º Batalhão era o coronel Osni Rodrigues de Souza, que hoje está na reserva. “Não podemos desprezar nenhuma possibilidade para a elucidação da chacina de uma família de policiais, nenhuma linha de investigação”, disse o deputado. [4]

  11. O médico legista e professor

    O médico legista e professor da UFAL (Universidade Federal de Alagoas) George Sanguinetti, que ficou conhecido por refazer o laudo das mortes do casal Paulo Cesar Farias e Suzana Marcolino e apontar que eles foram assassinados em 1996, afirmou em entrevista ao UOL que o filho do casal de policiais militares também foi assassinado junto com os pais. Ao analisar as fotos do local em que os corpos de Marcelo e dos pais foram encontrados, Sanguinetti afirma que a posição do adolescente não é compatível com a de um suicídio, e sim, com a de um assassinato. “A posição em que o corpo do menino caiu, com a mão direita em cima do lado esquerdo da cabeça, e o braço esquerdo dobrado para trás, com a palma da mão esquerda aberta para cima, não é compatível com a posição de um suicida, e sim, de uma pessoa que foi assassinada”, diz. [6]3 “A configuração dos braços e o jeito como o corpo caiu não são encontrados em casos de suicídio. Ele não foi o autor do tiro, com certeza. Outros detalhes chamam a atenção. O menino toca só levemente na arma, enquanto nos suicídios a arma fica fixa na mão. Além disso, a mão esquerda — e o menino é canhoto — apresenta uma ferida recente no pulso, que não foi explicada. Na palma da mão, há evidência de que ele antepôs alguma defesa, de que tentou uma reação. Não tenho dúvida de que a cena foi montada. Ela não é natural. Houve manuseio do corpo. Tenho mais de 40 anos de medicina legal e posso dizer, com firmeza, que não foi o menino quem atirou. Se não tivesse certeza, não afirmaria isso. Fiz simulações do fato e, em nenhuma hipótese, o corpo fica daquele jeito. A posição da mãe é a de uma pessoa que estava em submissão para execução. Se estivesse em outra posição, não teria caído como caiu, com 85% do peso fora do colchão, ajoelhada. Em todas as mortes, os tiros foram de profissionais. O menino não seria capaz daquilo, mesmo que soubesse atirar”.

  12. Por acaso o Coronel Job

    Por acaso o Coronel Job Lorena de Santana (se ainda vivo) poderia se dispor a ler as conclusões do “Rigoroso Inquérito”? Seria a cereja desse bolo, O “gran finale”. 

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