Foi manchete principal do Valor Econômico de sábado, 25 de março de 2023.
Qual a lógica dos economistas, segundo Cláudia Moreno, do C6 Bank e de Marcos Caruso, do Banco Original:
Eles recorreram a um truque estatístico.
De julho a setembro do ano passado, houve a desoneração da combustíveis e energia, gerando uma deflação. Agora, na medida em que esses três meses vão saindo da conta anual, o IPCA tende a crescer. E aí, apresentam suas projeções, com o IPCA até dezembro, portanto expurgado da deflação do ano passado, mostrando um aumento do IPCA. Se o IPCA anual volta a crescer, significa que a Selic tem que ser mantida.
Onde está o erro de lógica?
O sistema de metas inflacionárias mede o ritmo de evolução dos preços afetados pela demanda. Obviamente o preço dos combustíveis e da energia refletem exclusivamente uma decisão administrativa do governo.
O expurgo provocou uma deflação nos três meses do ano passado – provocada exclusivamente pela decisão de reduzir o preço dos combustíveis. E os demais preços, como se comportaram? Para analisar o ritmo real de preços, há a necessidade de expurgar o combustível, para ver como se comporta o Índice Geral sem esses pontos fora da curva.
Fiz as contas em cima do IPCA-15, divulgado na sexta-feira. Confira o resultado.
De fato, se desconsiderasse a deflação dos três meses passados, em vez de 5,4%, o IPCA anual ficaria em 6,1%. Mas o que interessa na conta é saber o comportamento do IPCA, sem a interferência do governo. Para tanto, calculei o Índice Geral expurgando o efeito do grupo Combustíveis. Faz-se isso calculando o impacto do combustível a cada mês, correspondendo à variação do grupo vezes o peso no orçamento das famílias mês a mês.
O resultado é esse, 9 meses com queda no índice acumulado de 12 meses. O mesmo ritmo de queda do índice cheio.
Se analisar os demais grupos, percebe-se que há alguma pressão apenas em Educação e Saúde.
Portanto, o argumento de ambos, em favor da manutenção da taxa Selic, não se sustenta.
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O UOL noticiou que o empresário Isac Peres, justificou os juros altos como sendo um remédio amargo mas necessário. Mister Isac, esqueceu-se de dizer para quem é amargo. Mister, o amargo é para a maioria da população, pois para os rentistas é mais doce que mel de abelhas. Existem três tipos de capitalistas: Os que investem nos seus negócios, os que especulam e os que fazem as duas coisas. Não posso afirmar, mas Pelas declarações, o mister está inserido no último grupo, que perde de um lado mas ganha por outro, dependendo é claro, qual é o lado preponderante. Assim sendo, o gosto amargo dos juros superdimensionados, fica para a maioria do povo, o sabor mel de abelha, para os especuladores e para os híbridos, o sabor do chocolate meio amargo. Na verdade, o remédio já virou veneno para a maioria da população carente que é aconselhada, de forma escamoteada, deixar de comer para não morrer de fome.
Sr.Nassif,bom dia e obrigado pela explicação clara e objetiva sobre os fatos,e penso: como fazer que a massa popular entenda? Como fazer que os fatos cheguem ao conhecimento da massa? O sucesso do país depende do apoio popular,e comunicação de boa qualidade é obrigação de todo governo que se respeite.Falar a verdade e conscientizar a cidadania, é estritamente necessário ou logo alí na próxima esquina haverá nova tentativa de reação.
Com a palavra o governo.
Elites embusteiras são as Brasil. Despreparadas, dissimuladas, viradas só para o próprio umbigo. Estúpidas, não vêem que conspiram contra si mesmas. Quando viajam, não passam de sacoleiras. Internamente são eternas golpistas.
Elitezinhas ordinárias as Brasil. Estúpidas, atrasadas, golpistas. Não veem que o Mundo olha para elas com asco. Piratas! Eis o Banco Central sequestrado! Até quando mandarão os canalhas?
Absolutamente certa a analise. Os dados citados tambem levam à conclusão da manutenção de selic baixa com a inflação disparando e assim aliviando as contas do governo. O banco central não cumpriu sua missão de guardião da moeda.
Nassif, a arapuca foi a meta de inflação. Está ridiculamente baixa, a deste ano é 3,25, a do ano passado é 3,0. Isso não existe, quando que a inflação foi 3% no Brasil ? Só com uma recessão tremenda !! A meta deveria ser 4,5 a 5 e +- 2. Se o Governo não mexer nisso, não haverá remédio, pois o BC sempre terá a justificativa de chegar no centro da meta. Um abraço