Centrais sindicais defendem fim do fator previdenciário

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Centrais sindicais e representantes de trabalhadores estão reunidos nesta segunda-feira (18) em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. Eles reivindicam o fim do fator previdenciário, sistema de cálculo usado para concessão de aposentadorias.

O fim da atual sistemática foi aprovado pela Câmara na semana passada e está para ser analisado pelo Senado. O fator foi criado em 1999 – gestão FHC – como forma de reduzir os benefícios de quem se aposenta antes da idade mínima, incentivar o contribuinte a trabalhar por mais tempo.

A alternativa aprovada pelos deputados é a fórmula 85/95, segundo a qual a mulher poderá se aposentar integralmente quando a soma do tempo de contribuição e da idade for 85. Para os homens, o valor é 95. Tal método beneficia principalmente os trabalhadores que começam a trabalhar mais cedo e atingem o tempo de contribuição antes da idade mínima para aposentadoria.

O senador Paulo Paim (PT-RS) abriu a reunião fazendo um duro discurso pela derrubada do fator previdênciário, classificado por ele como “algo famigerado” e que muito penaliza o cidadão depois de tantos anos de trabalho.

Representantes da Confederação de Servidores Públicos do Brasil (CSPB), do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) já se manifestaram a favor do método  85/95 e pediram que os senadores aprovem a proposta.

Com informações da Agência Senado 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

14 Comentários

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  1. “F.H.C. filho de puta”.

    No meu computador há um arquivo identificado por “F.H.C. filho de puta” – Fator Heterodoxo de Contabilização. 

    Nele está a tabela do fator previdênciário.

    Poderia ser atualizado para “Lulinha Paz e Amor filho de puta” e “Dilma Mãe do PAC”. O primeiro criou o “fator”, o segundo, sindicalista, nada fez para revertê-lo em seus 8 anos de mandato. A terceira igualmente nada fez em seu primeiro mandato e ainda luta para mantê-lo.

    O fator previdênciário é uma indecência, um cálculo feito com malícia onde o trabalhador só pode perder.

    O cálculo começa retirando 20% dos valores que o aposentado poderia receber. Depois, considera a média das contribuições dos últimos 3 anos, ou seja, o trabalhador perde de novo, a inflação é descontadada do que poderia receber. Após 2 perdas seguidas, vem a “cereja do bolo”, um redutor por idade até os 65 anos.

    3 golpes seguindos no valor das aposentadorias, onde um redutor é aplicado em série sobre os outros anteriormente aplicados.

    Comecei a trabalhar aos 14 anos porque venho de uma família pobre. Deveria ter completado a minha formação acadêmica, física e emocional antes de começar a trabalhar, mas não podia.

    Era um menino e já contribuia para a previdência. Jamais do meu contracheque de menino trabalhador deixou de ser descontada a contribuição para a previdência. Era menino, contribuia como adulto.

    Anos depois, FHC me chamou de vagabundo por ter “apenas” 49 anos e já ter contribuído por 35 anos seguidos. Um vagabundo que trabalhara 35 anos.

    Se me aposentar pelas regras atuais, aos 65 anos, terei contribuído por 51 anos; meio século mais um ano.

    Isso pode ser justo de alguma forma?

    1. Não seja injusto, o Lula

      Não seja injusto, o Lula tungou a aposentadoria dos servidores públicos federais. Dizer que ele não fez nada é sacanagem com o cara!

  2. Caro Nassif e demais
    Eu

    Caro Nassif e demais

    Eu também dfendo o fim desse Fator.

    O PT perdeu a oportunidade  de fazer isso com o Lula em 2002.

    Agora, o PT e a Dilma perdem de novo, por não saberem canalizar para eles esse projeto.

    A direita, via tucanos, faz o que sabe fazer de melhor, uma vez sem caminhos, roubam das esquerdas as propostas e capitalizam futuros votos.

    Dá tempo da Dilma acordar e capitalizar esse projeto.

    Saudações

  3. O fator previdenciário não é

    O fator previdenciário não é o ideal porque cria uma ilusão.

    Todos vão se aposentar no mínimo e com redução salarial, é o que ocorre.

    Mas não podemos ser ingenuos de imaginar que podemos nos dar ao luxo, como País, de reduzir a idade média de aposentadoria com a expectativa de vida crescendo. Não é algo razoável o que foi feito no congresso.

    O melhor seria o Governo Dilma estudar uma proposta de reforma da previdencia sem o fator. Mas terá que ser algo no sentido 85/95. Não adianta achar que pode ser menos que isso. Pode haver alguma regra de transição para quem já está trabalhando ou mesmo uma transição entre generos para que seja igualada a idade de ambos em um prazo razoável.

     

  4. Esse fator é uma das maiores

    Esse fator é uma das maiores aberrações, sacanagem mesmo, com o trabalhador brasileiro. Enquanto o estado paga aposentarias indecentes para gente de estatais, judiciário, legislativo e executivo, o pobre coitado do trabalhador comum, que já tem um ‘teto” de pouco mais de 4 mil, sofre essa facada depois de 35 anos de contribuição. E essa proposta de 85/95??!! Quê isso? Quer dizer que as mulheres, que vivem muito mais que os homens, podem se aposentar aos 50 anos???  Vai enganar outro. Dá vontade de bater panela e adotar uma dieta a base de coxinha….

    1. Porque a maioria das mulheres trabalha o dobro dos homens…

       

      A grande maioria das mulheres tem um terceiro turno de trabalho em casa. Isso sem falar muitas vezes em anos afastadas do mercado seja para cuidar de filhos ou de idosos da família. Ganham menos o tempo todo. Mas contra nada disso nenhum de vocês reclama, nao é ?  A pequena compensaçao que têm, e que em muitos casos é indispensável por causa dos anos afastadas do mercado, ah, que absurdo! Bando de hipócritas.

      1. 1. Quanto ao “terceiro turno

        1. Quanto ao “terceiro turno de trabalho em casa”, fiquei em dúvida. O “primeiro turno” é o trabalho formal. O “segundo turno” é o quê?

        2. Se afastar do mercado para cuidar de filhos ou de idosos é, sinto muito, escolha ou necessidade individual. E homens podem ter que se afastar por essas mesmas razões, sem direito a nenhum benefício. Se a pessoa quiser, pode continuar contribuindo para o INSS no período de afastamento, afinal imagino que disponham de alguma renda, certo?

        3. Estudo recente mostrou que a diferença salarial entre homens e mulheres em decorrência de causas não explicadas (ou seja, que podem decorrer de preconceito de gênero) é de apenas 7% aqui no Brasil. Deveria ser zero, ok, mas não é a diferença gritante que algumas pessoas dizem existir.

        Fácil mesmo é chamar de hipócrita quem acha esquisita essa diferenciação nas aposentadorias. É aquele velhíssimo truque de dizer que quem não concorda com você ou é burro ou é mal intencionado. Tenta outra.

         

        1. Escolha PESSOAL?

          Além de hipocrisia, ALIENAÇAO. Como a maioria dos homens nao faz isso, a alternativa é jogar as crianças e velhos pela janela? Arre.

          1. Recomendo ler de novo. Pra

            Recomendo ler de novo. Pra quem se julga sempre tão superior, sua capacidade de leitura deixa a desejar. 

  5. Esse fator previdenciario é

    Esse fator previdenciario é uma vergonha, 35 anos trabalhados são 35 anos trabalhados e ponto, o resto é conversa mole;  eu comecei a trabalhar com dez anos em supermercados e no final fique tres anos numa sapataria até poder ter carteira de trabalho aos 14, e meus dois irmãos tambem, ao inferno quem acha que isso é vagabundagem, só esse politicos que se aposentam com menos de 10 anos e ganham uma soma bem poupuda e empresarios que querem ver o trabalhador morrer trabalhando; vão trabalhar 35 anos corridos aguentando patrao nazista e um salario de fome para falar depois, ladrões do trabalho alheio..

  6. De acordo, mas sem ofensas

    Realmente, Saraiva está coberto de razão. Mas sem ofender as putas. Elas mal têm aposentadoriaO Fator previdenciário foi uma maldade criada pelo sociologo FHC que, na ocasião, ainda foi grosseiro, estupido, ao chamar de vagabundos os que aspiram uma aposentadoria digna. Só que o Congresso, com tucanos como Serra, concordaram. E os governos Lula e Dilma não se sensibilizaram, apesar de esforços do senador Paim  para mudar a lei. Não obstante a advertência de Luciana Genro na campanha eleitoral, o PT dormiu no ponto, Dilma já tinha que ter pensando nisso antes da eleição ou pelo menos nos primeiros dias do novo governo. Essa de dizer que a nova lei cria prejuizo econômico (e os grandes jornais embarcam nisso) não cola mais. Onde está o viés social do PT? 

  7. JORGE SALES (LEIA ESTE

    JORGE SALES (LEIA ESTE COMENTÁRIO)

    EU FUI APOSENTADO COM 10 SALÁRIOS MÍNIMOS, ESTOU QUASE RECEBENDO UM SALÁRIO MÍNIMO. COM A DESPESA QUE EU TENHO NÃO DÁ PARA EU ME MANTER COM A MINHA FAMÍLIA, JÁ NÃO ESTOU CONSEGUINDO PAGAR : ÁGUA, LUIZ, TELEFONE, IPTU, GÁZ DE COZINHA, ÁGUA MINERAL, ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO, REMÉDIO, EU TENHO DOENÇA GRAVE, DIABETE, TENDINITE, ARTROSE, LABIRINTITE, PERNAS DOLORIDAS E INCHADAS, A MINHA IDADE É DE 84 ANOS NÃO POSSO MAIS TRABALHAR, A MINHA ESPOSA NÃO TRABALHA, FICA EM CASA FAZENDO A COMIDA EU ESTOU PEDINDO ESMOLA POR CAUSA DO FATOR PRRVIDENCIÁRIO, CRIADO POR FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. EU ESTOU PENSANDO QUE VOU MORAR EM UMA FAVELA E SER UM CATADOR DE LIXO

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