Conselho de Ética recebe processo de cassação de Cunha, que deve se estender até 2016

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Conselho de Ética da Câmara recebeu na tarde desta quarta-feira (28) o processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), por quebra de decoro parlamentar em função das denúncias de envolvimento do peemedebista no esquema de corrupção desbaratado pela Operação Lava Jato. O pedido, assinado por mais de 50 deputados, levou 14 dias para ser analisado pela Mesa Diretora, o que adiou o início dos trabalhos no Conselho para a próxima semana.

A partir da instauração do processo no Conselho de Ética, Cunha terá 10 dias para apresentar uma defesa inicial, segundo informações da Agência Brasil. O portal divulgou que o peemedebista será notificado amanhã (29) sobre o caso. Ao todo, o processo deve levar, no mínimo, 90 dias úteis para ser concluído dentro do Conselho. Isso significa que uma eventual cassação de Eduardo Cunha não sairá antes da segunda quinzena de 2016.

O pedido de abertura do processo foi assinado por parlamentares do PSOL, Rede, PT, PSB, PROS, PPS e PMDB, que defendem o afastamento de Cunha da presidência da Câmara desde que a Procuradoria Geral da República confirmou a existência de ao menos quatro contas em bancos da Suíça que beneficiam Cunha e familiares. As contas teriam recebido dinheiro desviado da Lava Jato.

O relator do caso de Cunha no Conselhor de Ética será escolhido a partir de lista tríplice sorteada entre os 21 integrantes do grupo. Este poderá pedir acesso a documentos, além de ouvir testemunhas, entidades e bancos que possam esclarecer dúvidas. O presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PSD), que tem garantido isenção no processo, disse que o parecer pode ser concluído ainda este ano, “dependendo do relator”.

Além das contas no exterior, Cunha também é denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela Procuradoria Geral da República. As suspeitas envolvendo seu nome têm motivado outros movimentos pela sua saída. Representantes e membros de segmentos e de movimentos evangélicos – religião de Cunha – lançaram hoje um manifesto de repúdio “às ações do Deputado Eduardo Cunha.

“As denúncias de corrupção e o envio de recursos públicos para contas no exterior inviabilizam a permanência do deputado Eduardo Cunha no cargo que ocupa, uma vez que não há coerência e base ética necessária a uma pessoa com responsabilidade pública”, destacaram.

Com informações da Agência Brasil

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. “segunda quinzena de 2016.”

    Eu não sei quando será a “segunda quinzena de 2016.”

    O que eu sei é que até lá, com kunha seguindo na presidência da câmara, a vaca já estará totalmente atolada no brejo.

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