Destino do Brasil será decidido em duas eleições no Congresso, por J. Carlos de Assis

Movimento Brasil Agora

Destino do Brasil será decidido em duas eleições no Congresso

por J. Carlos de Assis

Dentro de três dias a partir deste sábado os eventos políticos no Congresso Nacional determinarão o destino do Brasil nos próximos seis anos no mínimo. Os parlamentares não estarão simplesmente elegendo os presidentes da Câmara e do Senado. Estarão elegendo, sim, além dos futuros ocupantes desses cargos, os políticos que estarão investidos também da prerrogativa constitucional de comandar  a escolha do sucessor de Michel Temer em eleição indireta, com uma posição influente também na sucessão deste em 2018.

Creio que pouca gente no Brasil acredita que Temer se sustente por mais do que apenas  algumas semanas. Seu Governo é inacreditavelmente ruim. Estamos com uma contração na economia da ordem de 9% em dois anos até 2016 e caminhando mais 3% negativos ou mais em 2017. O desemprego caminha para entrar na faixa inédita de 15% com perspectiva de chegar a 20% no fim do ano, na escala da Grande Depressão dos anos 30 nos Estados Unidos e na Alemanha. A situação social degrada-se a níveis sem precedentes.

O Governo está totalmente divorciado da realidade. A lei na qual ele mais se empenhou prevê um programa sistemático de contração adicional da economia por 20 anos. No meio dessa crise avassaladora, os próceres governamentais promovem verdadeiras orgias de dilapidação criminosa de bens e ativos públicos, desde o pré-sal à Petrobrás e até  empresas de água, estas de forma indireta via estrangulamento financeiro dos Estados. O Ministro das Relações Exteriores projeta entregar a base de Alcântara de graça aos EUA.

Tudo isso parece um verdadeiro pesadelo para os poucos informados que conseguem acompanhar os desdobramentos da política e da economia. A sociedade, por enquanto, parece anestesiada. Enganam-se, porém, os que pensam que isso é definitivo. Em algum momento o monstro que se esconde nos subterrâneos da opinião pública, por enquanto manipulada pela mídia vendida,acabará por levantar-se espontaneamente, levando de roldão os vendilhões da pátria e os destruidores das condições de vida da sociedade.

O que se prepara no país é o terror ou a redenção. Se as coisas continuarem como estão, contem os meses para a generalização da insegurança social, a explosão incontrolável do crime, e a busca da vingança contra o regime infame que nos impuseram. Em contrapartida, poderemos entrar numa era de ressurreição, o que começa justamente pela eleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Se elegerem bandidos para esses cargos não há como voltar atrás numa corrida célere para o desastre cabal.

Sem falar em nomes, creio que há razões para algum otimismo confiando-se nas leis dialéticas. Chegamos ao fundo do poço. Quando, na história, há uma exacerbação de forças numa direção, boas ou más, surgem forças opostas na forma de antítese, segundo a linguagem de Marx. Do embate entre elas resultará uma síntese, que é uma ordem em nível superior, embora com elementos residuais das duas primeiras. Em certas circunstâncias, isso determina uma mudança radical de paradigmas. É nessa direção positiva que talvez caminhamos.

 
Redação

5 Comentários

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  1. Difícil pensar que o golpista

    Difícil pensar que o golpista traidor não resistirá mais que algumas semanas. ele sabe que tem de entregar as encomendas para manter-se livre,fora da cadeia mas,temos que admitir,tem a maestria dos mafiosos para enrolar esta entrega pois sabe que, ao fazê-la, perderá a imunidade.

    Difícil também acreditar que não elejam bandidos para os cargos de comando das duas casas. Houve alguma mudança de personagens em relação aos que roubaram mais de 54,5 milhões de votos? Não! Então,se os ladrões de voto ainda estão lá e serão eles que irão escolher os futuros comandantes,como não eleger bandidos?

  2. Não creio em nenhum resultado

    Não creio em nenhum resultado positivo da eleição para presidente da câmare e senado. Na câmara, acho que Maia continuará seu mandato e no senado, a tendência é piorar porque, ainda que não goste da figura, acredito que Renan tem um pouco mais de visão política que Eunício. Ou seja, na melhor das hipóteses a correlação de forças continuará a mesma, se é que não vai piorar para nós, porque a tendência é piorar.

  3. A anestesia do doutor Assis
    O sr. José Carlos de Assis menciona o anestesiamento da sociedade como se não tivesse contribuído, indiretamente, para esse estado, ao referendar, entusiasticamente a candidatura de um golpista, traidor da confiança da sra. Dilma Rousseff, à candidatura para a prefeitura da Muy Sofrida São Sebastião do Rio de Janeiro. Ressalte-se que o apoio ao senador obscurantista se deu APÓS o ato de traição. Portanto, o sr. José Carlos de Assis sabia, perfeitamente, a quem dava seu apoio. E como complemento, o mesmo senador, já prefeito eleito, votou a favor da PEC 55 em primeiro turno e ausentou-se covardemente na votação em segundo turno.

    Pois bem, leitores. Vem agora o sr. Carlos de Assis, para quem a realidade é objeto de fé, mencionar em “…monstro que se esconde nos subterrâneos da opinião pública…”, “O que se prepara no país é o terror ou a redenção…”, “…busca da vingança contra o regime infame que nos impuseram”, um verdadeiro bla-bla-bla “agorista”, cujo “movimento” é incapaz de reunir meia dúzia de intelectuais vaidosos e esquerdistas arrependidos (um deles agora no secretariado do prefeito obscurantista).

    Nada mais são do que profecias de um nostradamus de gabinete, para quem o que compensa é anunciar catástrofes e alimentá-las com o apoio a traidores. Isso, sim, é anestesiante.

  4. Eleições indiretas? Não estou

    Eleições indiretas? Não estou entendendo nada. Divulgaram a possibilidade de eleições diretas no caso de queda do atual (des)governo….

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