É greve e não locaute!, por Rogerio Maestri

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É greve e não locaute!, por Rogerio Maestri

A população brasileira está sendo confundida com uma falácia que tenta classificar o movimento dos caminhoneiros como um locaute e não como uma greve. Quando falo de população brasileira estou incluindo o povo em geral, e especialmente jornalistas e pseudo analistas de toda a espécie (políticos e demais), com isto há uma confusão geral criada ou por mau-caratismo ou por ignorância. Todos estes grupos cometem equívocos por desconhecimento do que significa num sistema capitalista moderno o que é um capitalista e um proletário.

No capitalismo moderno cada vez menos temos a figura do operário que entrava na fábrica pela manhã, vendia a sua força de trabalho até a noite e produzia a mais valia do que lhe era apropriado. Neste capitalismo moderno procura-se propositalmente transferir aos proletários alguns meios de produção para que ele mesmo se ocupe da manutenção dos mesmos.

Vamos exemplificar com algo simples, suponhamos que somos dono de uma construtora e numa fase da obra precisamos de carpinteiros para realizar as formas para o concreto, podemos contratar um carpinteiro e o mesmo virá sem nada de equipamento e disporá ao seu patrão somente a força de trabalho. Porém se este carpinteiro for um profissional já com experiência ele poderá trazer para dentro da obra seu martelo que ele está já adaptado ao peso e um serrote que ele mesmo procedeu o fio correto do mesmo. Se perguntarmos a qualquer um se ele é um proletário não haverá dúvidas do mesmo quanto a classificação como tal.

Agora sofisticando um pouco mais a questão, pergunto se este no lugar de um serrote o carpinteiro trouxer para dentro da obra uma serra elétrica para facilitar o seu serviço, ele deixará de ser proletário e passará a ser um pequeno patrão? Evidentemente que a função de uma serra elétrica é a mesma que de um serrote, logo a resposta de novo será proletário.

Poderíamos seguir na brincadeira sofisticando os meios de produção um pouco mais, por exemplo, um motorista de taxi versus um motorista de Uber. Um desavisado poderia classificar o motorista de taxi que pertence a uma empresa qualquer, como um proletário e o motorista de Uber como um patrão, mesmo que o automóvel seja de sua propriedade ou simplesmente alugado. O que deve ficar claro é que tanto um como o outro são empregados e não patrões, pois no caso do motorista do Uber é empregado de um imperialista norte-americano que é proprietário do software, pois quem determina a tarifa de pagamento ao motorista e o contrata ou o distrata conforme as normas estabelecidas pela empresa.

O que define quem é capitalista ou é proletário é quem domina o preço do trabalho e quem o vende, no caso dos caminhoneiros ditos autônomos, serão as grandes centrais de logística que são os capitalistas e os caminhoneiros são seus empregados, mesmo que estes possuam o caminhão.

Os pseudo esquerdistas por total desconhecimento dos conceitos de relações de produção, classificam capitalistas e proletários conforme a propriedade de algum meio de produção; Logo por esta falácia o nosso carpinteiro que chegasse na obra todo equipado para facilitar o seu trabalho e incrementar a mais valia que o capitalista expropriará seria considerado um pequeno patrão, mesmo que não explore ninguém e só venda a sua força de trabalho.

No capitalismo moderno a entrega ou a exigência de meios de produção próprios como propriedade do proletariado tem dois objetivos, fazer com que o empregado se responsabilize pelo bom uso do mesmo, ficando ao mesmo as tarefas de manutenção e conserto dos equipamentos, onde o tempo e o custo para isto pelo empregador. Além disto é reforçada na própria mentalidade do empregado uma imagem de pequeno patrão autônomo e senhor de sua própria “empresa”, reforçando uma falsa ideologia de proprietário e não de mero vendedor de força de trabalho.

A imagem que muitos ainda tem do modo de produção capitalista era do das grandes fábricas e de seus operários fabris que entravam somente com suas roupas para o trabalho. O capitalismo evoluiu e exatamente para causar esta confusão tanto na cabeça dos pseudo esquerdistas como dos próprios “microempresários”, estes últimos passam a ser denominados de colaboradores ou outras palavras fantasiosas, não permitindo que o mesmo assuma a ideologia de sua própria classe.

Como os pseudo esquerdistas qualificam os caminhoneiros como empresários, se houver uma greve de pipoqueiros por diminuição do preço do milho, eles serão também patrões, pois são donos de suas carrocinhas, logo o seu movimento é um Locaute e deve ser reprimido como tal.

 

Redação

37 Comentários

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  1. URGENTE Gleisi SUICIDIO

    O PT vai enterrar LULA hoje com o lançamento de sua candidatura no momento que o país está um caos. OPORTUNISMO que será explorado pela mídia e pela direita ESPEREM para ver o estardalhaço que vão fazer. Isto custará muito à candidatura do Lula. A Globo FSP devem estar se babando.

    1. E daí “imagem d J Conselheiro”? O q tem a ver o cu c/ as calças?

      A cara de pau desses trolls pagos está cada vez maior. O caos nao tem nada a ver com a candidatura de Lula.

      1. AnaLú, se notares bem respondi de uma forma ou de outra ……

        AnaLú, se notares bem respondi de uma forma ou de outra todos os comentários, só este não havia respondido pois o meu detector de “Troll burrinho” já havia diagnosticado o tipo da provocação, nem dá bola.

    1. Cara!! Dentro da compreensão

      Cara!! Dentro da compreensão deles, estão fazendo e lutando pelo que é o certo! O que nós da esquerda fazemos.> Ficamos sentados atras dos computadores nesta “masturbação” ideologica que NUNCA vai acontecer! Pode ser que ideológicamente eles sejam conservadores e atrasados, mas na prática, estão a kilômetros de distância da “esquerda” patética que temos no braziu!

      1. Hitler também se achava certo…

        Hitler e os nazistas se achavam certos também, mas nem por isso estavam. Quanto a ficar atrás do computador, fale por você.

      1. Eu vi fotos

        Nenhum dos dois links que coloquei aqui são da Globo. Ademais, vi fotos, vídeos e li matérias de todos os lugares. Não é porque os caminhoneiros estão batendo no Temer que vou bater palma acriticamente pra eles. 

  2. Apoio o momento dos caminhoneiros.

    Para mim tanto faz se é greve ou locaute, acho que temos as duas faces presentes. Entendo que antes de outras qualificações seja uma demonstração de resistência ao horror que passamos viver após o golpe jurídico midátido perpetrado contra o povo brasileiro, de inspiração claramente hegemônica estrangeira.. Mas passo também a reconhecer que a permanência desta paralização está se tornando horror maior para o povo já castigado pela quadrilha temer. Hora de acabar e contabilizar seus efeitos.

     

    1. Qualquer movimento grevista causa problemas, mas é o direito….

      Qualquer movimento grevista causa problemas, mas é o direito de alguém de parar de trabalhar, as estradas estão livres e por exemplo as cargas de oxigênio para hospitais e remédios estão passando, o resto é resultado de uma greve.

  3. A pós-greve no capitalismo pós-moderno!

    A tentativa (didática) do autor é boa. Só que em termos práticos não leva a lugar algum.

    Sequer o debate é novo.

    Nas coletivizações forçadas de Stálin, ou na Revolução Cultural de Mao, havia o intenso debate (que custou a vida de muita gente, é verdade) sobre como classificar e enquadrar aqueles trabalhadores que detinham alguns instrumentos ou bens de capital, e claro, os chamados profissionais liberais.

    As “purificações” ideológicas são conhecidas nos livros de História.

    Esse debate se estende até um pouco mais longe, com as categorias que não ocupam, propriamente, lugar direto no sistema de produção/acumulação capitalista, como servidores públicos, prestadores de serviços domésticos, etc.

    A conjuntura atual do capitalismo nnos ensina que esse debate é secundário.

    Hoje, sabe-se que o capitalismo começa a prescindir dele mesmo, das suas noções clássicas de acumulação a partir de riqueza física ou orgânica, passando ao processo (já conhecido) de alvancagem da alavancagem da alavancagem, ou seja, o capitalismo-fumaça, onde a riqueza nasce de meras expectativas e apostas financistas, e não da acumulação produtiva em si.

    Então, faz pouco sentido definir o sentido clássico de greve ou locaute.

    Hoje é preciso, mais do que nunca, definir, quem está por trás, quem ganhará e quem perderá politicamente e economicamente com o movimento!

    Não há na história clássica do capitalismo NENHUM, eu REPITO, NENHUM movimento paradista que tenha contado com tanta, digamos, paciência dos patrões.

    Então, se não há a conhecida repressão patronal, as demissões em massa, o pau comendo solto, como dizer que é uma clássica greve?

    Não é.

    Pode também não ser lock-out na sua definição strictu sensu.

    No entanto, a natureza do movimento, sua direção, seu propósito não é questionar sequer as políticas neoliberais que levaram a arbitragem dos preços dos insumos energéticos a esse caos.

    O “movimento” não quer saber se é a sociedade que vai pagar mais imposto, se o preço da gasollina e outros combustíveis vai permanecer o mesmo.

    Eles querem o que julgam ser deles e dane-se o resto.

    Por outro lado, os resultados se alcançados não trarão deslocamento de parte da renda do capital (dos patrões) aos trabalhadores (avulsos ou contratados), ao contrário, a expectativa dos patrões é de que aumentem as margens de lucro!!!!

    A construção teórica do texto padece daquilo que é imprescindível, ou seja, ao criticar o modelo conhecido de análise da “pseudo-esquerda” (eu detesto esses rótulos) cai na mesma armadilha:

    Sim, pipoqueiros, carpinteiros, caminhoneiros que detenham alguns instrumentos ou meios de pordução não se tornam patrões, mas PIMBA, ideologicamente tendem a pensar e agir como eles.

    Stálin viu isso, e se é verdade que exagerou, matou gente à beça, e estancou a produção de alimentos por muito tempo, pelo menos não teve dúvidas:

    Pior que patrões, são trabalhadores que se imaginam patrões!

    Não é strike nem lock-out é lock-strike!

    Bem vindos ao mundo pós-capitalista.

     

    PS: RDMAESTRI é um dos melhores articulistas daqui, mas esse é um dos textos mais fracos. Mais ou menos como aconteceu em 2013. Muita gente boa não tem a paciência de olhar e esperar, e se trai na pressa de explicar e capturar o monopólio da narrativa.

    Vaidade, ah, vaidade, mãe dos pecados capitais.

     

    1. greve

      Nender,

      Não sou caminhoneiro, mas tenho do conhecimento da dificuldade que a categoria passou a enfrentar de uns anos prá cá. 

      O aumento continuado dos preços de combustíveis, obra de um pilantraço como este PParente, aumento que já atinge cerca de 70% somente no período temer versus menos de 40% durante os 12 anos de Lula/DRousseff ( todos estes dados podem e devem ser conferidos, basta ir ao Google), aliado ao significativo recrudescimento de praticamente todos os setores da economia nacional, ou seja, menos fretes e tarifas /km. menores para a prestação do serviço, pois a lei da oferta e da procura não falha, explica com clareza a natureza da greve e a impressionante fragilidade deste governo de ladrões.

      Como explicar a indiferença do Planalto quanto à solicitação, mais de uma,reuniões para tratar do assunto? Como explicar a manutenção de um lacaio safado como PParente, que chegou ao ponto de “adiantar” 2 bi de reais ao JPMorgan, banco presidido por seu sócio e que não negou a transação espúria? Cadê o tal do moro, o rei do brasilsil que não conseguiu recuperar e nem mesmo identificar tal montante como tendo sido desviado da Petrobras, isto depois de procurar e procurar por quase 3 anos? Este PParente fez a tal “brincadeira dos 2 bi” e nem mesmo no JN apareceu, ele é um craque.

      O outro lado disto tudo fica por conta da completa indiferença de sucessivos governos quanto à absoluta necessidade do transporte ferroviário, ainda mais quando se trata de um país com dimensões continentais. Esta aberração poderia cobrar o preço em algum momento, e o momento parece ter chegado, pois a manutenção da grave por mais alguns dias confirmará o caos em que este país ficou metido desde quando este sindicato de ladrões deu o golpe burro, agora apenas se rasgou a fantasia do golpe. País que “anda sobre rodas” oferece perigos.

      Hoje não se tem economia minimamente saudável ( éramos a 5º economia do mundo em relação ao tamanho do PIB  e nunca mais), nunca mais voltaremos a ter soberania nacional ( o espaço aéreo foi cedido a USA, idem para a base de Alcântara, etc…), não se tem democracia, não se tem empregos, não se tem direitos, só sobrou o ar para respirar e um governeco de 5ª categoria, a contar com a pior mídia do mundo para acobertar de modo bastante safado toda a sua incomensurável incompetência.

      Neste conjunto, não é necessário recorrer a Stalin para se ter alguma referência, a dupla parente-temer se basta.

      1. Quem se referiu a Stalin, não fui eu!!!

        A referência a Stalin inclusive é imprópria e completamente anacrônica. Mas que vou fazer?

        1. Olha a honestidade intelectual…

          Seguindo sua extensa réplica, a referência a Stálin não é anacrônica ou imprópria.

          Qualquer referência extrínseca ao fenômeno é anacrônica e será imprópria, a não ser que seja uma referência do agora, do hoje, e do próprio fenômeno.

          Seja então, honesto! Referências são referências, só isso. Como as suas sobre greve ou locaute, pois levando em conta certo ineditismo proposto por você sobre o movimento, nada poderá lhe servir de referência sem ser anacrônico ou impróprio!

          A questão do pertencimento de classe e da ideologia de classe (kultur) é crucial para o modelo aventado por você.

          Almeida desvendou isso lá em cima, o cara se acha dono, mas é um tipo diferente de empregado. Empregado do banco, da petroleira, da empresa que lhe terceiriza o frete, etc, etc.

          E como eu disse, esse dilema não é novo, acompanha a questão dos pequenos proprietários de terra faz tempo e pequenos comerciantes!

          Eu poderia reivindicar a mesma condição incompleta que você usou para dizer que aquilo que eu chamei a atenção como eixo central, você disse ser secundário.

          O precariato “revelado” pela sua fluência em italiano (uau!) nada mais é que a categoria usada pelo Jessé de Souza,a ralé estrutural, e talvez já utilizada em outro contexto por Marx, chamada de lumpenproletariado. Olhe bem, em outro tempo e em outro contexto, não anacrònico ou impróprio!

          Embora sejam categorias de classes que se relacionem de forma diferente do processo de produção e acumulação capitalista, tanto a ralé como o lumpen são a sobra cíclica dos processos de depuração dos fluxos e influxos de capital, e do abandono de suas formas anteriores de exploração por novas possíveis por novas categorias tecnológicas.

          É essa a novidade chamada precariato? Arf, ô colonialismo cultural!

          Já debati esse tema em outro post, quando o comentarista Wilton Cardoso introduziu a questão da superação do mundo do trabalho pelo pós-capitalismo, onde as formas de acumulação prescindem do valor agregado pelo trabalho.

          Você parece não ter entendido nada, eu repito, NADA do que eu disse, mas ok, eu que devo estar me expressando mal.

          Fica só a dúvida: greve com patrão calado e sem reprimir?

          Greve?

          E definir se é greve ou locaute muda o que o quadro de necessidade imperativa de enfrentamento?

          Se for greve vai ficar mais fácil disputar esse campo político?

          desculpe o mau jeito: hahahaha!

    2. Meu caro Nender, se fosse para colocar algo de novo…..

      Meu caro Nender, se fosse para colocar algo de novo abriria uma discussão sobre a real classe proletária que surge no atual capitalismo monopolista, internacionalizado e basicamente financeiro naquilo que chamas de sociedade pós-moderna (para mim é uma mera expansão do imperialismo), citaria a existência do novo proletário das últimas décadas o “precariato”. Ainda em português este termo não é utilizado, porém em italiano é corrente e provavelmente já dicionarizado.

      O “precariato” que é nada mais nada menos do que um proletário com direitos menores, desenraizado, sem a certeza da continuidade na relação de trabalho. Um novo proletariado que é explorado ao ponto de não ter presente e nem futuro pois sua renda insuficiente para o planejamento de uma vida.

      Quando falo em “pseudo esquerda”, trato exatamente dos intelectuais, principalmente os sociólogos, que denominam a sociedade monopolista internacional, de pós-moderna, uma aberração em termos de classificação histórica, pois as relações de produção não foram alteradas, foram simplesmente maquiadas por palavras e sofismas. Uma sociedade, conforme a interpretação desta nova categoria de “cientistas” sociais, os sociólogos, dita uma sociedade líquida (ou fluida) e globalizada.

      O que procuro de forma bem reducionista, colocar uma barreira nesta falsa criação de uma nova categoria social, o “precariato” que não é nada mais nada menos do que um proletário que sofre a superexploração do trabalho por esquemas como os motoristas de UBER ou mesmo grande parte dos caminhoneiros autônomos.

      O que caracteriza este “precariato” é a criação de um proletariado que desligado das formas de produção dos séculos passados, que os impede de criar vínculos familiares, laborais e por consequência sindicais, sendo um cidadão do mundo sem ligação a várias instituições nacionais ou locais.

      Porém o mais importante do termo “precariato” é alargar a definição do proletariado tradicional as novas formas de exploração do trabalho, pois por mais flexível que sejam as relações de trabalho, por mais que se procure esconder a relação senhor-escravo (voltando a uma definição Hegeliana, ou seja, anterior ao marxismo), estas duas categorias não deixam de existir.

      Se o assunto principal não fosse simplesmente o movimento grevista, poderia descrever com mais cuidado e maior clareza o que os “pseudo esquerdistas” tentam esconder com palavras chaves do tipo flexibilização do trabalho, auto empreendedor, sociedade líquida e mais uma quantidade de palavras que são verdadeiras falácias em termos políticos.

      Na Europa o fenômeno do “precariato” já é quase que dominante nas relações de trabalho daquele continente, tanto em nível de trabalhador braçal como o dito trabalhador “intelectual”. Estou simplesmente adiantando aqui algo que o imperialismo está tentando impor ao Brasil, que devido as contradições mais fortes do que nos países centrais fica mais simples de se entender.

      Poderia expandir este assunto por um texto de dezenas de páginas, logo se achares incompleto é porque realmente ele é, numa mera discussão não é possível descrever com cuidado.

  4. Greve de fome.

       O frete por tonelada é cobrado , no Km rodado . O bi-trem , com 40Toneladas ,custa R$ 6,50 . O consumo deste caminhão ,é de 1,2 litro/km com câmbio automático ,e 1,6litro/km com câmbio manual . Sobra em torno de R$ 2,50/km . Com esta fortuna ,paga-se IPVA ,licenciamento ,seguro ,manutenção ,pneus ( R4 1.500,.. cada) ,alimentação ,e família . A desoneração , só atende os barões do frete ,de nada adianta ao caminhoneiro ,pois ele é o seu patrão . A Greve é de fome .

  5. Prezado, grevista pedindo
    Prezado, grevista pedindo intervenção militar? Pode Arnaldo? Se não são patrões então o caso é grave porque eles pensão que são, sendo assim vivem em uma matrix.

  6. Tanto faz o nome, caro

    Tanto faz o nome, caro Rdmaestri. É como usar os termos “direita” e “esquerda”; leva a imprecisões, confusões, alienações  e falácias.

    Uma sugestão de pergunta a se fazer na busca do entendimento  dessa paralisação – e de outras ações que tais – é: essas ações tendem a concentrar poderes econômico e político em elites ou procuram melhor distribuição do produto do trabalho entre os que trabalham e executam a atividade-fim (sendo esses trabalhadores proprietários ou não das ferramentas que utilizam)?

    Uma empresa é mais do que ferramentas. Compõem seu capital, por exemplo, a imagem que a turma de vendedores a que chamam “marqueteiros” consegue induzir nas pessoas e a rede de apoio mútuo que os proprietários e diretores conseguem manter com outras pessoas também proprietárias ou diretoras de outras empresas.

    Um capitalista é fundamentalmente um atravessador, agenciador, proxeneta. Ganha alugando às pessoas um direito que elas já têm naturalmente, o direito de trabalhar e produzir.

    1. Nunca os termos esquerda e direita estão tão atuais.

      O problema é que ninguém quer aparecer com o seu verdadeiro rótulo, e ficam dizendo que o já estamos no fim da história.

    1. Há diversos textos em outros locais que procuram confundir ….

      Há diversos textos em outros locais que procuram confundir as coisas, agora não sou o único que escreve sobre o assunto. O texto é focado num só ponto e não geral.

  7. Pensei que o comentarista ia

    Pensei que o comentarista ia PROVAR que há reinvidicações que afetam diretamente os caminhoneiros… mas o preço do Diesel, que eu saiba, não afeta o preço da viagem feita pelo caminheiro… ou afetou?
    Eles disseram isto? Ou foi o patrão que disse que não tá tendo o mesmo lucro pelo transporte?

    1. A função do texto é desmentir as mentiras da direita.

      Se fosse para comentar sobre a política de preços faria isto. Mas parece que há pessoas com dificuldade de interpretação de textos.

  8.  Perfeito! É muito difícil

     Perfeito! É muito difícil para esquerda caviar entendere diferenciar o que é um trabalhador, empresário e um capitalista nos dias de hoje! O sistema financeiro se tornou rufião e colocou TODO MUNDO com a bunda na janela, lutando para tentar sobreviver! Esta esquerda que pensa que um micro, ou medio empresário é um capitalista é estúpida! Por isto perdem eleições! completa falta de visão do que acontece a sua volta!  Quantos  pequenos e até medios empresários tem seus lucros totalmente comprometidos com financiamentos de maquinário que quando acabam as parcelas já estão obsoletos e necessitando novo financiamento! Estes são os “capitalistas” que a esquerda critica! O engraçado é que estes “esquerdistas” normalmente estão com o rabo cheio de dinheiro oriundo de um emprego público, em regra,  salários muito maiores que o lucro auferido por vários negócios que eles criticam. Alguns negócios que geram 2 ou 3 empregos, não faturam o que ganha um fiscal de ICMS por mês. 

    1. Realmente é duro para os pseudo esquerdas olharem para……

      Realmente é duro para os pseudo esquerdas olharem para suas próprias entranhas.

  9. Ser ou estar, eis solução.

    Alguns deles, os autônomos, principalmente, e até pequenos empresários, não são proletários. Estão proletários e com isto se revoltam.

    O cara é proprietário do negócio, mas começa a sentir que está o propriotário no negócio. Trabalha pra uma financeira, só pra começar, depois para a Shell, para a Goodyear e outras semelhantes; trabalha também para a ‘indústria’ de pedágio e dão horas do seu expediente para o serviço público de Municípios, Estados e a União. É o primeiro a iniciar no expediente e o último a sair. Quando ele verifica que a maior parte de suas longas jornadas, senão inteira ou mais, é para os citados patrões, fica atordoado, como está bem descrito no bom artigo do Eugênio Aragão, referido em comentário abaixo.

  10. Conceitos

    Fazem Greve – Trabalhadores registrados, servidores

    Fazem Lock out- Empresários

    Fazem Paralisação- Trabalhadores autônomos, Cooperativas e setores reunidos de empregados e empresários

    No caso, houve paralisação, onde trabalhadores e empresários paralisaram um setor.

    1. Amoraiza: Paralização é um sinônimo de greve: Explico melhor.

      Como eu já era professor universitário em 1980, no tempo do ministro Eduardo Portella e o governava o Brasil o General Figueiredo, não se fazia greve, mas sim paralizações, e ninguém era autônomo, ou cooperativados.

      Neste tempo era proibido funcionários públicos fazerem greves, e acompanhando a tendência do momento inaugurada pelos professores estaduais, se denominava as greves de paralizações, ou seja, era um eufemismo da palavra greve, assim sendo os governantes não negociavam com grevistas mas sim com professores paralisados

      1. Sobre greve e paralisação
          

        Rogério,

        nem sabia que o comentário tinha sido salvo.

        Pra mim ele apareceu como “site em manutenção”

        De toda sorte é de se esclarecer que a designação  mais compatível para o movimento é mesmo paralisação, porque é um movimento que reune toda espécie de atores.

        Não o  disse na oportunidade  porque não acho que este seja   espaço propício  para se entrar em minudências jurídicas que tipificam cada movimento.

        Ainda assim, algumas coisas podem ser explicadas:

         Os servidores públicos, conquanto a constituição de 1988 o tenha mencionado, ainda não têm direito à greve.

        Aqui está – artigo 37 da constituição garante:

          VI –  é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

           VII –  o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

        A lei que a regulamentaria nunca foi votada, de modo que eles fazem paralisações e depois se valem da jurisprudência dos tribunais em sua defesa.

        A lei de greve dos trabalhadores gerais (Lei 7783/89)   serviu aos funcionários públicos até 1990, quando surgiu o estatuto do servidor.

        A greve dos demais trabalhadores é regida pela citada lei 7783/89, que estabelece os limites dos direitos de greve e as respectivas penalidades de seu descumprimento.

        O lockout embora seja  um instituto do Direito do Trabalho, nem sempre tem objetivos trabalhistas.

        Eis as diferenças entre greve e lockout:

        A evidente diferença entre a GREVE e o LOCKOUT, é que este, diante da atitude do empregador, atinge todos funcionários da empresa, pois trata-se de uma ato de “fechar as portas” da empresa não permitindo que nenhum funcionário adentre, independente da classe, função e  hierarquia.

        Não deixa de ser um ato de defesa do empregador. Faz com que os empregados não trabalhem acarretando em prejuízo financeiro ao final do mês, pois o empregador, de costume, desconta os dias paralisados (não trabalhados pelos empregados) diante de seu ato unilateral.

        Por tal circunstância é que nossa legislação não regulamenta o LOCKOUT, ou seja, não trata-se de um direito, entretanto, diante da liberdade de atos que todos temos garantidos constitucionalmente, existe de modo indireto a liberdade de assim proceder, desde que devidamente explicada a necessidade.

        Em tal ponto surge a principal diferença em relação à GREVE, já que essa se inicia (para ser tida como legal) mediante edital de convocação ou em ata de reunião da assembléia sindical, dando plena liberdade a quem quiser aderir

        .https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=9439

        Os trabalhadores autônomos, enquanto pessoas físicas, são donos de seus meios de trabalho, assumem seus próprios  riscos  e não se submetem a nenhuma proibição, podem trabalhar quando e como bem entenderem.

        Idem a empresa unipessoal.

        As cooperativas, quando compostas de pessoas autonomas de uma mesma categoria também fazem paralisação e não greve.

        Paralisação é gênero do qual a greve é espécie, e como só os trabalhadores abrangidos pela lei 7783/89 têm seus direitos de greve tipificados, os demais fazem paralisações.

        1. Amoraiza: Não vamos ficar discutindo firulas.

          Na realidade tudo é greve, ou de trabalhadores ou de patrões, o resto é firula que agrada muito os juristas e sociólogos, eu sou engenheiro e me interessa o efeito.

          1. Rogério
             

            Aprender dói.

            Perceber-se que se laborou em êrro dói mais ainda.

            Mas depois que a gente aprende a dor passa.

             

            Abraços!

  11. RETENÇÃO É CENSURA

    Cabe registrar que até o presente momento não foi liberado o comentário encaminhado por mim nesta página ontem, às 23:50, apesar de não haver nada que justifique sua retenção. E vale frisar que a demora na liberação de comentários funciona na prática como uma censura dissimulada, pois a edição tardia dos mesmos faz com que a maioria dos leitores do site não tenha acesso a eles. Quando os comentários retidos são finalmente liberados, quase todos os navegantes que poderiam vê-los já leram as notícias ou artigos comentados e, em geral, não voltam à mesma página depois.

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