ANARRIÊ, ALAVANTÚ XXIV – Histórico de Prefeitos de São Paulo confirma bolsonarismo longevo no Brasil.
por Rui Daher
Na vida, a minha de final próximo, encontramos pessoas, boas, ruins e mais ou menos, duvidosas. Péssimo costume, penso ter um olhar foto-antropológico. Rostos e gestuais, cinco dias de convivência próxima, e me permito classificar o elemento e, na maioria das vezes, acertar.
Sou radical, a favor, e com a mesma fúria do diretor teatral, Gerald Thomas, defendo os palestinos, em Gaza. Como o teatrólogo judeu repito: de Israel com Netanyahu, “tenho nojo e tristeza, desgraçados, que horror, que horror!”
Pelo meu lado cristão, família e padres beneditinos, sou católico, ateu, agnóstico, depende do dia, e com a ajuda de João Bosco e Aldir Blanc, também “O Siri Recheado, o Cacete”.
Não sei de onde veio o fenômeno que carrego e criei o neologismo cangibrinoscopia, em homenagem a todos pretos, pardos, indígenas e brancos que, culturalmente, a partir do século XIX, fizeram do Brasil o país mais diversificado e criativo do planeta, apesar da resistência política.
Tanto que a aroeira vive dando em lombo, de forma branda ou bruta, mas sempre farofeira e conteúdo em galhofa. Um exemplo: o que pensam eu achava do Papa Bento XVI, Herr Joseph Aloisius Ratzinger. Um horror à primeira vista. Confirmou-se. E o que o cangibrinoscópio me diz sobre o Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio. Preciso responder, amados hermanos?
Os prefeitos da cidade de São Paulo – Túmulo Rua 1
Comecemos pelo atual, Ricardo Nunes (MDB), eleito duas vezes vereador, tornou-se vice de Bruno Covas. Com a morte do titular, assumiu o cargo e, hoje, é candidato à reeleição.
Durante seu mandato tem sido péssimo. A cidade está em frangalhos. Não precisa mais do que você trafegar ou perambular pelas ruas do Centro Expandido, mesmo que seja em áreas nobres, encontrará vias de tráfego cheias de buracos, quando em calçadas galhos de árvores caídos, troncos e enormes raízes que destroem o piso, em esquinas superposição de postes e troncos prejudicando a visão dos motoristas de veículos, a velha história dos semáforos inoperantes em dias de chuvas, dos alagamentos por entupimento de bueiros. Pior ainda é a falta de projetos, pelo menos ideias, sobre como resolver a ampliação da criminalidade e da expansão da Cracolândia.
Chamados os leitores para acrescentarem os perrengues em seus pedaços, responsável a administração pública, iríamos bem mais longe nesta infeliz metrópole. Pesquisem na periferia. Nem precisam de grande esforço de mobilização. Basta que assistam aos noticiários matutinos em suas telas.
Escabrosos casos são, diariamente, apresentados.
Rui Daher – administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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E PENSAR QUE TUDO ISTO É PROJETO DE PODER QUE COMEÇOU COM LUIZ ERUNDINA E CULMINOU NO NEPOTISMO BRUNO COVAS. “COVAS” NADA MAIS APROPRIADO PRA ESTE MEIO SÉCULO DE TRAGÉDIAS ONDE SÃO PAULO SE ENTERROU ENTRE PT E PSDB
O contundente Zé Sérgio sempre ameaçando fígados e ternos sentimentos brasileiros. Se assim, em que muito concordo, eximo-me de declarar meu voto, já que Bakunin “Religião é demência coletiva”, não estará concorrendo. Abraços.
Zé Sérgio, sempre observações bem-vindas. Não sei o que dirá do próximo Anarriê, Alavantú, quando mostro que o “projeto de poder”, e muito menos “nepotismo”, não vem de PT/PSDB.
Abraços
Rui