Um pouco de poesia de amor pra esquentar esta semana de inverno (na alma), por Matê da Luz

 

Tenho saudade do amor. É, de vez em quando bate, mas hoje veio diferente.
 Tô com saudade do amor que me deseja, que me olha com aqueles olhos de intimidade, de paz. Saudade do amor que me quer pertinho no sofá, que quer ir embora quando fico cansada e decide ficar mais um pouquinho que é pra eu dançar. 

Dá saudade daquele amor que me traz sorrisos enormes, largos, deste que eu sei que sei dar – e recebem de volta outro sorriso lindo, sorriso de alma, que diz sobre o amor sem palavra alguma. 

Saudade do amor que ama quem eu amo e entende que quem é gente minha é gente nossa, que quer uma casinha na roça pra ver neto comer fruta do pé. Que quer irmãos pros filhos, que vive a vida e não para de sonhar com algodão.

A saudade do amor que quer que o dia acabe e a noite chegue que é pra encontrar. Jantar, ver um filme, seriado, que seja, uma besteirinha juntos, juntinhos, pra acalmar. Aquele amor que tem paciência, porque eu demando paciência, mas este amor nem percebe, porque já ama quem eu sou, como eu sou, do jeito que eu sou – mas fica feliz (e seguro) quando eu mudo, porque sabe que o amor mesmo, esse não muda, e que a gente tem que crescer. 

Sinto falta desse amor, manso e selvagem, que agarra, que fala bobagem bem pertinho do pescoço, pra arrepiar. Que sacia as sedes e fomes do corpo, com gosto ou com pressa, que não tem pavor de se entregar. Do amor que sabe que a vida é movimento, que pode ser que um dia acabe a convivência, que bata a carência, que a variedade possa interessar. E daí, então, sabe o que esse amor faz? Ele relembra, ponto por ponto, porque é que um ama o outro, porque se garante, mesmo que levante mais cedo pra fazer café da manhã. Este amor cuida, não reclama que está tudo errado e, por isso, resolveu amar pra outro lado. Porque não existe outro lado quando existe esse amor, esse amor de verdade, este, bem este, assim, macio, forte e maleável, este amor que me dá essa saudade.

Vem, vem, amor, já entendi. 

(que este amor do qual tenho saudade é um jeito novo, é novidade, que nunca esteve por aqui)

 

Mariana A. Nassif

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