Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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A menina Dircinha Batista canta Borboleta Azul

Primeiro disco de Dircinha Batista, que ainda apresentava-se como Dircinha de Oliveira. Gravações de 1930, com Dircinha aos oito aninhos…

É o primeiro disco dela, aos oito anos. Ele se apresenta na primeira música como Dircinha de Oliveira, último sobrenome de seu pai, o ventríloquo, comediante, cantor e compositor Baptista de Oliveira.

Um pouco de história

Dirce Grandino de Oliveira nasceu no dia 7 de abril de 1922, em São Paulo. Fez carreira como Dircinha Batista, como atriz e cantora, e puxou aos seus, pois que era filha de Batista Junior e irmã de Linda Batista.

Dircinha fez grande sucesso e, em mais de quarenta anos de carreira, gravou mais de 300 discos em 78rpm, com músicas que marcaram época, especialmente as que animavam os carnavais da época. Criança prodígio, Dircinha começou sua jornada musical aos seis anos de idade, apresentando-se em festivais.

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Começou a participar de shows de seu pai no Rio e em São Paulo e, em 1930, aos oito anos de idade, gravou seu primeiro disco, com duas músicas de seu pai, “Borboleta Azul” e “Dircinha”. Depois disso e até os dez anos, participou do programa de Francisco Alves na Rádio Cajuti e, depois disso, mudou-se para a Rádio Clube do Brasil.

Participou de seu primeiro filme, “Alô Alô Brsil”, aos 13 anos e, no ano seguinte, fez “Alô Alô Carnaval”.

 “Periquitinho Verde”, que estourou no carnaval de 1938, foi gravada no ano anterior e tem uma boa história. A pedido de Benedito Lacerda gravou “Não Chora”. Já com a música gravada, faltava o que gravar no outro lado do disco, e Lacerda pediu à Nássara para dar a ela uma de suas canções. A marchinha estava inacabada, mas Nássara finalizou-a para que Dircinha pudesse gravá-la. E o sucesso de “Periquitinho Verde” foi  imenso.

Em 1953, Dircinha atuou no teatro pela segunda e última vez e fez enorme sucesso com “Se eu Morresse Amanhã de Manhã”, de Antônio Maria. Sua primeira atuação no teatro foi no ano anterior, em 1952. Participou ainda de vários filmes, como “É de Chuá” e “Guerra ao Samba”, entre outros.

Em 1970, desgostosa pela falta de memória nacional e abalada pela morte da mãe, decide por abandonar a música. Sem condições de sobrevivência, na década de 1980, o cantor José Ricardo a ampara, bem como à suas irmãs Odete e Linda, acolhendo-as em sua família.

Em última homenagem, no final dos anos 1980 é lançado  o musical “Somos Irmãs”, com Nicette Bruno e Suely Franco, que conta a história de vida das cantoras.

Dircinha morreu em 19 de junho de 1999.

https://www.youtube.com/watch?v=8kakHeq-4JU width:700 height:395

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

4 Comentários

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  1. NÁSSARA

    [video:http://youtu.be/8BTqetImLzU%5D

    ‘Eu não me considero compositor. Eu fiz música, é diferente. Não tenho nem um décimo da força de Noel Rosa’, afirmava, modestamente.

    [video:http://youtu.be/-tLjBl8P_Fs%5D

    Aos poucos, foi se afastando das músicas e das ilustrações, mas nunca dos bares e da boemia. Havia quem disputasse a cadeira mais perto de Nássara para ouvir as suas histórias, sempre surpreendentes. ‘Ele tem um bom humor contagiante, boa educação inata, o irresistível amor pela noite. Tem também o bate-papo colorido no qual as palavras, arrumadas com maestria e propriedade, jamais repetem as mesmas histórias’, exaltou Joel Silveira.

    Ancelmo Góis e Vera Barroso

  2. Vanguarda

    ‘Sim, não é brincadeira’

    Meu Rei, a putada extraordinária do primeiroe e antigo time ‘come-e-bebe-quieto’ da boa música brasileira não partia desembestada pra boemia carregando apenas um lápis, um caderno ou portando uma Bíblia na mão para confortar e auxiliar a contrição e ajudar a dar o livramento de todos os pecados que viríam a seguir – contados nas canções.

     

    Muitas composições, inspiradas pelo além, eram apostas, triunfantemente, em guardanapos encharcados pelo álcool e envelhecidos, subitamente, pela fumaça dos cigarros, após terem sido amassados pelos intensos  estímulos eróticos impregnados na atmosfera lúdica e transcendental dos inferninhos, onde eram adquiridos os passes para o Céu e onde muitos baladeiros da velha guarda morreram de tanto curtir os birinaites e as old periguetes da noite de então.

    Os criadores mais radicais, que conseguiam driblar as terríveis pauladas das longas noitadas e as monumentais ressacas, datilografavam, mais tarde, as suas composições geniais em máquinas de escrever similares às lendárias Remingtons que povoam a imaginação envolta no passado – não tão distante – que não volta mais.

    Mas nada está perdido no mundo da Inteligência mundial:  a Chefia de Estado da Alemanha está planejando retornar com as antigas máquinas de datilografia para preparar os documentos secretos e escapar da vigilância Orwelliana da NSA.

    Sei que o nosso tarado Guru – muito chegado numa ‘véinha’ – vai explodir de prazer, mas também sei que, certamente, vai se arrepender, quando ficar muito tempo longe do teclado do seu trepidante PC YouTubetizado.

    Em meio ao agravamento da desconfiança Berlim-Washington em termos de espionagem, os políticos alemães estão pensando em voltar para máquinas de escrever manuais antiquadas, para confeccionar documentos confidenciais e proteger os segredos nacionais dos fantasmas americanos da NSA.

    Patrick Sensburg, o presidente da comissão do parlamento alemão para a investigação sobre a alegada espionagem da NSA, disse que os membros da comissão estão considerando novas medidas de segurança e estão pensando seriamente em abandonar o email e retornar para as máquinas de escrever da velha escola.

    “Por uma questão de fato, já temos [a máquina], e é até mesmo uma máquina de escrever não eletrônica”, disse ele ao Morning Show Monday da ARD.

    O entrevistador, aparentemente, surpreso com a ideia, perguntou se era realmente o caso. “Sim, não é brincadeira”, respondeu Sensburg do partido da União Democrata Cristã da chanceler Angela Merkel, de acordo com o The Guardian.

    “Ao contrário de outras comissões de inquérito, estamos investigando uma situação em curso. As atividades de inteligência ainda estão em curso; elas estão acontecendo”, disse Sensburg a emissora ARD, citado pelo The Independent.

    “É claro que temos de manter a nossa comunicação interna segura, como enviar e-mails criptografados, usar telefones criptografados e outras coisas, que eu não vou dizer aqui”, acrescentou.

    Entretanto, se os políticos alemães decidirem abandonar os computadores em favor de máquinas de escrever, eles não seriam os primeiros a chegar a essa ideia.

    A Alemanha ordenou a expulsão do chefe da CIA em Berlim.

    As informações bacanas são da RT

    http://rt.com/news/173020-germany-typewriter-spying-nsa/

    As fotos icônicas das velhas Remingtons são do site

    http://sevenels.net/typewriters/rems.htm

    Ligue djá, pra encomendar a sua maquinita, esperto Guru!

    1. A Mãe da Amélia

       

      TENS DE COMPREENDER – Antonio Nássara

      Gravada por Aracy de Almeida em 24 de abril de 1935

       

      Tens de compreender 

      O quanto vale uma mulher 

      Eu fico do teu lado 

      Pro que der e vier 

      Pois eu bem sei 

      Que andas muito mal de vida 

      Que não defendes o dinheiro da comida 

      Mas tu és do meu agrado 

      Eu passo fome do teu lado! 

      Recebi muita proposta 

      De chatô bem mobiliado 

      Mas só tive uma resposta: 

      Não senhor, muito obrigado! 

      Contigo eu não me lamento 

      Posso até ficar mais feia 

      Bebendo sopa de vento, oi 

      Comendo, comendo pirão de areia!

       

      AI, QUE SAUDADES DA AMÉLIA – Mário Lago e Ataulfo Alves

      Gravada por Ataulfo e suas Pastoras, em 27 de novembro de 1941

       

      – “Prepara o chu, traz o soro e liga o som da Dircinha Batista!”

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