Morre Fernando Botero aos 91 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Considerado o maior nome da história da arte colombiana, pintor e escultor faleceu por conta de uma pneumonia em sua casa em Monaco

Fernando Botero (2018). Foto: Wikipedia

O pintor, escultor e desenhista colombiano Fernando Botero morreu nesta sexta-feira (15/09) aos 91 anos em decorrência de uma pneumonia, segundo informações de sua filha Lina Botero.

“Meu pai faleceu aos 91 anos. Teve uma vida extraordinária e se foi em um momento indicado. Se foi com muita tranquilidade, isso é o mais importante”, disse.

Considerado o maior símbolo da arte colombiana, Botero seguiu trabalhando em seu estúdio na cidade de Monte Carlo (Mônaco) até a última semana.

Embora tenha se encaminhado a um centro médico para tratar da infecção pulmonar, ele preferiu seguir com o tratamento em sua casa, vindo a falecer nas últimas horas desta sexta-feira.

Segundo a imprensa colombiana, o país está de luto pela morte daquele que é considerado “o maior artista colombiano de todos os tempos”.

“A obra de Botero é imortal. Foi ele quem colocou a arte nacional nos palcos internacionais mais importantes do mundo. Na verdade, as suas esculturas são impostas em locais importantes, como os Estados Unidos e a França”, diz o periódico El Tiempo.

“Morreu Fernando Botero, o pintor de nossas tradições e defeitos, o pintor das nossas virtudes. O pintor da nossa violência e paz. Da pomba mil vezes rejeitada e mil vezes colocada em seu trono”, disse o presidente colombiano Gustavo Petro nas redes sociais.

O palácio presidencial colombiano também abriga duas obras de Botero: a escultura “La paloma de la paz” e a pintura “La Monja”.

Formas avantajadas e cores vibrantes

Nascido em Medellín, Botero quebrou todos os recordes artísticos, levando um total de 300 mil pessoas a visitar sua exposição no Palácio de Belas Artes do México ou as 155 mil no Museu de Belas Artes de Bilbao.

Sua obra era especialmente conhecida pelas formas avantajadas de seus personagens e pelo uso de cores vibrantes, o que lhe conferiu uma característica que chegou a ser denominada “boterismo”.

El Gato de Botero, escultura exposta em Barcelona, Espanha. Foto de Elizabeth Villalta na Unsplash

Entre suas obras mais conhecidas destacam-se as releituras para a Mona Lisa (Leonardo da Vinci) e O Casal Amolfini (Jan Van Eyck), além de pinturas destacando a violência policial na Colômbia e a questão do narcotráfico – como as obras que mostram a morte de Pablo Escobar.

Visto como um artista politizado, Botero doou várias de suas obras para cidades colombianas como Cartagena e Medellín, onde foi erguido um grande parque com suas esculturas e que se tornou um dos principais pontos turísticos da cidade.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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