Lourdes, eu confesso
por Romério Rômulo
Lourdes:
eu confesso, quase envergonhado
que não consegui fechar um poema.
Travado, me despeço.
2.
Só lembro que isto aqui falta um pedaço
de mão, de terra. O mundo é um engaço.
A vida atada de mazelas duras
com gritos nas gargantas de agruras.
Petardos mísseis, tempos inclementes
mascarados por caras indecentes.
3.
Eu, que faço?
Num ato renitente
te mando meu abraço.
Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar – Rio de Janeiro RJ.
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