Google Glass foi pensado para empresas, não para usuário

Jornal GGN – Ao desenvolver seus óculos inteligentes, o Google Glass, os executivos da gigante de buscas na internet tinham em mente várias aplicações para o dispositivo que não necessariamente passavam pelas mãos do usuário comum. Segundo a empresa, o principal campo de atuação do Glass seria a área de negócios, para que fosse usado principalmente por empresas em necessidades específicas. A informação foi divulgada durante uma festa organizada pela Google, que reuniu investidores do dispositivo e o seleto grupo de usuários de que tiveram a oportunidade de receber o óculos antes para testá-lo antes que chegasse ao mercado.

Ainda que atualmente o Google Glass também esteja no horizonte do mercado doméstico, os executivos argumentam que as respostas e investimentos mais entusiasmados ao produto vêm de fabricantes, professores, empresas médicas e hospitais. A ideia do Google é que grandes empresas passem a desenvolver aplicativos específicos para os óculos de realidade aumentada.

Uma das áreas de potencial de uso do Glass são empresas que necessitam fazer inventários de estoque de produtos. Pesquisas da própria Google revelam que as empresas, em geral, acabam tendo gastos excessivos para contratar consultores e mão de obra para realizar grandes inventários, e ainda sofrem com casos de roubo de itens. A ideia das empresas seria usar o Glass para que os trabalhos fossem gravados, além de fazer o reconhecimento automático dos produtos para automatizar a contagem em estoque.

Outra possível aplicação dos óculos inteligentes é a medicina. Cirurgiões poderiam transmitir operações em tempo real para colegas, além de contar com a ajuda de aplicativos sofisticados capazes de de identificar, por exemplo, pequenos danos cerebrais, áreas de suturas ou outras informações necessárias para o sucesso de procedimentos médicos. De acordo com a Google, as múltiplas possibilidades do dispositivo continuam atraindo investidores das mais variadas áreas.