Confiança da Indústria recua 4,9% em junho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas recuou 4,9% entre maio e junho, ao passar de 71,6 para 68,1 pontos, o menor nível da série histórica apurada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No segundo trimestre, o índice médio ficou 13% abaixo do trimestre anterior, uma aceleração em relação à queda de 3,2% observada no primeiro trimestre, na mesma base de comparação.

A queda do indicador atingiu 9 dos 14 principais segmentos acompanhados pela pesquisa, e foi determinada pela piora tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 5,6%, atingindo o menor nível da série mensal iniciada em outubro de 2005 (70,4 pontos). O Índice de Expectativas (IE) recuou 4,2%, passando a 65,8 pontos, o menor nível da série histórica.

O indicador que apura o grau de satisfação com o nível da demanda atual exerceu a maior influência na queda do ISA em junho, ao recuar 12% frente ao mês anterior, e atingir 58,6 pontos, o menor nível da série mensal iniciada em outubro de 2005 e o menor desde janeiro de 1992 (56,8 pontos), considerando-se o período em que a pesquisa era trimestral. A proporção de empresas avaliando o nível de demanda atual como forte diminuiu de 5,4% para 3,3% entre maio e junho, enquanto a parcela de empresas que o avaliam como fraco aumentou de 38,8% para 44,7%.

O Indicador de Emprego Previsto foi o que mais contribuiu para a queda do IE em junho, ao recuar 7,8% sobre o mês anterior, atingindo 77,3 pontos, o menor nível da série iniciada em outubro de 2005, e o menor desde outubro de 1998 (77 pontos) considerando-se a série trimestral. Houve diminuição na proporção de empresas prevendo aumento do quadro de pessoal nos três meses seguintes, de 10,4% para 8,2%, e aumento da parcela das que preveem diminuição, de 26,6% para 30,9%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu 0,8 ponto percentual (p.p.) entre maio e junho, ao passar de 79% para 78,2%, o menor nível desde abril de 2009 (78%).

“O resultado da pesquisa sinaliza que, entre março e junho, a indústria de transformação enfrentou mais um trimestre de queda da produção e de margens de lucro comprimidas. Embora os indicadores que retratam a situação presente dos negócios estejam caindo mais fortemente em junho, chama atenção a piora das expectativas, levando a um elevado grau de pessimismo em relação ao horizonte de três a seis meses”, diz Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/Ibre, em relatório.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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