Corretora estima avanço do PIB no segundo trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os sinais pra o crescimento da economia brasileira no segundo trimestre continuam sendo de aceleração em relação aos primeiros três meses do ano. Pelo menos é o que estimam os analistas da Votorantim Corretora, a partir de dados macroeconômicos já divulgados pelas autoridades.

Em relatório, os analistas estimam um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) próximo de 1% durante o segundo trimestre, a partir dos dados de indústria, comércio e do IBC-Br, já divulgados. Caso a projeção se confirme, o prognóstico para o ano é de 2%. “Para que o PIB feche o ano próximo a +1,5%, que é para onde estão convergindo as projeções mais pessimistas, seria necessário ocorrer uma recessão no segundo semestre, com uma queda trimestral média próxima a -0,5%”.

Em relatório, os analistas ressaltam que a economia doméstica tem sentido os efeitos da política econômica – considerada “mal administrada” pelos agentes -, isso tem levado a um ajuste do crescimento corrente e a uma contração do crescimento potencial. “Porém, mesmo levando em conta que o crescimento potencial é mais restrito e que o ajuste do crescimento corrente ainda está ocorrendo – sobretudo no consumo –, uma recuperação cíclica parece estar em curso”, dizem.

Para estruturar sua estimativa, a equipe de economistas da corretora afirma que os indicadores antecedentes da indústria indicam alta de +1,5% em junho (taxas referentes ao crescimento na margem, com ajuste sazonal, e já com a revisão para trás resultante da inclusão do último dado na série). “Se for confirmada esta projeção, a queda de -2% ocorrida em maio seria revisada para uma queda de -1,5% e, com isso, o crescimento no segundo trimestre seria de +1,2%, mais forte do que o crescimento de +0,6% no primeiro trimestre”, dizem.

As vendas no varejo (restrito) ficaram estáveis em maio, mas a média móvel trimestral acelerou pelo terceiro mês consecutivo. “Para junho, ainda faltam alguns indicadores antecedentes importantes, mas a informação disponível até agora indica um resultado também fraco, próximo da estabilidade. A despeito desta projeção preliminar de estabilidade em junho, o crescimento no segundo trimestre seria de +0,6%, ante uma queda de -0,3% no primeiro trimestre”, afirmam os analistas. O IBC-BR, considerado uma prévia para o PIB, caiu 1,4% em maio, após ter subido em torno de 1% nos dois meses anteriores, segundo os dados do Banco Central. As projeções preliminares para junho, com base nos números citados acima para indústria e comércio, sugerem uma alta superior a 1%. 

Quanto aos prognósticos para o segundo semestre, os agentes não veem condições para a reversão do ciclo de recuperação, que daria lugar a uma recessão. Para eles, as condições monetárias não serão altamente restritivas, a política fiscal ainda será expansiva, a confiança dos empresários ainda se mantém em patamares elevados e, por fim, a piora no mercado de trabalho será gradual. “Dessa forma, um cenário com crescimento médio trimestral em torno de 0,5% durante o segundo semestre, com o PIB crescendo próximo a 2,5% em 2013, ainda nos parece o mais provável”, ressaltam.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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