Estimativa de mercado para inflação atinge 9,12%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os agentes do mercado financeiro voltaram a elevar seus prognósticos para a taxa oficial de inflação: segundo dados do relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central, a variação estimada para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela 13ª vez seguida, passando de 9,04% para 9,12%. Para 2016, no entanto, a estimativa teve duas leves reduções seguidas. A expectativa é que no final do próximo ano o IPCA fique em 5,44%, contra 5,45% previstos na semana passada.

As estimativas para a inflação estão distantes do centro da meta que é 4,5%. Neste ano, a expectativa é de estouro até do teto da meta, de 6,5%. O próprio BC projeta inflação em 9%.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,42% para 7,51%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,32% para 7,42%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) permanece em 8,60%, este ano.

Para tentar frear a alta dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC tem elevado a taxa básica de juros, a Selic. A taxa já foi elevada por seis vezes seguidas e o BC tem sinalizado que o ciclo de alta continua. A próxima reunião do comitê está marcada para os dias 28 e 29 deste mês. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano e as instituições financeiras esperam que a taxa chegue a 14,5% ao final deste ano (projeção mantida estável pela segunda semana consecutiva). No final de 2016, a Selic deve ficar em 12,25% ao ano, seu segundo avanço consecutivo.

Já a expectativa das instituições financeiras para a retração da economia, este ano, permaneceu em 1,50%. Para o próximo ano, a projeção é de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5%, em sua segunda semana de estabilidade. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 5%, contra 4,72% previstos na semana passada, na quarta semana consecutiva de retrocesso. Em 2016, a projeção de crescimento passou de 1,35% para 1,40%. A projeção para a cotação do dólar subiu pela segunda semana consecutiva, de R$ 3,22 para R$ 3,23, e segue em R$ 3,40, no fim de 2016.

A projeção dos analistas para a dívida líquida do setor público ao fim deste ano caiu de 37,30% para 37,20%, ao passo que a variação para 2016 passou de 38,05% para 38%. A sinalização para o déficit em conta corrente em 2015 foi ajustada pela terceira semana consecutiva, de -US$ 80,65 bilhões para -US$ 80,50 bilhões. Os dados para 2016 foram alterados pela quarta semana seguida, de -US$ 73,50 bilhões para -US$ 73 bilhões.

O volume de investimento estrangeiro direto projetado para o fim de 2015 caiu de US$ 67 bilhões para US$ 66 bilhões, ao passo que os números para 2016 foram mantidos em US$ 65 bilhões pela quarta semana consecutiva. O reajuste dos preços administrados não apresentou mudanças tanto nos prognósticos para 2015 (14,90%) como para 2016 (5,96%).

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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