IBGE aumenta prognóstico para safra 2014 em 3,3%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A décima primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 194,5 milhões de toneladas, resultado superior 3,3% à obtida em 2013 (188,2 milhões de toneladas) e maior 0,5% na comparação com o levantamento de outubro de 2014, de acordo com prognósticos divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A estimativa da área a ser colhida é de 56,4 milhões de hectares, apresentou acréscimo de 6,7% frente à área colhida em 2013 (52,8 milhões de hectares) e de 0,4% em relação ao mês anterior. O arroz, o milho e a soja são os três principais produto deste grupo, que somados representaram 91,2% da estimativa da produção e responderam por 84,9% da área a ser colhida. Em relação a 2013, houve acréscimos de 935 hectares na área de arroz e de 8,4% na área da soja. O milho teve sua área a ser colhida reduzida em 0,1%. No que se refere à produção, houve acréscimos de 3,3% para o arroz, 5,6% para a soja e diminuição de 1,9% para o milho, quando comparado a 2013.

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas mostra que o Centro-Oeste continua a concentrar boa parte da safra, chegando a 83,1 milhões de toneladas, seguido pela Região Sul, com 72,2 milhões de toneladas; Sudeste, com 17,9 milhões de toneladas; Nordeste, com 15,8 milhões de toneladas e Norte, com 5,5 milhões de toneladas.

Comparativamente à safra passada, foi constatado incremento de 10,6% na Região Norte, de 31,9% na Região Nordeste e de 5,9% na Região Centro-Oeste. As Regiões Sul e Sudeste apresentaram, respectivamente, diminuição de 1,2% e 9,3% em relação à produção do ano anterior. Nessa avaliação para 2014, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,3%, seguido pelo Paraná (18,4%) e Rio Grande do Sul (15,5%), que juntos somam 58,2% do total nacional previsto.

Na avaliação por produtos, o levantamento destaca as variações dos seguintes itens ante outubro: sorgo (18,3%), feijão 3ª safra (4,4%), batata 2ª safra (1,4%), milho segunda safra (1,4%), algodão herbáceo (0,9%), trigo (-0,7%), feijão segunda safra (-1,8%) e laranja (-11,8%).

Ao mesmo tempo, 16 dentre os 26 principais produtos pesquisados apresentaram variação percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (26%), amendoim em casca segunda safra (38,8%), arroz em casca (3,3%), batata-inglesa terceira safra (31,5%), cacau em amêndoa (9,6%), café em grão – canephora (23,7%), cebola (6,7%), cevada em grão (3,8%), feijão em grão primeira safra (31,5%), feijão em grão segunda safra (2,1%), mamona em baga (216,4%), mandioca (11,1%), milho em grão segunda safra (4,2%), soja em grão (5,6%), sorgo em grão (9%) e trigo em grão (29,8%).

Os dez produtos que registraram variação negativa foram amendoim em casca primeira safra (14,8%), aveia em grão (1,9%), batata-inglesa primeira safra (0,8%), batata-inglesa segunda safra (5%), café em grão – arábica (15,8%), cana-de-açúcar (6,3%), feijão em grão terceira safra (9,6%), laranja (8,9%), milho primeira safra (10,1%) e triticale em grão (2,3%).

Os incrementos de produção mais significativos, em números absolutos, superando a 1,0 milhão de toneladas, em relação à safra 2013, ocorreram para os produtos: soja (4,610 milhões de toneladas), mandioca (2,347 milhões de toneladas), milho em grão segunda safra (1,936 milhão de toneladas) e trigo (1,701 milhão de toneladas). Nesta comparação anual, a maior variação negativa, em números absolutos, foi observada para a cana-de-açúcar (-46,494 milhões de toneladas), o milho primeira safra (-3,439 milhões de toneladas) e a laranja (-1,456 milhão de toneladas).

O instituto também divulgou seu segundo prognóstico para a safra de 2015: de acordo com os dados divulgados, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2015 foi estimada em 202,1 milhões de toneladas, 3,9% superior à safra colhida em 2014. Este aumento deve-se às maiores produções previstas para a Região Nordeste (+18,8%), Sudeste (+10,4%) e Sul (+5,2%), em face dos produtores aumentarem em 10,5% a estimativa de produção da soja, reflexo de aumentos de 2,9% na área a ser colhida e de 7,4% no rendimento médio esperado, perfazendo um total de 9,1 milhões de toneladas a mais que a safra de 2014.

Dentre os seis produtos de maior importância, analisados para a próxima safra de verão, cinco apresentam variações positivas na produção: feijão primeira safra (11,5%), amendoim (em casca) primeira safra (18,6%), soja (10,5%), arroz (em casca) 2,9% e o milho primeira safra (1,6%). Somente o algodão herbáceo apresenta queda na produção (-7,5%). Com relação à área prevista, apresentam alta o feijão primeira safra (6,1%), a soja (2,9%), o amendoim primeira safra (0,5%), o arroz (0,3%) e o milho primeira safra (0,6%) e, variação negativa, o algodão herbáceo (-7,9%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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