Instituições projetam IPCA de 10,44% em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ao fim deste ano, subiu pela 12ª semana seguida, ao passar de 10,38% para 10,44%. Para 2016, a estimativa para o IPCA também subiu: de 6,64% para 6,70%. Essas projeções fazem parte do Boletim Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central (BC).
 
Devido às dificuldades na política fiscal do governo, o BC espera que a inflação fique na meta somente em 2017. Anteriormente a expectativa era 2016. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na última quinta-feira (3), a autoridade monetária disse que adotará as medidas necessárias para trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5%, sem estourar o teto da meta (6,5%), em 2016. Para 2017, o comitê esperar fazer a inflação convergir para o centro da meta (4,5%).
 
Antes de adiar o objetivo de levar a inflação ao centro da meta, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.
 
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 10,91% para 11,04%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 10,77% para 10,80%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi ajustada de 10,32% para 10,77%, este ano. 
 
A projeção para a alta dos preços administrados passou de 17,50% para 17,65%, em 2015, e de 7,08% para 7,35%, em 2016.
 
A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia, tanto neste ano, quanto em 2016. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) este ano perdeu força pela terceira semana consecutiva, e passou de 3,19% para 3,50%, enquanto a variação para 2016 foi de 2,04% para 2,31%, em sua nona redução consecutiva.
 
A variação para a dívida líquida do setor público ao fim deste ano subiu de 35,50% para 35,55% do PIB, e seguiu em 40% do PIB em 2016, em sua segunda semana de estabilidade. Os números para o déficit em conta corrente também foram ajustados: a projeção para 2015 passou de -US$ 64,70 bilhões para -US$ 64,40 bilhões, ao passo que os dados para o próximo ano ficaram estáveis em -US$ 39,68 bilhões.
 
A projeção para o dólar permanece em R$ 3,95 pela segunda semana (média de R$ 3,39, estável pela terceira semana) ao final deste ano, enquanto a variação para o fim de 2016 em R$ 4,20, ficando estável pela sexta semana consecutiva (média caiu de R$ 4,11 para R$ 4,10).
 
A retração esperada para a produção industrial passou de -7,50% para -7,60%, ao passo que a variação para o ano de 2016 foi ajustada pela segunda semana, de -2,30% para -2,40%. Quanto ao saldo comercial, o prognóstico para o fim de 2015 foi mantido em US$ 15 bilhões, ao passo que a variação para 2016 caiu pela segunda semana, de US$ 31,68 bilhões para US$ 31,44 bilhões.
 
O investimento direto no país estimado para este ano foi ajustado de US$ 62,80 bilhões para US$ 62,60 bilhões, assim como aconteceu com os dados para 2016, que retrocederam pela segunda semana – de US$ 58 bilhões para US$ 57 bilhões.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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