Joaquim Levy diz ter “enorme afinidade” com Dilma

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (30), em São Paulo, que tem uma “enorme afinidade” com a presidenta Dilma Rousseff na visão de longo prazo da economia. “Não há nenhuma desafinação”, enfatizou, ao comentar as declarações em uma palestra na última semana, na escola de negócios da Universidade de Chicago e que foram interpretadas como uma crítica à presidenta.

Durante almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) para 600 empresários, Levy voltou a negar que tenha criticado Dilma. “A presidenta tem sido absolutamente explícita e genuína sobre seus objetivos”, ressaltou.

Segundo o ministro, na ocasião ele quis dizer que, mesmo com a vontade da presidenta, às vezes é difícil colocar em prática algumas medidas. “A gente nem sempre consegue tudo o que a gente deseja em um processo democrático, e isso é bom.”

O ministro acredita que as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo serão aprovadas pelo Congresso. “A gente tem tido sucesso em conversas que, em um primeiro momento, não pareciam que estavam encaminhadas”, informou ao explicar as negociações do governo com os parlamentares para aprovação das propostas.

De acordo com Joaquim Levy, o objetivo do governo é reduzir os próprios gastos ao patamar de 2013. “ A gente não tem discutido quantidade, quantos bilhões vamos cortar. Mas que fique claro que, com relação à programação financeira, aquele gasto que a gente pode controlar, o objetivo é trazer para o nível de 2013. Isto exigirá grande disciplina”, esclareceu.

Para o ministro, isto representa uma redução de aproximadamente 30% dos empenhos feitos pelo Executivo. Apesar de defender a redução de gastos, Levy admitiu que não será um processo simples. “Cortar na carne é importante, mas não é fácil, porque não tem muita carne.”.

Joaquim Levy ressaltou a importância do planejamento dos gastos e desonerações de tributos, de modo que as contas continuem equilibradas. “Não podemos criar novas despesas que venham a exigir novos impostos. Ou sair cortando impostos, sem ter ajustado as despesas” concluiu.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

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  1. O que a máquina da oposição á

    O que a máquina da oposição á todo vapor insiste em propagandear é que o governo “não tem projeto”; está “sem direçao”.

    Ora, só crianças grandes embarcam nessa.

    O projeto é claro: Estado indutor da infra estrutura e da redução das desigualdades. Ponto..

    Qual a dificuldade de compreender isso?

    A resposta é óbvia: a máquina de propaganda da oposição só enxerga (e quer fazer com que todos só enxerguem uma coisa) a entrega total do que resta de patrimonio público e avanço total sobre os direitos sociais. Ponto, mais uma vez.

    Repetindo: ponto; o resto é fofoca e campanha de desinformação.

    Como lembrou WGS, a direita é a direita, ora, ora!

    Será que alguém, pelo amor de deus, tem alguma ilusão de que vai convencer um Caiado, por exemplo, de que o “mais médicos” não tem nada a ver com “cubanização”!?! Adianta ‘explicar” que o contrato é com a OPAS (Instituição centenária, mais antiga até que a OMS)!?!

    É Óbvio que não, santo deus! É mais que claro que são uns tapados completos!

    É regra básica: quem é contra, é contra; quem é indeciso é que precisa ser convencido (informado)…

    Pelo amor de deus, como essa turmado Partido dos Trabalhadores chega a ser boba!

    O Fernado Brito, do tijolaço, mais uma vez disse tudo:

     

    Porque nunca entrei no PT e porque não chuto o PT na hora das dificuldades

    30 de março de 2015 | 21:56 Autor: Fernando Brito

    gelula

    Na véspera da eleição de 1989, quando a juventude ainda me permitia entrar num bar após um dia inteiro de trabalho, encontrei uma mesa de amigos jornalistas, petistas, e tivemos todas as provocações que se possa imaginar sobre quem passaria ao segundo turno para enfrentar Collor.

    A certa altura, peguei a mão de um dos mais fortemente petistas, meu amigo Fernando Paulino, e lhe disse: “sabe qual é a diferença entre nós? É que metade do PT não irá com Brizola, se ele passar ao segundo turno e a metade que virá, virá rebolando, de salto alto.” E apertei-lhe a mão, prossegui: agora se o Lula passar, nós vamos segurar na mão dele nem que seja para irmos juntos para o inferno”.

    Os fatos mostraram que foi assim e Brizola nunca faltou a Lula no momentos dos embates eleitorais decisivos. E, 2002, inclusive, isto foi causa de uma incompreensão amarga com Ciro Gomes, ao final do primeiro turno.

    O PT, quase todo, não compreendeu o trabalhismo para além do discurso de turma do pré-vestibular, com aquela história de “Carta del Lavoro”.

    A História, a porretadas práticas, abriu a cabeça de alguns, melhor assim. Aprenderam que a política se faz tanto com intenções quanto com concessões.  Com muitos erros no varejo e um grande acerto no atacado do processo histórico.

    E tudo o que criticavam no velho Getúlio se desfez na imensa vontade que têm agora, de cantar para Lula a marchinha do Francisco Alves: “Bota o retrato do velho outra vez/ Bota no mesmo lugar/ O sorriso do velhinho faz a gente se animar” (Aliás, a patrulha era tanta que só transcreviam uma das estrofes, que dizia “trabalhar”, em lugar de “se animar”.)

    Podemos e devemos discutir erros do PT, a sua natureza essencialmente udenista – que como todo udenismo se acaba como Greta Garbo no Irajá – mas não podemos deixar de ver que foi com Lula que, pela primeira vez em décadas – talvez com um pequeno momento de intervalo, na campanha das Diretas-já, que convenientemente se abortou por uma solução pessedista, com Tancredo –  o povo brasileiro se viu como coletividade e ao país como um esperança.

    Igualmente, também não fecho os olhos à natureza do PT – não a de Lula – de expressão da classe média  à qual o movimento social, mais pela figura de seu líder operário, aderiu. Isso não é, em si, nem mau nem desinteressante, porque a esquerda no Brasil sempre teve – ainda bem! – uma adesão da classe média e dos intelectuais à imensa massa popular, expressa em seus escritores, seus músicos, seus poetas, que maravilha!

    Virou moda, agora, descer a lenha no PT, inclusive por parte de gente que, com ele, viveu sua experiência de ser governo.

    O PT merece, claro, boas pauladas ideológicas, a começar por sua “vocação civilizatória” neobandeirante, que crê (ou cria) que iria “civilizar” o Brasil com sua “modernidade inclusiva”.

    Mas não vou fazer coro com a direita, no momento de dificuldades do partido, que não sabe para onde se volta e nem sabe o que vai fazer.

    Se eu tivesse de dizer algo ao PT, diria: “beba história”.

    É amargo, dói na garganta, nos deixa, paradoxalmente, sóbrios para agir com lucidez e loucos para sonhar .

    E, como há 26 anos, há gente que vai segurar firme a mão de quem fizer isso e ficar firme.

    Para desespero dos petistas “neoliberais”,  dizer que é preciso recolocar uma referência aos olhos do  povo brasileiro.

    O que está em jogo é ele mesmo: o retrato do velho, outra vez.

    É o que querem destruir.

    É o que temos de defender.

  2. Toda boa vontade do mundo contra o crescimento negativo.

    Há uma previsão de crescimento negativo de 1% para esse ano (feita pelo mercado), o efeito que isso traz – caso se confirme – sobre a população é tamanho que eu duvido que haja chance de sobrevivência do governo. Mas supondo que o governo sobreviva ao ano de 2015 haverá condições para o crescimento em 2016? Condições talvez, mas a mudança para ares mais keynesianos eu duvido que ocorra…

     

  3. Toda boa vontade do mundo contra o crescimento negativo.

    Há uma previsão de crescimento negativo de 1% para esse ano (feita pelo mercado), o efeito que isso traz – caso se confirme – sobre a população é tamanho que eu duvido que haja chance de sobrevivência do governo. Mas supondo que o governo sobreviva ao ano de 2015 haverá condições para o crescimento em 2016? Condições talvez, mas a mudança para ares mais keynesianos eu duvido que ocorra…

     

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