Nova Economia: MDIC vai investir R$ 1,5 bilhão na digitalização de PMEs

Governo também vai promover missões e incentivar desenvolvimento industrial para gerar empregos de alta renda.

O secretário do MDIC Uallace Moreira
Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A TV GGN recebeu, nesta quinta-feira (1º), Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para falar sobre as políticas industriais em andamento no governo Lula.

Moreira comentou que a pasta tem como desafio ser diferente do MDIC dos governos Lula 1 e 2, a fim de atender as atuais demandas da sociedade pós-covid, como os desafios de promoção da governança, da indústria 4.0 e da sustentabilidade.

Para tanto, um dos projetos da nova política industrial é promover o processo de neoindustrialização, com foco nas pequenas e médias empresas.

“Estamos trabalhando agora com o Senai, Sebrae e BNDES de forma muito articulada para dar uma turbinada de quase R$ 1,5 bilhão em processos de digitalização das empresas, tendo essa perspectiva de avanços tecnológicos”, afirmou o secretário.

Desafios

Para fomentar a inovação tecnológica do País, o MDIC vai criar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), composto por 18 ministérios e 21 entidades civis, para promover missões já estabelecidas no programa de governo de Lula.

Uma das prioridades do governo será o desenvolvimento de cadeias de tecnologia críticas, a exemplo da de semicondutores, visando também o avanço social dos brasileiros.

“A finalidade da política industrial é promover o desenvolvimento econômico do País. E a promoção da tem como finalidade também a geração de emprego de alta qualificação e alta renda”, continua Moreira.

De acordo com o secretário, de cada 10 empregos gerados no Brasil, sete são de baixa qualificação e a remuneração se limita a dois salários mínimos.

Tecnologia

Ainda sobre o setor de semicondutores, o secretário do MDIC comenta que os Estados Unidos oferecem US$ 52 bilhões de incentivo para o desenvolvimento desta tecnologia.

O mesmo acontece em outros países, com atrativos menores, dificultando a participação da indústria brasileira no mercado global.

Globalização para quem?

Uallace Moreira refuta a ideia ainda de que a globalização trouxe benefícios pra todos os países. Afinal, o que se viu foi a fragmentação do comércio em áreas intraregionais.

“No comércio na União Europeia, 69% é feito entre eles. No Asean, 69,5% do comércio é feito entre eles. Se a gente pegar o Nafta, 53% do comércio é feito entre eles. Quando você pega América do Sul, 26%. Por que isso? Porque é a região que mais sofreu com a desindustrialilzação”, emenda o convidado do Nova Economia.

Confira a participação de Uallace Moreira na íntegra:

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Camila Bezerra

Jornalista

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