O BNDES e a gestão do Pão de Açúcar

Do IG

BNDES vai exigir garantia de gestão brasileira no Novo Pão de Açúcar

Para garantir que a nova empresa formada pela fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour continue em mãos de brasileiros, o BNDES vai exigir algum tipo de mecanismo de proteção para que o empresário Abilio Diniz não venda sua participação, como o fez há alguns atrás para o grupo francêsCasino.

O mecanismo não seria uma golden share, instrumento normalmente utilizado para conceder ao Estado um poder especial de garantia de controle da empresa, mas essa ferramenta está sendo questionada na União Européia e provavelmente não seria aceita na negociação envolvendo os dois outros sócios do Pão de Açúcar, os franceses Casino e Carrefour.

A ideia é de se criar um mecanismo de gestão compartilhada envolvendo um acordo entre Abilio Dinize o próprio BNDES.

Essa, segundo fontes próximas à negociação, seria a principal razão para justificar a participação do BNDES no negócio. O banco quer manter o grupo supermercadista em mãos brasileiros, já que há a ameaça de, caso o Casino assuma, no ano que vem, o controle do Pão de Açúcar, como está previsto em contrato, os grandes grupos do setor no Brasil passem ser estrangeiros.

O problema, no entanto, que foi o próprio Abilio Diniz que vendeu sua participação para o Casino. O BNDES quer uma garantia de que isso não vai se repetir, caso o negócio seja fechado. 

Luis Nassif

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