Por Adriane Batata
Brasil ainda avalia como financiar exportação ao Irã
14/04 – 10:07 – Reuters
Por Shaimaa Fayed CAIRO (Reuters) – O Brasil ainda não concluiu seu plano para o financiamento de exportações ao Irã, disse na quarta-feira o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, referindo-se a uma medida que pode ampliar o envolvimento do país com Teerã, num momento em que potências ocidentais buscam novas sanções ao país.
O Brasil quer aumentar as exportações ao Irã, que chegaram a 1,2 bilhão de dólares no ano passado, puxadas por carne, aço e autopeças. Especialistas dizem, no entanto, que as exportações ao Irã na verdade são mais volumosas, pois grande parte viaja via Dubai.
Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo financiaria a exportação de alimentos para o Irã.
“Estamos discutindo a possibilidade de ter um fundo para o financiamento de exportações do Brasil para o Irã”, disse Miguel Jorge no Cairo, após discussões em Teerã nesta semana.
Questionado em entrevista à imprensa sobre uma eventual preocupação brasileira com sanções ao Irã, o ministro respondeu: “A questão deveria ser dirigida às companhias (…). Elas não estão preocupadas com a possibilidade de sanções.”
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse que a aplicação de sanções pela comunidade internacional ao Irã por conta do avanço do programa nuclear desenvolvido pela República Islâmica pode provocar uma radicalização do país persa.
O governo Lula defende a continuidade do diálogo, e não novas sanções como querem as potências Ocidentais, que suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo armas nucleares — algo que Teerã nega.
No Egito, Miguel Jorge teve uma reunião com seu homólogo local, Rachid Mohamed Rachid, que inclui a discussão de um acordo de livre comércio entre os dois países.
A fabricante alemã de veículos Daimler anunciou na quarta-feira que irá praticamente abandonar seus negócios com o Irã, o que inclui suspender um plano para a exportação de caminhões. A empresa atribuiu a decisão às políticas do governo iraniano.
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