O mercado brasileiro de automóveis viu seu mercado consumidor perder força no exterior, ao mesmo tempo em que a importação avançou de forma relativamente discreta.
Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) compilados pelo Jornal GGN mostram que, no mês de junho, a indústria automotiva exportou seus 35 países, ficando abaixo dos 43 países contabilizados no mesmo período do ano passado.
Desta forma, a variação apurada no período foi de US$ 1,226 bilhão, com destaque para as compras realizadas por Argentina (US$ 545,120 milhões) e México (US$ 435,967 milhões).
Pelo lado das importações, o país passou a importar veículos automotores de 23 países, pouco acima dos 21 países com quem negócios foram feitos em junho no passado. A variação gerada foi de US$ 1,638 bilhão.
Os destaques em termos de importação foram Argentina (US$ 325,796 milhões), China (US$ 301,771 milhões) e Eslováquia (US$ 285,426 milhões).
Mudanças no comércio bilateral
Um dos destaques negativos ficou justamente com a Argentina, que chegou a ser um dos principais destinos para os veículos brasileiros, mas que vem mantendo os patamares de 2022 ao longo deste ano – dados que, segundo a Anfavea, “já estavam aquém do potencial do mercado vizinho”.
No gráfico abaixo é possível verificar os dados do comércio de veículos com a Argentina, que despencaram de um patamar em torno de US$ 10 bilhões em janeiro de 2018 para um montante próximo de US$ 4 bilhões em julho deste ano.
Por outro lado, as exportações para a Alemanha começam a se recuperar após a queda dos negócios em 2014, quando as vendas eram de mais de US$ 2 bilhões.
Segundo a Anfavea, a importação para o mercado alemão começa a se aproximar de US$ 1 bilhão, mantendo o ritmo de recuperação inicialmente visto em janeiro de 2021.
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