Produção industrial interrompe quedas e sobe 1,4% em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Perda acumulada nos primeiros três meses do ano atinge 11,7%, segundo IBGE

Jornal GGN – A produção industrial brasileira reverteu o processo de queda registrado em fevereiro (-2,7%) e subiu 1,4% em março, na série livre de influências sazonais, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na série sem ajuste sazonal, o confronto com igual mês do ano anterior mostra que o total da indústria apontou queda de 11,4%, em março de 2016, vigésima quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a observada em fevereiro (-9,8%).

Assim, no índice para os três primeiros meses de 2016, o setor industrial assinalou redução de 11,7%. A taxa anualizada (total acumulado nos últimos doze meses) mostrou queda de 9,7% em março, a perda mais intensa desde outubro de 2009 (-10,3%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).

O crescimento mensal da indústria foi observado em todas as quatro grandes categorias econômicas e em 12 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência positiva foi registrada por produtos alimentícios, que avançou 4,6%, eliminando o recuo de 2,1% acumulado entre janeiro e fevereiro de 2016. Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (8,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,6%) e de produtos de madeira (4,2%). Com exceção da última atividade que mostrou crescimento pelo terceiro mês seguido e acumulou ganho de 13,8% nesse período, as demais apontaram taxas negativas em fevereiro último: -8%, -0,3%, -9,3% e -3,1%, respectivamente.

Entre os onze ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuou 6,5%, interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas e que acumularam expansão de 8,1%. Outros impactos negativos importantes foram observados nos setores de celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), de indústrias extrativas (-0,9%), de metalurgia (-2,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,9%) e de móveis (-4,6%).

A avaliação das grandes categorias econômicas, em relação ao mês imediatamente anterior, mostra que o segmento de bens de capital subiu 2,2%, mostrando assim a expansão mais acentuada do mês e a terceira taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período ganho de 3,1%. Tais resultados interromperam três meses de queda na produção e acumularam redução de 11,2%.

Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (0,9%), de bens de consumo duráveis (0,3%) e de bens intermediários (0,1%) também ampliaram a produção nesse mês, mas com intensidade menor do que a média nacional (1,4%). Com os resultados desse mês, o primeiro eliminou a queda de 0,6% observada em fevereiro último quando interrompeu três meses de crescimento na produção, com ganho acumulado de 0,8% nesse período; o segundo volta a crescer após registrar perda de 8,5% nos dois primeiros meses do ano; e o último mostra ligeiro acréscimo, após recuar 1,9% no mês anterior.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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