Saldo comercial em 2023 sobe 60,6%, segundo MDIC

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Comércio exterior encerra ano com saldo de US$ 98,8 bilhões, com recorde de US$ 339 bilhões no valor exportado, alta de 8,7%

Imagem de Sabine Lange por Pixabay

O comércio exterior brasileiro encerrou o ano de 2023 com saldo comercial de US$ 98,8 bilhões – superando em 60,6% o recorde anterior, que era de 2022. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços.

Ao longo do período, as exportações alcançaram US$ 339,67 bilhões, montante considerado recorde, 1,7% acima dos números de 2022. O volume exportado cresceu 8,7%, enquanto o total de firmas exportadoras subiu 2%, para 28,5 mil empresas, e os preços caíram 6,3%.

Já as importações tiveram queda de 11,7% e fecharam 2023 em US$ 240,83 bilhões. Os preços dos bens importados caíram 8,8%, enquanto o volume reduziu 2,6%.

A China foi o principal destino dos produtos brasileiros: as exportações alcançaram US$ 105,75 bilhões – aumento de 16,5% sobre 2022, e a primeira vez em que as exportações para um único parceiro comercial ultrapassam a casa dos US$ 100 bi.

As vendas para a Argentina subiram 8,9% em relação a 2022, somando US$ 16,72 bi. Para os Estados Unidos e União Europeia, houve queda de 1,5% e 9,1%, respectivamente.

Já as importações registraram queda em relação a três desses quatro parceiros: EUA (-26%), China (-12,4%) e Argentina (-8,4%). Ao mesmo tempo, as compras brasileiras da União Europeia cresceram 2,6% e totalizaram US$ 45,42 bi, com destaques França, Alemanha e Itália.

A corrente de comércio anual (exportações + importações) ficou em US$ 580,507 bilhões, 4,3% abaixo de 2022.

Setores e produtos

De acordo com o ministério, o avanço das exportações foi puxado pela agropecuária (9%) e pela indústria extrativa (3,5%), enquanto as vendas totais da indústria de transformação tiveram queda de 2,3%.

Os produtos que mais se destacaram em termos de crescimento de vendas externas foram animais vivos, milho, soja, minérios, açúcares, alimentos para animais e instalações e equipamentos de engenharia civil.

O continente asiático, maior comprador dos produtos brasileiros em 2023, importou principalmente soja, milho, açúcar, minério de ferro e óleos brutos de petróleo.

Quanto às importações, houve queda nos três setores, sendo 21% na agropecuária, 27% na indústria extrativa e 10% na indústria de transformação. Os principais recuos foram nas compras de trigo e centeio, milho, látex, batata, carvão, petróleo, gás natural, combustíveis e adubos e fertilizantes, entre outros.

Dezembro tem superávit de US$ 9,36 bilhões

Já os dados de dezembro apontam exportações de US$ 28,839 bilhões e importações e US$ 19,479 bilhões, com saldo positivo de US$ 9,36 bilhões e corrente de comércio de US$ 48,318 bi.

As exportações cresceram 9,5% sobre dezembro de 2022, com crescimento nos três setores: agropecuário (13,7%), indústria extrativa (8,9%) e indústria de transformação (8,6%).

Já as importações caíram 10,7% no total em dezembro. A queda foi de -21,7% na Agropecuária, -54,1% na Indústria Extrativa e -6% na Indústria de Transformação.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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