Setor industrial recua 3,6% ante julho de 2013

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – A indústria brasileira encerrou o mês de julho com uma redução de 3,6% em seu volume de produção no comparativo com o visto em igual mês do ano passado, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos apontaram redução na produção.

 Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 22,8%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas relevantes vieram da redução na produção de metalurgia (-9%), de produtos de metal (-13,2%), de máquinas e equipamentos (-7,9%), de produtos de borracha e de material plástico (-10,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%) e de produtos alimentícios (-1,2%).

Entre as dez atividades que aumentaram a produção, os principais impactos foram observados em indústrias extrativas (5,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,2%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (8,9%), impressão e reprodução de gravações (20,5%) e outros equipamentos de transporte (9,8%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-13,7%) assinalou a queda mais acentuada entre as grandes categorias econômicas durante o mês de julho. Os segmentos de bens de capital (-6,4%) e de bens intermediários (-3,6%) registraram os demais resultados negativos nesse mês, enquanto o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis, com expansão de 0,6%, apontou a única taxa positiva.

O setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 13,7% no índice mensal – embora este tenha sido o quinto resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, ele apresentou menor intensidade do que no mês anterior (-33,7%). De acordo com o IBGE, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-25%), seguido por eletrodomésticos da “linha marrom” (-14,7%), por conta da menor produção de televisores, de outros eletrodomésticos (-9,8%) e de móveis (-6,3%). Por outro lado, as principais influências positivas foram observadas no grupamento de eletrodomésticos da “linha branca” (6,2%) e em motocicletas (15,5%).

O segmento de bens de capital recuou 6,4% em julho, e assinalou seu quinto resultado negativo consecutivo no índice mensal, mas com queda bem menos intensa do que a verificada no mês anterior (-21,1%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo recuo observado na maior parte dos seus grupamentos, com destaque para a redução de 18,6% de bens de capital para equipamentos de transporte, seguido por bens de capital para fins industriais (-9,9%), agrícola (-9,2%) e para construção (-13,9%), enquanto bens de capital de uso misto (30,6%) e para energia elétrica (7,6%) apontaram os resultados positivos em julho de 2014.

A queda na produção de bens intermediários (-3,6%) registrou seu quinto resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior, e foi explicada principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,9%), metalurgia (-9%), produtos de metal (-15,4%), produtos de borracha e de material plástico (-11,5%), máquinas e equipamentos (-9,4%), produtos de minerais não-metálicos (-4%), produtos alimentícios (-2,1%), outros produtos químicos (-2,2%) e produtos têxteis (-3,5%).

As pressões positivas foram assinaladas por indústrias extrativas (5,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5%) e celulose, papel e produtos de papel (0,6%). Vale citar os resultados negativos registrados pelos grupamentos de insumos para construção civil (-7,6%), que registrou a quinta queda consecutiva nesse tipo de comparação, e de embalagens (-2,6%), após também recuar em junho último (-3,6%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, ao avançar 0,6% em julho de 2014, apontou o único resultado positivo entre as grandes categorias econômicas e reverteu o recuo de 3,2% do mês anterior. O desempenho nesse mês foi influenciado em grande parte pelo crescimento vindo dos grupamentos de outros não-duráveis (9,7%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (0,2%). Os grupamentos de semiduráveis (-4,6%) e de carburantes (-4,0%) assinalaram os resultados negativos nesse mês.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador