Setor produtivo critica decisão do Copom

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Provocada pela resistência da inflação em cair, a nova alta da taxa Selic – juros básicos da economia – eleva os custos para o setor produtivo, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
 
Em comunicado, a entidade voltou a defender o corte de gastos públicos para ajudar a conter os preços sem a necessidade de novas elevações nos juros. Em reunião encerrada na última quinta-feira (2), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar a Selic de 10,75% ao ano para 11% ao ano, o maior patamar registrado desde 2011.
 
Na avaliação da CNI, a contenção do ritmo de crescimento das despesas do governo ajudaria a segurar a inflação sem impor custos exclusivamente ao setor produtivo. “Isso [a desaceleração dos gastos públicos] minimizaria os efeitos negativos da alta dos juros na atividade industrial. A opção única pelo incremento da Selic para tentar trazer o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] para o centro da meta faz com que os custos do ajuste recaiam integralmente no setor produtivo”, criticou a entidade.
 
Segundo a confederação, o IPCA, índice oficial de inflação, acumulado em 12 meses está próximo ao teto da meta, de 6,5%, para 2014. Para a CNI, as pressões inflacionárias continuam fortes por causa de fatores que não dependem exclusivamente dos juros, como o fim da desoneração da tarifa de energia, o repasse atrasado da alta do dólar para os preços e a resistência dos preços dos serviços.
 
“O IPCA encontra-se sistematicamente acima da meta, e as previsões para o ano se deterioraram desde a última reunião do Copom. As expectativas apontam para um IPCA em torno de 6,30% em 2014, valor muito próximo ao teto do objetivo definido pelo governo, de 6,50%”, destacou a CNI.
 
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou mais uma vez o aumento na taxa básica de juros (Selic). “A economia segue em marcha lenta e nova alta de juros só servirá para retardar ainda mais a retomada, com a [condição] agravante de que os juros estão subindo e as expectativas de inflação não caem”, disse o presidente da federação, Paulo Skaf, em nota.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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