Vencimento de opções e dados externos puxam ritmo da bolsa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Depois da queda de 2,34% registrada na sexta-feira (12), a bolsa de valores começou a semana em alta, auxiliada pela queda do dólar, pela divulgação de dados econômicos melhores nos Estados Unidos e na China e pelo exercício de opções sobre as ações.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou as negociações de segunda-feira em alta de 2,65%, aos 46.738 pontos e com um volume negociado de R$ 7,527 bilhões, sendo que aproximadamente R$ 2,18 bilhões representaram o exercício de opções sobre ações. Com isso, a bolsa acumula uma desvalorização mensal de 1,51%, enquanto a perda em 2013 chega a 23,32%.

Na visão dos analistas Bruno Piagentini e Marco Aurélio Barbosa, da corretora Coinvalores, muito do que se viu no pregão foi decorrente da interpretação da série de dados econômicos divulgados na China, com destaque para o avanço de 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto) do país durante o segundo trimestre. “[O resultado] foi como uma certa dose de tranquilidade. O mercado estava muito preocupado com esse número, dadas as recentes declarações do ministro das Finanças, que deu a entender que a China pode crescer abaixo de 7,5%”. Segundo informações da agência de notícias EFE, o ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, estimou um crescimento de 7% para a economia chinesa em 2013, mas não descartou que a meta de 7,5% traçada pelo governo seja alcançada.

“Com relação aos outros números chineses, eles vieram em linha com a expectativa, principalmente no que diz respeito à produção industrial – embora os dados não tenham sido muito animadores, estão em linha com o que a gente esperava devido à mudança da diretriz de crescimento do país”. De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China, a produção industrial subiu 8,9% em junho em relação ao mesmo período de 2012, pouco abaixo dos 9,1% estimados pelo mercado. Também foram divulgados dados dos Estados Unidos que, na visão dos analistas, ajudaram a reforçar o contexto de recuperação da economia do país e não trouxeram grandes novidades.

A volatilidade registrada na bolsa brasileira também esteve relacionada ao vencimento de opções sobre as ações, que inclusive afetou o ritmo do pregão na última sexta-feira, por conta da formação de preços e da briga entre comprados e vendidos. “A agenda brasileira não teve grande expressão, mas o mercado também acompanhou a sinalização de que o (relatório) Focus (elaborado pelo Banco Central a partir de consultas a diversas instituições financeiras) está revisando a expectativa de crescimento para baixo”, ressaltam os analistas.

Por conta dos dados divulgados nos Estados Unidos e na China, muitos investidores acabaram por desmontar suas posições de hedge (proteção) assumidas na sexta-feira, fazendo com que a cotação do dólar perdesse força e encerrasse o dia em queda de 1,68%, a R$ 2,2290, segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado. Essa foi a maior retração apurada em um dia desde maio do ano passado – foi maior do que a verificada em outras moedas ligadas a commodities.

A agenda de indicadores desta terça-feira (16) será um pouco mais pesada, com destaque para os dados a serem divulgados nos Estados Unidos, como produção industrial, capacidade instalada, confiança do consumidor e o comportamento do mercado imobiliário, dado que é um dos indicadores acompanhados pelo Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) para a decisão de corte do pacote de ajuda à economia. No Brasil, foco para o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10), o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) e o índice de confiança industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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