Jornal GGN – O senador Davi Alcolumbre (DEM) tem estado em pé de guerra com o Palácio do Planalto há algum tempo, e o ponto de partida para o embate é o controle dos recursos do chamado orçamento secreto.
Alcolumbre chegou a controlar a partilha dos recursos quando foi presidente do Senado Federal, no ano passado. Na ocasião, chegou a enviar pelo menos R$ 320 milhões para o seu Estado, o Amapá.
Por conta disso, o Amapá foi quem mais recebeu proporcionalmente dinheiro gerado pelas verbas de emendas do relator – sistema criado pelo governo Bolsonaro para dificultar a fiscalização dos recursos federais.
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Privado da influência sobre as indicações orçamentárias, Alcolumbre se afastou do Palácio do Planalto – segundo o jornal O Globo, isso ocorreu devido ao encaminhamento de grandes quantias de dinheiro por senadores da oposição, além do senador ter deixado a presidência do Senado.
Senadores ouvidos pelo jornal dizem que a articulação passou a ser de responsabilidade dos ministros Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Ciro Nogueira (Casa Civil).
Entretanto, Alcolumbre assumiu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, em represália, tem se recusado em agendar a sabatina de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF).
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