O governo de São Paulo, encabeçado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), instalou um aplicativo escolar em celulares de professores e alunos da rede estadual sem qualquer autorização dos donos dos aparelhos, desde a última terça-feira (8). Os usuários denunciaram a ação por meio das redes sociais.
Segundo a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc), comandada pelo empresário da área de tecnologia Renato Feder, o aplicativo Minha Escola SP, que contém dados pessoais, notas e frequência escolar dos alunos, foi instalado indevidamente no celular de quem já havia logado no sistema.
“A falha ocorreu durante um teste promovido pela área técnica da pasta em dispositivos específicos da Seduc“, afirmou a pasta, que abriu um processo administrativo para apurar o caso.
Ainda não se sabe quantos aparelhos celulares foram atingidos, mas a instalação sem autorização ocorreu em aparelhos com sistema operacional Android, do Google.
“Assim que identificou o equívoco que levou à instalação do app em dispositivos conectados às contas Google institucionais, a reversão foi acionada com o envio de solicitações para exclusão do aplicativo“, disse a secretária.
Em tese, a prática viola a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP), uma vez que instalado o aplicativo pode ocorre a autorização de acesso a outros dados contidos nos celulares.
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Caso paraense
Vale ressaltar, que a mesma situação ocorreu no ano passado com a rede de ensino do Paraná, quando Renato Feder era secretário da Educação paranaense.
À época, a justificativa foi que o programa havia sido colocado em uma área errada no painel de administrador do Google, o que causou a instalação em massa da plataforma.
Livros digitais
Empresário de tecnologia, Feder chegou a anunciar que, a partir de 2024, os estudantes dos 6º ao 9º ano do ensino fundamental só teriam acesso a material de estudo digital ou invés dos livros didáticos enviados pelo Ministério da Educação (MEC).
A ação foi duramente criticada e pasta recuou da proposta.
Com informações da Folha de S. Paulo.
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Há os que nascem para Federer. Outros nascem para Feder mesmo. Multilaser não é aquela empresa que patrocinou o VTNC à Dilma na abertura da Copa? Pelo visto, em SP há agora a Secretaria da Falta de Educação, em todos os sentidos.