Governo de SP instala APP em celulares de professores e alunos sem autorização

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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A mesma situação ocorreu no Paraná, quando o atual secretario da Educação de SP comandava a pasta paranaense

Foto: Reprodução

O governo de São Paulo, encabeçado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), instalou um aplicativo escolar em celulares de professores e alunos da rede estadual sem qualquer autorização dos donos dos aparelhos, desde a última terça-feira (8). Os usuários denunciaram a ação por meio das redes sociais.

Segundo a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc), comandada pelo empresário da área de tecnologia Renato Feder, o aplicativo Minha Escola SP, que contém dados pessoais, notas e frequência escolar dos alunos, foi instalado indevidamente no celular de quem já havia logado no sistema. 

A falha ocorreu durante um teste promovido pela área técnica da pasta em dispositivos específicos da Seduc“, afirmou a pasta, que abriu um processo administrativo para apurar o caso.

Ainda não se sabe quantos aparelhos celulares foram atingidos, mas a instalação sem autorização ocorreu em aparelhos com sistema operacional Android, do Google. 

Assim que identificou o equívoco que levou à instalação do app em dispositivos conectados às contas Google institucionais, a reversão foi acionada com o envio de solicitações para exclusão do aplicativo“, disse a secretária.

Em tese, a prática viola a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP), uma vez que instalado o aplicativo pode ocorre a autorização de acesso a outros dados contidos nos celulares. 

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Caso paraense

Vale ressaltar, que a mesma situação ocorreu no ano passado com a rede de ensino do Paraná, quando Renato Feder era secretário da Educação paranaense.

À época, a justificativa foi que o programa havia sido colocado em uma área errada no painel de administrador do Google, o que causou a instalação em massa da plataforma.

Livros digitais

Empresário de tecnologia, Feder chegou a anunciar que, a partir de 2024, os estudantes dos 6º ao 9º ano do ensino fundamental só teriam acesso a material de estudo digital ou invés dos livros didáticos enviados pelo Ministério da Educação (MEC).

A ação foi duramente criticada e pasta recuou da proposta.

Com informações da Folha de S. Paulo.

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Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. Há os que nascem para Federer. Outros nascem para Feder mesmo. Multilaser não é aquela empresa que patrocinou o VTNC à Dilma na abertura da Copa? Pelo visto, em SP há agora a Secretaria da Falta de Educação, em todos os sentidos.

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