Por que vai haver segundo turno, por Helena Chagas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Por Helena Chagas 

Em Os Divergentes

A possibilidade de encerrar a eleição presidencial no primeiro turno é um sonho de uma noite de verão para os bolsonaristas. Um comparativo com as seis últimas eleições presidenciais mostra que Jair Bolsonaro teria que tomar muito Nescau para engordar nesses dois dias para que isso acontecesse. Hoje, o candidato do PSL tem 38% dos votos válidos. Em 2014, por exemplo, Dilma tinha 42% dos votos válidos no primeiro turno, contra 24% de Aécio Neves.

“Em 2014, nunca ninguém disse, de qualquer lado do espectro político, que a eleição tinha a possibilidade de ser decidida no primeiro turno. Está havendo agora um claro viés de interpretação dos dados”, diz o professor Alberto Carlos Almeida, que fez o estudo comparativo entre as eleições.

Em 2010, a mesma Dilma Rousseff saiu do primeiro turno com 47% dos votos válidos e teve que disputar a segunda rodada com José Serra. Caso semelhante ao de Lula em 2006, quando foi obrigado a disputar o segundo turno com Geraldo Alckmin depois de obter 49% dos votos válidos no primeiro.

Almeida aponta ainda outras razões pelas quais aposta que a eleição não acaba no primeiro turno. A soma do terceiro e quarto lugares (Ciro e Alckmin) ainda é alta: 22%. E os demais candidatos também pontuam razoavelmente. O percentual de votos válidos de cada um só fica abaixo de 1% a partir do décimo colocado, diferentemente do que ocorreu em todas as eleições anteriores.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Os búzios

    Os votos de Haddad , mais os votos dos indecisos, mais os votos da Marina , os votos do Ciro(no segundo turno será PT desde criancinha) e mais os votos dos outros partidos de esquerda. darão a vitória ao petista. A surpresa, se houver,  será o Nordeste . Aí…

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