O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, está em viagem pela América Latina e declarou que busca uma conclusão rápida das conversas em torno do fechamento de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
Em entrevista coletiva realizada na Argentina, Scholz afirmou que as possibilidades que poderiam vir via acordo de livre comércio entre os blocos são “particularmente significativas”.
O acordo com o Mercosul também seria uma forma de a Alemanha reduzir sua dependência da China de fornecimento de minérios necessários para o processo de transição energética.
A comitiva de Scholz conta com aproximadamente uma dúzia de executivos, incluindo chefes de empresas ligadas à produção de energia e de cobre.
Visita ao Brasil
O chanceler chega ao Brasil nesta segunda-feira, quando será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em pauta, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, além da liberação de recursos para o Fundo Amazônia, interrompidos durante a gestão Bolsonaro.
Ao mesmo tempo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se reunirá com empresários brasileiros e alemães e com a ministra da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze.
Com Sputnik News Brasil e Agência Brasil
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Não dá pra cair nesse canto de sereia, seja ele da Alemanha ou de quem quer que seja. O que acontece na Ucrânia mostra até que ponto vão as disputas geopolíticas e geoeconômicas por parte dos principais atores internacionais. Estão corretamente preocupados com seus futuros e não estão nem aí para os interesses dos países sul-americanos. Só eles querem sair ganhando nessa “disputa” com a China e outros países. O que desejam é continuar explorando o subdesenvolvimento dos membros do MERCOSUL. Seu interesse é minérios a preço de banana, sem nenhuma contrapartida justa e adequada aos interesses dos países associados ao bloco. Espera-se que nem o Brasil nem os demais se deixem seduzir, afinal há quanto tempo esse acordo está sendo negociado. Qual foi o esforço por parte da Europa em oferecer alguma generosidade, sabendo que tem sempre a vantagem. É preciso haver vantagens para os dois lados, ou no caso de soluções bilaterais com a Alemanha ganhos para as duas partes de acordo com os objetivos de cada um. Existem muitas coisas em jogo em relação ao futuro de cada povo e não se pode ceder, atendendo o interesse dos outros abrindo mão dos próprios interesses.