EUA se autoderrotam na Ucrânia

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Enviado por Almeida

Traduzido do The Saker

A ‘fuga para adiante’: e EUA se autoderrotam na Ucrânia
 

Os últimos dias viram impressionante aceleração nos desenvolvimentos, que criou situação totalmente nova. Em termos simples e claros, ocorreram os três seguintes importantes eventos:

1) Em Kiev, uma insurreição armada derrubou presidente eleito e substituiu-o por um regime revolucionário.

2) A Crimeia rompeu completamente com o resto da Ucrânia.

3) Uma insurreição contrarrevolucionária começou no leste da Ucrânia.

A situação no leste da Ucrânia é complexa, e não quero tratar disso nesse momento. Aqui, me proponho a re-fixar alguns fatos bem sabidos, organizá-los e fazer um exercício básico de “contrastar e comparar” os dois regimes/entidades bem claramente definidos que passaram a formar a Ucrânia: o regime revolucionário em Kiev (daqui em diante, a fórmula abreviada RRKiev); e o regime secessionista na Crimeia (daqui em diante, a fórmula abreviada RSCrimeia).

Acho que esse exercício nos permitirá apreciar as decisões tomadas pelos diferentes governos, de apoiar um lado ou o outro, e nos fornecerá, espero, itens para discussão útil. Por fim, repito que só considerarei fatos bem sabidos e tentarei não fazer nenhuma afirmação excessivamente carregada de minhas opiniões pessoais, o que deixarei para a conclusão.

Comparemos, então o RRKiev e o RSCrimeia, por um conjunto básico de critérios.

1) Bases legais do regime:

RRKiev: chegou ao poder mediante derrubada violenta do último presidente legalmente eleito. Em seguida, um autodesignado grupo de ativistas políticos distribuiu entre eles os principais cargos do governo e foi à praça Maidan para obter a aprovação da multidão ali reunida. Alguns nomes parecem ter sido aprovados, outros foram vaiados, mas todos foram declarados aprovados. Não se sabe quantas pessoas havia naquele momento na praça Maidan, nem se alguém tem qualquer informação sobre quem estava ali.

RSCrimeia: chegou ao poder depois de declarar pacificamente que as autoridades locais assumiriam temporariamente todas as funções locais da autoridade federal que, naquele momento, já havia sido derrubada pelo RRKiev. Em algumas cidades, os ex-prefeitos nomeados pelo regime de Yanukovich foram substituídos por locais, também eleitos por aclamação de massas nas praças.

2) Legalidade das respectivas decisões:

RRKiev: Dado que o ex-presidente fugiu, mas nunca renunciou, nenhuma das decisões do RRKiev são legais, nem pela velha Constituição, nem pela nova.

RSCrimeia: O ato de assumir os poderes das autoridades federais foi ilegal; mas, considerando-se que a autoridade federal naquele momento já não existia, pode-se ver aí um caso de “força maior”.

3) Apoio popular:

RRKiev: segundo muitos relatos, o RRKiev tem apoio da maioria no oeste da Ucrânia, na Ucrânia central, incluindo Kiev, e na Ucrânia norte-central; e tem apoio de uma minoria em algumas partes do leste da Ucrânia. Em outras palavras, e considerando a densidade populacional,[1] é altamente improvável que mais de 50% da população, nas áreas controladas pelo RRKiev, realmente apoie o regime.

RSCrimeia: Pela minha estimativa, a vasta maioria dos falantes de russo na Crimeia apoiam o RSCrimeia, algo da ordem de 95% ou mais; e acredito que considerável maioria dos tártaros também o apóiam. Mas, ainda que se assuma oposição de 100% dos tártaros e 15% de oposição entre falantes de russo e ucraniano, mesmo assim se tem nada menos que 75% de apoio ao RSCrimeia.

4) Patrões estrangeiros:

RRKiev: seja qual foi o grau de apoio popular ao RRKiev na parte da Ucrânia que controla, não há nenhuma dúvida de que os seus líderes políticos foram nomeados, basicamente, pelos EUA (foi o que disse a sra. Nuland). Além disso, também sabemos que os EUA gastaram 5 bilhões de dólares para derrubar o governo de Yanukovich. Quanto às gangues armadas que gradualmente encheram a praça Maidan, há vários relatos de que se tratava de grupos especialmente treinados do chamado Setor Direita, treinados nos estados do Báltico, na Polônia e no Canadá. Em outras palavras, o RRKiev é, da cabeça aos pés, invenção do ocidente.

RSCrimeia: pode-se especular sobre o que teria acontecido, se os militares russos não interviessem na Crimeia; mas o fato é que, sim, intervieram. Há fortes evidências de que os ‘misteriosos’ homens armados que apareceram repentinamente na Crimeia sejam parte das Forças Especiais russas, Spetsnaz GRU,[2] provavelmente a 3ª Brigada Independente Spetsnaz, que tem base na cidade de Toliatti, possivelmente suplementada com elementos da 15ª brigada ou da 31ª divisão de pacificadores. Em outras palavras, o RSCrimeia é plenamente apoiado pela Rússia, a qual também prometeu apoio financeiro.

5) Ideologia:

RRKiev: ninguém nega que o Partido Liberdade e o Setor Direita são neonazistas e racistas. Os demais partidos que apoiam o RRKiev podem ser descritos como “nacionalistas”, mas nacionalistas do tipo que não se incomodam de trabalhar de mãos dadas com neonazistas (ambos, Tiagnibok e Iarosh receberam posições de destaque no novo governo).

Nessa campo, também chama a atenção que as primeiras duas leia (ilegalmente) implantadas pelo (ilegal) “Parlamento (Rada) revolucionário foram leis para reautorizar a propaganda do fascismo, uma; e para revogar o status do russo como idioma oficial (agora, o RRKiev já “revogou essa revogação”), a outra. Os comícios dos nacionalistas estão cheios de fotos de Stepan Bandera e de símbolos neonazistas, que os ditos “moderados” não removem. O objetivo desses é uma Ucrânia unitária, à imagem e semelhança do oeste da Ucrânia.

RSCrimeia: não tem qualquer ideologia clara, absolutamente nenhuma. Não é insensato supor que alguns de seus apoiadores sejam comunistas, mas de modo algum significam alguma maioria. É movimento claramente pró-Rússia, o que implica que podem ser rotulados simultaneamente de “capitalistas” (a Rússia é sociedade capitalista e, possivelmente, de “putinistas”, embora isso não esteja, de modo algum, confirmado. O seu objetivo é uma Crimeia multiétnica, que viva como estado soberano numa confederação ucraniana.

6) Prognóstico:

RRKiev: muito depende da situação no leste da Ucrânia, onde parece estar ganhando poder e decisão uma insurreição contra o RRKiev, o que pode levar a uma verdadeira guerra civil. Mas mesmo assumindo que nada aconteça no leste, o próprio Iatseniuk já disse claramente que não há dinheiro algum, e que todo o seu governo é um “governo kamikaze”. O RRKiev não tem exército, nem política, nem nada e ninguém para garantir a lei e a ordem. A Rússia interromperá o apoio financeiro ao RRKiev e só venderá gás russo ao preço ‘sem desconto’. Nesse ponto, uma explosão social é simplesmente inevitável. Já há falta de bens de consumo por todos os lados e muitas empresas e lojas permanecem fechadas.

RSCrimeia: a RSCrimeia tem absoluto monopólio do poder na Crimeia; e, graças às muitas deserções que aconteceram nas últimas 24 horas, a RSCrimeia já tem exército, polícia própria, forças especiais próprias (Berkut) e já tem até seu próprio serviço de segurança (o Serviço de Segurança da Ucrânia na Crimeia mudou de lado). Não só a Rússia prometeu ajudar financeiramente a RSCrimeia, como, também a RSCrimeia tem fonte garantida de recursos graças ao aluguel, à Rússia, das bases da Frota do Mar Negro e graças, também, ao fluxo intenso de ricos turistas russos (cerca de 6 milhões deles, por ano). Hoje, na Crimeia, todas as lojas e restaurantes estão abertos, funcionando normalmente, e os negócios prosseguem como sempre, sem qualquer sinal de tensões sociais.

Agora, consolidemos tudo isso:

– Os EUA e a União Europeia apostaram todo o próprio peso e toda a sua credibilidade política num regime que:

1) É ilegal e chegou ao poder mediante violência.
2) Não tem qualquer direito para ‘aprovar’ lei alguma.
3) Cujo apoio popular é, na melhor das hipóteses, muito duvidoso.
4) Que é, da cabeça aos pés, invenção do ocidente.
5) Cuja ideologia é basicamente neonazista e/ou nacionalista fanática.
6) O qual, aconteça o que acontecer, está condenado ao desastre.

– A Rússia apostou todo o próprio peso e toda sua credibilidade política num regime que:

1) Tem instrumentos para demonstrar a própria legalidade, pelo menos no território que controla.
2) Que foi forçado a temporariamente extrapolar os próprios direitos legais.
3) Que claramente conta com pleno apoio da maioria da população.
4) Que pode contar, integralmente, com o poder bélico russo para sua proteção.
5) Cuja ideologia é social/liberal e pluralista.
6) Que tem todos os meios necessários para ser bem-sucedido.

Pelo acima exposto, entendo que é inegável que o ocidente não está apenas apoiando o lado errado; a decisão do ocidente é não só absolutamente imoral: também é espantosamente estreita, de visão curta e deformada.

O que temos aí, na atitude do ocidente é caso claro do que se conhece como “fuga para adiante”: alguém faz algo clara e obviamente mal feito; na sequência, assustado ante o que fez, com medo das consequências, em vez de parar e retroceder, decide acelerar e continuar adiante, com ainda mais velocidade.

Diferente disso, a decisão dos russos não é só moralmente correta: ela é também pragmaticamente correta. Mas, aí, há mais do que simples pragmatismo.
Já escrevi há alguns dias[3] que, para os EUA, destroçar a Ucrânia é um meio de não entregá-la à Rússia. É lógica parecida com a da Guerra Fria, jogo de soma zero e um modo de obrigar a Rússia a pagar por manter-se independente do Império Anglo-sionista. Além disso, é crise claramente ‘opcional’ para os EUA, conflito que realmente não tem qualquer impacto na segurança nacional dos EUA. Para a Rússia isso é bem diferente.

Para a Rússia, o conflito na Ucrânia tornou-se questão existencial. Durante 20 anos a Rússia lidou com regimes ucranianos corruptos, oligárquicos, pró-ocidente e anti-Rússia, que chantagearam a Rússia e a Europa nos negócios dos gasodutos e que imprimiam selos com a efígie de Stepan Bandera (que Yushchenko tornou “herói da Ucrânia”). Mesmo quando a Ucrânia enviou neonazistas para apoia Rússia nada fez além denunciar os golpes (nenhum ocidente ‘democrático’ deu-lhe ouvidos). Mas, quando ficou claro que milhões de russos e de ucranianos falantes de russo estavam sendo ameaçados por neonazistas, e que, se não houvesse reação, seria inevitável um banho de sangue no leste da Ucrânia, a Rússia decidiu agir: não só para proteger seus cidadãos, ameaçados noutro país; também para se autoproteger.

Há outro fenômeno também em andamento. Diferentes dos EUA e da Europa, os russos tem memória muito mais longa. Enquanto no ocidente ninguém sequer se dá ao trabalho de lembrar-se disso, os russos nunca esquecem a promessa feita a Gorbachev, de que a OTAN não se moveria para o leste; os russos lembram-se dos EUA bombardeando e invadindo a Bósnia e o Kosovo; os russos lembram que o ocidente apoiou dos wahabistas chechenos e oligarcas judeus como Berezovsky; que o ocidente deu integral apoio ao ataque de Saakashvili contra as tropas de paz russas e o povo da Ossetia Sul; lembram-se da instalação de mísseis cercando a Rússia; lembram a guerra contra a Líbia; nunca esquecem o massacre da Síria, patrocinado por EUA e União Europeia. E, como um comentarista disse ontem: “dessa vez não se trata de sírios nem de ucranianos. Agora é conosco, trata-se de nós. Nós somos os próximos, na fila.”

Alguém escreveu, nos Comentários abaixo, que dei importância demasiada à decisão unânime na Duma e no Conselho da Federação Russa, de autorizar o uso da força, porque esses órgãos são controlados pelo Kremlin e apenas sacramentam tudo que Putin diga.

Primeiro, embora haja alguma verdade aí, não é absoluta e completa verdade. E esse tipo de argumento ignora, ou passa sem ver, a força da insatisfação crescente, até da ira, com que aqueles políticos reagiram, mais como resposta ao Kremlin, do que como se tivessem recebido ordens. Portanto, quando escrevi que “a Rússia está pronta para a guerra”,[4] eu não exagerei.

É verdade que, no grande público, ninguém acredita que haverá guerra: a maioria dos russos acha que Obama, Merkel & Co. correrão espavoridos, no instante em que Putin mostrar-lhe os dentes. Mas não é essa a opinião, nem do Kremlin nem do Alto Governo russo. Esse pessoal SABE que muitas guerras podem começar pelas razões erradas, que o uso da força é sempre perigoso, que antes de usar força militar é indispensável pesar cada uma e todas as possíveis consequências, que todos os efeitos têm de ser cuidadosamente calculados e avaliados.

Eles sabem também que Obama é o pior e mais incompetente presidente da história dos EUA, e que eles não podem, em momento algum, pressupor que ele fará a coisa racional, pragmática, mesmo que só no interesse dele e dos EUA.

Não tenho dúvida alguma de que, quando os militares russos tomaram a decisão de dizer a Putin “podemos fazer”, eles já tinham analisado detidamente até a improvável possibilidade de uma resposta militar dos EUA/OTAN, fosse para proteger o regime em Kiev, ou mesmo na Crimeia (onde, no passado, uma coalizão internacional liderada por potências Anglo já atacou a Rússia).

Os russos não fazem coisas como mandar seus Marines para Beirute ou para a Somália. Se usam força militar comprometem-se com o que fazem. Nesse caso, é óbvio que entenderam que não tinham outra escolha além de traçar linha muito grossa e clara na areia, para impedir qualquer tipo de agressão norte-americana ‘por procuração’.

Obama e os neocons:

Vários e-mails sugeriam que os neocons impuseram essa situação a Obama, que não precisa de nada disso. Não discordo completamente dessa versão. Todos sabemos que os Republicanos negociaram com os iranianos pelas costas de Carter; todos sabemos que os Republicanos muito se orgulham de sua tradição de não dar importância a legalidades. E, de fato, o próprio governo de Obama está cheio de neoconservadores.

Mas nada disso pode servir como desculpa.

Ainda que Obama se tivesse deixado prender, refém de uma operação comandada pelas costas dele, nem por isso tinha de agir como perfeito covarde e apoiar a operação, quando afinal apareceu à vista de todos. Sim, sei que Kennedy foi assassinado porque, dentre outras coisas, não apoiou a ação da Baía dos Porcos. E daí?! Isso só comprova o meu ponto: Kennedy não era covarde sem espinha dorsal; e isso, precisamente, é o que Obama é. Como também são a Merkel, Hollande e o resto da União Europeia.

E assim vemos os tais 1%, sempre ativos: reuniões de emergência no quartel-general da OTAN, condenações à Rússia no G7, Kerry a fazer mais ameaças por televisão e Powers, na ONU. Todos eles estão em surto de fuga para adiante. Têm esperanças de que, quanto mais palavras disserem, quanto mais altos e grandiloquentes as ‘declarações’ que façam, melhor, até que alguma coisa se altere em campo. Nada se alterará. Esses rituais supersticiosos, esse pensamento mágico, não funciona na vida real.

Agora, há duas possibilidades: ou começa uma guerra civil no leste da Ucrânia, ou o RRKiev entra simplesmente em colapso e desaparece no ar (possibilidade muito real).  Afinal, o que pode fazer sem dinheiro e sem recursos básicos? Cantar o hino da Ucrânia e culpar Moscou por tudo? Não parece ser bom projeto ou programa.

Por mais que a imprensa-empresa sionista ocidental dedique-se a esconder esse fato, ninguém – quero dizer NINGUÉM, mesmo – no novo regime tem qualquer ideia sobre o que fazer para enfrentar os problemas atuais. Até agora, o melhor que conseguiram foi nomear um oligarca multibilionário para governar o leste e o sudeste da Ucrânia. Vejam, por exemplo, essa manchete do Kyiv Post:[5]

“Oligarcas avançam para salvar a soberania da Ucrânia”

Seria hilário, não fosse tão trágico: o regime revolucionário que se diz “anticorrupção”, nomeou oligarcas para salvarem a Ucrânia. Quando vi essa manchete senti, realmente, que estamos entrando em território “Além da Imaginação”, lugar qualquer onde podem acontecer as coisas mais ridículas, mais loucas. Disso se fazem bons filmes, mas, em política, é receita de desastre.

Claro que os tais oligarcas têm mais dinheiro que o RRKiev, mas fizeram o dinheiro deles roubando a Ucrânia, até deixá-la como está. E se alguém aí pensa que os russos negociarão com esses dois bandidos, estão sonhando.
Como escrevi em novembro, as portas do inferno estão-se abrindo para a Ucrânia.[6]  O mais impressionante é que toda a classe governante do ocidente inteiro não só parece decidida a empurrar a Ucrânia lá para dentro, como, também, já corre o risco de entrar junto.

Juro pela minha alma: não consigo imaginar política mais autodestrutiva, perigosa, imoral e estúpida.

[assina] The Saker
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  1. Destaques de hoje no telejornal da Voz da Rússia TV

    a)  Encontro de Ministros das Relações Exteriores da Rússia e dos Estados Unidos para discutir crise ucraniana

    b) China aumenta orçamento de defesa e promete maior combate a poluição

    c) Pontos turísticos da Cidade do RJ são iluminados em verde e amarelo para comemorar 100 dias para a Copa 2014

    d) Protestos de estudantes da classe média venezuelana contra o Presidente Maduro

    e) Tempestade na Austrália

    [video:http://youtu.be/ueMsgsFChaI%5D

    1. Final do artigo de Pepe Escobar:

      “A jogada final está nada mais do que escrita; Moscou controla uma autônoma Crimeia de graça, e os EU/UE ‘controlam’, ou tentam rapinar, à maneira do capitalismo de desastre, os confins da terra devastada da Ucrânia Ocidental ‘gerenciada’ por fantoches e oligarcas, com um bando de neo-nazis.”

       

    2. Jair,

      O autor do artigo é de uma família refugiada da Revolução Russa. Sua formação teórica não é de esquerda, está impregnada do anti-comunismo russo e das sociedades ocidentais onde se refugiou. Mas isso não é impeditivo, para desconsiderar sua análise; ela apresenta os fatos de forma objetiva, sobre eles que devemos refletir, deixemos os conceitos do autor de lado, senão faremos reflexão acadêmica ou ideológica.

      O que importa é: houve um golpe de estado na Ucrânia; partidos e grupos declarada e abertamente fascistas chegaram ao poder, com cargos importantes como o de controle das forças armadas; as “democracias” ocidentais incentivaram o golpe e negociaram publicamente com os fascistas; houve perseguição e ataque a comunistas e proibição de atividades de partidos; o regime inaugurado é desastroso, como é o fascismo de fato.

      Há cinquenta anos eu assisti um golpe de estado, com o apoio do farol da “democracia” ocidental. Eles nunca tiveram pudores na escolha de aliados para seus interesses. Tanto faz um gorila latinoamericano, um fanático jihadista, ou um fascista de braçadeira e carteirinha; desde que cumpram o serviço imundo que eles demandam para suas ambições. O que vemos é que, num mundo mergulhado em depressão econômica, tal como acontecia há oitenta anos atrás, o fascismo sem disfarces volta a ser uma saída para o sistema em agonia.

  2. Imperialismo ianque pretender repetir Kiev em Caracas?

    O imperialismo fascista ianque pretende repetir o que promoveu em Kiev na Venezuela (e depois no Brasil).

    Apoiar neonazistas não é um ato democrático, é uma prática fascista que os EUA optaram já faz tempo.

  3. Prepotência americana

    A arrogância e a prepotência dos Estados Unidos só levou desgraças aos países onde intervieram, promovendo golpes através de financiamento de fascistas traidores, que não fazem outra coisa a não ser se locupletarem das riquezas de seus países em detrimento de todo um povo. O Brasil, é um bom exemplo da desgraça que os americanos podem causar. Tramaram contra e derrubaram, em 1964, um governo eleito democraticamente e deixaram no lugar um regime ditatorial, assassino e torturador, que destruiu tudo de bom que tinha o povo brasileiro. Da solidariedade ao patriotismo. Deixou no lugar uma sociedade egoísta, apática, individualista e racista, onde o que importa é se dar bem de qualquer jeito. Infelizmente, os mesmos que apoiaram o golpe de 1964 e o governo que resultou deste golpe, estão novamente, certamente com apoio americano, querendo derrubar o governos democraticamente eleitos pelo povo brasileiro. A família Marinho, dona da Globo, é família mais rica do Brasil, com uma fortuna de US$ 30 bilhões, quase toda ganha as custas do apoio incondicional ao regime criminoso implantado em 1964. Esse pessoal (os donos da Globo, da Folha e outros) tem sangue nas mãos e, não querem, de jeito nenhum que o Brasil saia de suas garras e alcance um patamar de civilidade, onde não haveria tantos assassinatos, tanta corrupção e tanta miséria.

  4. Parece loucura mas tem uma

    Parece loucura mas tem uma linha de ação definida. Querem mudar toda ordem política mundial, e o 1º objeto a ser destruído é onde essa ordem se concentra: Estados Nacionais. Os ataques aos Estados, aos políticos e a tudo que é do âmbito do público já vem desde a década de 80: um processo de desmanche do público. Isso têm conseguido nos países em que as rebeliões medievais têm sido bem sucedidas. O que vem depois, embora pareça caos e barbárie, dando o poder a bandidos, também está no script, são esses mms os interessados, os patrocinadores e beneficiários da nova ordem mundial. Só não sabem ainda que forma social dar a essa nova ordem; seria um retorno ao medievo, um neo-medievo, com aristocracias baseadas não no poder divino, ou sangue azul, mas no dinheiro. E a população, que fizeram aumentar para produzir os acúmulos de capital que ora já têm, deve diminunir drasticamente, e, é para isso que tanto falam em escassez de provimentos.

  5. TAL QUAL

    Acho que passamos por isso, cheguei pensar que estava até falando de nós:

    – Os EUA e a União Europeia apostaram todo o próprio peso e toda a sua credibilidade política num regime que:

    1) É ilegal e chegou ao poder mediante violência.
    2) Não tem qualquer direito para ‘aprovar’ lei alguma.
    3) Cujo apoio popular é, na melhor das hipóteses, muito duvidoso.
    4) Que é, da cabeça aos pés, invenção do ocidente.
    5) Cuja ideologia é basicamente neonazista e/ou nacionalista fanática.
    6) O qual, aconteça o que acontecer, está condenado ao desastre.”

  6. Esperar o qué?

    Nem sei direito se entendi o ponto central do artigo citado (nem lendo a versão original), e acho que o texto do Pepe Escobar está mais próximo da realidade, embora eu me permita duvidar MUITO que a UE vai permitir um regime filofascista na Ucrania. Quando a Victoria Nuland falou para o embaixador americano em Kiev ‘fuck the EU’ estava fechando o cerco precisamente äs criticas que a Katherine Ashton estava fazendo a Washington pelo suporte escancarado aos setores mais radicalmente fascistas no Congresso. A Europa não vai permitir um regime assim nessa região, e nem a Russia. Isso não vai acontecer.

    A Rússia também não vai permitir que a Crimeia, uma região da maioria absoluta de russos e com lacos históricos com Moscou, vire terra de ninguém. Estratégicamente e importante demais. O Departamento de Estado entrou na briga errada, com o cara errado e no lugar errado. Washington tera agora que cuidar de não provocar um racha na OTAN.

    Mas esperar o quë de uma diplomacia que não aprendeu as licões que devia ter tirado das catástrofes de Libia e Siria?

    1. Certo Aldo,

      Mas alguém precisa fazer o trabalho sujo, né? Os fascistas foram bem úteis (e serão um pouco ainda) pela violência nas ruas e pra perseguir os “inimigos internos”. Certamente não ficarão no poder na Ucrânia. Seria o fim.

      1. Trabalho sujo

        É, mas depois de fazer o trabalho sujo e sentir o gostinho do poder nos ministérios, será que esses grupos violentos e armados aceitarão ser postos para escanteio assim, numa boa? Não me parece que faça parte da natureza deles.

    2. Os EUA irão sair com o

      Os EUA irão sair com o rabinho entre as pernas, pelo menos temporariamente, depois deste fiasco em apoiando fascistas para destituir um presidente eleito e depois perder o controle sobre os mesmo fascistas no dia seguinte, é tão trágico que seja a ser comico.. Os eufóricos neofascistas no poder  jogaram tudo a perder quando o primeiro ato foi o de ameaçar a Crimeia e a minoria Russa, Judia e Tartara… Putin sabe que a Alemanha e a UE agora já tiraram o corpo fora, e não vão dar os 35 bilhões que a Ucrânia precisa (esses 11 bilhões anunciados irão vir recheado de saborosas (sic)austeridades)  os EUA não tem 35 bilhões para dar a Ucrania (o congresso americano não cederia)  esse dinheiro.. E ao que parece, a Julia Timoschenko é a favorita para vencer em maio.. Ela é uma populista e centrista líder pro-UE, mas agora já esta tirando o pezinho dela pro -Ocidente por razões pragmáticas….

      Nesse embrolho  Putin será mais do que feliz em negociar com a ‘pró UE’ Julia Tymochenko para usá-la contra os ultranacionalistas/neonazis de Svoboda e Right Sector. Basicamente, ela será o instrumento da Rússia contra a  os EUA. Os ultranacionalistas/neonazis não tem nenhuma solução econômica para a Ucrânia eles provaram ser inconsequentes e a Alemanha, a UE,  não  vão financiar o país com eles. A Julia Tymochenko sabe disso, e ela sabe que se ela quer estar no comando, ela precisa de Rússia (Putinator) mais do que nunca, como este país goste ou não é o principal parceiro econômico da Ucrânia.

      Dentro de poucas semanas ou dias, se não já, os golpistas estarão profundamente divididos entre os “realistas” e “extremistas”.

      Além do que, Putin só provou ao mundo que EUA e OTAN são um tigre de papel e só batem em cachorro morto, como aconteceu na Síria as potências ocidentais estão tornando irrelevante nos dias de hoje para fazer ameaças ou chantagens como antes.  No Sratfor um monte de think-tank americanos já estão descendo o pau em Obama..

       

      1. Mas tem um porém…

         Excelente o seu artigo….o problema é que pouca fatia da imprensa brasileira fala a verdade, estão todos a favor dos interesses americanos (EU DISSE INTERESSES AMERICANOS, NÃO BRASILEIROS)…

         

        É incrível ver como a imprensa brasileira fala dos interesses americanos como se fossem os nossos, isso me dá nojo…

         

        Não é raro ver na televisão “especialistas” falarem que o Putin não tem limites; já vi outro “brilhante” especialista acusando o Putin de homofóbico e racista (porque torcedores de um time russo chamaram um jogador negro de macaco e, claro, o Putin estava por trás disso)….

         

        Mas diante de tanta estupidez (que parece até que os EUA estão desesperados), fico com muito, muito medo…uma atitude irracional atrás da outra pode trazer consequências terríveis e o problema é que estamos no mesmo barco…nem quero pensar na possibilidade de uma guerra atômica entre 2 superpotências…..o mundo inteiro sairia perdendo….

         

        Mas o pior é ver o John Mccain na Ucrânia, no meio de neo-nazistas, insulflando a “Ucrânia” a buscar sua liberdade…meu Deus! esse homem poderá tornar-se o presidente dos EUA!!!!!!

         

        Será que a sociedade americana enlouqueceu? o curto período que os EUA tiveram como única superpotência no mundo subiu a cabeça deles?

         

        Tomara que eu esteja errado.

  7. Quem derrotou quem? O jogo

    Quem derrotou quem? O jogo está sendo jogado, ninguem venceu ninguem, mas será que não tem noção alguma de Historia?

    Existe derrota maior nos ultimos 500 anos do que o desmonte completo da URSS e da Europa do Leste sob controle de Moscou?

    1. pelo contrario meu  jovem. A

      pelo contrario meu  jovem. A  RUSSIA FEZ BEM  EM  DESMONTAR A UNIAO SOVIETICA, DEU A CADA UMA DELAS  SUA LIBERDADE  DE  FAZER BEM  O QUE  DEVEM MAIS ALGUMAS  NAO SOUBERAM  LER  O CADERNO  E O CASO DA UCRANIA. MAIS  SE A RUSSIA FICASSE COM ESSA UNIAO SOVIETICA ELE  IRIA TER QUE  GASTAR MUITO DINHEIRO PARA  ALIMENTAR  UM BOCADO DE PAREAS  ISSO NAO FOI DERROTA FOI A COISA MAIS CERTA 

    2. Vamos lá…

      …história e história…

      A URSS implodiu, a infraestrutura não suportou mais a superestrutura marxista-leninista do partido. Quando a opção é por canhão a falta de manteiga corrói a popularidade/legitimidade do governo. Porém se formos falar em derrota no sentido clássico do termo, que supõe um vitorioso, o desaparecimento da União Soviética não se enquadra.

      O suposto vitorioso, os EUA, estão relativamente mais fracos hoje do que em 1991. As intervenções de grande porte feitas neste período, Afeganistão e Iraque, dois países de quarto mundo (O Iraque após 12 anos de pesadas sanções econômicas ruiu economicamente), não obteve vitória em nenhuma das duas.

      A) O governo iraniano da maioria xiita é muito mais próximo de Teerã do que Washington. Vide o seu posicionamento sobre Al-Assad e Hezbollah.

      B) O Karzai é tão amigo dos americanos, e controla tão bem o país, que o programa de retirada das tropas e materiais bélicos do Afeganistão prevê o envio dos comboios para a Rússia, via Uzbequistão, e de lá embarcarem de volta para casa. Isto porque quanto menor o efetivo estacionado maiores serão os ataques da Al-Qaeda e dos seus aliados. Na verdade será uma retirada em marcha acelerada. Uma saída terrestre pelo Paquistão apresenta os mesmos riscos. Emboscadas em todos os lugares propícios. Com o posicionamento americano na crise ucraniana parece que a porteira não se abrirá. Ao invés de usar a mesma ponte que os soviéticos parece-me que terão que explodir os seus equipamentos para não armar os inimigos. Não tem Galaxy suficiente para as milhares de toneladas de armamentos, veículos e munições.

      Outro ponto a ser levado em consideração. Nestes poucos mais de vinte anos de um antagonista latino-americano, que era Cuba, hoje existem pelo menos mais dois, Venezuela e Bolívia. Além disto perdeu toda a influência diplomática sobre o Brasil, Argentina, Equador e alguns outros pequenos países.

      Sem esquecer que pela primeira vez em mais de cem anos está se consolidando um rival econômico: a China. Neste período teve rivais em poderio militar, mas nunca uma ameaça real à supremacia econômica. Como após três séculos o Império do Meio está voltando ao seu lugar histórico dos últimos dois mil anos, resta procurar um ombro ou um travesseiro. O pior é que se deixar de ser o fortão do bairro será difícil encontrar um ombro amigo, mas, tudo bem, resta o travesseiro.

      O governo Obama, não sei se isto é temporário e cessará com a sua saída da Casa Branca, conseguiu a proeza de perder até mesmo o alinhamento automático de Israel. A abordagem americana para a guerra civil na Síria e a tomada do poder pelo militares egípcios não foi acompanhada pelos israelenses.

      Não foi uma derrota no sentido clássico, foi uma autoderrota. As contradições internas, a tirania política e a economia planificada, foram os fatores. A corrida armamentista bancada pelo Reagan apenas acelerou o processo.

      Então nos últimos quinhentos anos, para mim, as maiores derrotas foram:

      O ogro corso;

      O pintor psicopata de aquarelas;

      O herdeiro de Amaterasu;

      O neto aleijado da Rainha Vitória;

      Sem esquecer também que se formos considerar o seu paradigma sobre a queda da URSS não poderemos deixar de lado seu tão amado império britânico, afinal nele o sol nunca se punha e agora parece que sequer nasce. Transformou-se no poodle dos yankees.

      P.S.  Os usurpadores manchus tiveram um destino semelhante ao dos czares vermelhos.

      P.S. 2: Dos inimigos restantes de então conseguiram abater o tarado do Magreb, mas deixaram a Líbia destruída. Virou ninhal do terrorismo Wahabista, financiado pelos seus grandes aliados sauditas.

      P.S. 3: As dinastias Kim e Castro continuam no poder. O Irã dos Aiatolás tem agora poderio para devastar os campos petrolíferos do Golfo. Os gatos do Deng agora se quiserem podem rugir.

      P.S. 4: Vladimir II mostra as garras pela segunda vez. (Vladimir I foi o da foice e do martelo). Dependendo do “jogo” poderemos ver um novo Vladimir de Kiev, após mil anos.

       

       

    3. Desmonte civilizatório

      Eu acho que o desmonte que está se fazendo agora é maior que o do bloco soviético. É mais profundo, atinge nossa civilização. Creio que seja comparável ao que sofreram as civilizações ( não culturas, civilizações ) incas e astecas nas américas. Eram civilizações sabidamente evoluídas, mas foram dizimadas pelos bárbaros colonizadores europeus. Vejo bastante indicadores de desmonte civilizatório, quando se vilpendeia ícones da nossa cultura, como Eric Hobsbawn, por outro lado, vê-se bastante barbárie glorificada, e muita ação de bandidagem sendo assimilada sem crítica.

      1. Você já parou para pensar como…

        …um punhado que não chegava a duzentos, em ambos os casos, conseguiram derrotar impérios com dezenas de milhares de soldados?

        Tecnologia, não. Não me venha com essa. As armas de fogos do início do século XVI foram adotadas apenas para furar as armaduras européis, eram de pouco alcance e baixa precisão. O tempo necessário para a recarga dava margem para arqueiros avançarem e transformarem o oponente numa almofada de alfinetes.

        Então como meia dúzia de aventureiros espanhóis conquistaram os Incas e os Astecas? Pense nisto e leia para saber.

        A Espanha desembarcou na América com algo parecido com o incrível exército de Brancaleone, considerando a estrutura dos reinos locais.

        P.S. Quanto aos Incas tenho poucas objeções, mas quanto aos Astecas eles poderiam ser qualquer coisa, menos evoluídos no sentido que você está utilizando. Eles realmente eram bárbaros.

        P.S. 2: Caso você não saiba, tanto incas quanto astecas viviam da conquista de territórios e da cobrança de pesados tributos dos conquistados. No caso Asteca até mesmo vítimas para sacrifícios eram exigidas.

        1. Não se comparam civilizações,

          Não se comparam civilizações, é um exercício muito difícil, delicado e arriscado. Só quis chamar atenção para o fato de que povos considerados civilizações já foram suprimidos ao longo da História, os mais próximos de nós foram esses. 

  8. Isto é novidade…

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=ZEgJ0oo3OA8%5D

    Una grabación siembra dudas sobre el origen de los francotiradores de Kiev

    La televisión rusa RT reprodujo el miércoles el audio de una llamada de teléfono interceptada entre el ministro de Exteriores estonio, Urmas Paet, y la jefa de la diplomacia europea, Catherine Ashton, en la que el primero sugiere que los francotiradores que actuaron en Kiev contra los manifestantes del Maidán en los días más violentos de la protesta fueron contratados por la oposición.

    “Se hace cada vez más evidente que detrás de los francotiradores no estaba [el presidente Víctor] Yanukóvich, sino alguien de la nueva coalición”, dijo Paet a Ashton, según la llamada pinchada supuestamente por los servicios secretos de Ucrania y filtrada en YouTube.

    El ministro explica que una doctora Kiev le dijo que los mismos francotiradores disparaban a los manifestantes opositores y a los policías, durante los días de febrero en que se desató la mayor violencia en Kiev, unos disturbios que causaron cerca de cien muertos.

    http://internacional.elpais.com/internacional/2014/03/05/actualidad/1394059714_753501.html

  9. É impressionante, as viuvas

    É impressionante, as viuvas do desmanche do comunismo apoiam QUALQUER COISA QUE A RUSSIA FAÇA mas a Russia atual não é mais comunista, é um regime de economia mafiosa que produziu 160 bilionarios,  são os ex-comunistas que se apossaram das empresas estatais e os esquerdiotas acham lindo, que coisa.

    1. Também acho impressionante

      É uma economia com +/- o mesmo PIB em dólares correntes,  2/3 dos habitantes do Brasil, com 65 bilionários.

      Sinal de uma grande concentração acordada de poder político e econômico. E fica gente achando que é ‘modelo para o combate ao imperialismo’. 

      Por coincidência escrevi mais ou menos nessa direção sobre isso.

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/o-anti-imperialismo-orfao-e-seu-padrasto-adotivo

       

    2. Impressionante como o seu

      Impressionante como o seu comentário não tem NADA a ver com o texto. É evidente que você nem leu, ou se leu desconsiderou absolutamente TUDO para colocar uma patacoada de ideologia rasteira anacrônica e boçal.

      O texto não comenta NADA de ideologia, fazendo uma análise geopolítica da região.

      Pode até ser tudo bobagem, o autor pode estar completamente errado, mas o ponto é que este comentário não tem NADA a ver com o que foi abordado no texto.

      Impressionante como esse comentarista é capaz de análises boas, mas torna-se cego, fazendo comentários rasteiros e boçais quando a sua ideologia direitista fala mais alto e coloca esses comentários absolutamente disparatados, parecendo mais um troll profissional do que um comentarista.

      Será que o que despertou esse coxinhismo exasperado foi a crítica que o autor fez aos grupos neofascistas que fazem parte do governo golpista de Kiev?

      Só pode ser. Todo esse fanatismo que esse comentarista atribui à esquerda é unicamente dele, que não tolera a menor crítica à extrema direita nem que alguém vá contra o fascismo.

      Lamentável.

       

    3. Não sei se isto foi também dirigido…

      …a mim.

      Apesar de ter acreditado por mais de vinte anos que o socialismo seria a solução para o Brasil mudei, abandonei essa crendice ideológica. Porém um aspecto não se alterou, até porque este é fartamente comprovado: o nosso inimigo natural são os EUA. Principalmente devido à geografia e ao nosso tamanho.

      Quanto mais fracos os americanos forem menor será a influência nefasta que exercem aqui. Tirando os terroristas que se comportam como drones americanos, matando inocentes, mulheres e crianças em ações pontuais, todo e qualquer adversário, rival ou inimigo dos EUA que tenham, por menor que seja, pelo menos, um verniz de liberdade individual. (Caso da Rússia, de Putin) terá o meu apoio. Dependendo da situação, aceito até mesmo, ataques como os realizados contra os quartéis em Beirute (1983) ou o USS Cole. Desde que visando alvos militares.

      P.S. A bomba demográfica ainda devolverá ao México os territórios roubados à mão armada.

       

       

  10. http://vineyardsaker.blogspot

    http://vineyardsaker.blogspot.com.br/

    Vou sugerir ao dono do blog que seja OBRIGATORIO informar nas transcrições de material de outros orgãos de informação, quem é esse veiculo. Esse Saker é um blog de propaganda russa descarada, entra aqui no blog como se fosse material independente mas é parte da maquina de informação do Kremlin.

    O material é inteiramente viciado, até pode ser transcrito mas quem traz precisa informar de onde vem.

  11. Texto de blog pró rússia que não tem nenhuma base na realidade.

    Link do blog original:

     

    Sorry, the page you were looking for in this blog does not exist.

     

           E sobre o texto, existe tanta mentira baseada em fatos errados ao longo do texto que não vou nem perder tempo. Só mostra claramente que o autor não sabe absolutamente nada sobre o como o parlamento votou pela saída do presidente Ucraniano, e como a relação da Ucrânia com a Criméia funciona. Simplesmente aceita todas as mentiras que a Russia tem propagado como verdade. Vamos então dar um passo além, ignorem todas as fotos e vídeos das tropas Russas entrando na Criméia e os militares Russos cercando as bases Ucrânianas e aceitem a palavra do Putin que disse que nenhuma tropa Russa estava na Criméia como verdade.

     

    1. Você é que não tem base na realidade

      Parlamento da Crimeia vota por unanimidade para fazer parte da Rússia

      O Globo

      Com agências internacionais

      Publicado:6/03/14 – 7p6Atualizado:6/03/14 – 10p3

      KIEV — O Parlamento da Crimeia, dominado por representantes pró-Moscou, votou unanimemente a favor de se tornar parte da Rússia nesta quinta-feira, de acordo com a agência de notícias RIA. Foi acertado que a região pode “entrar na Federação Russa com os direitos de um cidadão da Federação Russa”, diz o texto. A casa legislativa pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que examine uma moção de adesão ao país e anunciou um referendo em 16 de março para validar o pedido. Pouco após a votação, Putin presidiu uma reunião do Conselho de Segurança de seu país, em que o pedido do Parlamento da península ucraniana de se juntar à Rússia foi abordado.

      Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança foi convocada para tratar a situação na Ucrânia e, mais particularmente, o pedido do Parlamento local, segundo o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov. O porta-voz do Kremlin não forneceu mais detalhes sobre as discussões.

      Os eleitores poderão escolher entre se juntar à Federação da Rússia ou reforçar sua autonomia, afirmou o deputado regional Grigori Ioffe. A Crimeia foi “doada” em 1954 à Ucrânia soviética por Nikita Khruchtchev, de origem ucraniana. Para evitar tentações separatistas, Kiev lhe concedeu em 1992 o status de república autônoma.

      O ministro da Economia ucraniana reagiu rapidamente, afirmando que um referendo sobre o status da Crimeia é ilegal.

      — Minha posição é que este referendo é inconstitucional — disse o ministro Pavlo Sheremeta a jornalistas na capital Kiev.

      Enquanto líderes da União Europeia se reúnem nesta quinta-feira para discutir a resposta que o grupo dará às ações militares russas na península ucraniana, o que provocou uma escalada de tensões na região, a situação parece se agravar ainda mais.

      A Ucrânia acusou a Rússia de afundar um de seus navios durante a noite. Elizabeth Palmer, correspondente da CBS, postou no Twitter uma foto da suposta embarcação afundada na Baía de Mirny. A informação não foi confirmada.

      Ukr navy suspect Russian forces overnight of sinking a ship across mouth of bay at Mirny to block Ukr ships in base pic.twitter.com/hnpa3ERptx

      — Elizabeth Palmer (@elizapalmer) 6 março 2014

      A votação do Parlamento ocorre no mesmo dia em que o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, acusou a Rússia de aumentar a tensão na península, de população majoritariamente russa. Yatseniuk afirmou que mais uma vez as Forças Armadas russas bloquearam unidades ucranianas na Crimeia e continuam provocando confrontos.

      Os acessos à península e todas as bases militares também estariam bloqueadas por forças armadas pró-Rússia que somam cerca de 11 mil efetivos.

  12. O Combate ao BRICS

    Negadinha, não percebem que o alvo não é somente a Rússia mas todos do BRICS? O Brasil está sendo bombardeado por jornais e revistas estrangeiras como nunca se viu em toda a História, apesar de estar com crescimento maior que da Inglaterra ( e agregados ) as revistas inglesas sentam o pau no Brasil e até tirar ministros do governo brasileiro querem! Agora estão a começar o bombardeio sobre a Rússia, depois vem a Índia e Africa do Sul e por último deixam a China isolada e assim com menos poder, entenderam?  Em outra frente tudo quanto é regime de esquerda no mundo ( america Latina inclusa ) está sendo bombardeado inclusive com financiamento dos neoliberais mundiais!!!! Prestem atenção….existe agitação na Turquia, mas como o regime é de direita e alinhado aos EUA ninguém fala nadica de nada, nem o PIG fala da Turquia!!! Teoria da Conspiração? Veremos!!!!! Viva o Brasil, o Lula e a Dilma!!!!!!!

  13. Imperio decadente + pais humilhado = volta do fascismo

    A verdade é que essa é uma batalha de derrotados. OS EUA é um imperio sim, mas decadente. Embora ainda seja a economia mais importante do mundo, tem a China e uma Alemanha que vive de sugar a Europa na sua cola, afora os Brics. Embora tenha poderio militar incomparável não consegue mais ‘ganhar’ nenhuma guerra só provoca o caos por onde passa. E o mais importe, por dentro está em ruínas: grande parte do povo americano acordou do sonho em um ‘pesadelo’ e embora a economia esteja se recuperando a disparidade de renda é a pior da história e os empregos e salários não crescem; como todo império cai por dentro.

    Já a Russia é um pais profundamente ferido no seu orgulho:  a população russa tem enorme orgulho da ‘grande guerra patriótica’, como chama a segunda guerra mundial que de fato foi vencida pelo povo russo – não por Stalin. Um pais que derrotou os nazistas e foi a segunda maior potencia mundial ficou reduzido a um caos economico, dominado por máfias, onde até a expectativa de vida diminuiu no governo Yeltsin. Conseguiu algum alivio com Putin – e o petróleo e gás é claro!

    O que há de novo nesse cenário é o nazifascismo retomando o poder através de um golpe. Um imperio decadente e um pais humilhado que são alternativas e a loucura e o terror do nazismo é não alternativa da falta de alternativas. Se como o texto diz não há alternativas econômicas isso só reforça os nazis ao contrario do que pensa o autor.

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