Um dos presos pelo envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes foi o deputado federal Chiquinho Brazão, ao lado de seu irmão Domingos Brazão e do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa.
João Francisco Inácio Brazão, o Chiquinho Brazão, é empresário, comerciante e político no
Rio de Janeiro, com reduto eleitoral na zona oeste da cidade – em especial na região de Jacarepaguá.
Vereador eleito na cidade do Rio de Janeiro por 12 anos, Chiquinho Brazão tinha mandato vigente durante os primeiros anos do mandato de Marielle (2016 e março de 2018), com quem dizia ter um bom convívio, segundo o site Metropoles.
Na eleição de 2018, Brazão foi eleito deputado federal pelo Avante e reeleito em 2022 pelo União Brasil. Ele chegou a ocupar a Secretaria de Ação Comunitária da Prefeitura do Rio de Janeiro na atual gestão de Eduardo Paes, mas abriu mão do cargo em fevereiro deste ano e voltou para a Brasília – lembrando que deputados federais possuem foro privilegiado.
Chiquinho Brazão contou com o apoio da família Bolsonaro durante as eleições – tanto que o atual senador Flávio Bolsonaro (PL) chegou a participar de carreata com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão em campanha, em imagens que estão em circulação nas redes sociais.
Chiquinho Brazão, inclusive, foi um dos parentes de Domingos Brazão que recebeu passaporte diplomático concedido por Jair Bolsonaro durante seu mandato como presidente da República em 2019, assim como seu filho e sua esposa.
Diante do envolvimento do político no caso Marielle, o União Brasil deve afastar Chiquinho Brazão ainda neste domingo, segundo declarações do presidente nacional da sigla, Antônio Rueda.
Por ter mandato vigente e precedente de foro privilegiado, a prisão de Chiquinho Brazão deve ser sancionada pela Câmara dos Deputados nos próximos dias.
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