Gabriela Hardt tem 15 dias para explicar inércia sobre denúncias contra Sergio Moro

Além de ignorar as denúncias de Tony Garcia, a juíza alinhada a Sergio Moro também fez retaliações contra o denunciante.

O Conselho Nacional de Justica (CNJ) abriu uma reclamação disciplinar contra a ex-juíza federal da Lava Jato Gabriela Hardt a partir de uma reclamação feita pelo empresário e ex-deputado federal Tony Garcia. Segundo o denunciante, Gabriela tinha “conhecimento de fatos potencialmente criminosos praticados pelo então juiz Sergio Moro e Procuradores da República, mas manteve-se inerte”.

O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional do CNJ, aceitou a denúncia porque a ex-juíza fez retaliações contra Garcia depois de tomar conhecimento “de fatos delituosos” relatados por ele.

Gabriela tem 15 dias para apresentar a versão dela sobre a acusação.

Denúncias

Garcia concedeu entrevistas em que acusa a ex-juíza de ter “sentado em cima” de um depoimento que ele prestou em 2021, em que revelou novos métodos heterodoxos de Sergio Moro e dos procuradores de Curitiba para obter delações premiadas.

O empresário afirma, por exemplo, que chegou a fazer grampos irregulares por orientação de Sergio Moro. Ele também acusa o ex-juiz de ter chantageado desembargadores do TRF-4, o que supostamente explicaria o alinhamento do tribunal com as sentenças da Lava Jato.

Gabriela ganhou projeção nacional ao condenar, em 2019, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do sítio de Atibaia. Substituta de Sergio Moro na Lava Jato, ela copiou alegações do Ministério Público Federal sem citar a fonte, o que não é admissível no meio jurídico. A decisão foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Após o afastamento do juiz Eduardo Appio da 13ª Vara de Curitiba em maio, Hardt reassumiu a Lava Jato, mas pediu remoção para a 3ª Turma Recusrsal do Paraná (TR-PR).

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Camila Bezerra

Jornalista

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