Justiça Federal manda soltar Adarico Negromonte

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O Juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos e investigações da Operação Lava Jato na Justiça Federal, decretou, no início da noite de hoje (28), a soltura de Adarico Negromonte. Ele é apontado nas investigações como responsável por levar o dinheiro de propina da Petrobras do escritório do doleiro Alberto Yousseff para partidos políticos e agentes públicos corrompidos.

Negromonte estava em prisão temporária desde segunda-feira (24), mas o prazo venceu hoje. Diante do pedido da defesa para que ele fosse solto e da concordância do Ministério Público (MP), Moro decidiu pela liberdade de Adarico.

“Intimado a se manifestar, o Ministério Público Federal afirma que há indícios suficientes de autoria e de materialidade relativos à participação de Adarico na organização criminosa investigada e nos diversos crimes por ela praticados. Todavia, entende suficiente, no momento, a decretação de medidas cautelares substitutivas à prisão”, analisou o juiz.
Entre as medidas cautelares sugeridas pelo MP e determinadas pelo juiz a Negromonte, estão a “proibição de deixar o país, de mudar de endereço sem autorização deste Juízo, obrigação de entregar o passaporte no prazo de cinco dias (se ainda não tiver feito isso) e de comparecer a todos os atos do processo, tanto na investigação quanto na eventual ação penal, mediante intimação por qualquer meio, inclusive telefone”.

O juiz ressaltou que, apesar da decisão pela soltura, há “prova, em cognição sumária, de que Adarico Negromonte Filho teria participado do grupo criminoso dirigido por Alberto Youssef dedicado à lavagem de dinheiro e ao pagamento de propina a agentes públicos, forçoso reconhecer que o papel era de caráter subordinado, encarregando-se de transportar e distribuir dinheiro aos beneficiários dos pagamentos”.

Segundo Moro, as provas estão associadas ao depoimento de testemunhas e a mensagens telemáticas em que Negromonte é citado como emissário de Yousseff e responsável pela entrega do dinheiro do grupo criminoso investigado na Lava Jato.

A decisão deve ser entregue nas próximas horas às autoridades policiais, com ciência do Ministério Público e da defesa de Adarico Negromonte. Tão logo isso ocorra, ele será posto em liberdade.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

3 Comentários

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  1. tudo  indica que  a soltura

    tudo  indica que  a soltura  tambem  é seletiva, o  cara  tem o rabo preso  com Youssef  e  com o  PSDB  DEM   PPS, PSB e por ai  vai,  entao   o  Sergio Moro  soltou.  Se ele era a mula   que   levava o dinheiro para os  partidos  nada mais  do que mante-lo preso  junto com os  outros  ou solta todo mundo.  Porque o Privilegio,? 

    1. Nao faz sentido, Edson.  Ele

      Nao faz sentido, Edson.  Ele nao era mula DOS PARTIDOS, essa eh a razao que ele eh o unico apontado publicamente como mula pela PF ate agora.

      E ele vai permanecer o unico.

    2. Se a soltura é seletiva, é de

      Se a soltura é seletiva, é de uma seletividade esquistíssima.

      Normalmente, nas coisas seletivas, os mandantes são beneficiados, os pau-mandados são sacrificados. Aqui temos o contrário, o pau-mandado é solto, os mandantes continuam encalacrados.

      É um tipo de seletividade que eu sou fortemente tentado a apoiar.

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