PGR pede inclusão de Bolsonaro em inquérito sobre atos antidemocráticos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Ex-presidente teria feito incitação pública ao crime em vídeo publicado em 10 de janeiro, quando questionou regularidade de eleições

Joedson Alves-EFE

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a inclusão de representação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro dentro de inquérito que investiga instigação e autoria intelectual dos atos que culminaram com a invasão de Brasília por bolsonaristas em 08 de janeiro

Assinada por integrantes do Ministério Público Federal, a representação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) sugere que Bolsonaro teria feito uma incitação pública à prática de crime por conta de um vídeo postado em 10 de janeiro.

Na gravação, Bolsonaro questiona a regularidade das eleições presidenciais de 2022, quando perdeu o segundo turno da disputa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A postagem foi apagada no dia seguinte à sua publicação, em 11 de janeiro.

“Não se nega a existência de conexão probatória entre os fatos contidos na representação e o objeto deste inquérito, mais amplo em extensão. Por tal motivo, justifica-se a apuração global dos atos praticados antes e depois de 8 de janeiro de 2023 pelo representado”, afirma o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, em nota oficial.

Além da juntada da representação ao inquérito, Carlos Frederico Santos solicita que seja expedida ordem imediata ao provedor de aplicação Meta, para preservação do vídeo postado e apagado no perfil do ex-presidente na rede social Facebook.

Ao todo, sete inquéritos foram requeridos ao Supremo Tribunal Federal para apurar as responsabilidades pelos ataques e atos de violência. As apurações estão divididas em núcleos que buscam identificar executores, financiadores, autores intelectuais e instigadores e autoridades públicas envolvidas.

Os pedidos em questão envolvem a investigação de diversos crimes, dentre eles terrorismo (artigo 2º, 3º, 5º e 6º da Lei 13.260/2016), associação criminosa (art. 288 CP), abolição violenta do Estado Democrático de Direito (artigo 359-L CP), golpe de Estado (artigo 359-M CP), ameaça (artigo 147 CP) e perseguição (artigo 147-A, § 1º, III CP).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

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  1. Lamentável mesmo é saber que a carreira política desse animal feroz, pervertido, mentiroso, desumano e desonesto poderia e deveria ter terminado quando ele defendeu a tortura e os assassinatos da Ditadura Militar na televisão pela primeira vez. Bolsonaro teve que causar um genocídio e destruir parcialmente Brasília para ser banido da politica e encarcerado. A democracia brasileira quase fracassou em virtude de tolerar o intolerável.

  2. Caro Nassif, é preciso apontar o dedo pro GSI (e desmilitarizar aquele entulho da ditadura): pq dispensou o BGP 20 horas antes? Porque não acionou o Plano Escudo, que protegeria os Palácios sem precisar de GLO e exército? Dizem que Heleno ainda estava no comando…

  3. Mais uma distração!

    Generais e Coronéis já deveriam estar presos, Aras, o maior dos omissos também, porém, mira se o Boçal, para poeira abaixar.

    O Brasil não é pra amadores!

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