por romério rômulo
eu te mastigo, entrementes
eu aferrolho os teus dentes
no vapor dos meus pudores
te carrego nos amores
e te mastigo, entrementes
retrato duro e cruel
nascer das tuas sementes
extrato bruto de fel
regado nas aguardentes
dos teus bordados solenes
que arrancam dores tementes
de infernos mais apagados
de deuses tão desolados
que eu me aferrolho aos teus dentes.
romério rômulo
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Os poemas orgânicos de Romério Rômulo
Este saiu bom, RR. Muito bom. Não que os outros não o tenham. Mas este sobressaiu-se.
entrementes, leitura matinal
entrementes,
leitura matinal a seco me deu impressões de viagem de que
poema épico narra as desventuras de um velho sibarita
regado nas aguardentes e hálito extrato bruto de fel
com uma jovem “aborrecente” semente virginal
com um “aparelho” aferrolhado nos dentes…