Manter um governo petista em frangalhos pode ser bom negócio para a Globo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Gustavo Gindre

Do Intervozes

Os protestos de domingo e a estratégia da Globo

Para a CartaCapital

Muita gente estranhou o recente comportamento da Globo, depois de uma conversa de dirigentes da empresa com senadores petistas. O grupo passou a moderar sua cobertura do governo Dilma e, em editorial do jornal impresso O Globo, chegou a pedir que as forças políticas atuem em prol da governabilidade. Da surpresa surgiram diversas explicações estapafúrdias. De um lado, petistas achando que a Globo teria se rendido à força dos governos do PT. De outro lado, nas passeatas deste domingo 16, houve quem dissesse que a Globo era comunista.

Na verdade, não deveria haver surpresa alguma. A Globo faz o que sempre fez. Atua a favor de seus próprios interesses, quase como se fosse um partido político. Traça uma estratégia, analisa a conjuntura e faz alianças de curto, médio e longo prazo. E a cobertura da emissora dos protestos deste final de semana não nega este raciocínio.

No segundo mandato de Dilma, quando percebeu que a Operação Lava Jato teria potencial para derrubar o governo, a Globo chegou a flertar com a hipótese de impeachment. Com isso, seus noticiários recrudesceram a cobertura e a ordem, aos seus obedientes jornalistas, era criticar o governo de todos os modos possíveis. Mas a Globo se assustou, tanto com o crescimento de Eduardo Cunha quanto com o festival de posições reacionárias ensandecidas que foi às ruas contra o governo.

No caso de Cunha, preocupa tanto sua ligação com o pentecostalismo (do qual a Globo nunca foi muito próxima) quanto o fato de ele parecer ter agenda própria, descolada do establishment da política nacional – além de fazer política com o fígado.

A última experiência da Globo em apoiar alguém com um perfil semelhante (Collor) acabou não sendo boa para os interesses dos Marinho. Collor se virou contra a emissora, que o criara como “caçador de marajás”, tentou articular a construção de um império próprio nas comunicações e acabou apeado do poder com ajuda fundamental da própria Globo. Outra iniciativa deste tipo só será tentada se não houver alternativas, o que não é o caso.

Foi, então, que a Globo concluiu que manter um governo petista em frangalhos pode ser um bom negócio. Frágil, lutando para sobreviver, o governo Dilma pode aceitar uma agenda imposta de fora para dentro, que acentue a virada liberal iniciada com a chegada de Levy ao governo. Ficariam na conta do governo Dilma as políticas impopulares dessa virada liberal, o que de resto teria a vantagem de liquidar as chances de um novo governo petista em 2018.

Plano B

Ao mesmo tempo que aposta na governabilidade, a Globo sabe que mais denúncias da Lava Jato podem acabar inviabilizando de vez o governo Dilma. Aí é necessário construir um plano B. A alternativa seria um governo Temer, absolutamente submisso aos interesses do grande capital, defendidos pela Globo. Mas, para que Temer possa governar com tranquilidade, é preciso neutralizar Eduardo Cunha. Para isso, foi escalado o presidente do Senado, Renan Calheiros. A Globo conta, também, que a Operação Lava Jato acabe, enfim, alcançando também o presidente da Câmara.

Contribui ainda para a análise da Globo a percepção de que os tucanos não conseguiram galvanizar a crise do governo Dilma e acabaram a reboque da extrema-direita, que tomou as ruas. Definitivamente, o PSDB foi uma decepção para os interesses defendidos pela Globo.

O que impressiona mesmo é que o restante dos grandes grupos de mídia (exceto a Record) não consiga ter uma agenda própria e, nos momentos críticos, abaixe a cabeça e siga o rumo definido pelos Marinho. No fundo, eles reconhecem seu caráter ancilar e o predomínio avassalador da Globo.

História

Para entender o comportamento da Globo, é preciso analisar um pouco de nossa história recente. Até a década de 70, a imprensa brasileira era criada a partir de interesses da vida partidária. Havia o jornal getulista, o periódico lacerdista, etc. Mas o surgimento da TV Globo muda esse cenário.

Já no início dos anos 70, setores dentro da ditadura começaram a se preocupar com o crescimento da Globo e com o fato de que ela viesse a construir uma agenda própria, não necessariamente dependente dos militares. Esses setores acabaram derrotados por aliados da Globo, como o então Ministro da Justiça, Armando Falcão, e a Globo teve carta branca para crescer, com todo o apoio, inclusive financeiro, do Estado brasileiro.

A Globo ainda chegou a retribuir o apoio da ditadura no caso Proconsult e na cobertura das Diretas Já, mas pagou caro, sendo hostilizada nas ruas. Desde então, o grupo percebeu a utilidade de ter uma agenda própria. Foi assim, por exemplo, que a Globo apoiou a Nova República e recebeu em troca o Ministério das Comunicações, dado ao homem de confiança, Antônio Carlos Magalhães (o único ministro civil escolhido por Tancredo que ficou até o final do governo Sarney, demonstrando a força dos Marinho).

Mas, veio, então, a opção Collor, que se revelou um desastre. Collor usou laranjas para comprar a TV Manchete, construir a OM (hoje uma pálida sombra chamada CNT) e a TV Jovem Pan, e ajudou Edir Macedo a montar a Record. Obviamente a Globo percebeu a movimentação de Collor e PC Farias e entrou de vez na canoa da oposição, definindo o jogo a favor do impeachment.

Sob a direção dos filhos de Roberto Marinho, mais pragmáticos que o pai, a Globo percebeu a vantagem de não tentar movimentos bruscos, aceitar alguns fatos da política e procurar tirar vantagem deles. Foi assim que “aceitou” a vitória de Lula em 2002, mas tratou de garantir que seus interesses não seriam afetados. A ida de Luiz Inácio ao Jornal Nacional, logo após a vitória, sinalizou que o novo mandatário havia entendido o recado.

Em 2006, no auge do “mensalão”, a Globo novamente demonstrou como atua na política. Bateu bastante no governo. Não ao ponto de criar uma crise institucional ou de inviabilizar a reeleição de Lula. Mas, o suficiente para que o presidente nomeasse um ex-empregado da Globo como Ministro das Comunicações (Hélio Costa), acatando todas as demandas da empresa e garantindo um decreto presidencial para a transição à TV digital que liquidou qualquer expectativa democratizante. A Globo trocou inteligentemente a reeleição de Lula pela manutenção de seu absoluto predomínio na TV aberta (ainda a galinha dos ovos de ouro).

E assim chegamos às eleições de 2014. Em 2012 (R$ 2,9 bilhões), 2013 (R$ 2,6 bilhões) e 2014 (R$ 2,3 bilhões), mesmo com a crise econômica, a Globo teve sucessivamente o maior lucro líquido de uma empresa de capital fechado no Brasil. Ficou para trás o período do início dos anos 2000, onde a empresa dos Marinho quase quebrou. A Globo hoje é uma potência econômica sem paralelo nas comunicações brasileiras. Nunca houve um grupo de mídia com tanto poder político e econômico.

Seu único desafio é o cenário de convergência, que atrai ainda mais grupos estrangeiros e aumenta a influência da internet.

Mas, na política, não há com que se preocupar, especialmente com um governo fraco. Foi por isso que, ao contrário do que pensavam alguns petistas, a Globo não usou o Jornal Nacional da véspera do domingo do segundo turno para tentar uma bala de prata contra Dilma. Por que a Globo se arriscaria a tanto? O que ela teria a perder com Dilma no poder? A resposta vem sendo dada agora, com a atual crise: nada!

O que vivemos hoje é a consequência da opção dos sucessivos governos do PT em compor com os interesses dos grandes grupos de mídia e não alterar a estrutura do sistema midiático brasileiro; em não enfrentar a agenda da regulação das comunicações; em aceitar tacitamente a mentira de que um novo marco regulatório seria uma forma de censura.

Agora, acuado pelas crises econômica e política, não há muita esperança de que este governo venha a adotar qualquer iniciativa para quebrar a nefasta influência que a Globo exerce sobre a política nacional. Ao contrário, o governo é cada vez mais refém dos interesses dos Marinho e busca apenas a sua sobrevivência até 2018.

Aos militantes em prol da democratização da comunicação, cabe a tarefa de manter viva essa luta e seguir acreditando que um dia acertaremos e será cumprida essa tarefa imprescindível para a efetiva construção de nossa democracia. Apesar da Globo.

* Gustavo Gindre é jornalista e integrante do Intervozes.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

22 Comentários

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  1. Impressionante, a culpa é

    Impressionante, a culpa é sempre dos outros. Sempre haverá uma conspiração, de gringos, fiesp, psdb, imprensa, e por ahi vai. O resultado deste empobrecimento economico é a ruína do PT. Henrique Meirelles segurou o animo perdulario dos tontoes que acham que inclusão é um troço para gastar sem medidas.Triste mesmo será constatar a regressão de tudo que foi conquistado.

  2. Já deu esse enredo de governo

    Já deu esse enredo de governo aos frangalhos, impecheament e por aí vai. CartaCapital também é responsável por esse clima que se abateu sobre o país, aliás, desde o dia que Dilma foi cumprir um compromisso agendando antes das eleições relacionado ao BRICS e não compareceu ao famigerado jantar organizado por Mino Carta. em novembro,  a revista se esmera em esculhambar o governo.

  3. Saul Leblon
    Há aproximadamente uma semana, Saul Leblon foi didático ao dizer que aqueles que mandam no mundo- cartéis, mídia, bancos, etc.- associam-se aos políticos e a elite burocrática deodo a seus interesses serem atendidos (ou privilégios mantidos). Quando não, os corrompem. Se não der certo, dão um jeito de subverter o ordenamento pretendido. Os meios podem ser vários, não os objetivos.

  4. E isso tudo porque a Globo é

    E isso tudo porque a Globo é uma concessão pública, jornal pode fazer política partidária, TV e rádio, não. Mas qual governo tem a coragem de esfregar a bula na cara das rádios e TVs? Quem iria enquadrar esses pulhas? Quando a Dilma ganhou em 14, disse que só trataria da democratização da comunicação no segundo semestre deste ano, já estamos no segundo semestre, e aí? Ou vai ficar como mais uma promessa não cumprida?

  5. Maria do Carmo: eu comprava a

    Maria do Carmo: eu comprava a carta capital para deixá-la em lugares estratégicos, onde só havia a veja, época e outras imundicies. Pois bem, depois do famigerado jantar que Dilma não compareceu, a carta capital tornou-se um psol, um oportunista doentio e vingativo contra o governo do trabalhador. Não compro mais, não leio mais e nem no saite desses vingativos bobões tenho estômago para entrar. Simplesmente larguei de mão e NUNCA mais recomendei essa revistinha bobinha.

  6. Ou seja, a Globo prossegue

    Ou seja, a Globo prossegue sendo o maior partido político, capaz de alçar ao céu e fazer descer ao inferno qualquer político, de acordo com suas conveniências.

    Tiro no pé foi a razão dos Marinhos interferirem contra o golpe, quando parecia estar pronta para o último ponta a pé. Viram que com Dilma, apesar de tudo, seria sandice deixar Eduardo Cunha flanando, enquanto projetos são aprovados na calada da noite em desfavor do Brasil, onde precisam prosperar grandes empresas e comglomerados, como a Globo. Surgiu nas cabeças desses infames a realidade maior, como num passe de mágica, afinal estava a Empresa caminhando como boi na boiada. 

    Quanto o Brasil estaria ganhando se os mesmos empresários, hoje preocupados com seus investimentos, tivessem freiado nas tentativas de golpear o Governo nos últimos anos. 

    Tiro no pé também deu Lula e Dilma valorizando essa porcaria que se chama Globo. 

    Por fim, pelo pouco que vimos na pessoa de Michel Temer, acho difícil ele poder ser comparado a um político de pouca grandeza moral, a ponto de se deixar influenciar por forças malditas. Entre todos os petistas que figuram agora no cenário político brasileiro, nenhum tem o tamanho de Michel Temer. 

  7. Também me parece isso.Porém,

    Também me parece isso.

    Porém, só não acho que ela, globo, se importe com as tais “posições ensandecidas” desses malucos combatedores do “comunismo internacional” e do “bolivarianismo” que fingem estar combatendo a corrupção. Ela, a globo, realmente acredita que que tem total controle sobre eles; age de acordo com essa crença; e até o momento eles estão de fato sendo “vaqueados” dentro dos limites estipulados por ela, globo.

    O desacerto com o Cunha é que parece ter sido mais relevante. Na reunião deles parece não ter tido acordo porque um achou que o outro estava exigindo demais sem dar garantias suficientes (afinal, ninguém sabe nem o quê vai “emanar” do STF nem quando o “egrégio” Tribunal irá fazê-lo). O Cunha não vai entregar o único trunfo que tem pra depois ir pra fogueira sozinho. E, ademais, já promoveu bastante desgaste ao PT.

    Continuar  assando o PT em fogo médio pra alto parece ser o mais cômodo, enquanto isso. Ao passo em que Renan extorque uma pauta conservadora, a república do Paraná persegue o Lula e a oposição faz campanha pela renúncia.

  8. A folha não passa de um

    A folha não passa de um jornal sem vergonha, partidário e causador de tumultos no Brasil com sua campanha diuturna contra o PT e o governo federal. Neste momento o uol está fazendo o maior auê com o fhc pedindo renúncia e o aluísio nunes que deveria estar sendo investigado, apoiando impeachment da Dilma em manchete. O mais patético é ficar pedindo pelo amor de Deus via e-mails que se compre seu jornal. folha de sp um jornal para não se ler nunca, jamais!!!!!!!!!!!!!!

  9. E vão se conformar mesmo

    em ser um governo fraco e fantoche? É isso que sobrou daquele “combativo” PT? Que tal começar a pensar fora do quadrado e e ser mais pró-ativo? A sociedade civil está aí, não falo dos facistolóides nem dos paneleiros, falo dos que ficarão a margem, dos que tem a perder e nem sabem disso.

    1. Sim, é isso. Infelizmente

      É igual um jogo de xadrez onde você não tenta o cheque-mate logo de cara, mas vai derrubando peça por peça a fim de isolar o rei e ir acuando-o até o adversário reconhecer a derrota.

  10. Quando Eduardo Cunha

    Quando Eduardo Cunha favoreceu as Igrejas evangélicas, que inclui Edir Macedo, a Globo ficou mais atenta. Com a aproximação da Record com o SBT, a globo ficou preocupada. Mas o que interessa mesmo é que tudo é concessão pública e não deveria virar a  casa de mãe joana. Mas sempre foi assim, desde Chateau e a ‘sua’ nossa TV Tupi.

  11. Todas as análises feitas

    Todas as análises feitas envolvendo governo, PT, PIG( em especial Globo), Lula e Dilma são subjetiva, ou seja, os articulistas escrevem o que eles acham.

    Mas isso não significa que seja verdade, e muitos discordam.

    O Nassif faz várias análises nesse sentido, com concordância e discordância para todos os lados.

    Na minha modesta opinião essa é mais uma.

    A politica, ainda bem por isso, é dinâmica, e amanhã muda tudo, até a cabeça dos Marinhos.

    Quem me garante que a Globo não apoiará o Lula em 2018 caso ele entre na disputa ? Nada.

    Teve gente que decretou o fim do governo quando a Dilma estava governando há apenas dois meses. Hoje essas mesmas pessoas dizem que ela vai terminar o seu mandato.

    Se é para dá pitaco eu também vou dá o meu. 

    Na minha opinião a Dilma termina o seu mandato, com popularidade em alta, com chances reais de potencializar o candidato do PT, seja que for. 

    Pitaco por pitaco …

     

  12. Balanços X ideologia

        Comparando as vantagens já obtidas X custo projetado, o desgaste do governo atingiu um ponto alem do equilibrio, começou a prejudicar futuros balanços, portanto chegou o momento de recuar , o que se desejava alcançar em termos economicos, passou alem do projeto original, foi necessária a intervenção dos detentores reais do capital, em auxilio a Renan/Levy/Barbosa, Dilma já está colocada em “seu lugar”, e como é uma “imovel” ( moveis & utensilios com alta depreciação e facilidade de substituição ), pode lá continuar, tira-la agora, seria um tremendo prejuizo, não só para a Globo,  para bancos tambem.

  13. O alvo é o Lula

    Eles perceberam que Dilma é a maior inimiga do PT com sua desastrosa política de “republicanismo”.

    Por que a oposição vai tirá-la então?

    Isto explica por que FHC disse que ela é “honrada”.

    O alvo é o Lula. Sempre foi. Este sim, é de enfrentar os desafios de cabeça erguida e lutar para melhorar o país. E melhorar o país estraga os planos dos entreguistas. Dificilmente vão derrubar a Dilma. Vão manter a recessão relativamente “calma”, sangrando aos poucos, pois nem bom demais, que seria pró Lula, nem ruim demais, que estragaria os negócios da oposição.

     

     

  14. O Sistema Globo tem o que,

    O Sistema Globo tem o que, querendo ou não, falta ao governo atual: Visões Estratégicas.

    Os Marinhos estão aí desde sempre porque traçam planos A, B, C, D, E, F, G H, I, J …… Z.

    E nesses incluem mea culpas estratégicas e esporáficas.

    O lema é:

    “Hay gobierno? Nosostromos no semos ni contra ni a favor. Muy pelo contrário. Tamos aí !”

     

  15. Fatos 1) A Globo já descartou

    Fatos 1) A Globo já descartou PSDB para chegar ao poder. 2) o petismo é agora a única opção para os Marinho e turma, com ou sem Dilma, mas entre ele 3) o petismo adorou sem amassos com os Marinhos, é coisa para casamento e quem vai se fuder?   … o de sempre… o povo

  16. RESERVA DE MERCADO

    Há uma pedra no caminho da GLOBO.

    A investigação da FIFA  e CBF com envolvimento da NIKE e de DIREITOS TELEVISIVOS, nos EUA.

    Há uma pedra no caminho do governo.

    RESERVA DO MERCADO.

    Há interesses nesses grandes monopólios de mídia… lá fora.

    Muitos deles  não foram concretizados por causa da lei restritiva de reserva de mercado que pós internet, deixou há mhito tempo de der estratégico.

    Uma alteraçãozinha na lei seria bem vinda e não faria grandes estardalhacos.

    Muito pelo contrário, seria a salvação de muitas delas.

     

  17. Cunha era o alvo

    A Globo deve ter pesado o que poderia ganhar com a saída de Dilma e os desdobramentos desse processo. Destarte, concluiu que como Cunha realmente faz política movido por agenda e interesses próprios e a emissora considerou que é melhor uma Dilma na mão que um Cunha voando.

    Aquele editorial fantasioso do JN “apoiando” a governabilidade era na verdade um recado para o Cunha e o PMDB. E a guinada à “esquerda” da Globo só visa aos interesses dela próprios. Dilma e o PT ficaram reféns não só da Globo, mas também do PMDB. Não restam cartas na manga do governo, só aceitar condições impostas.

  18. O comentário que vou fazer

    O comentário que vou fazer sobre este artigo está diretamente relacionado às críticas que tenho feito ao que têm postado aqui ilustres pessoas como Wanderley Guilherme dos Santos, Aldo Fornazieri, o próprio Luís Nassif, dentre outros. Gustavo Gindre escreveu um artigo totalmente coerente, da primeira à última linha; e o título dado ao artigo, além de atrativo aos leitores, resume a essência do que se pode depreender da leitura do texto. É dessa forma que se escreve um artigo de opinião, defendendo uma idéia ou se posicionando sobre fatos relevantes da Política e da Sociedade. 

    Alguns leitores que comentaram o artigo concordam com o autor, outros discordam. E sempre será assim, já que a unanimidade quase não ocorre no mundo real. Se os leitores se depararem apenas com comentátios elogiosos sobre um artigo, desconfiem; ou há filtragem, para que apenas os comentários louva-minhas sejam publicados ou o canal tem audiência restrita dos ‘convertidos’. A pluralidade dos comentários é uma demonstração da pluralidade do blog. É claro que não confundo essa pluralidade com a ausência de ideologia ou uma identificação do blog com o pensamento mais à esquerda. Mas o fato de permitir que os leitores – sejam eles de direita ou de esquerda – se manifestem confere algo essencial a um blog jornalístico: credibilidade.

    Observem os leitores – em especial o Clever Oliveira, o Homer e o Ed – que o artigo não contém qualquer elogio ao governo, à presidente, ao PT, às esquerdas; ao contrário, o autor enfileira agudas críticas a todos esses atores. 

    Além de aprovar a forma, como fiz nos parágrafos iniciais, concordo com o conteúdo das críticas feitas. Mas mesmo que eu não concordasse com esse conteúdo, eu faria as mesmas observações sobre a forma, caso o texto mantivesse a mesma coerência.

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