Prefeitura de SP pretende ampliar calçadas

 
Jornal GGN – A Prefeitura de São Paulo estuda aumentar a área para pedestres nas calçadas da cidade, retirando faixas de circulação de carros nas vias. O projeto-piloto será testado na Rua Vergueiro, no bairro da Liberdade, centro da cidade. Para a professora de engenharia Silvana Maria Zioni, da Universidade Federal do ABC, a medida, que visa aumentar a segurança dos pedestres, vai reorganizar a ocupação do espaço público.
 
Do Estadão
 
Após ciclovias, Haddad quer ampliar calçadas
 
Proposta da Prefeitura é aumentar segurança de pedestres; projeto­piloto será na Liberdade
 
A Prefeitura estuda retirar faixas de circulação de carros de vias da cidade para aumentar a área para pedestres na calçada. Um projetopiloto com esse novo modelo vai começara ainda neste mês na Rua Vergueiro, na Liberdade, centro da cidade. A proposta é aumentar a segurança dos pedestres.
 
Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estudam como
será feita a sinalização entre essa “faixa exclusiva para pedestres” e as vias destinadas aos automóveis. A faixa vai da Praça da Liberdade, passando pela Avenida Liberdade, e seguindo pela Vergueiro até a região da Rua do Paraíso.

 
“Não vai ter obra”, garante o secretário, dizendo que o que será feito será apenas uma mudança de sinalização. Um dos motivos é o custo dessas mudanças. Mesmo assim, Tatto afirma que essas faixas serão permanentes. “Vai funcionar 24 horas por dia”, explica.
 
O secretário confirmou nesta terça o início do programa na Rua Vergueiro, mas evitou citar outras vias que podem receber a mudança. Na gestão Marta Suplicy (2000 a 2004), a CET fez estudos com essa mesma finalidade prevendo intervenções na Rua Sete de Abril e na Rua Maria Antônia, também no centro, e em cruzamentos com grande volume de pedestres, como a esquina das Avenidas Ipiranga e São João.
 
Para a professora de engenharia Silvana Maria Zioni, da Universidade Federal do ABC, a medida reorganiza a ocupação do espaço público. “Até pouco tempo, era comum até o carro estacionar na calçada”, diz. Ela destaca que a sinalização permanente, com cones ou outros objetos para proteger o pedestre, pode ser formatada só depois de a mudança ser consolidada. “Em Nova York, as estruturas permanentes só vieram depois de adotada as medidas para priorizar o fluxo de pedestres”, explica. 

 

Redação

12 Comentários

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  1. Enquanto isso o pior prefeito

    Enquanto isso o pior prefeito que essa cidade já teve, aquele mesmo que não ficou nem dois anos no cargo, mandou passar asfalto nos calçadões de sp para os carros passarem, um dos maiores absurdos que vi serem cometidos nessa cidade, e que os reclamões, que atacam qualquer coisa que o atual prefeito faça, não deram um pio sequer.

  2. Haddad é maquiavélico!

       Já saquei tudo, Haddad quer matar os coxinhas da cidade do coração. só vai sobrar eleitor progressista.

    olha a safena!

  3. Demorô

    No caso específico da rua Vergueiro não precisa de estudo algum, basta caminhar por ela qualquer dia das 18h as 20h (principalmente no lado ímpar – carros sentido centro). A calçada original não comporta a quantidade de pessoas.

    E antes que os do contra de sempre venham reclamar que isso vai piorar o  trânisto, passem lá ANTES das mudanças,  um dia só, pra constatar que os pedestres JÁ ocumpam uma faixa da rua em vários trechos. A mudança só vai oficializar o que já é prática. 

    Aliás o techo acima do Hosp Sta Helena já tem a calçca ampliada, mas é calçada mesmo, não apenas sinalização na rua

  4. Os coxinhas estão indignados

    Os coxinhas estão indignados no UOL.

    Dizem que esquerdistas são fracassados e invejosos de quem tem carro, desfilam aquelas pérolas elegantes e inteligentes que caracterizam os coxinhas.

    Um deles perguntava se Hadad estava pensando que São Paulo é Nova York.

    O bom da micareta coxinha foi ver os rostos que eu ficava imaginando como seriam dos comentaristas do UOL, são rostos de almas atormentadas e bastante ignorantes.

  5. Parece muito bom, mas…

    Apenas a sinalização pode não ser suficiente para conter condutores muito bem educados. No Rio de Janeiro isso seria impensável. Não é incomum ver carros estacionados na calçada ou motociclistas trafegando pelas mesmas para fugir de engarrafamentos.  As vezes, acho que só um muro resolveria essa situação.

    No entanto, gostaria e muito que essa moda pegasse no Rio de Janeiro. Em Botafogo, por exemplo, em certos trechos bem movimentados das ruas São Clemente e Voluntários da Pátria (com tráfego bem pesado em certos horários), as calçadas devem ter menos de um metro e meio de largura. Um perigo para o pedestre.

    Caso não saibam, os motoristas de ônibus cariocas são chamados de PILOTOS…

  6. São Paulo tem grande numeros

    São Paulo tem grande numeros de excelentes urbanistas e arquitetos, onde estão os grupos de trabalho para analisar essas propostas de redesenho urbano?  Ideias são bemvindas e podem ser muito boas mas falta muito mais elaboração por profissionais, não podem ser estalos da cabeça de um só. É preciso recorrer ao capital intelectual imenso que há em São Paulo, na  Politécnica, na FAU, na Emplasa, na Arquitetura do Mackenzie é uma cidade metropolitana de nivel mundial

    Ideias boas necessitam de ajuste fino, o que parece bom pode ser inadequado. As pequenas-praças modulos que foram instaladas em algumas ruas são EXCELENTE ideia, parabens. As ciclovias são EM PRINCIPIO boa ideia mas muitas foram mal planejadas, ruas com ciclovias não podem ter carro estacionado porque ai fica um corredor de um carro só, estrangula o transito, não se pode colocar a ciclovia SEM TIRAR O ESTACIONAMENTO permitido do outro lado. Isso é o ajuste fino.

    1. Qua! Qua! Qua!

      “As ciclovias são EM PRINCIPIO boa ideia mas muitas foram mal planejadas, ruas com ciclovias não podem ter carro estacionado porque ai fica um corredor de um carro só, estrangula o transito, não se pode colocar a ciclovia SEM TIRAR O ESTACIONAMENTO permitido do outro lado. Isso é o ajuste fino.”

      – Europa e o América nas grandes cidades as principais vias onde tem as ciclovias retirou e numa das pistas fez-se o estacionamento. o corredor de um carro só e um passageiro só que se vire em função da maioria e da qualidade.

      – hoje no mundo a mudança que não chegou ao brasa eh ter carro na sua próprias garagem ou paga para estacionamento fora das ruas. 

      Uma grande mudança na sociedade brasileira nos grandes centros seria colocar escala para limpeza das ruas.A cidade agradece, os moradores e movimenta os carros parados! Nesta forma, um segunda feira/ quinta feira de um lado pode estacionar de manha e terça feira/ sexta feira do outro lado, quarta, sábado e domingo não tem estacionamento regulado. Todos que viajam gostam das limpezas e organização das cidades do norte e não querem para o Brasil!!!

       

       

  7. Disfarce…

    Já entendemos alcaide: depois de espremer os carros e motos entre as faixas de ônibus e ciclovias (o que aumentou a quantidade de acidentes com vítimas), agora mais essa. Qual é o trauma de infância que este sujeito tem com automóveis e motos? A guerra é estúpida, para dizer o mínimo.

    Soluções baratas são o que são: baratas no custo e na eficácia. E elas tambem só saem de mentes igualmente… ah, deixa prá lá… Só mais um ano e meio…

  8. O Prefeiro Haddad poderia

    O Prefeiro Haddad poderia aproveitar e retirar o meio-fio colocando a calçada e a faixa de rolamento no mesmo nível.  Vi esse sistema em cidades européias quando lá estive por 40 dias no último inverno europeu.  Lembro-me bem como era confortável circular a pé pelas calçadas das ruas centrais de Oxford, na Inglaterra.  Convivência civilizada entre pedestres e veículos, incluindo o ônibus.

  9. Eu já ficaria contente se eu

    Eu já ficaria contente se eu pudesse andar sem medo nas calçadas da Avenida Sumaré, onde motoristas e manobristas se acham no direito de manobrar carros na calçada.

  10. Antes disso eu apoiaria
    Antes disso eu apoiaria revisão de acessibilidade de todas as calçadas. As calçadas esburacadas são um risco para idosos, pouquissimas tem os rebaixos para cadeirantes, e quase nenhuma tem os sinalizadores para deficientes visuais. Isso combinado com largura mínima, pois em muitas mal há espaço para um pedestre, imagine para um cadeirante.

    Respeitar e melhorar as condições dos portadores de deficiência é deixar a cidade mais humana também.

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