O sexteto formado pela catarinense Gaia Wilmer (saxofone e teclados), Maiara Moraes (flautas), Josué dos Santos (flauta e saxofone), Fábio Leal (guitarra), Fi Maróstica (baixo) e Cléber Almeida (bateria e percussão), lançará no dia 27 de outubro, Epiderme Desvairada, segundo álbum do grupo. O trabalho é uma homenagem ao escritor, compositor, pianista e pesquisador Mário de Andrade, pelos 130 anos de seu nascimento, celebrados em 9 de outubro, e que conta também com a participação de Lívia Nestrovski (voz).
Nesse projeto, Gaia se utiliza das pesquisas lideradas por Mário, a famosa Missão de Pesquisas Folclóricas, das gravações coletadas por sua equipe e das melodias transcritas pelo próprio pesquisador para desenvolver um material musical que homenageia esse Brasil Rural, tão valorizado por este artista e pesquisador. Partindo desse intenso estudo das manifestações culturais brasileiras registradas por Mário ao longo de sua vida, Epiderme Desvairada conta com oito composições autorais de Gaia Wilmer (uma delas em parceria com Paulinho Brandão) e uma do próprio Mário de Andrade (Viola Quebrada).
Para Gaia, “Há anos tenho vontade de fazer algo com esse material e fico muito feliz que tenha chegado a hora com esse grupo que amo tanto, e que faz a minha música ter vida própria. Minha homenagem e meu amor a esse artista e pesquisador genial e ao nosso “Brasil Rural” como celebração dos cento e trinta anos de seu nascimento”. Assim, através do estudo de ritmos e gêneros tradicionais do Brasil, junto com esse valioso material, Gaia desenvolveu o projeto inspirada nos regionalismos, nas festas tradicionais brasileiras, criando texturas modernas e surpreendentes, e dando espaço para cada integrante expressar sua própria brasilidade e musicalidade.
Com uma instrumentação que remete tanto à urbanidade quanto às bandas de sopros e percussão regionais brasileiras, a formação deste sexteto transita entre o tradicional e o contemporâneo, a brasilidade e as leituras cosmopolitas modernistas, fonte de inspiração para Mário de Andrade. Catarinense, a saxofonista, compositora, arranjadora e produtora musical, Gaia Wilmer se divide atualmente entre o Brasil e os Estados Unidos. Vem se destacando no cenário do jazz contemporâneo e da música instrumental brasileira com trabalhos autorais e colaborações que transitam entre o jazz, a música brasileira, a improvisação livre e elementos da música erudita, com uma linguagem única e criativa.
Gaia já tocou ou produziu diferentes projetos com artistas como Guinga, Egberto Gismonti, Gilberto Gil, entre outros. Morou em Boston/EUA, onde formou-se em Jazz Composition na Berklee College of Music, e desenvolveu curso de mestrado no New England Conservatory. Em 2014 deu início ao seu primeiro trabalho autoral, o Gaia Wilmer Octeto. Outro projeto é a Gaia Wilmer Big Band, com o qual ganhou o Downbeat Award 2017 na categoria Melhor Arranjo para Big Band, com seu arranjo de “7 Anéis”.
Conheça: https://www.youtube.com/watch?v=SXWma80GoGY
FICHA TÉCNICA:
Maiara Moraes – flautas
Gaia Wilmer – sax alto e teclados
Josué dos Santos – sax tenor e flauta
Fábio Leal – guitarra
Fi Maróstica – baixo
Cleber Almeida – bateria
participação especial: Lívia Nestrovski – voz
Idealização do projeto: Gaia Wilmer e Elis Ribeirete
Coordenação Geral: Gaia Wilmer e Elis Ribeirete
Gravado no estúdio da Pá Virada nos dias 15, 16 e 20 de dezembro de 2022
Engenheiro de Som: Thiago “big” Rabello
Mixagem: Thiago “big” Rabello
Masterização: Maurício Gargel
Bordados: Julia Debasse
Design Gráfico: Luisa Borja
Produção Executiva: Elis Ribeirete/Design Próprio e Gaia Wilmer
Produção Musical: Gaia Wilmer
Projeto realizado através do Edital ProAC Expresso Direto nº 38/2021 da proponente Gaia Petrelli Wilmer
REPERTÓRIO
1. A viagem da tristeza
2. Meu amor por onde está
3. Maria mangangá (part. lívia nestrovski)
4. Menino da mata (part. lívia nestrovski)
5. A morte do amor
6. Meamaré
7. Pirim pirim
8. Viola quebrada (part. lívia nestrovski)
9. Flor, linda flor
Todas as composições de Gaia Wilmer, com exceção de Maria Mangangá, de Gaia Wilmer e Paulinho Brandão, e Viola Quebrada, de Mário de Andrade
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